Lição 5 – Gálatas 5 – Zelando Pela Liberdade Conquistada

Lição 5 – Gálatas 5 – Zelando Pela Liberdade Conquistada

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Gálatas 5 há 26 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Gálatas 5.1-26 (5 a 7 min.).

Nosso Deus nos chamou por sua graça para desfrutarmos as bênçãos da liberdade, todavia essa liberdade pode facilmente descambar em licenciosidade. Hoje veremos que no capítulo 5, o apostolo Paulo desnuda tanto o uso correto desse direito conquistado na cruz quanto o esgarçamento dessa liberdade a fim de “dar ocasião à carne” (G1 5.13).
Paulo admoesta aquela igreja a moderar o uso de sua liberdade por meio do exercício do amor e servidão ao próximo, o que aconteceria naturalmente à medida que os gálatas atentassem a recomendação paulina: “andai no Espírito” (G1 5.16). Perceba a ênfase no verso 16 ao termo “satisfareis” e entenda que embora sujeitos ao pecado, não somos mais escravos desse senhor tão cruel. Portanto devemos fazer da oposição ao seu poder, um hábito.

 

OBJETIVOS
• Celebrar a liberdade que temos em Cristo.
• Discernir que liberdade não pode ser pretexto para vida de pecado.
• Diferenciar as obras da carne do fruto do Espírito.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Enfatize em classe a importância de vivermos uma vida condizente com nossa atual realidade de libertos da escravidão do pecado. Esclareça que isso implica em uma vida de eterna vigilância e combate contra nossos impulsos carnais.
Seria salutar se nesse momento inicial você estudasse e fizesse uso de algumas passagens dentre as quais podemos citar: o capítulo 6 de Romanos, bem como os capítulos de 8 a 10 da primeira Carta aos Coríntios, principalmente 1 Coríntios 9.15-27.

 

RESPOSTAS 
1) Errado.
2) Certo.
3) Errado.

 

LEITURA ADICIONAL
Paulo começa mais uma vez na obra redentora de Cristo, embora o faça com um acento bem direcionado. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Talvez haja aqui uma referência a uma discussão judaica (Haubeck, pág 120,125,140,303-304). Por trás havia as duas possibilidades existentes na compra de escravos na Antiguidade. Um escravo podia ser comprado no mercado de escravos unicamente para continuar seu serviço sob o novo proprietário, ou seja, não era resgatado para a verdadeira liberdade. Alguns escribas enfatizavam que Deus havia resgatado os israelitas do Egito, não para serem Seus filhos, mas Seus escravos. Por isso também teriam agora a obrigação de obedecer às suas instruções. Outros discordavam: Deus não somente tinha comprado Israel, mas o resgatou para a liberdade. É com esse segundo entendimento da redenção que Paulo estabelece conexão. Para ele os resgatados são decididamente filhos e crianças de Deus. Por isso ele dá o destaque maior possível ao caráter libertador do resgate: liberto para a liberdade. — Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção (Rm 8.15). Cumprir os mandamentos de Deus – sem dúvida, porém não mais sob pressão, e sim por amor (G1 5.14).
Livro: Carta aos Gálatas: Comentário Esperança (Adolph Pohl, Esperança, 1999, Pg. 113).

LIÇÃO 5 – GÁLATAS 5 – ZELANDO PELA LIBERDADE CONQUISTADA

Texto Áureo
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” Gl 5.1

 

Verdade Prática
A verdadeira liberdade, em Cristo não deve ser confundida com libertinagem ou liberdade para viver na prática de pecado.

