Lição 1 – Mateus 1 e 2: – A Genealogia e o Nascimento de Jesus
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Mateus 1 e 2 há 25 e 23 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 1.18-2.23 (5 a 7 min.).
Caro(a) professor(a), é muito importante que seus alunos percebam que a intenção de Mateus era mostrar que Jesus reunia em si o caráter do Messias prometido a Israel. Destaque o fato de o texto ter sido concluído pouco tempo depois da ressurreição do Senhor e, ainda, a escolha do grego como idioma universal naquele momento. Esses são indícios de que o escritor desejava apresentar a todos o Salvador do mundo para que o adorassem. Faça os irmãos refletirem: temos nos motivado a evangelizar com eficiência o maior número possível de pessoas? Estamos atentos à Bíblia como única fonte da verdade sobre Jesus? Destaque o amor e a dedicação com que devemos guiar a todos à adoração do único Messias verdadeiro.
OBJETIVOS
• Compreender a superioridade do Messias em relação aos governantes políticos.
• Comprovar que Jesus é o Messias prometido aos judeus.
• Compreender como os primeiros acontecimentos da vida de Jesus atestam que Ele é o Messias.
PARA COMEÇAR A AULA
Para alcançar os objetivos, faça uma aula interativa. Selecione os versos do Antigo Testamento citados nos itens 1 e 2 desta lição, a seguir peça que cada voluntário leia um trecho bíblico para que todos comentem. Esse exercício revelará aos seus alunos a perfeição do Messias. Para discutir o item 3, mostre como a salvação de Israel já estava anunciada desde José do Egito e Moisés. Destaque o fato de que o Messias já foi revelado ao mundo, cabendo a nós adorá-lo mesmo que muitos ainda o persigam.
RESPOSTAS
1) Mais de quarenta.
2) Pois Ele seria a salvação dos judeus (e da humanidade).
3) José e Moisés.
LEITURA ADICIONAL
Em primeiro lugar, Mateus foi escrito primordialmente para os judeus. Mateus, como nenhum outro evangelista, mostra a estreita conexão entre o Antigo e o Novo Testamentos. Michael Green diz que Mateus providencia uma maravilhosa conexão para o correto entendimento do Antigo Testamento, mostrando sua continuidade e a diferença entre cristianismo e judaísmo. Warren Wiersbe diz que, em seu evangelho, Mateus apresenta pelo menos 129 citações ou alusões ao Antigo Testamento. Ele escreveu principalmente a leitores judeus para mostrar-lhes que Jesus Cristo era, de fato, o Messias prometido. Seu nascimento em Belém (1.22,23) cumpriu a profecia de Isaías 7.14. Sua fuga para o Egito e seu retorno da terra dos faraós (2.14,15) cumpriram a profecia de Oseias 11.1 […] Em segundo lugar, Mateus destaca a realeza de Cristo. Mateus é conhecido como “o evangelho do Rei”. Se Lucas deu ênfase em Jesus como o homem perfeito, Marcos como o servo perfeito e João como o filho de Deus, Mateus apresenta Jesus como Rei. Tasker diz, corretamente, que Jesus é aqui apresentado primeira e principalmente como o Rei Messiânico, filho da casa real de Davi, o leão de Judá. Ele abre seu evangelho provando que Jesus é filho de Davi e o herdeiro do seu trono (1.1,2). O título filho de Davi é usado mais frequentemente em Mateus (15-22; 21.9; 21.15) do que nos outros evangelhos.
Livro: Mateus: Jesus, o Rei dos reis (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 24-25).
Estudada em 3 de outubro de 2021
Leitura Bíblica Para Estudo M ateus 1.18-2.23
MATEUS 1 e 2: A GENEALOGIA E O NASCIMENTO DE JESUS
Texto Áureo
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” Mt 1.21
Verdade Prática
Aqueles que buscam Jesus sempre vão encontrá-lo e, ao encontrá-lo, o melhor que podem fazer é adorá-lo.
INTRODUÇÃO
I. O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS Mt 11-16
1. Autor, data e local Mt 9.9
2. Mateus e os demais evangelhos Mt 1.1
3. Características de Mateus Mt 1.22
II. GENEALOGIA E NASCIMENTO DO MESSIAS Mt 1.2-2.12
1. A genealogia Mt 1.17
2. O nascimento anunciado a José Mt 1.21
3. Os magos e a morte das crianças Mt 2.2
III. FUGA E RETORNO DO EGITO Mt 2.13-23
1. Jesus e José do Egito Mt 2.13
2. Jesus e Moisés Mt 2.16
3. A mudança para Nazaré Mt 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 120 – 42
INTRODUÇÃO
A palavra Evangelho significa, no grego, “boa nova”, “boa notícia”. Cada evangelista escreveu para anunciar a boa nova da salvação, da vida eterna, para todas as pessoas que possam conhecer o Salvador. Mateus enfoca que Jesus é o Messias prometido e esperado por Israel. Em todas as lições daremos especial destaque aos fatos registrados exclusivamente em Mateus, portanto, assuntos não abordados em outros evangelhos.
