Lição 7 – 1 Timóteo 6 – Amor ao Dinheiro e Contentamento

LIÇÃO 7 – 1 TIMÓTEO 6 – AMOR AO DINHEIRO E CONTENTAMENTO

EM ÁUDIO

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Olá, professor! A lição de hoje trata sobre a virtude do contentamento. Nossa alegria em Deus independe do que acontece nas circunstâncias. Ela deve estar presente em toda e qualquer situação.
Portanto, não são as circunstâncias que regerão os nossos sentimentos, mas sim a confiança no Deus da nossa provisão. Ricos ou pobres, por certo, nós seremos tratados pelo Senhor a fim de nos desapegarmos das coisas materiais e vivermos contentes pelo fato de que Deus é maior do que os nossos problemas.
Assim como Paulo, devemos ter experiências com Deus em todas as coisas: tanto na fartura e abundância, como na falta e escassez.

 

PALAVRAS-CHAVE
Testemunho • Contentamento • Fidelidade

 

OBJETIVOS
• Testemunhar de Cristo;
• Resguardar-se da ganância;
• Buscar mais fidelidade a Deus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Querido professor, inicie a aula escrevendo no quadro: RICO OU POBRE? Estimule a classe a dividir experiências de bênçãos financeiras ou de escassez. Enfatize que a virtude do contentamento deve sempre se fazer presente em nossa caminhada cristã. Demonstre com o máximo de clareza possível que CONTENTAMENTO não é o mesmo que ACOMODAÇÃO. Explique com calma a diferença entre ambos os conceitos. Enfatize a importância de batalharmos por uma vida melhor, mas com o sentimento certo no coração.

 

RESPOSTAS
1) Usavam sua liberdade em Cristo como desculpa para desobedecer a seus senhores.
2) Quando é fruto do trabalho e da providência divina.
3) Não para o servo acumular, mas para repartir.

 

LEITURA COMPLEMENTAR
Estima-se que, na época em que Paulo escreveu esta epístola, havia mais de 6O milhões de escravos no Império Romano. Muitos deles eram instruídos e cultos, mas não livres. Muitos eram servos domésticos e trabalhadores rurais. Outros eram funcionários, artesãos, professores, soldados e gerentes. Todos, porém, eram considerados por seus senhores meros instrumentos laborais. (…)
A fé cristã não atacou frontalmente a escravidão a fim de não criar uma insustentável rebelião social. No entanto, a doutrina apostólica minou a escravidão, ao ensinar que os mercadores de escravos estavam quebrando a lei de Deus (1.10). Isso porque tanto os senhores como os escravos têm o mesmo valor aos olhos de Deus, uma vez que Deus não faz acepção de pessoas (Ef 6.9). Embora os escravos não tivessem nada a reivindicar, Paulo ordena que os senhores tratem seus servos com justiça e equidade (Cl 4.1). A doutrina apostólica afirma claramente que senhores e servos são irmãos em Cristo (6.2; Fm 16) e que, em Cristo, não há escravo nem livre, pois todos são um em Cristo (Gl 3.28). Mesmo que um escravo continue debaixo do jugo de seu senhor, ele é livre em Cristo Jesus (1Co 7.22). (…)
O Evangelho alcançou um grande número de escravos naquela época, os quais faziam parte da família de Deus. Alguns servos, entretanto, usavam de sua liberdade em Cristo para desobedecer ou afrontar seus senhores. Isso era um mau testemunho e criava obstáculos ao avanço da fé cristã. Paulo, então, passa a regulamentar a relação de servos e senhores, mostrando como ela poderia abrir portas ao Evangelho em vez de ser um entrave ao testemunho cristão.
Livro: 1 Timóteo: o pastor, sua vida e sua obra (LOPES, Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2014. p.134,135.

 

LIÇÃO 7 – 1 TIMÓTEO 6 AMOR AO DINHEIRO E CONTENTAMENTO

TEXTO ÁUREO
“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” 1Tm 6.10

 

VERDADE PRÁTICA
Os cristãos de todas as classes devem testemunhar, inclusive com sua vida social e financeira.

 

Estudada em 18 de agosto de 2019

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda-feira – 1Pe 2.18 Honra aos patrões
Terça-feira – 1Tm 6.2 Respeito aos patrões crentes
Quarta-feira – 1Co 11.16 Nada de contendas
Quinta-feira – Pv 15.16 Riqueza não é tudo
Sexta-feira – 1Tm 6.8 O poder do contentamento
Sábado – 1Tm 6.9 Ciladas da cobiça

 

LEITURA BÍBLICA
1Timóteo 6.6-10
6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.
7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.
8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.
9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.
10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
Texto Completo: 1Tm 6.1-21

 

Hinos da Harpa: 37 – 232

 

1 TIMÓTEO 6 – AMOR AO DINHEIRO E CONTENTAMENTO

 

INTRODUÇÃO

 

I. RELAÇÕES SOCIAIS NA IGREJA 6.1-8
1. Deveres sociais 1Tm 6.1,2
2. Evite os gananciosos 1Tm 6.3-5
3. Poder do contentamento 1Tm 6.6-8

