Lição 9 – Salmo 121 – Elevo os Olhos Para os Montes

LIÇÃO 9 – SALMO 121 – ELEVO OS OLHOS PARA OS MONTES

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O Salmo 121, dentre outras coisas, revela o maravilhoso cuidado protetor de Deus para com Israel e para conosco, pois mostra que a cada etapa de nosso caminho Ele está nos guardando dos perigos que nos cercam.

O salmista nos direciona a confiar sempre na proteção infalível de Deus. Não importam as circunstâncias adversas que poderão surgir, pois Ele pode nos socorrer sempre.

Por ser o Deus eterno, também temos proteção eterna e completa de todo o nosso ser. Outra observação é que Deus é criador e mantenedor do Universo, então até a lua e sol estão sob o seu comando em nossa defesa.

 

OBJETIVOS
• Identificar autor, título, classificação e peculiaridades no Salmo 121.
• Reconhecer Deus em todos os nossos caminhos.
• Compreender que Deus é a nossa segurança

 

PARA COMEÇAR A AULA
Estimado professor, a introdução da sua aula é a vitrine transparente do seu discurso; numa viagem, as pessoas gostam de saber aonde seu guia há de conduzi-las.
Portanto, inicie esta aula apresentando seu esboço de ensino, seus métodos e os objetivos que temos em nossa lição. Exponha que o salmista magnifica a proteção de Deus por meio do seu comando do Universo. Logo, ele nos instrui a confiar no cuidado permanente do Senhor, que não descuida de nós nem por um segundo.

 

PALAVRAS-CHAVE
Segurança • Proteção • Cotidiano

 

RESPOSTAS
1) Ao grupo de salmos cantados durante as viagens em grupo até Jerusalém (Sl 120-123).
2) Autossuficiente e que deseja apena bênçãos para si.
3) Na saída e na entrada.

 

LEITURA COMPLEMENTAR
“O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”. O que necessitamos é ajuda – ajuda poderosa, eficiente, constante; nós precisamos de um socorro bem presente, na angústia. Que misericórdia o fato de que o temos, em nosso Deus. A nossa esperança está no Senhor, pois o nosso socorro vem Dele. O socorro está a caminho, e não deixará de nos alcançar no devido tempo, pois nunca se soube que aquele que o envia a nós estivesse atrasado.
O Senhor, que criou todas as coisas, está à altura de cada emergência; o céu e a terra estão à disposição daquele que os criou, por isto devemos nos sentir muito exultantes no nosso infinito Ajudador. Ele destruirá os céus e a terra antes de permitir que o seu povo seja destruído, e os montes perpétuos se curvarão antes que caia aquele cujos caminhos são eternos. Nós devemos olhar além dos céus e da terra, àquele que os criou; é inútil confiar em criaturas; é sábio confiar no Criador.
Livro: Os Tesouros de Davi vol. 3 (Charles Spurgeon, CPAD, 2017, pag. 590)

 

Estudada em 1 de dezembro de 2019

 

Hinos da Harpa: 459 – 58

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda-feira – Sl 134.1-3 Levantai as vossas mãos
Terça-feira Sl 127.1-5 O Senhor guarda a casa
Quarta-feira – SI 124.7 Deus nos dá o escape
Quinta-feira – SI 123.2 Os nossos olhos estão em Deus
Sexta-feira – SI 122.1 Alegria em estar na casa de Deus
Sábado – SI 120.1 Na angustia clamei ao Senhor.

 

LEITURA BÍBLICA
Salmo 121.1-8
1 Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
2 O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.
3 Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda.
4 É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.
5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.
6 De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua.
7 O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma.
8 O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.

 

TEXTO ÁUREO
“O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.”

Sl 121.2

 

VERDADE PRÁTICA
Os seguidores de Jesus curtem e compartilham o que Ele ensina e faz.

 

SALMO 121 – ELEVO OS OLHOS PARA OS MONTES

 

INTRODUÇÃO

I. ASPECTOS GERAIS
1. Autor, título e data
2. Classificação
3. Cântico dos degraus

 

II. QUAL A SAÍDA? (SI 121.1-2)
1. Dê ordem às “montanhas” Sl 121.1
2. Primeiro, Deus Sl 121.2
3. Seja um seguidor de Jesus Lc 9.23

 

III. SEGURANÇA NO SÉC. XXI (Sl 121 3-8)
1. Segurança para andar Sl 121.3
2. Segurança para descansar Sl 121.4-6
3. Segurança contra o Maligno Sl 121.7-8

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO

Hoje, vamos estudar o Salmo do Viajante. O Salmo 121 fala do nosso cotidiano, ensinando como devemos viver dignamente diante de Deus e, assim, recebermos dele proteção e descanso. Aprenderemos que, andando com Deus, sairemos e voltaremos em segurança.

