Lição 12 – Jó: Quando o Justo Sofre

LIÇÃO 12 – JÓ: QUANDO O JUSTO SOFRE

 

EM ÁUDIO

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Não tem como falar desse homem sem falar de sofrimento. Ele se tomou um símbolo de sofrimento para todos os servos de Deus em todos os tempos. Porém, sua história tem inspirado milhares e milhares de homens e mulheres que passam por adversidades.  Podemos extrair lições extraordinárias e edificantes que nos ajudarão a vencer lutas, sejam pessoais e internas ou malignas. Hoje tire aproximadamente 7 a 10 minutos para ouvir as ideias de seus alunos sobre o sofrimento. Após isto, explique sobre alguns tipos de sofrimentos, tais como:

1) O Sofrimento Punitivo: É aplicado por Deus ao homem, quando esse não quer deixar a impiedade e a perversidade. Um exemplo foi o cativeiro babilônico, que durou 70 anos de punição para a nação dos judeus.

2) O Sofrimento Instrutivo: É permitido por Deus, com o objetivo de nos ensinar as grandezas de Sua soberania. Exemplo disto é o do nosso herói de hoje.

 

PALAVRAS-CHAVE

Integridade • Retidão • Sofrimento

 

OBJETIVOS

  • Compreender que podemos sofrer por amor a Cristo.
  • Esforçar-se por amenizar o sofrimento dos outros.
  • Entender que Satanás já foi vencido por Jesus.

 

PARA COMEÇAR A AULA

De todos os personagens da Bíblia, este merece nosso respeito pelo simples fato de o próprio Deus ter testemunhado por ele diante do acusador, a saber, Satanás. Que tamanho privilégio teve Jó que, mesmo não sabendo do real motivo de seu sofrimento, ainda assim se manteve íntegro na presença de Deus.

Esta é uma boa oportunidade de você perguntar aos seus alunos sobre o que pensam seus colegas acerca de seu comportamento e suas atitudes. Será que eles testemunhariam coisas boas a seu respeito, assim como fez Deus ao testemunhar acerca de Jó?

RESPOSTAS

1)        F

2)        V

 

LEITURA COMPLEMENTAR

QUANDO AS PALAVRAS NÃO DIZEM TUDO

“Geralmente, quando encontramos pessoas desoladas ou vivendo sob a carga de algum sofrimento, nos ocorre a necessidade de preencher o desconforto da situação com palavras. Talvez pelo receio de, se não dissermos algo, o estado delas vir a piorar; ou simplesmente pelo receio de virem a pensar pouco de nós. Por outro lado, podem ocorrer situações que nos forcem a evitar uma aproximação, tão somente porque não sabemos mesmo o que dizer.

Penso no caso de Jó, cujas perdas pessoais e familiares foram terríveis: perdeu riqueza, prestígio, saúde e todos os filhos. Só lhe sobrou um pouco de dignidade pessoal, que ele guardava consigo, e um simples caco de telha para se coçar. A esposa, cheia de rancor, lhe deu um conselho absolutamente desesperado: ‘Amaldiçoa a Deus e morre!’. Podemos até mesmo concordar que ela deveria ter ficado calada. Mas como calar diante de tanta tragédia, principalmente para uma mãe que viu todos os seus filhos partirem e toda a sua vida virar de ponta cabeça?! Esse caso era, definitivamente, o de alguém que não sabia o que dizer, mas disse tudo o que seu coração vazava.

Depois vieram os amigos. E que amigos! Vieram de longe para consolar o desventurado Jó. Disseram tudo o que desejaram, tudo o que achavam que podiam: ministraram lições de teologia, conversaram sobre noções de justiça e direito, defenderam Deus, mas, sobretudo, acusaram Jó de estar sofrendo o que merecia; e tinham certeza de que isso era uma clara punição decorrente de seus pecados. Esse era o caso de pessoas que diziam tudo o que sabiam e acabaram não sabendo o que dizer.