 

Estudada em 2 de maio de 2021

 

Leitura Bíblica Para Estudo Gálatas 5.1-26

 

INTRODUÇÃO

 

I. LIBERTOS PARA A LIBERDADE Cl 5.1-6
1. Éramos escravos Gl 5.1
2. Legalismo é voltar à escravidão Gl 5.3
3. Legalismo é decair da graça Gl 5.4

 

II. LIBERDADE PARA FAZER O BEM Gl 5.13-15
1. Liberdade cristã não é pecar Gl 5.13a
2. Liberdade cristã é fraternidade Gl 5.13b
3. Liberdade cristã vai além da lei Gl 5.14

 

III. ANDAR NO ESPÍRITO RESOLVE O CONFLITO Gl 5.16-26
1. Conflito entre carne e Espírito Gl 5.16
2. As obras da carne Gl 5.19-21
3. O fruto do Espírito Gl 5.22,23

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 175 – 266

 

INTRODUÇÃO
Na lição anterior aprendemos que os alcançados pelo Evangelho da graça o são para a liberdade e não para a escravidão. Neste capítulo, os gálatas são exortados a não abrir mão dessa liberdade. São orientados a refutar a proposta judaizante da circuncisão, sob pena de estarem invalidando o sacrifício de Cristo.

 

I. LIBERTOS PARA A LIBERDADE (Gl 5.1-6)
Paulo enfatiza que fomos libertos para sermos livres. Isso parece uma redundância desnecessária, mas não é. Vejamos alguns aspectos desse posicionamento:

1. Éramos escravos (Gl 5.1)
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.”
Um escravo poderia ser comprado no mercado somente para continuar como escravo sob novo dono. Nossa libertação em Cristo vai muito além disso, pois Cristo nos tirou da escravidão para sermos realmente livres.

 

2. Legalismo é voltar à escravidão (Gl 5.3)
“De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei.”
A justificação pela lei só seria possível se o homem pudesse cumprir toda a lei. Abrigar-se a guarda da lei é estar debaixo da sua escravidão, exatamente pelo fato de que ninguém é capaz de fazê-lo. Os gálatas já haviam sido libertos da escravidão da lei pelo Evangelho da graça, mas, agora, estavam flertando com o legalismo judaico.

3. Legalismo é decair da graça (Gl 5.4)
“De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.”
O fundamento do Evangelho da graça é que a morte de Cristo é, por si só, suficiente para a nossa expiação diante de Deus; e Sua ressureição, para a nossa justificação (Rm 4.25). Qualquer acréscimo que se faça a esse princípio, como ritos, como queriam os legalistas, é uma agressão à graça divina.
Falsos mestres diziam aos cristãos na Galácia que Deus os aceitaria não por sua fé em Jesus somente, mas pelo cumprimento dos rituais judaicos. Paulo lhes escreve uma firme advertência, assim resumida: Não se trata de uma coisa “e” outra, mas sim, de uma coisa “ou” outra. Alguém pode tentar guardar a lei ou pode reconhecer a necessidade de Cristo como seu Salvador. Não há meio-termo.
“Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gl 5.9). Paulo usa a figura do fermento para demonstrar aos gálatas que os ensinamentos legalistas eram uma heresia agressiva à fé cristã.
Os falsos mestres nunca buscam os que não conhecem a Deus, mas pervertem a fé dos já alcançados. Certamente Deus os julgará (Gl 5.10).
Devemos sempre estar atentos, pois, “pequenas coisas” vão se infiltrando em nossa fé e vão nos roubando a comunhão com Deus. Cultivemos o apego à Palavra, pois só os conhecedores da sã doutrina poderão refutar a falsa.

 

 

II. LIBERDADE PARA FAZER O BEM (Cl 5.13-15)
Há cristãos que pensam que estar livre da lei é viver sem nenhum tipo de limite. Paulo instrui quanto ao casamento entre a liberdade cristã e a santidade.
O Evangelho do reino jamais produz escravidão, em nenhum sentido, mas apresenta um inequívoco chamamento da graça para a verdadeira liberdade. A liberdade cristã, porém, não é uma licença para pecar, mas liberdade de consciência para fazer o que é certo, liberdade para obedecer a Deus. O cristão salvo pelo sangue de Cristo é livre para viver em santificação no poder do Espírito.

