REVISTA TIMÓTEO E TITO – SERVOS DE DEUS E SERVOS DA IGREJA
LIÇÃO 11 – 2ª TIMÓTEO 4 – COMBATI O BOM COMBATE E GUARDEI A FÉ
EM ÁUDIO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Olá, professor! Na lição de hoje estudaremos sobre o fim da jornada de vida do apóstolo Paulo. Na caminhada cristã enfrentamos muitas lutas. Uma corrida como essa é extremamente desgastante e cheia de obstáculos, o que nos leva à conclusão de que temos de nos esforçar imensamente para completá-la bem.
Portanto, é necessária uma preparação adequada, treinamento constante, renúncia a uma série de coisas que nos afastam do propósito supremo, disciplina, sofrimento, perseverança; enfim, um comportamento de excelência.
Se não for assim, a derrota será certa e não completaremos bem nossa sublime missão aqui na Terra.
OBJETIVOS
• Aumentar a confiança em Deus;
• Tornar-se companheiro dos pastores;
• Buscar amizades edificantes.
PARA COMEÇAR A AULA
Querido professor, inicie a aula escrevendo no quadro: “ACABEI A CARREIRA E GUARDEI A FÉ”. Pergunte a todos da classe: “Quem, na Bíblia, disse uma frase parecida com esta?” Ouça as respostas.
Depois explique que Paulo, ao dizer isso no fim da sua vida, fez referência ao seu ministério como apóstolo e missionário aos gentios. Entretanto, enfatize que todos nós devemos completar com excelência os propósitos de Deus para as nossas vidas, mesmo que não sejamos pastores ou missionários.
PALAVRAS-CHAVE
Dever • Companheirismo • Confiança
RESPOSTAS
1) Pregar a Palavra.
2) Inicialmente foi um cooperador de Paulo, mas desertou.
3) Ele orou para que Deus os perdoasse.
LEITURA COMPLEMENTAR
Antes de dar a ordem a Timóteo para pregar a Palavra, Paulo lhe oferece três poderosas motivações.
Em primeiro lugar, eles prestarão contas ao Juiz de vivos e mortos. Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos… (4.1a). O veterano apóstolo Paulo está fechando as cortinas da vida, no corredor da morte, caminhando para o martírio. Antes de partir, porém, passa às mãos de Timóteo o bastão do Evangelho. Transfere para ele essa solene incumbência. (…)
Em segundo lugar, ele prestará contas ao Vencedor que virá em glória. …pela sua manifestação… (4.1b). John Stott esclarece que a ênfase maior desse primeiro versículo não recai tanto na presença de Deus, mas na volta de Cristo. Devemos viver à luz dessa esperança. Devemos viver como que na ponta dos pés, aguardando e apressando o dia da vinda de Deus. Somos o povo que não apenas aguarda ansiosamente a volta de Cristo, mas o povo que ama a vinda do Senhor (4.8). (…)
Em terceiro lugar, ele prestará contas ao Rei que vem para estabelecer seu reino de glória (4.1c). A segunda vinda de Cristo será absolutamente distinta da primeira. Na primeira vinda, ele se esvaziou e se humilhou; nasceu num berço pobre, foi educado numa família pobre e cresceu numa cidade pobre. Não tinha sequer onde reclinar a cabeça. Entrou em Jerusalém num jumentinho emprestado e foi sepultado num túmulo emprestado. Mas, em sua segunda vinda, virá em majestade e glória. Assentar-se-á no seu trono para julgar as nações. Julgará vivos e mortos, grandes e pequenos, reis e vassalos. Virá com grande poder para esmagar debaixo de seus pés todos os seus inimigos. Virá para estabelecer seu reino de glória.
Livro: 2 Timóteo: o testamento de Paulo à Igreja (Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2014. p. 104-106).
LIÇÃO 11 – 2* TIMÓTEO 4 – COMBATI O BOM COMBATE E GUARDEI A FÉ
TEXTO ÁUREO
Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” 2Tm 4.7
Estudada em 15 de setembro de 2019
VERDADE PRÁTICA
Devemos completar bem a nossa carreira cristã sem esmorecer na fé.