Ainda hoje, há muitos ‘amigos de Jó’ de plantão. Se acontece alguma tragédia com alguém, logo se perguntam o que teria favorecido tal situação, para em seguida arriscarem veredictos de supostos pecados, como se fossem verdades proféticas. E o resultado de palavras insensatas e cheias de juízo é sempre negativo e dolorosamente constrangedor.

Porém, na maioria das vezes, tudo o que a pessoa sofredora precisa é de uma presença amiga que não julgue, de um ombro amigo que deixe chorar, de atitudes que falem mais do que palavras. Quando você não souber o que dizer, apenas ore. Não diga tudo o que sabe, porque quem diz tudo o que sabe, muitas vezes acabará dizendo o que não sabe; ou então, quando for mais preciso, não saberá o que dizer.

Desse modo, na próxima vez em que estiver com pessoas que estão enfrentando o sofrimento, deixe que a sua presença seja o conforto, deixe que sua atitude de solidariedade fale mais alto que suas palavras.

Do site http://boasnovas.tv. Artigo do Pr. Samuel Câmara: “Quando as palavras não dizem tudo”.

 

LIÇÃO 12 – JÓ: QUANDO O JUSTO SOFRE

 

TEXTO ÁUREO

“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” Jó 1.21.

 

VERDADE PRÁTICA

Nosso Salvador (Jesus Cristo) sofreu, padeceu e identificou-se conosco no sofrimento.

 

Estudada em 24 de março de 2019.

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Ez 14.14 O testemunho de Deus

Terça – Jó 7.6,7 A fragilidade de Jó

Quarta – Jó 31.35 Os questionamentos de Jó

Quinta – Jó 16.16 As lágrimas de Jó

Sexta – Jó 23.3,4 O clamor de Jó

Sábado – Jó 42.6 O arrependimento e humilhação de Jó

 

LEITURA BÍBLICA

Jó 1.1-5

1    Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.

2    Nasceram-lhe sete filhos e três filhas.

3   Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente.

4  Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.

5          Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.

Texto Completo: Jó 1.1-22

 

Hinos da Harpa: 4 – 58

 

JÓ: QUANDO O JUSTO SOFRE

 

INTRODUÇÃO


I. JÓ

  1. Um exemplo de integridade Jó 1.1
  2. A provação Jó 1.12
  3. Os amigos Jó 2.11

 

II.    SATANÁS

  1. Um ser perverso e mau Jó 1.11
  2. Um ser limitado Jó 1.7
  3. Um ser derrotado e vencido Jó 1.22

 

III.     O SOFRIMENTO

  1. Mostra nossa fragilidade Jó 2,7
  2. Faz-nos valorizar o certo Jó.20
  3. Gera empatia Jó 42.10

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO

Nosso personagem é mencionado na Bíblia apenas duas vezes fora do livro que leva seu nome (Ez 14.12-23; Tg 5.11).  Na primeira passagem, a ênfase é a integridade e o poder de intercessão de Jó. Na segunda, salienta-se sua capacidade de lidar com o sofrimento. Esse drama tem muita coisa a nos ensinar nesse tempo de distorções teológicas.

I. 

Um exemplo de integridade (Jó 1.1). Como é oportuno estudarmos sobre Jó em um tempo no qual a crise de integridade está presente na família, nas instituições públicas, na educação, no comércio, na política e também nas igrejas, Jó figura entre os homens mais justos de que se tem notícia. Foi um exemplo impressionante para todas as épocas. Por isso mesmo, é importante estudar na sua vida, e não na de outro, a relação entre o sofrimento e a fidelidade a Deus.