 

II. AMOR AO DINHEIRO 6.9-12
1. Perigo da ganância 1Tm 6.9
2. Cuidado com a cobiça 1Tm 6.10,11
3. Combater o bom combate 1Tm 6.12

 

III. FIEL ATÉ JESUS VOLTAR 6.13-21
1. Pureza doutrinária 1Tm 6.13-16
2. Ricos aqui e no céu 1Tm 6.17-19
3. Guarda o que te foi confiado 1Tm 6.20-21

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
A Palavra de Deus tem diretrizes seguras para as diversas pessoas da Igreja: com idades diferentes, de posição social diferente e com problemas diferentes. Paulo instruiu Timóteo a ministrar aos servos e ricos na Igreja e se manter no centro da vontade de Deus.

 

I. RELAÇÕES SOCIAIS NA IGREJA (6.1-8)

1. Deveres sociais (1Tm 6.1,2). A mensagem do Evangelho de salvação e de liberdade em Cristo era atraente aos escravos, e muitos se converteram (1Tm 6.1), Quando conseguiam uma folga de seus afazeres domésticos, participavam das congregações locais, em que sua posição social não era relevante.
No entanto, alguns servos usavam sua liberdade em Cristo como desculpa para desobedecer e afrontar seus senhores. Apesar de serem inteiramente aceitos na comunhão da Igreja, sua liberdade espiritual em Cristo não alterava sua posição social.
Na verdade, nenhum senhor cristão pensaria em seu servo como estando “debaixo de jugo”; antes, o trataria com amor e respeito (1Tm 6.2). Portanto, ao rebelar-se contra seu senhor incrédulo, o escravo estaria desonrando o Evangelho. Há, portanto, um princípio bíblico importante aqui. Devemos respeitar nossos patrões, especialmente se eles também forem cristãos.

 

2. Evite os gananciosos. (1Tm 6.3-5). Esta carta inicia com um alerta sobre os falsos mestres e termina com mais uma advertência sobre sua ação perniciosa (1Tm 6.3-5). Eles podem ser identificados: (1) são governados pela mentira (v. 3); (2) pelo orgulho (v. 4 e 5a); e (3) pela ganância (v. 5b).
Portanto, os falsos mestres são homens depravados e mentirosos, e o vetor que governa sua vida é o lucro. Eles não estão interessados na salvação das pessoas, mas no dinheiro que elas possuem. Fazem da religião um negócio, distorcendo o Evangelho e usando o púlpito ou a mídia como um balcão, e os crentes como consumidores. Devemos nos afastar deles.

 

3. Poder do contentamento (1Tm 6.6-8). Paulo advertiu Timóteo sobre os perigos da ganância (1Tm 6.6-8). A riqueza não traz a verdadeira felicidade (v. 6). A palavra “contentamento” significa uma suficiência interior que nos mantém em paz, independente das circunstâncias exteriores. Portanto, o contentamento não vem quando todos os nossos desejos e caprichos são satisfeitos, mas quando restringimos nossos desejos às coisas essenciais.
Um dos motivos disso é porque a riqueza não dura para sempre (1Tm 6.7). Não podemos levar para a eternidade a riqueza que acumularmos nesta vida.
Portanto, podemos viver satisfeitos com muito pouco (1Tm 6.8). Quando Paulo mencionou alimento e abrigo, excluiu os luxos. Tudo o que vai além do uso natural é supérfluo. Precisamos de muito pouco para viver contentes. Acumulamos muitas coisas em nossa bagagem, como se essas coisas pudessem nos fazer felizes.

A verdade das Escrituras destrói a especulação.” (R. C. Sproul)

 

II. AMOR AO DINHEIRO (6.9-12)

1. Perigo da ganância (1Tm 6.9). A riqueza não é uma maldição em si, nem a pobreza uma bênção em si. Ser rico não é pecado, nem ser pobre é uma virtude. O que a Palavra de Deus ensina é a piedade com contentamento; e o que a Palavra de Deus proíbe é a ambição de ficar rico, colocando o dinheiro em primeiro lugar (1Tm 6.9).
A riqueza como fruto do trabalho e da providência divina é uma bênção. É Deus quem nos dá força para adquirirmos riqueza. Há muitas pessoas ricas e piedosas. O problema não é termos dinheiro, mas o dinheiro nos ter.
O ambicioso caminha por uma estrada escorregadia (1Tm 6.9a), pois é dominado por desejos tolos e destruidores (v. 9b) e mergulha sua vida na ruína e destruição (v. 9c). Ou seja, uma pessoa amante do dinheiro acaba submergindo e afundando como alguém que é jogado ao mar. Sofre uma perda irrecuperável e acaba sendo destruída. O ambicioso cai nas malhas da ruína.