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda-feira – 2Tm 4.1 O supremo Juiz
Terça-feira – 2Tm 4.2 Pregue a Palavra
Quarta-feira – 2Tm 4.3 Rejeitando o que é excelente
Quinta-feira – 2Tm 4.7 É preciso terminar bem
Sexta-feira – 2Tm 4.9 Companhia consoladora
Sábado – 2Tm 4.22 Graça divina suficiente
LEITURA BÍBLICA
2 Timóteo 4.1-5
1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino:
2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a Longanimidade e doutrina.
3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos;
4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
5 Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.
Texto Completo: 2Tm 4.1-22
Hinos da Harpa: 186 – 225
2ª TIMÓTEO 4 – COMBATI O BOM COMBATE E GUARDEI A FÉ
INTRODUÇÃO
I. O DEVER SOLENE 4.1-5
1. Fidelidade na pregação 2Tm 4.1,2
2. Predição da apostasia 2Tm 4.3,4
3. Fidelidade suprema a Deus 2Tm4.5
II. COMBATI O BOM COMBATE 4.6-8
1. Combati o bom combate 2Tm 4.6
2. Completei a carreira 2Tm 4.7
3. Guardei a fé 2Tm 4.8
III. SAUDADE E DESPEDIDA 4.9-22
1. Visita de Timóteo 2Tm 4.9-13
2. Solidão 2Tm 4.14-16
3. Confiança no Senhor 2Tm 4.17-22
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo relembrou a Timóteo da sua principal missão: pregar o evangelho. Além disso, aqui o apóstolo se despediu do ministério e da sua própria vida, fazendo um balanço do legado e deixando registradas suas últimas palavras antes de seu martírio em Roma.
Após mais de 30 anos de ministério, Paulo, o apóstolo, foi morto por volta do ano 67 d.C.
I. O DEVER SOLENE (4.1-5)
1. Fidelidade na pregação (2Tm 4.1,2). Pregar a Palavra é a principal missão de um pastor (2Tm 4.2). Por isso, a Palavra tem supremacia, e a pregação, primazia. O chamado é para pregar a Palavra, e não falar sobre a Palavra. Ela é o conteúdo da mensagem e a autoridade do mensageiro. O pregador não cria a mensagem; ele apenas a proclama com fidelidade.
Em 2 Timóteo 4.1, Paulo enfatizou que a consciência da prestação de contas nos encoraja a fazer o trabalho de modo cuidadoso e fiel. Ela também nos livra do medo dos outros – pois, afinal, nosso Juiz supremo é Deus! e nos estimula a prosseguir, mesmo quando enfrentamos dificuldades.
2. Predição da apostasia (2Tm 4.3,4). Paulo não iludiu Timóteo com promessas vazias. Ele
sabia que o tempo do fim é marcado por uma forte oposição ao evangelho. Quais são as atitudes das pessoas?
Em geral as pessoas se sentem ofendidas com a sã doutrina (2Tm 4.3a), pois o evangelho nunca foi popular. A verdade sempre fere mortalmente o orgulho do homem e denuncia a malignidade do seu pecado.
Além disso, as pessoas se sentem atraídas pelas novidades (v. 3b) e, por isso, tapam os ouvidos à verdade, lançando-se no colo das fábulas (v. 4). Assim, substituem a revelação divina por suas fantasias. Terrível engano!
3. Fidelidade suprema a Deus (2Tm 4.5). Mas o desinteresse das pessoas em relação ao evangelho não deve determinar a atitude dos ministros de Deus. Longe de desistir de pregar porque as pessoas estavam mais interessadas em novidades que na verdade, Paulo ordenou que Timóteo cumprisse cabalmente o seu ministério de evangelista.