Há, hodiernamente, uma teologia que advoga uma vida plena de saúde, prosperidade e sucesso secular, bastando para isso sermos fiéis a Deus. O drama de Jó joga por terra essa aberração teológica. Ele foi justo e íntegro, tendo para confirmar isso o testemunho do próprio Deus: “Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” (Jó 1.8). Acabam-se aqui os argumentos contrários. Deus estava afirmando o que via realmente em Seu servo. Quem poderia contradizer? Aliás, Deus até repete esse testemunho (Jó 2.3).

Quatro coisas são ditas sobre o caráter de Jó:

1)      Integridade. Ser integro é ser inteiro! Jó tinha essa característica. Ele não era dividido em seus pensamentos e atitudes. Ele era coerente e verdadeiro.

2)      Retidão. Significa que ele não se desviava dos padrões divinos. Seu caminhar era sem desvios.

3)     Temor a Deus. Significa submissão e respeito. É reconhecer que Deus é Aquele diante de quem eu me curvo e me submeto.

4)      Desviava-se do mal. Literalmente, Jó não brincava com o pecado, mas dele fugia.

 

2. A provação (Jó 1.12). O sofrimento de Jó foi irretratável e incompreensível. O estado de desespero dele é tamanho que ele pergunta por que não morreu ao nascer (Jó 3.11). Aliás, os “porquês” de Jó inundam seu livro. E 16 vezes Jó levou aos céus: “Por quê?”.

Sua provação é descrita em quatro níveis:
a) Materialmente: ele passa da riqueza para a pobreza (Jó 1.13-17);
b) Socialmente: Ele, de homem honrado e admirado, vai ao desprezo e isolamento (Jó 19.14);
c) Fisicamente: Ele sai da saúde para uma terrível e inexplicável doença (Jó 2.7,8);
d) Emocionalmente: Ele sai da alegria de uma vida familiar farta e abundante para a noite escura
da angústia (Jó 6.2). 


Sua situação se torna calamitosa. Senão, vejamos:

1)        Feridas inflamadas por todo o corpo, acompanhada de coceira (Jó 2.7,8);

2)        Feridas contaminadas por vermes ou parasitas (Jó 7.5);

3)        Escurecimento e descamação da pele, acompanhada de intensa febre (Jó 30.30);

4)        Terríveis pesadelos noturnos (Jó 7.14);

5)        Insônias (Jó 7.4);

6)        Emagrecimento intenso (Jó 16.8);

7)        Uma aparência física repugnante (Jó 19.17).

 

Os amigos (Jó 2.11). Ocorreu que alguns amigos, ouvindo falar de todo o sofrer de Jó, resolveram aconselhá-lo e terminam por mostrar-se um desastre. Durante sete dias eles ficam mudos diante da situação e da dor de Jó (Jó 2.3). Tivessem permanecido assim, teriam sido um ótimo bálsamo; mas eis que eles resolvem abrir a boca. Suas palavras só aumentaram a dor de Jó, pois eram cheias de acusações. O que deveria ser um consolo, transforma-se num debate teológico, que vai do capítulo 3 ao 37, quando Deus entra em cena. Jó fala nove vezes tentando se defender, Elifaz fala três vezes, Bildade também três, Zofar duas e Eliú, o mais jovem, uma vez.

Para os amigos de Jó, a lógica era simples. A teologia deles era que Deus abençoa o justo e pune o pecador; portanto, se Jó está sofrendo é porque pecou, e ponto final! Assim sendo, ele deveria reconhecer seu pecado e confessá-lo. Os amigos demonstram uma incrível falta de sensibilidade, de sabedoria e de misericórdia, além de uma teologia implacavelmente retributiva.

Eis algumas de suas acusações:

a) Afirmam que Jó não é convertido (Jó 22.23);
b) Dizem que ele é um mentiroso (Jó 11.2);
c) Louco (Jó 5.2-3);
d) Insensível aos necessitados e explorador dos pobres (Jó 22.6-9).