I. O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS (Mt 1.1-16)
1. Autor, data e local (Mt 9.9)
“Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.”
Mateus, um dos doze Apóstolos (Mt 10.33, é O autor do primeiro evangelho, embora O texto não mencione expressamente seu nome como autor.
Quanto à data, foi escrito por volta do ano 60 d.C., razão pela qual não se refere à efetiva queda de Jerusalém, como cumprimento da profecia de Jesus, evidenciando que o livro foi manuscrito antes de 70 d. C.
Para a maioria dos estudiosos, foi escrito em Antioquia da Síria. Mateus era, provavelmente, o mais culto dos apóstolos, já que era proveniente da categoria dos publicanos, os quais trabalhavam para os romanos e expressavam-se, com eles, em grego, a língua universal da época.
2. Mateus e os demais evangelhos (Mt 1.1)
“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”
Os evangelhos sinóticos (de um mesmo ponto de vista) trazem uma narrativa semelhante dos ensinamentos e da vida de Jesus. Em verdade, todos os evangelhos têm como objetivo anunciar às pessoas, indistintamente, a salvação dos pecados através de Jesus. Contudo, os comentadores afirmam que também se destinaram, em particular, a certos públicos ou a esclarecer determinadas verdades.
Deste modo, Mateus, conhecido como O evangelho do Messias e Rei, é dirigido aos judeus com propósito de que os judeus compreendam que Jesus é O Messias (filho de Davi, prometido por Deus e esperado por Israel.
Marcos, conhecido como o evangelho do Servo, dirigido aos romanos com o propósito de que eles compreendam que Jesus, o Deus que se fez homem, veio para se sacrificar, para a salvação humana.
Lucas, conhecido como o evangelho do Filho do Homem, foi escrito para os gregos e apresenta Jesus como o Filho do Homem enviado por Deus para a salvação de toda humanidade.
Por sua vez, João, conhecido como o evangelho do Filho de Deus, acentua a Cristo como o Filho de Deus, existente desde o princípio, e a vinda do Espírito Santo.
3. Características de Mateus (Mt 1.22)
“Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta”
Para mostrar Jesus como o Messias, Mateus cita o Antigo Testamento mais de 40 vezes diretamente, caracterizadas pela frase “para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta”, além de fazer mais de 60 referências indiretas. Isso supera com folga qualquer outro entre os evangelistas. Ele demonstra o cumprimento das promessas da Antiga Aliança. Jesus é Filho de Abraão, Filho de Davi, e um novo Moisés. Muitas profecias do Antigo Testamento se cumpriram em Jesus, as quais definem que Ele é o Messias que havia de vir (Mt
1.23 – nascimento virginal: Isaías 7.14; Mt 2.6 – local de nascimento: Mq 5.2; Mt 2.15 – retorno do Egito: Os 11.1; etc.).
Mateus apresenta os grandes laços que unem Antiga e Nova Alianças. Jesus, como o Messias, é descrito como Mestre dos mestres. Através de cinco grandes discursos (Mt 5-7,10,13,18 e 24-25), os ensinamentos de Jesus parecem delinear um novo Pentateuco. Jesus ensinou que a Lei tinha a função profética de apontar para Ele (Mt 5.17).
Para corroborar sua narrativa, Mateus enfatiza costumes e ensinamentos dos judeus. Mateus usa, principalmente, a expressão Reino dos Céus, evitando a terminologia reino de Deus, já que os judeus evitavam mencionar frequentemente o nome de Deus (Êx 20.7).
Soma-se estas características o fato de Mateus registrar mais de quarenta assuntos, passagens ou fatos que não são encontrados nos demais evangelhos, portanto são únicos, exclusivos de Mateus, e merecem dobrada atenção.
II. GENEALOGIA E NASCIMENTO DO MESSIAS (Mt 1.2 a 2.12)
1. A genealogia (Mt 1.17)
“De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio da Babilônia, catorze; e desde o exílio até Cristo, catorze.”
A genealogia de Jesus, em Mateus, é traçada através de José: a genealogia legal, jurídica, que garante os direitos de sucessão, o pertencimento a cada Tribo ou Casa de Israel, através do pai. Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, mas, legalmente, era filho de José, da descendência de Davi (Mt 1.20b). Em Lucas 3, vê-se a genealogia de Jesus por Maria, que também descende de Davi.
O evangelho começa com a gênesis de Jesus Cristo-Homem, filho de Davi e filho de Abraão. Jesus é descendente de Abrão, Isaque, Jacó e Judá – dos patriarcas; e também vem da linhagem real – Davi, Salomão. Ele é filho de Abraão: Nele foi cumprida a promessa de que seriam abençoadas todas as nações da terra (Gn 12.3b; 18.18b; 22.18). Ele é filho de Davi – é o herdeiro legítimo do trono de Israel, cumprindo-se a profecia de que o reino davídico seria para sempre (1Cr 17.11-12).
