LIÇÃO 11 – ATOS 16, 17 e 18 – A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA
Em Atos 16, 17 e 18 há 40, 34 e 28 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos presentes, Atos 16.1-10; 17.1017; 18.1-11 (5 a 7 minutos).
Esta lição começa apresentando novos companheiros de trabalho, como o casal Áquila e Priscila, bem como o obreiro Apolo. Estes cooperadores são destacados por terem uma conduta que dignifica o nome do Senhor e Sua obra.
Cada lugar apresentava-se como um novo desafio para a expansão do reino de Deus. Mas o maior de todos era manter-se firme no fundamento da Palavra, examinando as Escrituras, ainda que houvesse resistência ou descaso com a pregação do Evangelho.
A segunda viagem de Paulo também tinha como propósito a consolidação e fortalecimento das igrejas que já estavam em pleno funcionamento. “Ensinando-os a guardar todas as coisas”, o discipulado e o cuidado diário com os novos crentes são trabalhos tão necessários quanto a evangelização.
OBJETIVOS
• Obedecera direção do Espírito.
• Descrever o itinerário da segunda viagem.
• Praticar as lições tiradas da segunda viagem.
PARA COMEÇAR A AULA
A segunda viagem de Paulo também precisa ser demonstrada em um mapa para que seus alunos tenham a dimensão do trabalho, lembrando sempre que os recursos visuais são úteis para a fixação de novos conhecimentos.
Destaque no mapa:
• Tessalônica – At 17.5
Resistência à pregação – Paulo e Silas
• Bereia – At 17.11
Exame da Palavra – viagem à noite, distante 80 km
• Atenas – At 17.18
Descaso com o Evangelho – centro intelectual e cultural do mundo
• Corinto – At 18.6 – Abandono da Sinagoga – centro de imoralidade
RESPOSTAS
1) Bereia.
2) Atenas.
3) Discipular.
LEITURA COMPLEMENTAR
O AVIVAMENTO PENTECOSTAL NO SÉCULO XX
“O avivamento pentecostal do século XX começou na sede do Bethel Bible School, na cidade de Topeka, estado do Kansas (EUA), quando Deus batizou com o Espírito Santo os primeiros crentes no século XX. Embora houvesse notáveis movimentos do Espírito Santo, nos quais falar em línguas, profecia e curas foram experimentados, nenhum desses reavivamentos desembocou para um “Movimento Pentecostal”, tal como resultou do derramamento do Espírito que tomou lugar na virada do século no Bethel Bible College, de Charles F Parham. Quando os estudantes entenderam, a partir de seus estudos nas Escrituras, que a principal evidência bíblica do batismo no Espírito Santo é o falar em língua, e então buscaram essa experiência, o tempo tinha chegado para a inauguração do movimento que viria a envolver todo o mundo.
Rua Azuza. É opinião geral dos historiadores que a face mais importante do Movimento Pentecostal no século XX deu-se na rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia, em 1906, com o pastor William J. Seymour, que foi o instrumento usado por Deus para pregar ardorosamente sobre a promessa do batismo no Espírito Santo. Seu acentuado zelo pela pureza da obra do Senhor levou muitas pessoas a se interessarem em buscar a preciosa bênção dos céus, mesmo aquelas filiadas a outras igrejas.
William J. Seymour, um santo pregador negro, filho de escravos, caminhou sob a influência do movimento de Fé Apostólica (como o Movimento Pentecostal foi primeiramente conhecido) em Houston, Texas. Charles Parhan tinha aberto outra escola naquela cidade, nos idos de 1905. Foi lá que Seymour recebeu instruções sobre a doutrina pentecostal. Embora fosse admoestado pelos irmãos em Houston a não partir para Los Angeles, não até que houvesse recebido o batismo pentecostal, Seymour mesmo assim se sentiu impelido a aceitar o convite que lhe fora feito. O resultado de sua ida àquela cidade é bem conhecido, pois em Los Angeles, Califórnia, em 9 de abril de 1906, quando a primeira pessoa na cidade recebeu o batismo no Espírito Santo, de acordo com o modelo bíblico, houve uma reação em cadeia que espalhou a mensagem pentecostal por todas as principais cidades Norte-americanas, principalmente para a cidade de Chicago, onde quase todas as igrejas evangélicas receberam a promessa gloriosa. Esse movimento se alastrou por várias partes do mundo e caracterizou-se por acentuar o espírito missionário entre os crentes e, consequentemente, o interesse em disseminar a sã doutrina entre outros povos, até aos confins da terra, inclusive o Brasil.
