ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Mateus 16,17 e 18 há 28,27 e 35 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 16.13-28 (5 a 7 min.).
Olá, professor(a)! Jesus nos avisou sobre dois perigos: o legalismo polemista e superficial dos fariseus e o secularismo materialista dos saduceus. Esse fermento ainda hoje ameaça os verdadeiros ensinamentos. Ser o menor entre os irmãos, por exemplo, não significa uma austeridade teatral, tampouco o intelectualismo significa intimidade com Jesus. Falsas doutrinas podem ser agradáveis, mas Cristo prometeu que nunca prevalecerão no seio da igreja. Tenhamos cuidado com as propostas convenientes, como a que Pedro fez a Jesus quando sugeriu que ele desistisse da cruz. Professor, mostre a importância do estudo bíblico contra falsas doutrinas que tentam nos desviar da transfiguração revelada por Cristo.
OBJETIVOS
• Compreender que a Bíblia não deve ser distorcida por conveniências.
• Compreender que só a noiva fiel encontrará o Cristo glorificado.
• Observar cada um a si mesmo, para que não escandalize a igreja com falsas doutrinas.
PARA COMEÇAR A AULA
Professor(a), mostre o testemunho de Moisés diante do faraó egípcio e o de Elias perante os sacerdotes de Baal. Faça um paralelo com a tarefa da igreja hoje, pois somos chamados a resistir à apostasia e à idolatria. As autoridades nos cobram tributos, Jesus apenas fé. Ninguém confie em si mesmo, desprezando a vontade de Deus. Alerte seus alunos para o risco das pregações escandalosas, baseadas na autoconfiança e na prosperidade financeira. A igreja crê somente no Cristo.
RESPOSTAS
1) A hipocrisia.
2) Moisés e Elias,
3) Setenta vezes sete.
Lição 8 – Mateus 16 a 18: A Igreja, a Transfiguração e o Perdão
LEITURA ADICIONAL
Ser feliz é renunciar aos prazeres do mundo. Satanás promete glória, mas no fim dá sofrimento. Cristo oferece uma cruz, mas no fim oferece uma coroa que conduz à glória. Como uma pessoa pode ganhar a vida e ao mesmo tempo perdê-la?
Em primeiro lugar, quando busca a felicidade sem Deus. Vivemos numa sociedade embriagada pelo hedonismo. As pessoas estão ávidas pelo prazer. Elas fumam, bebem, dançam, compram, vendem, viajam, experimentam drogas e fazem sexo na ânsia de encontrar felicidade. Mas, depois que experimentam todas as taças dos prazeres, percebem que não havia aí o ingrediente da felicidade. Salomão buscou a felicidade no vinho, nas riquezas, nos prazeres e na fama e viu que tudo era vaidade (Ec 2.1-11).
Em segundo lugar, quando busca salvação fora de Cristo. Há muitos caminhos que conduzem os homens para a religião, mas um só caminho que conduz o homem a Deus. O homem pode ter fortes experiências e arrebatadoras emoções na busca do sagrado, no afã de encontrar-se com o eterno, mas, quanto mais mergulha nas águas profundas das filosofias e religiões, mais distante fica de Deus e mais perdida fica sua vida. Uma pessoa pode perder sua vida quando ama o pecado, crê em superstições humanas, negligencia os meios de graça e recusa-se a receber o evangelho em seu coração.
Em terceiro lugar, quando busca realização em coisas materiais. O mundo gira em torno do dinheiro. Este é a mola que move o mundo. E o maior senhor de escravos. O dinheiro é mais do que uma moeda; é um ídolo, um espírito, um deus. O dinheiro é Mamom. Muitos se esquecem de Deus na busca do dinheiro e perdem a vida nessa corrida desenfreada.
Livro: Mateus: Jesus, o Rei dos reis (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 523-524).
Estudada em 21 de novembro de 2021
LIÇÃO 8 – MATEUS 16 a 18: A IGREJA, A TRANSFIGURAÇÃO E O PERDÃO
Texto Áureo
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mt 16.18
Verdade Prática
A Igreja é integrada por aqueles que foram perdoados por Cristo e vivem uma vida perdoando os seus semelhantes.
Leitura Bíblica Para Estudo Mateus 16.13-28
INTRODUÇÃO
I. A IGREJA DE CRISTO Mt 16.1-28
1. O fermento dos fariseus Mt 16.12
2. A Igreja de Cristo Mt 16.18
3. Tome a cruz e siga-me Mt 16.24
II. GLORIFICAÇÃO E FÉ Mt 17.1-27
1. A transfiguração Mt 17.5
2. A glorificação Mt 17.4
3. Pequena fé e moeda na boca do peixe Mt 17.15
III. CRIANÇA, TROPEÇO E PERDÃO Mt 18.1-35
1. Maior como uma criança Mt 18.1
2. Tropeço aos pequeninos Mt 18.6
3. O perdão e a disciplina cristã Mt 18.18
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 139 – 258
INTRODUÇÃO
Mateus é o único evangelho que menciona a expressão Igreja. Jesus transmite relevantes ensinamentos para a Igreja e para a vida espiritual de cada crente, ressaltando a importância de cumprir a Bíblia, buscando agradar a Deus.