Para isso, Timóteo deveria ser sóbrio em meio aos entorpecidos (2Tm 4.5a); suportando as aflições em meio à oposição (v. 5b) e pregando as boas-novas de salvação em meio às distorções (v. 5c). Enfim, deveria completar o seu ministério em meio aos que retrocedem (v. 5d). Pois não basta ao ministro apenas começar bem a carreira; é preciso terminá-la bem (v. 7).
Uma fé provada é uma fé fortalecida. Por meio das provas aprendemos a conhecer nossas próprias debilidades, mas também a fidelidade de Deus, Seus temos cuidados, mesmo nas dificuldades que nos envia, para que possamos atravessá-las com Ele” (John Nelson Darby)
II. COMBATI O BOM COMBATE (4.6-8)
Em 2 Timóteo 4.6-8, Paulo fez uma profunda análise do seu ministério e, antes de fechar as cortinas da sua vida, abriu-nos uma luminosa clareira. Ele olhou para o passado com gratidão (v. 7), para o presente com serenidade e para o futuro com esperança.
1. Combati o bom combate (2Tm 4.6). É o seu olhar do passado com gratidão.
Paulo conhecia as competições atléticas de sua época, e utilizou essa metáfora para indicar sua vitória, ante as lutas que houvera enfrentado, desde sua conversão e o desenvolvimento do seu ministério. Seu combate da fé era em defesa da Igreja, lutando pelos irmãos em Cristo; era a luta contra os opositores que se levantavam contra sua missão. Todos os apóstolos de Jesus eram homens que combatiam “pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Mas nenhum teve tantas oposições e ameaças quanto Paulo. Ele foi um obreiro muito perseguido, mas nunca desistiu da luta espiritual em prol do evangelho (2Tm 3.11,12; 2Tm 4.14; 1Tm 1.20).
2. Completei a carreira (2Tm 4.7). É seu olhar do presente com serenidade.
Em sua carreira ou “corrida”, Paulo diz que não olhava para trás, mas para as coisas que estavam diante dele, prosseguindo “para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13,14).
Muitos têm começado a carreira da vida cristã, mas desistem, ante os obstáculos e os problemas que surgem pela frente. Nessa “carreira”, as dificuldades são enormes, porque, além de ser uma luta constante, o crente tem que carregar uma cruz “de cada dia (Lc 9.23).
Diante dessa realidade, após as experiências vividas em seu ministério, Paulo mostrou a Timóteo que tinha a certeza de que sua carreira como ministro do evangelho houvera terminado. Mas o fazia com a consciência tranquila, mesmo diante da morte, de que cumprira o seu dever para com Deus e sua Igreja.
3. Guardei a fé (2Tm 4.8). É seu olhar para o futuro com esperança. Paulo quis dizer que não apenas lutou o “bom combate” e concluiu “a carreira”, mas não o fez de qualquer maneira. Ele guardou “a fé”. Isso quer dizer que ele foi fiel a Deus, em todas as circunstâncias de sua vida cristã. Ele não se embaraçou “com os negócios dessa vida” e militou legitimamente (2Tm 2.4,5).
Guardar a fé significa guardar a fidelidade estrita a Cristo e a seus ensinamentos. E Paulo ensinou de modo eloquente sobre esse cuidado. O justo vive pela fé (G1 3.11); a salvação é pela fé em Jesus (Ef 2.8).
Paulo sabia o que era lutar e guardar a “fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Nessa peleja jamais abandonou a verdade nem negou a fé. Ele certamente foi a maior expressão do cristianismo. Viveu de forma superlativa e maiúscula. Concluída a sua carreira aguardava a coroa da justiça (2Tm 4.7,8).
Para o apóstolo Paulo, a morte dos crentes equivale a partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.23); é deixar o corpo e habitar com o Senhor (2Co 5.8); é lucro (Fp 1.21). A Bíblia diz que a morte dos santos é preciosa aos olhos do Senhor (SI 116.15); é bem-aventurança (Ap 14.13), pois é ir para a casa do Pai (Jo 14.2).