Livro: “História Centenária da Assembleia de Deus.” (Benjamim de Souza) Igreja- -mãe – Assembleia de Deus. Belém, 2011, Pág. 16 e 18)
Estudada em 13 de dezembro de 2020
LIÇÃO 11 – ATOS 16, 17 e 18 – A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA
Texto Áureo
“Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número.”
At 16.5
Leitura Bíblica Para Estudo Atos 16.1-10; 17.10-17; 18.1-11
Verdade Prática
O Evangelho alcança pessoas das mais diferentes classes e estágios culturais, sociais e econômicos.
Esboço da Lição
INTRODUÇÃO
I. NOVO TEMPO At 16.1-40
1. Novos obreiros At 16.1-4
2. Novas conversões At 16.5-40
3. Novas perseguições At 16.23
II. NOVOS DESAFIOS At 17.5-18; 18.9
1. Tessalônica – Transtornando o mundo At 17.6
2. Bereia – Apego à Palavra At 17.10
3. Atenas – Sua idolatria At 17.29
4. Corinto – Fala e não te cales At 18.9
III. NOVAS LIÇÕES 16.215-31 ; 18.11
1. O valor de uma pessoa At 16.31
2. Cantando no escuro At 16.25
3. Consolidação da obra At 18.11,23
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 127 – 471
INTRODUÇÃO
A segunda viagem missionária começa em Atos 15.36 e vai até 18.22. Agora, duas duplas são formadas, embora o foco de Lucas se volte apenas para Paulo e Silas. A fé dos cristãos é confirmada e novos campos são abertos.
I. NOVO TEMPO (At 16.1-40)
Deus dirige Paulo através de negativas, deixando claro que nem sempre aquilo que queremos está de acordo com a sua vontade (At 16.6-7). Não é o plano de Paulo que prevalece, mas a vontade de Deus. Ele é o Senhor, não nós.
1. Novos obreiros (At 16.1-4)
“Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego” (At 16.1)
A partir desse episódio ficamos conhecendo Silas, companheiro de Paulo na segunda viagem missionária, e Timóteo (1Tm 1.2), colaborador predileto e companheiro fiel até sua morte. Também conheceremos o casal Priscila e Áquila, dedicados colaboradores do apóstolo. Deles Paulo vai dizer que ariscaram a vida por ele (Rm 16.3-4). Paulo os chama de “meus cooperadores”. Que título lindo! A obra de Deus é feita por gente assim, de caráter consagrado, fiel, honrada, digna e que inspira confiança. Nessa viagem também
será mencionado Apolo, “homem eloquente e poderoso nas Escrituras” (18.24). Como precisamos de ‘Apo- los” neste nosso tempo. Nada dignifica mais um púlpito do que um pregador cheio do Espírito pregando a Palavra de Deus.
Todos sabemos que Paulo foi um grande apóstolo e sua obra foi gigantesca, mas o que teria conseguido realizar sozinho? Toda igreja bem sucedida tem muitas mãos, mentes e corações envolvidos.
2. Novas conversões (At 16.5-40)
“Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número”(At 16.5).
Em várias ocasiões, no livro de Atos dos Apóstolos, Lucas faz uma interrupção e acrescenta um pequeno resumo da vida da Igreja. Em 16.5, faz isso novamente, dizendo que a Igreja era fortalecida e crescia em número.
Em Filipos, temos a conversão de Lídia, a do carcereiro e da jovem escrava liberta dos demônios.
Em Tessalônica “alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo eSilas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres” (17.4). Em Be- reia, é dito que “muitos deles creram, mulheres gregas de alta posição e não poucos homens.” (17.12).
Em Corinto, “Crispo, o principal da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa; também muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados.” (18.8).
