Lição 12: 2 Samuel 13 a 18: A Revolta de Absalão

LIÇÃO 12: 2 SAMUEL 13 A 18: A REVOLTA DE ABSALÃO

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em 2 Samuel 13 a 18 há 194 versos, no total. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 2 Samuel 15.1-18 (5 a 7 min.).

Deus nos ama e se inclina ao perdão. Contudo, nosso pecado deixa consequências. Como Natã havia profetizado (2Sm 12.10) começa a se formar o contexto que resultará na rebelião de Absalão contra Davi, seu pai. A sutileza maligna dos propósitos de Absalão enganou a muitos e estes acabarão contribuindo com a rebelião da qual o líder tinha extrema beleza e era príncipe da corte de seu pai. Absalão tinha todos os requisitos para ser bom filho, bom crente e bom exemplo; mas fingiu, traiu e corrompeu a muitos. Davi agora era foragido no seu reino, traído por quem amava e envergonhado pelo seu próprio sangue. Deus ensina que perdão e impunidade são coisas diferentes.

 

OBJETIVOS
• Precaver-se do perigo da rebelião.
• Compreender a razão de Deus abominar a rebelião.
• Servir com alegria onde Deus nos colocar.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Tramar rebeliões é maligno (Is 14.13-14; Ez 28.17-18). O que Davi fez com Urias, agora seu filho Absalão o faz pior, sob influência infernal. Belo e soberbo; mentiroso e astuto, Absalão foi uma vara de correção a fim de que Davi soubesse que o mesmo Deus que ama também faz justiça. Professor(a), use um projetor ou um cartaz para contrastar Absalão (2Sm 14.25) e aquele descendente sem formosura (Is 53. 2-3) que também pertencia à casa de Davi. Mais que a aparência, é a essência que os separa.

 

RESPOSTAS
1) F
2) V
3) V

 

Leitura adicional
Poucos temas serão necessários e urgentes em nossos dias comO o do perdão.
Falar de perdão é falar de Deus. É falar de um Deus que entre nos condenar ou perdoar, decidiu que perdoaria. E assumiu o custo disso. Um custo muito alto, por sinal. Não existe perdão barato.

Falar de perdão é falar de cura. Não há saúde emocional nem espiritual onde não há perdão. Perdão é um tema importantíssimo pelo seu poder terapêutico e libertador. Quando perdoamos libertamos alguém e esse alguém, descobrimos, somos nós mesmos. Não perdoar por sua vez, é seguir acorrentado à outra pessoa, na expectativa do que de pior possa acontecer com ela. Não vale a pena.
Temos dificuldades com esse tema. Muitas dificuldades. Já se disse que o perdão é muito mais difícil do que achávamos ser antes de nos depararmos com a necessidade de praticá-lo e mais complicado do que geralmente os sermões parecem dizer.
O perdão só existe porque todos nós podemos cometer erros e machucar gente que amamos. Todos nós machucamos e somos machucados ao longo da vida. Sem o perdão, seria impossível manter relacionamentos saudáveis, e sem isso não há vida que vale a pena. Viver é se relacionar.
O ditado popular diz que “a vingança é um prato que se come frio” não é verdadeiro. A vingança pode até satisfazer a carne por algum momento, mas se torna em fel, azeda a vida e produz morte ao seu redor. O perdão é sempre a melhor opção. É sempre a melhor decisão. A vingança pode até ser sedutora, sobretudo quando se tem poder para isso, mas a ela não resolve. A vingança é o cárcere da alma.
Paulo, apóstolo, ao escrever aos Romanos nos diz algo valiosíssimo sobre essa questão: Meus queridos irmãos, nunca se vinguem; pelo contrário, deixem que seja Deus quem dê o castigo. Pois as Escrituras Sagradas dizem. Eu me vingarei, eu acertarei contas com eles, diz o Senhor’ (Rm 12.19).”
Livro: “Por que Perdoar? (Pág. 07 e 08). Pádua Rodrigues. Editora Nítida – S. J. dos Campos, 2017.

 

Estudada em 17  de setembro de 2023

 

2 SAMUEL 13 a 18: A REVOLTA DE ABSALÃO

 

Texto Áureo
“Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tomou-se poderosa a conspiração, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão.” 2Sm 15.12

 

Verdade Prática
Rebelião nunca vem de Deus. Ela é inspirada no inferno pois divide e enfraquece o povo de Deus.