 

II. SATANÁS

Um ser perverso e mau (Jó 1.11). Jó é um dos livros da Bíblia que mais mencionam o agir de Satanás. Sua malignidade é vista com clareza no drama de Jó. Satanás não é, como alguns pensam, um ser mítico e lendário. Ele não é uma ideia subjetiva nem uma energia negativa. Ele é um anjo caído, um ser maligno, perverso, assassino, ladrão e mentiroso. Ele aparece diante de Deus insinuando que Jó só é fiel porque Deus o estava mimando (Jó 1.9,10). Em outras palavras, ele acusa Deus de subornar Jó e, ao mesmo tempo, duvida da motivação de Jó. Ele sugere que por trás de toda fidelidade e retidão de Jó, e, por extensão, de todo ser humano, a verdadeira motivação é a recompensa que as pessoas esperam receber. Então, é como se sugerisse a Deus: “Retire a bênção, e o Senhor verá que ruirá a fidelidade desse homem”. Por trás de toda essa insinuação maléfica, Satanás está dizendo que ninguém serve ou servirá jamais a Deus sem esperar algo em troca.

Assim, ele levanta malignamente, três teses acusatórias contra Jó:

a) Jó não ama a Deus mais do que o dinheiro ou bens. Se mexer no que ele tem a sua fidelidade irá por terra, propõe o diabo;

b) A devoção maior de Jó é sua família, e não Deus. Se sua família for tocada, ele desistirá da sua fé;

c) A terceira acusação é que Jó amava mais a si mesmo e ao seu próprio bem-estar do que a Deus; ele então propõe uma doença para desmascarar a Jó.

 

Um ser limitado (Jó 1,7). Satanás, como criatura, é um ser limitado em si mesmo e limitado por Deus em suas ações. Ele não irá nunca além daquilo que o próprio Deus permite. Isso é muito importante de ser compreendido, porque, na cabeça de muita gente, Satanás é visto como um ser equivalente a Deus só que no sentido inverso; uma espécie de Deus ao contrário. É como se, aquilo que Deus é, em termos de poder para o bem, Satanás igualmente fosse para o mal. Essa é uma visão maniqueísta e antibíblica do universo. Deus é Único e o diabo é um anjo caído, portanto, uma criatura; e como tal, imensa e infinitamente inferior a Deus.

 

No livro de Jó ele aparece “passeando” ou “rodeando a terra”, de onde deduzimos que ele não é onipresente. Em segundo lugar, para agir na vida de Jó, ele precisa antes da permissão de Deus. Isso fica claro no início do livro. Apesar da fúria e rebelião, Satanás está debaixo da autoridade do Altíssimo, que o controla e lhe impõe limites (Lc 22.31).

Um ser derrotado e vencido (Jó 1.22). Satanás foi envergonhado, primeiro porque o texto diz: “Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios’’ (Jó 2.10), Ou seja, o desejo maligno de ver Jó se voltar contra Deus não logrou êxito. Ele continuou fiel (Jó 42.8). Em segundo lugar, porque Jó recebe tudo em dobro (embora isso não apague a dor) e é, portanto, exaltado, inclusive crescendo em experiência e conhecimento de Deus (Jó 42.3-5). Jó viveu 140 anos e viu seus descendentes até a quarta geração (Jó 42.16).

Podemos afirmar que tudo aquilo que Satanás intentou contra Jó, Deus converteu em bênção (Rm 8.28). Por exemplo:
a) Ele tentou afastar Jó de Deus, e este ficou mais perto do Senhor;
b) Satanás tentou ferir o coração de Jó, levando-o a ter mágoa dos amigos, mas no fim Jó ora por eles;
c) Ele tentou destruir a família de Jó, e no final Jó termina com 10 filhos no Céu o 10 na Terra.