E assim segue. Onde a Palavra de Deus é pregada, Jesus salva e transforma. Paulo vai dizer depois que sua única preocupação em Corinto era concernente ao saber exclusivo de pregar a Cristo e este crucificado (1Co 1.18,23). Eis a razão do seu sucesso. O que temos pregado?
3. Novas perseguições (At 16.23)
“E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança.”
Diante das conversões de almas perdidas encontrando salvação, Satanás coloca novos obstáculos. Paulo e Silas são presos. Qual o crime? Pregar o Evangelho e libertar uma jovem das garras dos demônios. Perseguições são inevitáveis na vida daqueles que andam com Cristo. A piedade sempre vai provocar o antagonismo do mundo. Como disse Hernandes D. Lopes: “Cicatrizes são o preço que todo crente fiel paga por sua lealdade a Cristo.”
Certa vez um irmão fez a seguinte pergunta: “Pastor, se a igreja for mais perseguida será mais fiel?”. “Não”, respondeu ele. “Se ela for mais fiel, será mais perseguida”. Paulo confirma isso em 2 Timóteo 3.12. Está inserido na nossa decisão por Jesus o sofrer pelo Evangelho. Estamos dispostos?
II. NOVOS DESAFIOS (At 17.5-18; 18.9)
Veremos, de modo resumido, o ministério de Paulo em quatro cidades (três no capítulo 17 e uma no capítulo 18) e a forma como reagiram à Palavra de Deus.
1. Tessalônica – Transtornando o mundo (At 17.6)
“Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui.”
Depois de deixarem Timóteo em Filipos para orientar e cuidar do novos membros, Paulo e Silas viajam 150 quilômetros e vão pregar em Tessalônica. Era a capital da Macedônia e um grande centro comercial com cerca de 200 mil habitantes. Ali os resultados foram seguidos de muita oposição por parte dos judeus que viam as pessoas deixarem a sinagoga (v.5). O vigor, o dinamismo e a ousadia era tanta que deles é dito: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (17.6).
2. Bereia – Apego à Palavra (At 17.11)
“Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a paiavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.”
O ministério de Paulo em Tessalônica foi curto, mas muito eficaz. Devido à perseguição, eles viajam à noite e chegam a Bereia, distante 80 quilômetros. Logo o Evangelho é pregado nas sinagogas, mas com a diferença de que, ali, eles ouvem com atenção e respeito, analisando e comparando diariamente a fala e a pregação com o filtro das Escrituras. Bereia é um exemplo de pessoas interessadas e sedentas, as quais entendiam que fora das Escrituras não há verdade. O que dá vida à Igreja não é show, nem programas especiais. O que mantém uma Igreja viva é a pregação e o ensino da Bíblia, porque ela é a Palavra viva do Deus vivo.
3. Atenas – Sua idolatria (At 17.29)
“Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem.”
Atenas fora por muito tempo a principal cidade da Grécia e o centro intelectual e cultural do mundo. Os artistas da cidade eram insuperáveis em escultura, literatura e oratória. A chegada do Evangelho ali, através de Paulo, foi um momento histórico. Embora culta, a cidade era idólatra. É aqui que Paulo prega um dos seus mais brilhantes sermões: “AO DEUS DESCONHECIDO”.
Talvez a maior lição é que a cultura do mundo não significa que ele esteja iluminado. Pode-se ter a melhor cultura, o maior saber, a mais brilhante intelectualidade, e ainda assim estar em trevas e sem salvação. Atenas precisava de Cristo. Nunca devemos nos deixar ser iludidos pelo mundo e sua pompa.
4. Corinto – Fala e não te cales (At 18.9)
“Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales”
Corinto era o maior centro de imoralidade do império. Era notória por sua depravação. Houve época em que a maioria dos cidadãos de Corinto adorava Afrodite, deusa promíscua, cujo templo chegou a ter mil prostitutas cultuais. Corinto também era o centro comercial e político da Acaia. Tinha uma grande população. Ali Paulo permaneceu um bom tempo (v.11). Como os judeus não quiseram ouvi-lo e blasfemaram, ele sacudiu as suas sandálias e foi pregar aos gentios.