 

Leitura Bíblica Para Estudo: 2 Samuel 15.1-18

 

INTRODUÇÃO

 

I. QUEM FOI ABSALÃO? 2Sm 13.38
1. Coração vingativo 2Sm 13.22
2. Difícil relação com seu pai Davi 2Sm 13.38
3. Príncipe e belo 2Sm 14.25

 

II. O PERIGO DA REBELIÃO 2Sm 15
1. Desagrada a Deus 2Sm 15.3
2. Usa as pessoas 2Sm 15.11
3. Morte trágica de Absalão 2Sm 18.10,15

 

III. LIÇÕES DE ABSALÃO 2Sm 16 a 18
1. Honrar os pais é um dever 2Sm 16.11
2. O perigo do ressentimento 2Sm 16.15
3. Ambição pelo trono 2Sm 17.26

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 20 – 166

 

INTRODUÇÃO
A história de Absalão se inicia no capítulo 13 e vai até o capítulo 18 de 2 Samuel. É uma história triste, lamentável e trágica de alguém que, orbitando em torno do poder, aspirava usurpá-lo de seu próprio pai.

I. QUEM FOI ABSALÃO? (2Sm 13 e 14)
Vejamos algumas características desse jovem príncipe.

1. Coração vingativo (2Sm 13.22)
Porém Absalão não falou com Amnom nem mal nem bem; porque odiava a Amnom, por ter este forçado a Tamar, sua irmã.

O primogênito de Davi, Amnon, se afeiçoou pela sua irmã Tamar, diz a Bíblia, e não podendo ser correspondido ele a força e estupra. Ao saber do acontecido com sua irmã, Absalão fica muito irado e alimenta um sentimento doentio e profundo de vingança. Seu apego por sua irmã é tão profundo que ele coloca o nome dela na sua única filha (2Sm 14.27). Certamente contribuiu para esse sentimento a atitude nada firme de Davi que não toma nenhuma ação em relação ao seu filho Am- non. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas como pai falhou tremendamente em conduzir a sua própria casa. Absalão alimenta sua vingança e faz planos
por dois anos até que por fim os executa. Não poderia Davi ter percebido isso? Quem melhor do que ele para intervir nesse quadro?
Vingança é algo terrivelmente danoso para quem a realiza, além disso não resolve o coração de ninguém. Só o perdão pode acabar com a amargura e o sentimento de vingança. A vingança é sedutora, mas nos amarra num ciclo de ódio sem fim. O perdão por outro lado é libertador. Ele não muda o ofensor, mas liberta o ofendido. Laion Monteiro está certo quando cunhou a frase: “Se quiser terminar igual, odeie. O ódio é uma máquina de fazer cópias.” Só o perdão nos liberta para uma vida bonita. Absalão não conseguiu. E nós?

 

2. Difícil relação com seu pai Davi (2Sm 13.38)
Assim, Absalão fugiu, indo para Gesur, onde esteve três anos.
A relação entre Davi e Absalão foi muito disfuncional. Claro que isso não justifica nem inocenta as falhas deste, mas não podemos esconder as dificuldades de Davi em lidar com seus filhos. Onde ele estava? Sem dúvidas ocupado demais com questões do reino. Reuniões demais, protocolos demais, formalidades demais. Mas não há sucesso na vida que compense o sacrifício da família. Que Davi tinha excelentes expectativas e grandes sonhos para seus filhos é inegável, haja vista aos nomes colocados neles: Adonias (aquele pertence a Adonai); Salomão (também chamado de “amado do Senhor”); Absalão (Pai da Paz).
Devemos considerar que ser pai é uma sublime missão, mas é também uma árdua e difícil tarefa. Não nos compete apedrejar nosso irmão Davi, mas aprendermos com ele. Como já foi dito, filhos não vêm com manual e nenhum pai ou mãe jamais poderá se sentir expert ou perito na arte de educar filhos. É fato que muitos têm mais sucesso fora dos portões de casa do que dentro deles. É mais fácil ter um grande desempenho na vida profissional do que na paternidade. Nada tem maior impacto do que o exemplo e nesse quesito Davi nao foi uma referência. Finalmente lembremos do que diz Provérbios 22:6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.”