Fidelidade a Deus é a nossa primeira obrigação em tudo que somos chamados a fazer a serviço do Evangelho.” (Iain H Murray)
III. SAUDADE E DESPEDIDA (4.9-22)
1. Visita de Timóteo (2Tm 4.9-13). Paulo almejava a visita urgente de Timóteo na prisão, além da companhia era a última chance de passar a missão para Timóteo. A presença de Lucas com Paulo na sua segunda prisão (2Tm 4.11) foi um tocante testemunho da lealdade do médico amado. Lucas já havia acompanhado Paulo em sua viagem a Roma e em sua primeira prisão.
Tíquico (2Tm 4.12) foi companheiro de Paulo em sua última visita a Jerusalém e portador das cartas às igrejas de Colossos e Éfeso. Possivelmente, foi também o portador da segunda carta a Timóteo.
Paulo também enfrentou privações (2Tm 4.13). Precisava de amigos para a alma, capa para aquecer o corpo e livros para a mente.
2. Solidão (2Tm 4.14-16). Como se já não bastasse tantos infortúnios, Paulo ainda provou o gosto amargo da traição, Demas era um cooperador de Paulo, mas desertou
(2Tm 4.10). Ele não deu nenhuma descrição de Alexandre, senão que trabalhava com cobre. O apóstolo também não descreveu quais foram esses muitos males.
Alguns historiadores afirmam que foi Alexandre, que trabalhava com cobre, quem traiçoeiramente delatou Paulo, resultando em sua segunda prisão e consequente martírio.
Quando Paulo disse: “O Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras” (2Tm 4.14), não estava expressando um espírito vingativo, mas apenas entregando seu julgamento nas mãos de Deus, a quem pertencia esse direito. Paulo enfrentou a ingratidão (2Tm 4.16). Seus amigos o abandonaram e ele orou para que Deus não levasse isso em conta. Começaram bem a carreira, mas a encerraram mal. O verdadeiro amigo não nos abandona na hora da aflição.
3. Confiança no Senhor (4.17-22). Ele então reconheceu que havia sido abandonado pelos homens, mas que estava assistido por Deus (2Tm 4.17,18).
E significativo percebermos que Paulo não encerrou sua carreira frustrado. Não estava com sua alma amargurada, pois sabia que Deus não nos livra do vale, mas caminha conosco no meio do vale. Às vezes, Deus até nos livra da morte; mas, outras vezes, ele nos livra através da morte. Assim, em toda e qualquer situação, Deus é o nosso refúgio. Aleluia!
Paulo encerrou sua última carta com uma tocante declaração de confiança no Senhor, algumas saudações e com uma bênção pessoal e coletiva (2Tm 4.22). Estas foram as últimas palavras do apóstolo Paulo, registradas nas Escrituras. “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o Seu Reino celestial. A Ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!… O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja convosco”. (2Tm 4.18,22).
Ainda não terminamos a carreira que nos foi proposta. Portanto, temos muito a produzir dentro do Reino de Deus, assim como Paulo fez. Cabe a cada um de nós, avaliarmos a forma como temos combatido esse bom combate. Lembremos que, desde já, uma coroa incorruptível nos espera, e será dada a todos que esperam com amor e dedicação, a vinda do senhor
APLICAÇÃO PESSOAL
É possível completarmos bem a nossa carreira cristã sem esmorecer na fé. Para tanto, precisamos ter o desejo sincero de agradar ao Senhor com o nosso serviço ao Reino de Deus. Só com a ajuda Dele seremos vitoriosos.
RESPONDA
1) Qual é a principal missão de um pastor?
2) Quem foi Demas?
3) Como Paulo enfrentou a ingratidão dos seus amigos?
VOCABULÁRIO
• Bálsamo: remédio.
• Cabalmente: completamente.
• Getsêmani: jardim no monte das Oliveiras, lugar da agonia e prisão de Cristo.
• Primazia: prioridade.
• Supremacia: total e incontestável superioridade.