 

I. ASPECTOS GERAIS

1. Autor, título e data. Desconhecemos o autor do Salmo 121, muito embora haja quem afirme que Davi escreveu este hino no deserto de Parã, logo após a morte do profeta Samuel (1Sm 25.1).
O título em itálico “Cântico de romagem” “Cântico dos degraus” ou “Canção gradual”, diz respeito ao grupo dos salmos 120-134, que os peregrinos cantavam durante a viagem para Jerusalém nas três festas anuais, pois viajavam em grupos (Lc 2.44).
Jerusalém, situada cerca de 750 metros acima do nível do mar, é uma cidade naturalmente fortificada pelos montes. Israel tem um relevo interessante. A região central do país, onde está Jerusalém, encontra-se elevada em relação ao norte. Por isto, precisamos ler literalmente os verbos subir e descer em textos como os grifados a seguir: “Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém.” (Jo 2.13, grifado); “Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jerico e veio a cair em mãos de salteadores” (Lc 10.30a, grifado). Não temos a data precisa deste salmo.

 

 

2. Classificação. O Salmo 121 é, como vimos, um salmo de romagem ou “dos degraus”, salmo do viajante, sendo esta sua principal classificação.

 

 

3. Cântico dos degraus. No grupo dos salmos 120-134, temos uma sequência vitoriosa. Enquanto no Salmo 120, Israel confessa a opressão de viver entre ímpios, o Salmo 121 retrata a alegria da aproximação dos peregrinos a Jerusalém, sendo o Salmo 122 a expressão da contemplação do Templo e a chegada dos viajantes. “Pararam os nossos pés junto às tuas portas, ó Jerusalém!” (Sl 122.2) é um maravilhoso cântico de adoração pela alegria e oportunidade de estar na Casa de Deus.
Que o templo seja reconhecido como “casa de oração”. Que jamais percamos a alegria de caminhar para o templo do Senhor. Haja louvor a caminho da igreja!

 

 

II. QUAL A SAÍDA? (Sl 121.1-2)

 

1. Dê ordens às “montanhas” (Sl 212.1). O Salmo 121 começa com uma indagação contemplativa. “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?” (v.1) não retrata propriamente uma visão que os peregrinos tinham com a aproximação de Jerusalém. Israel não possui montanhas, no sentido estrito, apenas montes, sendo o Tabor, com 562 metros e o Gerizim, com 868.
Esses “montes” contemplados pelo salmista também podem significar os “lugares altos” referidos na Bíblia, espaços de cultos idólatras (Lv 26.30; Is 16.12). Qual a saída para o salmista, rodeado de povos idólatras, que serviam a deuses de pedra? Qual a saída para nós nesta geração conturbada, onde a sociedade clama contra os valores morais e espirituais instituídos por Deus?
Existem momentos em que olhamos o mundo ao nosso redor, e perquirimos: “Qual a saída? De onde me virá o socorro contra doenças, vícios, desemprego, injustiça?” Estamos cercados de montes. Precisamos exercer a fé em Deus capaz de remover esses obstáculos. (Mt 17.20).

 

2. Primeiro, Deus (Sl 121.2). A moderna tecnologia pode nos oferecer uma ajuda rápida. No Brasil, o SAMU é um grande auxílio, certamente. Boas condições financeiras permitem acesso a bons médicos e hospitais de ponta. Apesar de tudo, carentes ou não, devemos considerar que o nosso socorro presto vem do Senhor. Não é pecado um cristão ser rico. Assim disse Jesus ao censurar a avareza de um homem: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” (Lc 12.20-21, grifado). Em tudo na nossa vida, primeiro, Deus, na fartura ou na necessidade.