I. A IGREJA DE CRISTO (Mt 16.1-28)
1. O fermento dos fariseus (Mt 16.12)
“Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.”
Jesus explica que há o mau fermento. O que os fariseus e os saduceus falavam não correspondia ao que o coração Deles pretendia: a destruição de Jesus e de sua obra.
A antítese da Igreja é a religiosidade formal. Apegados à tradição, os fariseus formulam regras sobre regras, tradições e prescrevem obras que são, para eles, mais importantes que a pessoa de Jesus. Ainda que tentem ocultar, rejeitam a Cristo, creem que as obras salvam e que a tradição é o mais importante. Os religiosos da época não aceitaram Jesus como o Messias e influenciaram muitos nesse sentido.
Cristo veio estabelecer uma nova comunidade, que pode ser integrada por judeus e gregos, chamada Igreja, que não tem esse mau fermento, mas é edificada na rocha, que é Jesus. Ele é o único fundamento da Igreja.
2. A Igreja de Cristo (Mt 16.18)
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
Jesus perguntou a seus discípulos quem o povo e eles pensavam ser o Filho do Homem (Mt 16.13- 15). Pedro respondeu que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16), nível mais elevado de conhecimento sobre o Senhor. Após a resposta, Jesus disse que a revelação dada a Pedro foi concedida pelo Pai celestial (Mt 16.17).
Diante da conclusão de Pedro, Jesus disse que sobre esta pedra (rocha) “edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18; 1Pe 2.4-8). Isto é: sobre esta verdade revelada por meu Pai, que está nos céus, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Sobre esta pedra, a pedra que os construtores rejeitaram, a pedra de esquina, a pedra angular, a rocha firme, a sua Eclésia (igreja) estaria segura.
Das versões do evangelho, só em Mateus ocorre a palavra igreja (do grego ekklesia), sendo duas as ocorrências (Mt 16.18 e 18.17). Mas ela é encontrada cerca de vinte e quatro vezes em Atos e mais de sessenta vezes nas epístolas de Paulo. Seu significado básico é “assembleia”, “congregação”. Na época de Jesus, seu significado comum era uma reunião legal dos cidadãos livres. O significado literal de ekklesia é “chamados para fora”. Da mesma maneira, a Igreja de Jesus Cristo é composta por pessoas livres, chamadas para fora do mundo para seguir Jesus.
3. Tome a cruz e siga-me (Mt 16.24)
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”
Após a confissão de Pedro, Jesus comunicou que seguiria para Jerusalém e lá seria morto e ressuscitaria (Mt 16.21). Pedro, então, aconselhou que Jesus tivesse compaixão de si mesmo (v. 22). Cristo reagiu, repreendendo Satanás, que estava levando Pedro a agir daquela forma. Jesus afirmou a proeminência da obra que teria de realizar (v. 23). Qualquer inspiração que conduza à salvação sem a cruz não vem de Deus. Jesus triunfou na cruz, o que representou o triunfo do ser humano, e a garantia da ressurreição dos que creem.
Não basta reconhecer a Jesus como Filho de Deus (Mt 8.29). Jesus nos encaminha a uma nova dimensão compreensiva de sua pessoa: Ele é o sacrifício necessário; o servo sofredor (Is 53.5), fundamental para perdão de nossos pecados e para a nossa salvação (Mt 1.21).
Em Mateus 16.24, Jesus ressalta a importância de: 1) Negar-se a si mesmo – submeter-se à autoridade de Cristo; e 2) Tomar a cruz – morrer para si mesmo. Só se pode seguir a Jesus, levando a cruz particular. Sem isso, que representa a nossa rendição absoluta a Ele, não o poderemos seguir. Não seremos parte do corpo de Cristo.
II. GLORIFICAÇÃO E FÉ (Mt 17.1-27)
1. A transfiguração (Mt 17.5)
“Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi”.
O Pai falou estas palavras quando da transfiguração de Jesus no monte. No batismo de Jesus, em Mateus 3.17, o Pai já tinha dito: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo”. Em João 12.28, o Pai falou audivelmente para os presentes ouvirem sobre Jesus: “Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei”.
Na transfiguração, A Lei os os Profetas aparecem, na visão de Mateus 17.9, testificando ser Jesus o Messias prometido no Antigo Testamento (lei e profetas). Moisés aparece como representante da Lei. Elias, representando os Profetas, comparece para confirmar que as profecias a respeito de Jesus sobre o Reino dos Céus, conquistado a partir da cruz, são verdadeiras. Na transfiguração, dá-se um belo vislumbre do céu. Pedro contemplou a glória prometida para aqueles que estão em Cristo – a sua Igreja, em que o Filho de Deus tem prazer – e viu a glória de Jesus resplandecendo.
Merece especial destaque o testemunho de Deus, recomendando a todos presentes, inclusive a Moisés e Elias, que ouvissem a Jesus: “Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia:, Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5)
2. A glorificação (Mt 17.4)
“Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias”.
O que Pedro estava a dizer com estas palavras? É a glória almejada pelos salvos, estar com os santos na presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para sempre.