 

3. Príncipe e belo. (2Sm 14.25.)
Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum.

Absalão, cujo nome significa “pai da paz” era o terceiro filho de Davi (2Sm 3.3). Ele era dotado de uma aparência física incomum. Quantas pessoas poderíam se comparar a ele no quesito beleza? Não havia, diz a Bíblia. Sua formosura física descomunal também foi compartilhada com sua irmã Tamar (2Sm 13.1). Como príncipe, Absalão também tinha riquezas, além de ser um jovem cheio de sonhos e de energia. Somado a isso, havia também a realeza do seu sangue por parte de sua mãe Maaca, que era filha do rei de Gesur.
Também podemos ver pelos passos e atitudes posteriores de Absalão que ele era inteligente e habilidoso para alcançar resultados políticos. Era, portanto, um rapaz com grande potencial e chance de se tornar um governante e líder tão excelente quanto seu pai. Mas, acontecimentos lamentáveis revelaram um coração dominado por paixões e desejos completamente alheios à vontade e ao propósito de Deus. É nos desertos da vida que todos nós somos provados.

 

II. O PERIGO DA REBELIÃO (2Sm 15)
Quando a rebeldia toma conta do coração a pessoa passa a seguir uma cartilha maldita. Os perigos são inerentes, mas Absalão não vê. Quais são?

1. Desagrada a Deus (2Sm 15.3)
Então, Absalão lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei.

As Escrituras deixam claro o desagrado de Deus para com a rebelião (1Sm 15.22,23). Absalão não queria apenas a reconciliação com seu pai, mas o seu lugar. Ele quer usurpar o reino. No passado Saul achava que era isso que Davi queria, agora Absalão demonstra ser aquilo que Davi nunca fora. Ele vai tentar roubar o afeto do povo com politicagem e manobras espúrias.
A rebelião desagrada a Deus por não contar com a bênção Dele o rebelado envereda por caminhos da mentira e do engano. Foi o que Absalão fez tentando, através de bajulação e falsidade, desviar o respeito do povo para com o rei Davi. Absalão soube transmitir uma bela imagem externa de que era melhor para o cargo do que o próprio pai, mas no fundo a intenção era apenas rebeldia de um coração não tratado diante de Deus. Ele acordava cedo, ia para a porta do palácio como se fosse um horário eleitoral” e ficava plantando uma imagem negativa do seu pai (15.3). Ele agia como um populista que demonstra falsos interesses.

 

2. Usa as pessoas (2Sm 15.11)
De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio.
Impostores não amam as pessoas, apenas as usam. Essas duzentas pessoas eram possivelmente gente influente que podia dar um certo “peso” à conspiração. Como se diz hoje, eram “inocentes úteis”. Não é de hoje que as pessoas participam de uma causa sem a mínima noção de todas as implicações que se abrigam sob o apoio prestado.
Infelizmente, o caráter de Absalão não é diferente de muitos personagens contemporâneos de nossa política. Vejamos algumas características da sua rebeliã0:
a) Ostentação de poder (15.1).  b) Comunicação convincente (15.2); c) Mentira (15.3); d) Ambição desmedida (15.4); e) Bajulação (15.5); f) Falsa religiosidade (15.7); g) Completa ausência de princípios e de ética (16.21). QUe Deus guarde O coração de todos nós.

 

3. Morte trágica de Absalão (2Sm 18.10,15)
Cercaram-no dez jovens, que levavam as armas de Joabe, e feriram a Absalão, e o mataram (v. 15).
O resultado final não podia ser outro. O jovem príncipe e morto por Joabe, general de Davi, dependurado pela cabeça, provavelmente pelos seus longos cabelos, nos ramos espessos de um carvalho (2Sm 14.26). Aitofel, o conselheiro de Davi que havia se aliado a Absalão se suicida e muitos dos que seguiam Absalão igualmente acabaram mortos em batalha (2Sm 18.7,8).
Não nos iludamos, o resultado do pecado sempre será morte em todos os aspectos. Rebelião será sempre um caminho de angústia, tristeza e morte. Como estava a vida espiritual de Absalão? Agora vejamos que Davi ora, clama e continua dependendo de Deus. Inclusive foge do palácio para evitai mais mortes. Na sua fuga da cidade, Davi se recusa levar a arca com eh (2Sm 15.24 e 25). Ele entende que melhor do que a mobília de Deus é Deus vivo com ele. Ele se recusa usar a arca como amuleto. Absalão, por outro lado, podia ter a cidade e a arca, mas não tinha a presença de Deus.