 

2. Cuidado com a cobiça (1Tm 6.10,11). O perigo é real. O ambicioso coloca as coisas acima de Deus e das pessoas (1Tm 6.10a). Paulo diz que o amor ao dinheiro é a fonte de todos os males, pois é a estrada principal que conduz a todas as outras que desembocam na ruína. Mas o dinheiro em si não é raiz de todos os males. É uma bênção. Com ele suprimos nossas necessidades e servimos ao próximo. O problema não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro.
O ambicioso desvia-se da fé (1Tm 6.10b). Há indivíduos que vendem a consciência e abandonam a fé cristã por causa da cobiça. Por isso o ambicioso flagela. a si mesmo com muitas dores (v. 10c). Ele se torna o seu próprio algoz com preocupação, remorso e angústias de uma consciência culpada.
Se os falsos mestres eram dominados pela cobiça e escravos da ganância, Timóteo deveria fugir desse caminho sinuoso (1Tm 6.11).

 

3. Combater o bom combate da fé (1Tm 6.12). Assim, deveria haver um contraste entre Timóteo e os falsos mestres. Paulo faz três apelos a Timóteo: (1) o apelo ético, ou seja, fugir do mal e buscar a piedade (1Tm 6.11); (2) o apelo doutrinário, ou seja, deixar o erro e lutar pela verdade (v. 12a); e (3) o apelo à apropriação, ou seja, apropriar-se da vida eterna que ele já havia recebido (v. 12b). Esses três apelos são colocados num saudável equilíbrio. Há quem lute pela verdade, mas negligencie a piedade. Outros buscam a santidade, mas não se preocupam
com a verdade. Outros, ainda, desprezam tanto a doutrina quanto a ética em sua busca por experiências religiosas.

Esta é a coisa fundamental, a mais séria de todas: que estamos sempre na presença de Deus.”
(D M Loyd-jones)

 

III. FIEL ATÉ JESUS VOLTAR (6.13-21)

1. Pureza doutrinária (1Tm 6.13-16). O exemplo de Cristo inspira o pastor a guardar o mandamento imaculado (1Tm 6.13). Assim como Jesus fez a boa confissão diante de Pilatos, Timóteo deve guardar imaculado o mandato.
Então, devemos nos manter fiéis até a volta de Jesus (1Tm 6.14,15). Muitos começam com fé, mas não terminam a carreira. Não basta começar bem; é preciso terminar bem.
Por isso, devemos viver na perspectiva da majestade do Senhor (1Tm 6.16). Paulo conclui sua exortação a Timóteo com uma exaltação ao soberano Deus. O Cristo que se manifestará é o Soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aleluia!

 

2. Ricos aqui e no céu (1Tm 6.17-19). Paulo agora não se dirige aos que desejam ficar ricos (cf. 1Tm 6.9), mas aos que já são ricos (v. 17). Assim, os ricos devem ser despojados de soberba e confiar em Deus, e não no dinheiro (1Tm 6.17). Confiar no dinheiro é uma insanidade.
Os ricos podem desfrutar daquilo que Deus lhes dá (1Tm 6.17c), mas devem se lembrar de que a felicidade que o ser humano procura no dinheiro, não substitui Deus. Portanto, devem fazer bom uso daquilo que recebem de Deus (v. 18). Deus nos dá com abundância para repartirmos. Devemos fazer investimentos para a eternidade (1Tm 6.19).
Jesus disse que devemos “ajuntar tesouros no céu”, onde os ladrões, a traça e a ferrugem não podem destruí-los. As riquezas espirituais jamais podem ser roubadas.

 

3. Guarda o que te foi confiado (1Tm 6.20,21). O apóstolo Paulo reúne numa só frase toda a sua recomendação para com a integridade do Evangelho e todo o seu horror para com o desvio desse caminho (1Tm 6.20,21).
Uma nova fase se desenvolve na igreja, nos anos 70-80. A fase carismática da Igreja (1Co 12-14) fora boa nas suas origens, porém, com o passar do tempo e com o crescimento das comunidades, começam a surgir as confusões sobre ensinos e Jesus. É preciso pôr ordem na casa.
Assim, o Evangelho deve ser preservado de modo inviolável. O Evangelho também não pode ser degradado com controvérsias ignorantes (1Tm 6.20b, 21a). Da mesma forma que os hereges se afastam da verdade, o pastor deve afastar-se da heresia.
Paulo concluiu sua carta com uma breve bênção: A graça seja convosco (1Tm 6.21b). A graça de Cristo é a base da salvação, o conteúdo do Evangelho, a bênção mais excelente concedida aos filhos de Deus. É o favor de Deus em Cristo para quem não merece, transformando-lhe o coração e a vida para conduzi-lo à glória. A graça é suficiente. Ela nos basta!

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos viver e pregar o Evangelho bíblico, e não o que inventamos. Sejamos sempre ricos em boas obras e contentamento.

 

RESPONDA
1) Qual o erro de alguns servos crentes?
2) Quando a riqueza é uma bênção?
3) Para que Deus abençoa um servo dele com riquezas?

 

VOCABULÁRIO
Ética: boa conduta social.
Imaculado: sem mancha.
Pernicioso: danoso.
Providência: agir de Deus.