Glorificado, eternamente, com a ressurreição, Jesus também tem, para aqueles que lhe servem, como última fase da obra da salvação, a glorificação, que ocorrerá quando da ressurreição dos mortos em Cristo e do arrebatamento dos salvos, com corpos glorificados, dando-se a redenção completa do homem, inclusive do seu corpo físico, que se revestirá da incorruptibilidade e da imortalidade (1Ts 4.13-18; 1Co 15.53).
3. Pequena fé e moeda na boca do peixe (Mt 17.15)
“Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água”.
Ao descer dos lugares altos, o choque da realidade terrena é sensível. Um pai aguardava, com o filho endemoninhado, sem que os discípulos pudessem libertá-lo. Jesus já havia dado autoridade aos seus discípulos, mas não conseguiram. Cristo disse-lhes o motivo: por causa da pequenez da fé. O Senhor mencionou que a fé necessária bastaria ser do tamanho de um grão de mostarda: muito pequena. Eles precisariam de oração e jejum (v. 21), para que a fé desenvolvesse o suficiente. Comunicar-se somente com Deus e alimentar-se apenas Dele, por certo período, gera a fé. Jesus libertou o menino.
Na sequência, outro ensino sobre fé. Pedro e Jesus são cobrados para pagar imposto. Cristo disse que a cobrança e o imposto não eram devidos, mas, para evitar escândalo, resolve pagar. Ele manda Pedro pescar. Pedro teve fé e fez o que Jesus mandou, alcançando o recurso, através de seu trabalho, encontrando uma moeda do exato valor do imposto, na boca do primeiro peixe que pescou (Mt 17.27).
III. CRIANÇA, TROPEÇO E PERDÃO (Mt 18.1-35)
1. Maior como uma criança (Mt 18.1)
“Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no Reino dos Céus?”
O Senhor profere o seu quarto grande discurso, exclusivamente para a sua comunidade de discípulos, trazendo lições imprescindíveis para a vida espiritual, para o modo de ser de sua futura Igreja. Os discípulos lhe perguntaram quem é o maior no Reino dos Céus. Jesus pôs uma criança no meio Deles e disse que aquele que não se convertesse e não se tornasse como uma criança não entraria no Reino dos Céus.
O Senhor retira o foco dos discípulos sobre ser grande e aponta para a necessidade de ser pequeno, para entrar no Reino dos Céus. Esta deve ser a preocupação de todos: a grandeza da vida está em ser humilde para buscar o reino de Deus, rememorando a bem-aventurança: “Deles é o Reino dos Céus” (Mt 5.3). Ao mesmo tempo, Cristo enfoca a necessidade de discipular, tanto as crianças como aqueles que se fizeram como as crianças, os novos convertidos, que estão prontos para aprender (Mt 18.5).
2. Tropeço aos pequeninos (Mt 18.6)
“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar“
O Senhor enfatiza a necessidade do cuidar dos pequeninos – crianças, novos convertidos e dos salvos em geral. A falta de zelo e, sobretudo, as atitudes que fizerem aqueles tropeçarem na fé trarão consequências graves para quem as cometer. O mundo e todo aquele que causar escândalos também serão responsabilizados. Quem serve a Deus deve lutar contra o mal com muito afinco, devendo fazer o que estiver a seu alcance para não tropeçar, trazendo condenação sobre si e sendo motivo de escândalo ao próximo (Mt 18.8-9).
Aqueles que integram a Igreja são muito preciosos e devem ser cuidados: Jesus veio à terra para salvá-los. Se um Deles se desviar, deve haver esforço para resgatá-lo, o que trará imensa alegria para Deus, que não quer que nenhum de seus pequeninos pereçam (Mt 18.14).
3. O perdão e a disciplina cristã (Mt 18.18)
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus”
A Igreja é uma comunidade diferenciada, integrada pelos que confessam a Cristo, com padrões mais elevados de convivência. A Igreja recebeu de Jesus o poder para exercer a sua autoridade no cuidado das pessoas. Aquilo que a Igreja ligar na terra, será ligado nos céus. Dois discípulos, concordando sobre algo para abençoar as pessoas, na direção de Deus, será concedido. Onde dois ou três estiverem reunidos no nome do Senhor, Ele se fará presente (Mt 18.20).
Aquele que pecar deve ser cuidado. O ofensor precisa ser ajudado a ter a consciência de seu erro. O primeiro passo é a pessoa ofendida ou que viu o erro conversar com irmão. Caso não escute, o segundo passo é convidar mais alguém para conversar e ajudar o faltoso. Caso não resolva, levar o assunto à igreja para solução. A Igreja, por sua autoridade, deve aconselhá-lo. Se ainda assim não ouvir, deverá ser afastado da comunhão com a igreja até que se arrependa (Mt 18.17).
Nada obstante, o perdão sempre deve ser ofertado. A frase utilizada por Jesus, de que devemos perdoar até setenta vezes sete (Mt 18.22) mostra que os braços abertos são a característica dos salvos que integram a Igreja, recebendo, sempre, o pecador arrependido. Esta atitude perdoadora é ricamente ilustrada por Jesus com a parábola da ovelha perdida (17.10-14) e a parábola do credor incompassivo (17.23-35).
APLICAÇÃO PESSOAL
O amor, o perdão e o zelo pelos nossos semelhantes são características da vida espiritual daqueles que confessam a Cristo e integram a sua Igreja.