 


III. SOFRIMENTO

 

Mostra nossa fragilidade (Jó 2.7). O sofrimento de Jó foi algo absurdo e inexplicável (pelo menos naquele momento). Aliás, sofrimento é algo que não se explica. Oscar Wilde disse que “podemos partilhar tudo, menos o sofrimento”. Cada sofrimento é próprio de quem sofre e toda tentativa de explicação será sempre sem sentido diante da dor. Mas algo inegável acerca do sofrimento é a sua capacidade de nos colocar “no lugar certo”, ou seja, vermos nossa pequenez, nossa fragilidade e nossa dependência de Deus e dos outros.

A Bíblia nos compara a vasos de barro (2Co 4.7). A Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) diz: “Potes de barro comum”. Não somos vasos de ferro ou de bronze, mas de barro. Somos quebradiços e frágeis em nossa constituição física, para mencionar apenas essa dimensão. Pode até ser que em algum momento nos sintamos acima da normalidade e esqueçamos nossa condição, mas eis que surge um imprevisto, um infortúnio, uma enfermidade, e somos forçados a reconhecer nossa real condição. Assim, nos humilhamos e buscamos a Deus. C. S. Lewis dizia que “o sofrimento é o megafone de Deus”. Nada como a constatação da nossa pequenez para nos tomar humildes, tratáveis, coerentes e “salváveis”.

 

Faz-nos valorizar o certo (Jó 1.20). É comum, na correria e agitação da vida, nossas prioridades irem se desorganizando e nossa agenda acabar ficando bagunçada. Sem perceber, passamos a dedicar tempo, energia e recursos para aquilo que não vale a pena. Alguém disse que um dos problemas da vida não é que não tivemos sucesso, mas sermos bem-sucedidos em algo que não vale a pena. Não é pouco o número de pessoas frustradas se perguntando: “O que eu fiz da minha vida?”. Quando vem a dor, a luta e a tribulação, amadurecemos e percebemos nossa tolice em valorizar o que é efêmero, fugaz e até desprezível (Rm 5.3-4). Quem muito sofreu sabe, melhor do que ninguém, organizar sua vida com aquilo que realmente vale a pena. Sua escala de valores é diferente. Não deveríamos nunca desprezar os dias de lágrimas e lutas. Elas produzem coisas boas em nós, como bem reconheceu o salmista (Sl 119.67).

 

Gera empatia (Jó 42.10). A empatia é a “tendência ou capacidade de sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa” (Dicionário Aurélio). Tal sentimento precisa ser sincero e espontâneo. Ora, nada melhor do que o sofrimento para nos sensibilizar e levar-nos a agir em direção de quem está sofrendo, lembrando a nós mesmos do que já passamos. É interessante, nesse quesito, que o próprio Cristo é retratado como “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3). Em outras palavras, Jesus Cristo intercede e solidariza-se com a dor humana, não apenas porque é onisciente, mas devido ao fato de ter, Ele próprio, sofrido como um ser humano. O autor da carta aos Hebreus diz que Jesus, em tudo foi feito semelhante a seus irmãos (Hb 2.17). As palavras do mesmo autor em são um bálsamo para o coração humano: “Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2.18). Que possamos exercer a virtude da empatia.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Sem que Jó soubesse, Deus permite que Satanás destrua seu rebanho, suas posses, seus filhos e a sua saúde. Demonstrando uma enorme fidelidade, ele recusa-se a negar a Deus. Esse é o legado de Jó para nós: confiar em Deus, mesmo quando nada parece fazer sentido. Somos capazes?

 

RESPONDA

Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:

1)        (  ) O problema maior de Jó foi sua falta de fé.

2)        (  ) Apesar da fúria e rebelião, Satanás está debaixo da autoridade de Deus.

3)        (  ) O sofrimento nos leva a valorizar as coisas certas.

 

 

VOCABULÁRIO

  • Irretratável: que não se pode retratar ou representar. Impossível descrever com palavras ou imagens.
  • Maniqueísta: O que concebe o bem e o mal como forças equivalentes e antagônicas.
  • Infortúnio: acontecimento, fato infeliz que sucede a alguém ou a um grupo de pessoas.