 

III. LIÇÕES DE ABSALÃO (2Sm 16 a 18)

1. Honrar os Pais é um dever (2Sm 16.11)
Disse mais Davi a Abisai e a todos os seus servos: Eis que meu próprio filho procura tirar-me a vida, quanto mais ainda este benjamita? Deixai-o; que amaldiçoe, pois o Senhor lhe ordenou.
A obediência dos filhos aos pais não é uma opção, não é um pedido, é uma ordem (Cl 3.20). Filhos que não obedecem aos pais estão em desobediência não somente a eles, mas também a Deus. Só por isso já podemos ver que o caminho de Absalão insurgindo-se contra seu pai era um caminho rumo ao abismo. Mas, a Bíblia vai um passo além. Diz que os filhos devem não somente obedecer, mas honrar os pais (Ef 6.2).
Honrar é colocar em posição de superioridade, é tributar peso ou dignidade. Duas promessas são proferidas aos que obedecem seus genitores: Prosperidade e longevidade (Ef 6.3). Filhos, valorizem seus pais, se os têm, enquanto os têm. Elogie seus pais, beije-os, presenteio-os. Pais, saibam que vocês são os guias espirituais de seus filhos. Que guia você tem sido?

 

2. O perigo do ressentimento (2Sm 16.15)
Absalão, pois, e todo o povo, homens de Israel, vieram a Jerusalém; e, com ele, Aitofel.
Ressentimento é veneno para a alma e quando instalado no coração de uma pessoa os prejuízos se ampliam a quem estiver por perto. É muito difícil a convivência com gente amargurada, por isso que o autor da carta aos Hebreus nos adverte: “Cuidado para que ninguém se torne como uma planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno” (Hb 12.15, NTLH). A versão mais comum diz “… e por ela (a amargura), muitos se contaminem”. Amargura no coração priva a graça divina de operar em nós e afeta quem está ao lado.
Quanta gente, assim como Absalão, vive uma vida miserável por causa do ressentimento. Quantas igrejas já foram afetadas e prejudicadas pelo ressentimento entre seus membros manchando seu testemunho. O ressentimento é uma palavra que expressa por si o que acontece dentro das suas vítimas. Literalmente significa “sentir de novo”. É apegar-se ao passado trazendo-o de volta sempre e sempre sem deixar a ferida cicatrizar. É o residual de uma experiência que nos fez mal e insiste em não ir embora, diz a psicologia. É preciso lidar com ela enquanto é tempo e antes que produza raízes ou crias malignas.

 

3. Ambição pelo trono (2Sm 1726)
Israel, pois, e Absalão acamparam-se na terra de Gileade.

Uma pessoa não faz o que az porque é a melhor que pode faze-lo. Ela está fazendo porque Deus a colocou ali. Davi era o rei porque Deus o escolhera e não porque fosse a pessoa mais qualificada. Isso precisa ficar claro. Ao lutar contra isso, achando que poderia fazer melhor que seu pai, Absalão passa a lutar contra a ordem estabelecida por Deus. Cuidado com gente que ataca seus líderes, sempre vendo defeitos e falhas e desejando seu lugar. Esse é o caminho de Absalão. Curioso o desejo de Absalão de ser juiz na terra (15.4). Por que ninguém briga para servir? Toda rebelião e divisão é sempre para mandar, nunca para ser servo. Nosso modelo, jesus Cristo, veio para servir: “Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45).
O maior, o mais forte, não é o mandão, mas é o que obedece e serve (Mt 18.4). Não são poucos que, não contentes em servir onde estão, racham a igreja, fundam seu ministério e vão ser pastores de si mesmos. Interessante o exemplo de Martinho Lutero que, quando ouviu falar que seus seguidores estavam se chamando de luteranos, disse: “Quem sou eu? Quem é Lutero, para dar nome à igreja de Cristo? “Sou apenas um saco de verme!”

 

APLICAÇÃO PESOAL
O caminho escolhido por Absalão não serve de exemplo para ninguém. Rebelião será sempre um caminho de tristeza, angústia e morte. Evite esse caminho.

 

RESPONDA

Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:

1) Podemos afirmar que as relações familiares de Absalão foram maravilhosas e
exemplares.

2) O ressentimento é um veneno para a alma de qualquer um, cujo antídoto é o
perdão

3) A ordem de obedecer aos pais vem acompanhada da promessa de uma vida longa e abençoada