RESPONDA
1) O que era o fermento dos fariseus e saduceus?
2) Segundo o relato de Mateus, quem apareceu junto a Cristo por ocasião da transfiguração?
3) Quantas vezes devemos perdoar?
16.1 – Os fariseus e os saduceus eram dois grupos religiosos judeus
com opinioes diametralmente opostas sobre muitas questoes
Os fariseus obedeciam cuidadosamente as leis e tradicoes
religiosas e acreditavam que este era o caminho que conduzia a
Deus. Tambem criam na autoridade das Escrituras como um
todo e na ressurreicao dos mortos. Ja os saduceus, por sua vez,
aceitavam somente os livros de Moises [Pentateuco] como Escrituras
sagradas e nao criam na vida apos a morte. Entretanto, esses
dois grupos viam em Jesus um inimigo comum, e uniram
forcas para tentar mata-lo.
Para obter mais informacoes sobre os fariseus e os saduceus.
veja os quadros em Mateus 3 e em Marcos 2.
16.1 Os fariseus e os saduceus exigiram de Jesus um “sinal do
ceu” . Tentaram dar uma explicacao satisfatoria sobre os outros
milagres de Jesus, dizendo que eram coincidencia, resultado de
destreza manual ou do uso de poderes malignos, pois criam que
somente Deus podia manifestar um “sinal do ceu”. Estavam certos
de que tal proeza estava alem do poder de Jesus. Embora
Ele pudesse facilmente impressiona-los. recusou-se a faze-lo,
pois sabia que nem mesmo um milagre os convenceria de que
era o Messias, pois estavam decididos a nao crer nEle.
16.4 – Ao mencionar Jonas. que havia permanecido tres dias no
ventre de um grande peixe. Jesus estava predizendo sua morte
e ressurreicao (ver tambem 12.38-^2).
16.4 – Como esses lideres judeus, muitos dizem que precisam
de algum milagre para poder acreditar em Jesus. Mas
Ele sabia que os milagres nunca convencem os ceticos. J e sus
curou enfermos, ressuscitou mortos e alimentou milhares
de pessoas e, ainda assim, os incredulos pediram que
Ele desse provas de quem era. Sera que voce duvida de
Cristo por nao ter visto um milagre? Espera alguma prova de
Deus para poder acreditar? Je su s disse: “Bem-aventurados
os que nao viram e creram!” (Jo 20.29b) Ha muitos milagres
registrados no Antigo e no Novo Testamento, e o testemunho
de milhares de pessoas em mais de dois mil anos de historia
da Igreja. Com todas essas evidencias, aqueles que
nao querem crer podem ser considerados muito obstinados
ou muito orgulhosos. Se voce der um simples passo de fe,
comecara a ver os milagres que Deus pode realizar em sua
vida! 16.12-0 fermento o colocado no pao para faze Io crescer; basta
uma pequena quantidade na massa para que isso aconteca.
Jesus usou o fermento para explicar como uma pequena quantidade
do mal e suficiente para contaminar um grande grupo de
pessoas. Os ensinamentos falsos dos fariseus e dos saduceus
estavam desviando as pessoas do caminho certo. Tenha cuidado
com os que dizem: “Como pode um pequeno erro afetar alguem?”
16.13- Cesareia de Filipe estava localizada a vanos qi nlometros ao
norte do mar da Galileia. rvo territorio governado por Filipe. Fm toda
parte, era possvel encontrar a influencia das culturas grega e romana;
havia muitos templos e idolos pagaos. Inicialmente, a cidade
era conhecida apenas como Cesareia, que significa cidade de
Cesar, a mesma denominacao da capital do territorio governado
por seu irmao Herodes. mas. ao assumir o governo. Fil pe reconstruiu
a cidade e acrescentou seu nome ao da cidade.
16.13-17 – Os discipulos responderam a pergunta de Jesus,
fazendo-o saber que a maioria do povo pensava que Ele fosse
um dos grandes profetas que havia voltado a vida. Essa crenca
pode ter se fundamentado em Deuteronomio 18.18, texto
em que Deus diz que levantaria um profeta entre o povo que
falaria suas palavras (ver o perfil de Joao Batista em Joao, o de
Elias em 1 Reis e o do Jeremias no livro que tem seu nome).
Apesar da opinião geral, Pedro reconheceu a origem divina de
Jesus e confessou-o como o prometido e longamente esperado
Messias.
Se Jesus lhe fizesse a mesma pergunta, como voce responderia?
Ele e o seu Senhor e Messias?
16.18 A rocha sobre a qual Jesus construiria sua Igreja tem
sido identificada como: ( I ) o proprio Senhor Jesus Cristo, que
efetuou sua obra de salvacao, morrendo por nos na cru/; {?.) a
confissao de te de Pedro |”Tu es o Cristo, o Filho do Deus vivo”|,
que todos os verdadeiros cristaos posteriormente repetiriam: (3)
Pedro, considerado por alguns como o primeiro grande lider da
Igreja em Jerusalem.