2. O nascimento anunciado a José (Mt 1.21)
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”
Esse assunto só é narrado em Mateus. O anjo comunicou a José qual seria o nome do Messias: Jesus – Yehoshua (O Senhor – Jeová – é a salvação; ou Javé salva). Ao informar o nome, foi dito a José a razão: “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21b). Esquecidos de Gênesis 3.15, a expectativa dos judeus era de que o Messias davídico redimiria Israel, sobretudo, da tirania romana. A salvação era uma expressão usada por quem esperava a libertação de perigo físico, de doença ou da morte, mas não do pecado. Para Deus, no entanto, o pecado era o mal a ser vencido, sendo a causa de todas as outras mazelas da humanidade.
3. Os magos e a morte das crianças (Mt 2.2)
“E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo”
Esse assunto é exclusivo de Mateus. O Messias chegou ao mundo. Enquanto isso, o rei dos judeus em exercício, Herodes, é visitado pelos magos vindos do Oriente, que estavam seguindo a estrela do futuro Rei de Israel. Eles vieram de longe para adorá-lo. Herodes, o Grande, chama os principais sacerdotes e escribas, para dizerem “onde o Cristo deveria nascer” (Mt 2.4b). Os objetivos de Herodes eram encontrar e matar o menino. Por seu lado, os líderes religiosos, informados e consultados pelo rei, apenas lhe falaram o que dizia a Escritura, em Miqueias: o Messias haveria de nascer em Belém (Mq 5.2).
Os religiosos não tiveram interesse em ir procurar e encontrar o Messias tão esperado. Todavia, os gentios – os magos, que não conheciam a Torá, vieram para adorar a Jesus, o Cristo – Khristós, em grego, e Mashiah, em hebraico – o ungido; expressão que veio pelo latim ao português como “Messias”. A pergunta é: qual a nossa reação diante de Jesus: contrariedade, indiferença ou adoração?
III. FUGA E RETORNO DO EGITO (Mt 2.13-23)
1. Jesus e José do Egito (Mt 2.13)
“Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.”
Esse assunto é exclusivo de Mateus. Mateus traz sua narrativa apontando fatos que fazem lembrar outros libertadores de Israel, criando laços entre a história de Jesus e grandes personagens da Antiga Aliança. Segundo Mateus, José foi avisado em sonho e partiu para o Egito para preservar o Cristo (Mt 2.13). José do Egito, filho de Jacó, a quem também Deus falou através de sonhos, foi o responsável pela preservação da vida de Israel no Egito, livrando o seu povo da morte pela fome (Gn 46). A Família de Israel (Jacó) teve que fugir para o Egito. A Família do Messias também teve.
2. Jesus e Moisés (Mt2.16)
“Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos.”
Mateus mostra que o Salvador escapou da matança dos inocentes, determinada por Herodes (Mt 2.16-18), assim como o bebê Moisés não foi assassinado. A ordem de Faraó (Êx 1.22), ao mandar matar os meninos de Israel que nascessem com vida, não atingiu a Moisés, que, milagrosamente, teve escape no Egito. A própria família real cuidou de Moisés. Em Mateus, os magos abasteceram a Família de Jesus (Rei dos reis) com os recursos necessários para o período no Egito, em que o menino viveu com dignidade.
Assim como Moisés (Êx 13.17ss) saiu do Egito, Jesus também dele foi chamado (Mt 2.15c), sendo trazido para Israel. Do mesmo modo que Josué, que tem o mesmo nome de Jesus no hebraico, alcançou a terra prometida, Jesus também a alcançou. Ele é o novo Moisés, o novo Josué. O redentor entrou, vindo do Egito, em Israel. Contudo, aquilo que Moisés não realizou – entrar na Terra da promessa -, nem Josué, pois este deixou as tribos ainda desorganizadas e parte da terra ocupada pelos inimigos, Jesus concretizará na sua segunda vinda, ao estabelecer o seu Reino Milenial.
3. A mudança para Nazaré (Mt 2.23)
“E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno”
Ao chegar em Israel, alertado por sonho, José se radicou em Nazaré, na Galileia, para que se cumprisse profecia nesse sentido: “Ele será chamado Nazareno” (Mt 2.23c). A etimologia da palavra Nazareno conduz à raiz “necer”, “renovo”: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo” (Is 11.1).
Um dos títulos mais utilizados nos dias de hoje e preferido pelos cristãos para referir-se a Jesus é Jesus de Nazaré ou nazareno.
APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus é o Messias que foi prometido. Sua genealogia e detalhes de Seu nascimento confirmam Jesus como o Messias esperado. Ele está com aqueles que o adoram e veio para perdoar nossos pecados e abençoar toda a humanidade.
RESPONDA:
1) pecados e abençoar toda a humanidade.
2) Qual a razão do nome do Messias ser Jesus (Deus é a Salvação)?
3) Quais libertadores de Israel são tidos como tipos de Jesus?