 

1. Liberdade cristã não é pecar (Gl 5.13a)
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne…”
A libertinagem é sempre uma ignominiosa perversão da liberdade que temos em Jesus Cristo. Ele nos libertou da lei somente no sentido de que esta não pode mais nos condenar.
Há o pecador arrependido que busca a santificação, porque sabe que sem esta ninguém verá o Senhor (Hb 12.14); e há o pecador escravo que ignora a Deus e vive na prática contínua do pecado. Paulo exorta os crentes a não darem nenhuma ocasião à carne. A carne sempre estará pronta a se aproveitar de qualquer oportunidade para demonstrar a sua malignidade.

 

2. Liberdade cristã é fraternidade (Gl 5.13b)
“…Sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.”
O amor deve ser praticado tanto no sentido vertical (direcionado a Deus], como no sentido horizontal (dedicado ao próximo]. O termômetro que mede a intensidade do nosso amor por Deus e pelo seu reino é a nossa disponibilidade e prontidão em bem servir, não importando quem seja. Um cristão verdadeiramente livre considera-se servo dos seus irmãos, tendo-os como superiores (Fp 2.3).

 

3. Liberdade cristã vai além da lei (Gl 5.14)
“Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Como já posto, fomos libertos da lei somente no sentido de que ela não pode mais nos condenar. Jesus não aboliu a lei, Ele a cumpriu (Mt 5.17). Ao abraçar o Evangelho da graça, ninguém pode imaginar que está, agora, desobrigado de obedecer, e assim, vir a viver desordenadamente. Ele continuará a observar os preceitos morais da lei, movido pelo amor de Deus, guiado pelo Espírito Santo. Amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

 

III. ANDAR NO ESPÍRITO RESOLVE O CONFLITO (Gl 5.16-26)
O apóstolo Paulo identificou dois grandes perigos que atacavam as igrejas da Galácia. O primeiro era passar da liberdade para a escravidão (5.1); e o segundo implicava transformar a liberdade em licenciosidade. Nos versículos 13 a 15, Paulo enfatizou que a verdadeira liberdade cristã se expressa no autocontrole, no serviço de amor ao próximo e na obediência à lei de Deus. A questão agora é: Como essas coisas são possíveis? E a resposta é: Pelo Espírito Santo. Andar no Espírito para não satisfazer os desejos incontidos da carne.

 

1. Conflito entre carne e Espírito (Gl 5.16)
Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”
A vida cristã é um campo de batalha. Trava-se nesse campo uma guerra sem trégua entre a carne e o Espírito. O Espírito e a carne têm desejos intrínsecos diferentes, e é isso o que gera os conflitos.
Alguns gálatas estavam abandonando a liberdade em Cristo e aderindo à escravidão legalista; enquanto que outros estavam transformando essa liberdade em licenciosidade. Paulo demonstra que o Espírito e a carne são adversários irreconciliáveis, e que andar no espírito é a solução para uma vida santa e agradável a Deus.

2. As obras da carne (Gl 5.19-21)
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”
Depois de falar do conflito entre a carne e o Espírito na vida do salvo, o apóstolo passa a falar sobre as obras da carne.
“Obras da carne” no plural e “fruto do Espírito” no singular. As “obras da carne” têm relação com a nossa natureza pecaminosa, com o que produzimos em nosso comportamento carnal; o “fruto do Espírito” tem relação com as virtudes que Deus produz em nós e a partir de nós.
Paulo parece agrupar as obras da carne em quatro categorias: aj Pecados sexuais (Gl 5.19). Prostituição, impureza e lascívia. Os gálatas conheciam bem essas práticas antes de conhecerem o Evangelho da graça.
b) Pecados religiosos (Gl 5.20). Idolatria e feitiçaria.
c) Pecados no relacionamento com o próximo (Gl 5.20,21). Inimizades, porfias (rivalidades por interesse próprio), ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas.
d) Pecados contra o seu próprio corpo (Gl 5.21). Bebedices e glutonarias.
Essa lista, embora extensa, não é exaustiva, pois não esgota todas as obras da carne, uma vez que Paulo conclui dizendo: “.. e coisas semelhantes a estas” (5.21).
A grave consequência de viver dominado pelas obras da carne é: “não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (5.21c). Paulo não está falando de um ato pecaminoso, mas sim do hábito de pecar. Aqueles que vivem na prática do pecado herdarão apenas corrupção, jamais o Reino de Deus.