Alguns pensam que a “rocha” sobre a qual e edificada a Igreja
crista e Pedro, nao necessariamente por causa do carater do
discipulo, mas pela funcao a ele confiada. Contudo, e necessario
lembrar que. mais tarde. o proprio Pedro lembrou aos cristaos
que eles sao a Igreja, edificada sobre o fundamento posto
pelos apostolos e profetas: o Senhor Jesus Cristo, a pedra fundamental
(1 Pe 2.4-6).
Todos os cristaos estao reunidos na Igreja por meio da fe em J e sus
como Salvador; a mesma fe que Pedro expressou (ver Ef
2.20,21). Jesus elogiou a Pedro por sua confissao de fe. e esta
fe e o fundamento do Reino de Cristo.
16.19 – O significado desse versiculo tem sido objeto de inumeras
discussoes ao longo de seculos. Alguns dizem que as chaves
representam a autoridade para aplicar as leis. disciplinar e
administrar a igreja (ver 18.15-18), enquanto outros afirmam que
a autoridade e para pronunciar o perdao dos pecados (ver Jo
20.23). Ha ainda outros que explicam que as chaves representam
a oportunidade dada a Igreja para conduzir as pessoas ao
Reino dos ceus por meio da pregacao da mensagem da salvacao,
que se encontra na Palavra de Deus (ver At 15.7-9).
Alguns lideres religiosos acreditavam ser os detentores das chaves
do Remo e procuravam evitar que certas pessoas entrassem
nele. Contudo, a decisao de abrir ou lechar o Reino dos ceus
aos nossos semelhantes nao nos pertence. Deus nos usa para
ajudar outras pessoas a encontrar o Caminho, mas as portas do
Reino estao escancaradas para todos aqueles que creem no Se nhor
Jesus Cristo e obedecem a sua Palavra.
16.20 – Jesus advertiu aos discipulos que nao tornassem publica
a confissao de Pedro, porque ainda nao tinham a perfeita
compreensao do verdadeiro carater do Messias — um servo sofredor.
e nao um lider militar. Os discipulos precisavam entender
com profundidade quem era Jesus e sua missao, antes de proclamarem
o evangelho aos outros, para que nao provocassem
uma rebeliao. Mas eles ainda teriam dificuldades e levariam algum
tempo para compreender a missao do Senhor Jesus Cris-
:o. ate que esta estivesse cumprida na terra.
16.21 A expressao “desde entao” indica um momento de mudanca.
Em Mateus 4.17. marcou o inicio da pregacao de Jesus a
respeito do Reino dos ceus. Aqui. mostra a nova enfase que oSenhor atribuiu a sua morte e ressurreicao. Os discipulos ainda
nao haviam entendido o verdadero proposito dc Jesus, porque
tinham nocoes preconcebidas sobre como deveria ser um Messias.
Essa e a primeira das tres vezes em que Jesus predisse sua
morte (ver as outras duas em 17.22.23; 20.18).
16.21-28 – Essa passagem corresponde as profecias de Daniel.
O Messias seria morto {Dn 9.26); haveria um periodo de tributacao
(Dn 9.27); e o Rei retornaria em gloria (Dn 7 .13 .14). Os discipulos
passariam pelos mesmos sofrimentos de seu Rei e. como
Ele. seriam recompensados no final.
16.22 – Pedro, amigo do Jesus e fiel seguidor que eloquentemente
acabara de proclamar a verdadeira identidade do Mestre,
procurou poupa-lo dos sofrimentos preditos por Ele. Mas se
Jesus nao sofresse e morresse. Pedro (e toda a humanidade] teria
morrido em pecado. Grandes tentacoes podem vir da parte daqueles
que nos amam e procuram proteger-nos. Tenha cuidado
com o conselho de um amigo que diz; “E claro que Deus nao
quer que voce enfrente isto!’ Muitas vezes, nossas maiores tentacoes
vem daqueles que estao apenas tentando livrar-nos de
desconfortos e aflicoes.
16.23 – Durante a tentacao no deserto, Jesus ouviu que poderia
alcancar a gloria sem ter que experimentar a morte (4.9). Aqui.
Ele ouviu a mesma mensagem, desta vez proferida por Pedro. O
discipulo acabara de reconhecer Jesus como o Messias, no entanto,
abandonou a perspectiva de Deus e avaliou a situacao do
ponto de vista humano. Satanas esta sempre tentando convencer-
nos a deixar Deus fora de nossa vida ou das situacoes que
enfrentamos. Por isso, Jesus repreendeu Pedro.
16.24 – Quando Jesus usou a imagem de seus discipulos carregando
uma cruz e seguindo-o. estes entenderam o que Ele queria
dizer. A crucificacao era um metodo romano muito usado nas
execucoes; os condenados deveriam carregavam sua cn^z pelas
ruas ate o ocal designado para a execucao. Acompanhar
Jesus, portanto, sempre significou um compromisso com risco
de morte, sem a possibilidade de voltar atras (ver 10.39).
16.25 A possibilidade de perder a vida era tao real para os discipulos
como para Jesus. No entanto, a missao de ser um discipulo
de Jesus implica compromisso, dedicar toda nossa existencia
como garantia, para servi-lo. Ao tentarmos proteger nossa vida
fisica da morte, da dor ou dos desconfortes, podemos nos arriscar
a perder a vida eterna. Se fugirmos da dor que Deus nos
pede para suportar, morreremos espiritual e emocionalmente; a
vida sofrera uma mudanca, e perderemos a nocao de nosso proposito.