O que temos nesse episódio é a auto-exclusão dos judeus. Eles não querem o Evangelho, mas tem quem queira. O ministério de Paulo em Co- rinto foi intenso. Qualquer pessoa que fosse ser crente em Corinto defrontava-se com um ambiente permeado de tentações. Talvez por isso foi a Igreja que mais cartas recebeu de Paulo. Mas o Evangelho, como sempre, triunfou.
“Por que os cristãos sofrem? E por que não sofreriam? Estando em Cristo, eles são os únicos que realmente podem lidar com isso.”
C.S. Lewis
III. NOVAS LIÇÕES (16.25-31)
1. O valor de uma pessoa (At 16.31; 18.11)
“Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”
Repetidas vezes, em Atos e outros lugares do Novo Testamento, vemos essa preocupação e ênfase. Uma só pessoa é campo missionário grande o suficiente. O Talmud diz: “aquele que salvou uma vida, salvou o mundo inteiro”; ou, mais especificamente: “Quem quer que destrua a vida de um único ser humano, é como se ele tivesse destruído o mundo inteiro”.
Chama-nos a atenção que algumas das palavras mais profundas ditas por Jesus foram ditas, privativamente, a uma pessoa. O texto de João 3.16 foi dito a Nicodemos na calada da noite. A fala: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24), também é dita a apenas uma pessoa. Lídia, o carcereiro, o etíope, Timóteo, e muitos outros, foram ganhos um de cada vez. O que isso nos diz?
2. Cantando no escuro (At 16.25)
“Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.”
Outra lição que Deus nos ensina é essa: é possível cantarmos no escuro em meio às prova. Em vez de se queixarem ou amaldiçoarem seus algozes, os dois servos de Deus, presos em Filipos, oram e cantam louvores. Cantar quando fartos, sadios e prósperos não é difícil; mas, e cantar numa masmorra fria e escura com as costas dilaceradas por açoites?
Meditando nessa passagem, Spurgeon disse: “É fácil cantar quando conseguimos ler a partitura à luz do dia, mas como cantar quando não há sequer um raio de luz para iluminar as notas?”. Não é a ausência de claridade física apenas. Eles não haviam feito nada para merecerem estar ali. No entanto, tinham convicção, salvação, paz na alma e a certeza da presença de Cristo. É suficiente. É possível, sim, cantar na noite escura da alma quando Cristo está conosco. Ele não abandona o fiel.
3. Consolidação da obra (At 18.11,23)
“E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus” (At 18.11).
Nessa nova viagem, Paulo não apenas planta novas igrejas, mas também consolida e fortalece as existentes. Não basta evangelizar, é necessário estruturar a obra. Não basta evangelizar, é necessário cuidar dos convertidos. Como uma igreja é fortalecida? Através do ensino sistemático e profundo das Escrituras e do exercício dos dons, através de gente que quer ser útil e não apenas servida. Há muita gente que se converte de verdade, mas lhes falta ensino bíblico e pastoreio amoroso.
Uma igreja com 10 anos de existência, com 200 membros, provavelmente viu passar por seu rol o dobro de pessoas. Isto é, outras 200 estão desviadas; e a porcentagem de desviados que retorna à igreja normalmente não chega a 10%.
A ordem de Jesus é uma só: evangelizar e fazer discípulos. Uma coisa sem a outra está incompleta. Para fazer discípulos, é necessário dar exemplo e ensinar todas as coisas que Jesus nos mandou (Mt 28.18-20). Isso leva tempo. Isso custa o nosso envolvimento. Por esta razão, Paulo permaneceu por um ano e meio em Corinto (At 18.11); e por dois anos em Éfeso (At 19.10). Eis um grande desafio para nós, hoje.
APLICAÇÃO PESSOAL
A Igreja cristã está integralmente ligada à Palavra. A igreja sem a Palavra do Senhor é como uma lâmpada sem energia elétrica.
RESPONDA
Complete as lacunas:
1) Em 1 os ouvintes tiveram a nobreza de examinar as Escrituras e conferir o que Paulo pregava.
2) Em || Paulo pegou o seu famoso sermão “Ao Deus desconhecido”.
3) Nessa lição, aprendemos que não basta evangelizar, mas também é necessário, os convertidos.