 

3. O fruto do Espírito (Gl 5.22,23)
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”
O apóstolo Paulo faz um contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito. Se as obras falam de esforço, o fruto é algo natural. A mudança das “obras” para o “fruto” é importante porque remove a ênfase do esforço humano.
Paulo deixa claro que é uma ação inerente ao Espírito Santo a produção, em nós, do Seu próprio fruto: “… o fruto do Espírito é…”. Vale ressaltar que não fala de frutos, mas do fruto,
um coletivo singular, que dá a ideia de vários frutos juntos (Exemplo: o fruto da terra, Gn 4.3; Nm 13.26). Assim, são nove virtudes que podem ser comparadas a uma cesta cheia de frutas ou frutos. Alguns preferem tomar como gomos que compõem o “fruto” (Ex.: laranja).

São estas as virtudes do Espírito:

a) Amor. Do grego Ágape. Abrange o nosso relacionamento com Deus (vertical) e o nosso relacionamento com o próximo (horizontal).
b) Alegria. É o gozo que vem de Deus.
c) Paz. Paz espiritual que excede todo o entendimento e guarda mente e coração (Fp 4.7).
d) Longanimidade. Paciência para suportar. A pessoa não se ira facilmente.
e) Benignidade. O ser gentil com o semelhante.
f) Bondade. Ação em favor do bem estar de outro.
g) Fidelidade. O ser fiel em cumprir seus compromissos, especialmente com Deus.
h) Mansidão. Apaziguador, dócil.
i) Domínio próprio. Vencer os próprios apetites e impulsos. Autocontrole e disciplina.
Paulo continua falando de duas experiências distintas: “…andar no Espírito” (5.16,25) e “…ser guiado pelo Espírito” (5.18). Há uma diferença clara entre “ser guiado pelo Espírito” e “andar no Espírito”, pois a primeira expressão está na voz passiva, e a segunda, na ativa. É o Espírito quem guia, mas quem anda somos nós. os que creem no evangelho de Cristo recebem o espírito de Deus para capacitá-los a viver um novo tipo de vida que equívoco trágico e que mentira Demoníaca acreditar que precisamos do Espírito para iniciar a nossa vida cristã mas não para continuar ali vê-la dependemos permanentemente do Espírito Santo em nossa vida.

Encaremos a verdade, a vida cristã não é apenas difícil; é impossível, enquanto tentarmos viver para Deus para os nossos próprios esforços.  Resistir ao apelo do pecado? Superar nossa tendência natural ao orgulho e egoísmo?  Servir ao próximo com amor?  Jamais faremos essas coisas até que nos rendamos totalmente ao Espírito de Deus e, dessa forma, andarmos guiados pela Bíblia e pelo Espírito Santo.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

O Cristão livre em Cristo através da ação do Espírito Santo é capacitado a fugir das obras da carne e cultivar o fruto do espírito.

 

 

RESPONDA

Marque certo ou errado para as afirmativas abaixo

1 –  O fundamento do Evangelho da Graça é a circuncisão

(  ) Certo   (  ) Errado

 

2 – A liberdade Cristã não é liberdade Para Pecar

(  ) Certo   (  ) Errado

 

3 – O Espírito e a carne têm desejos semelhantes

(  ) Certo   (  ) Errado