Entretanto, ao dedicarmos nossa vida a servir a Cristo,
descobrimos seu verdadeiro significado e proposito.
16.26 Quando desconhecemos a Cristo, fazemos escolhas
como se nao houvesse vida apos a morte. Na realidade, esta
vida e uma passagem para a eternidade. A maneira como vivercommos esta breve existencia determinara o nosso estado eterno.
Tudo aquilo que acumulamos neste mundo nao tem qualquer
valor quando se trata de alcancar a vida eterna. Nem mesmo as
mais elevadas honras civicas e militares seriam capazes de garantir
a entrada no ceu. Procure analisar seu estilo de vida sob
uma perspectiva eterna, e percebera que seus valores e suas
decisoes se modificarao.
16.27 – Jesus Cristo tem autoridade para julgar todos (Rm
14.9-11; Fl 2.9-11). Embora esse julgamento ja esteja operando
em nossa vida, existe um Juizo final, que acontecera por ocasiao
da volta de Cristo (25.31-46), quando a vida de cada pessoa
sera revista e avaliada. No Juizo final. Deus livrara os justos e
condenara os impios. Mas nao devemos nem tentar julgar a salvacao
dos outros; esta e uma prerrogativa que pertence exclusivamente
a Deus.
Alias, o juizo nao estara restrito apenas aos incredulos; tambem
os cristaos serao submetidos a um outro tipo de julgamento.
Seu destino eterno esta assegurado, mas Jesus julgara como
cada cristao cuidou de seus dons, das oportunidades e responsabilidades
que recebeu, para. entao, determinar qual sera a recompensa
de cada um.
16.28 Pelo fato de todos os discipulos terem morrido antes da
volta de Cristo, muitos creem que as palavras de Jesus se cumpriram
por ocasiao de sua transfiguracao, quando Pedro, Tiago
e Joao viram a sua gloria (17.1 3). Outros dizem que esta afirmacao
se refere ao Pentecostes (At 2) e ao inicio da Igreja crista. Em
todo caso. certos discipulos foram testemunhas oculares do poder
e da gloria do Reino de Cristo.
17.1 ss – A transfiguracao foi uma visao, um breve lampejo da
verdadeira gloria do Rei (16.27.28). Foi uma revelacao especial
da divindade de Jesus a tres de seus discipulos e a confirmacao
por parte de Deus Pai de tudo aquilo que Jesus havia feito e estava
por fazer.
17.3-5 – Moises e Elias foram os dois maiores profetas do AT.
Moises representa a lei. a antiga alianca. Ele escreveu o Pentateuco
e predisse a vinda de um grande profeta (Dt 18.15-19). Elias
representa os profetas que vaticinaram a vinda do Messias
(Ml 4.5,6). A presenca de Moises e Hias junto a Jesus confirmam
a missao messianica de Jesus, que consistiu em cumprir a lei de
Deus e as palavras dos profetas.
Assim como a voz de Deus, ecoando da nuvem sobre o monte
Sinai, conferiu autoridade a sua lei (Ex 19.9). na transliguracao.
validou a autoridade das palavras de Jesus.
17.4 – Pedro queria fazer uma tenda para cada um desses tres
grandes homens, para mostrar como a Testa dos Tabernaculos
se cumpriria na vinda do Reino de Deus. Pedro tinha urna concepcao
correta a respeito de Cristo, mas desejava agir no momento
errado. Esta nao era uma ocasiao para agir, tratava-se de17.5 – Jesus Cristo e muito mais do que um grande lider, um
bom exemplo, uma boa influencia ou um grande profeta. Ele e o
Filho de Deus. Quando alguem compreende esta profunda verdade.
a unica reposta adequada e a adoracao. Quando voce tiver
alcancado o correto entendimento a respeito de Cristo, sem
duvida, estara disposto a obedecer-lhe.
17.9 – Jesus disse a Pedro. Tiago e Joao que. apenas depois de
sua ressurreicao, poderiam comentar sobre o que tinham visto.
Ele sabia que nao haviam compreendido totalmente aquele episodio.
Portanto, nao poderiam explicar o que nao entendiam. A pergunta
deles sobre Elias (17.10ss) revelou a falta de entendimento.
Sabiam que Jesus era o Messias, mas ainda tinham muito mais a
aprender a respeito da importancia de sua morte e ressurreicao.
17.10-12 Com base no texto em Malaquias 4.5,6. os mestres
da lei do AT acreditavam que Elias deveria aparecer antes da
chegada do Messias. Jesus se referia a Joao Batista e nao ao
profeta Elias. Joao Batista havia assumido o papel profetico de
Hias, confrontando corajosamente o pecado e conduzindo o
povo a Deus. Malaquias havia profetizado que um dia um profeta
como Elias haveria de manifestar-se (Ml 4 .5).
17.17 – Jesus concedera aos discipulos o poder de curar, mas
eles ainda nao haviam aprendido como tomar posse deste poder.
A repreensao de Jesus foi dirigida aos incredulos e aos indiferentes.
O proposito de Jesus nao era criticar os seus discipulos,
mas encoraja-los a uma fe ainda maior.
17.17-20 • Os discipulos perguntaram a Jesus por que nao tinham
sido capazes de expulsar o demonio. O Senhor respondeu
que a fe deles era muito pequena. E o poder de Deus.
misturado a nossa fe. que move montanhas.
A semente da mostarda e a menor, e Jesus disse que mesmo
uma fe tao pequena como a semente da mostarda teria sido suficiente.
Talvez os discipulos tenham tentado expulsar o demonio
por seus proprios esforcos, e nao pelo poder de Deus. Existe um
grande poder ate na mais diminuta fe. quando confiamos no poder
de Deus. Se, como cristaos, sentimo-nos fracos ou impotentes.
devemos examinar nossa fe, para nos certificarmos de
que estamos confiando no poder de Deus, e nao em nossa capacidade
de alcancar resultados.
17.20 – Jesus nao estava condenando os discipulos por terem
uma fe abaixo do padrao; estava apenas mostrando a importancia
da fe para um futuro ministerio. Se voce estiver enfrentando
um problema que pareca ser tao grande e irremovivel como uma
montanha, afaste os seus olhos do problema e busque a Cristo
para obter mais fe. Somente assim sera possivel superar os obstaculos
que estiverem em seu caminho.
17.22.23 – Jesus, mais uma vez. predisse sua morte (ver 16.21);
porem, o mais importante foi que mencionou sua ressurreicao.
Infelizmente, os discipulos ouviram apenas as primeiras palavras
de Jesus e sentiram-se desencorajados. Nao podiam entender
por que Jesus desejava voltar a Jerusalem, onde. certamente,
enfrentaria problemas.
Ate a ocasiao do Pentecostes (At 2). os discipulos nao haviam
compreendido inteiramente o proposito da morte e ressurreicao
de Jesus. Nao devemos ficar preocupados se formos incapazes
de compreender tudo a respeito de Jesus. Afinal, os discipulos
passaram tres anos ao lado dEle. viram seus milagres, ouviram
suas palavras e, ainda assim, tiveram dificuldade para entender.
Entretanto, apesar de suas duvidas e perguntas, eles creram.
Isso e tudo que devemos fazer.
17.22.23 – Os discipulos nao entendiam por que Jesus continuava
falando sobre sua morte, pois esperavam que Ele fosse instituir um
reino politico. A ideia da morte de Cristo malograva as esperancas
dos discipulos. pois nao sabiam que a morte e a ressurreicao de
Jesus viabilizariam a implantacao do Reino de Deus. 17.24 – Todos os homens judeus tinham a obrigacao de pagar
um imposto para a manutencao do Templo (ex 30.11 16) Os
coletores de impostos erguiam tendas para recebe- o. Somente
Mateus registra esse episodio; talvez porque ele proprio tinha
sido um coletor de impostos.
17.24-27 – Como de costume. Pedro respondeu a pergunta
sem realmente saber a resposta e colocou Jesus e os discipulos
em uma situacao embaracosa. Entretanto, Jesus aproveitou-
se desta para enfatizar sua funcao como Rei. Os reis c
seus familiares nao pagam impostos. Semelhantemente, Jesus,
o Rei dos reis, nao deveria pagar qualquer imposto. Jesus pagou
o imposto por si mesmo e por Pedro para nao entrar em
conflito com aqueles que nao compreendiam a sua posicao
real. Jesus concordou em fornecer o dinheiro do imposto, po
rem Pedro deveria busca-lo. Na verdade, tudo o que possuimos
e dado a nos por Deus. mas Ele quer nossa participacao
ativa nesse processo.
17.24-27 – Como povo de Deus. somos estrangeiros neste
mundo. Nossa lealdade sempre deve ser dirigida a nosso verdadeiro
Rei: Jesus. No entanto, precisamos cooperar com as autoridades
e ser cidadaos responsaveis. O embaixador obedece as
leis do pais em que exerce sua diplomacia, a fim de bem representar
aqueles que o enviaram. Nos somos os embaixadores de
Cristo (2 Co 5.20). Sera que voce esta sendo um bom embaixador
de Cristo nesse mundo?
18.1 – Ao lermos o Evangelho de Marcos, aprendemos que Je sus
antecipou essa conversa quando perguntou aos discipulos
o que discutiam entre eles (Mc 9.33,34).
18.1-4 – Jesus usou uma crianca para ajudar seus egocentricos
discipulos a entenderem o assunto. Nao devemos ser imaturos
(como os discipulos, fazendo perguntas sobre assuntos sem importancia),
mas ter a humildade e a sinceridade de um coracao
de crianca. Sera que estamos sendo imaturos ou infantis?
18.3,4 – Os discipulos ficaram tao preocupados com a organizacao
de um reino terreno para Jesus que perderam de vista o
divino proposito. Ao inves de procurarem servir, queriam ocupar
posicoes de prestigio. E muito facil perdermos nossa
perspectiva eterna e competirmos para alcancar promocoes
ou posicoes na igreja. Mas e dificil nos identificarmos com as
“criancas”, pessoas fracas e dependentes sem qualquer status
ou influencia.
18.6 – As criancas sao credulas por natureza. Por confiarem nos
adultos, sao facilmente levadas a crer em Cristo. Deus diz que
os pais e os demais adultos sao responsaveis pela influencia que
exercem sobre elas; Jesus advertiu que se alguem afastar os pe
queninos da fe recebera um severo castigo.
18.7ss – Jesus preveniu os discipulos sobre duas maneiras de
fazer os outros cometerem pecados: por meio da tentacao
(18.7-9) e da negligencia ou depreciacao (18.10-14). Como lideres,
devemos ajudar os jovens, ou os novos crentes, a evitar
qualquer coisa ou pessoa que possa faze-los tropecar na fe e
leva-los ao pecado. Nunca devemos nos descuidar da educacao
espiritual ou da protecao para com aqueles que sao jovens
em idade, ou novos na fe.
18.8,9 – Devemos remover as pedras de tropeco que nos fazem
pecar. Isso nao quer dizer que devarnos mutilar nosso corpo.
Para a Igreja, isso significa que qualquer pessoa, programa
ou ensino que seja uma ameaca ao crescimento espiritual do
Corpo deve ser eliminado. Para o cristao, significa que qualquer
relacionamento, pratica ou atividade que o leve a pecar
deve ser imediatamente interrompido. Jesus disse que e melhor
ir para o ceu com uma so mao do que para o inferno com as
duas. O pecado afeta mais do que nossas maos. abala nossa
mente e nosso coracao. 18.14 – Assim como o pastor fica muito preocupado com uma
ovelha perdida, e vai procura-la nas montanhas. Deus tambem
esta preocupado com cada ser humano que criou – “nao querendo
que alguns se percam, senao que todos venham a arrepender-
se” (2 Pe 3.9).
Se voce estiver em contato com criancas de sua vizinhanca que
precisem de Cristo, conduza-as a Ele com seu exemplo, suas
palavras e seus atos de bondade.
18.15-17 – Essas sao as diretrizes de Jesus para idarmos com
aqueles que pecam contra nos. Eias dizem respeito; (1) aos cristaos,
nao aos incredulos; (2) aos pecados cometidos contra
voce. e nao contra outras pessoas; (3) a resolucao de conflitos
no contexto da Igreja, e nao a comunidade em geral.
As palavras de Jesus nao dao permissao para um ataque frontal
a cada um que nos ofenda ou despreze. Nao autorizam o inicio
de uma destruidora campanha de difamacao ou a intimacao
para um julgamento por parte da Igreja. Foram destinadas a reconciliar
aqueles que estao em desacordo, para que todos os
cristaos possam viver em harmonia.
Quando alguem nos ofende ou nos causa algum agravo, geralmente
fazemos o oposto do que Jesus recomenda. Afastamo-
nos com odio ou ressentimento, procuramos a vinganca ou
envolvemo-nos em mexericos. No entanto, primeiro devemos
procurar tal pessoa, por mais dificil que isso possa parecer.
Depois, devemos perdoa-la tantas vezes quanto forem necessarias
(18.21.22). Esta atitude criara uma melhor oportunidade
para a restauracao do relacionamento.
18.18 Esta autoridade poro ligar o desligar se refere as decisoes
da igreja quanto aos conflitos com seus membros. Entre os
enstaos. nao existe um tribunal de apelacao, alem da igreja.
Assim, o ideal e que as decisoes congregacionais sejam guiadas
por Deus e baseadas no discernimento de sua Palavra, pois os
cristaos devem levar seus problemas ao conhecimento da igreja
e esta tem a responsabilidade de usar a orientacao divina, para
procurar a solucao dos conflitos. Resolver os problemas conforme
a vontade de Deus causara um impacto agora e por toda a
eternidade.
18.19,20 – Jesus aguardava um novo dia em que estaria presente
com os seus seguidores, nao fisicamente, mas por intermedio
de seu Espirito. No corpo espiritual dos crentes (a Igreja), um
acordo sincero entre duas pessoas em oracao e mais poderoso
que o acordo superficial de milhares, porque o Espirito Santo
esta com elas. Dois ou mais cristaos, cheios do Espirito, oram,
pedindo que tudo seja realizado de acordo com a vontade de
Deus. e seus pedidos sao atendidos.
18.22 – Os rabinos ensinavam que era necessario perdoar os
ofensores, mas somente tres vezes. Pedro, tentando ser especialmente generoso, perguntou a Jesus se deveriamos perdoar sete
vezes (o numero da perfeicao). Mas Jesus respondeu: “Setenta
vezes sete”. Isso indica que nao devemos nem lembrar-nos de
quantas vezes perdoamos alguem. Devemos sempre perdoar
aqueles que verdadeiramente se arrependem, a despeito de
quantas vezes nos tenham pedido perdao.
18.30 Naquela epoca, havia serias consequencias para os que
nao podiam pagar suas dividas. Um credor podia apoderar-se
do devedor e de sua familia, forca-los a trabalhar para ele ate
que a divida fosse paga. O devedor tambem podia ser enviado
para a prisao, seus familiares podiam ser vendidos como escravos.
para ajudar a pagar o debito. Fsperava-se que, enquanto
estivesse na prisao, as terras do devedor fossem vendidas ou
que seus parentes pagassem a divida em seu lugar. Caso contrario.
o devedor permaneceria na prisao por toda a vida.