 

3. Seja um seguidor de Jesus (Lc 9.23). Não pensemos que o simples fato de sermos “crentes” ou “evangélicos” nos conferem a prerrogativa para dar ordens aos mundos espiritual e natural. Sobre isto, a Palavra cita uma triste experiência em Atos 19.15-16.
Todo o sucesso de nossa jornada neste mundo pressupõe a presença de Jesus diariamente conosco. Isto implica renunciar às nossas paixões, à nossa vontade (Lc 9.23). Ser seguidor(a) de Jesus é “curtir” o que ele fez e ensinou. Não podemos “bloqueá-lo” em alguns momentos para que ele não saiba nada do que fazemos de errado. Precisamos lembrar que, mesmo “bloqueado”, Jesus continua online. Do topo de sua habitação, Deus, o Altíssimo, a tudo assiste.
Hoje, existem muitos “ídolos” no meio cristão. Curtimos e seguimos artistas, jornalistas e políticos. Defendemos ideias humanas com uma garra que muitas vezes não percebemos quanto ao Evangelho, à Igreja e à pessoa de Jesus Cristo.
O segredo da nossa vitória consiste em sermos seguidores de Jesus, pessoas que “curtem” e compartilham tudo o que ele fez e ficou escrito para a nossa edificação. Não existe discípulo verdadeiro que não seja “fã” de Jesus. Lendo as mídias sociais, não percebemos essa empolgação pelo Salvador em muitos. Alguns cristãos parecem caminhar sós, sem o Cristo, seguindo muita gente, menos o Mestre, que ensinou o amor, o perdão e a misericórdia.
Cristãos autossuficientes, que se governam, e querem apenas a bênção de Deus sobre seus próprios caminhos humanos e carnais, eis uma terrível contradição! Precisamos ler o Salmo 121 debaixo desta luz.

 

III. SEGURANÇA NO SÉCULO XXI (SI 121.3-8)

1. Segurança para andar (Sl 121.3). “Ele não permitirá que os teus vacilem” (v.3a) é uma promessa divina inspirada na confiança do salmista. Subindo e descendo os degraus íngremes de Israel, os peregrinos precisavam de proteção para os pés. Lesões e fraturas poderiam complicar muito a marcha do grupo.
Além disto, o caminho entre a Galileia (norte) e Judeia (sul) era muito perigoso. Havia feras. Ladrões estavam sempre à espreita em alguns trechos, a exemplo do caminho entre Jerusalém e Jerico (Lc 10.30), cerca de 30 km.
Assim, vivemos neste mundo. O Brasil é uma das nações mais violentas, com aproximadamente 50 mil assassinatos por ano. Corrupção, drogas, trânsito caótico e crimes diversos deixam-nos sem a segurança necessária para andar no Brasil. Caminhamos driblando a morte. Caminhando entre lobos devoradores na política e até no segmento religioso brasileiro, com uma explosão de igrejas, onde, infelizmente, o verdadeiro Evangelho nem sempre é anunciado.
Vivamos de forma justa, sóbria e piamente (Tt 2.12). O Senhor é quem nos guarda. Ele não dorme nem cochila ou dormita (v. 3). Temos conosco o Guarda de Israel.

 

2. Segurança para descansar (SI 121.4-6). A caminhada para Jerusalém podia levar vários dias, como no episódio da família de Jesus (Lc 2.44). O Sol causticante era um complicador; a sombra, um refrigério. Era preciso descansar em breves intervalos do dia e encontrar abrigo seguro durante a noite. Sob a sombra do Onipotente, o rigor do Sol era atenuado. Sob a direção divina, a lua não serviria para atrair feras a peregrinos devidamente abrigados (v. 5-6). Mormente na hora do sono pesado, era importante saber que Deus não cochila nem dorme (v. 4).
Assim vivemos no Brasil: precisamos de segurança em Deus para descansar. Assaltos, incêndios, mortes. Uma nação de ímpios está de pé enquanto dormimos. Precisamos de Deus. Entreguemos nosso caminho ao Senhor, e assim poderemos cantar como o salmista em Salmos 3.5-6.

 

3. Segurança contra o Maligno (SI 121.7-8). “O Senhor te guardará de todo mal; guardará a tua alma” (v. 7). Eis a nossa maior necessidade. Pedro estava entre os apóstolos, era um dos que se destacavam, sempre interagindo com Jesus. Ele foi o único a andar sobre as águas por algum tempo (Mt 14.29], Entretanto, apesar de toda a aparente segurança, invisível aos olhos humanos, Satanás tramava contra o apóstolo do Senhor. Jesus confessou que o Adversário o pedira para cirandar como trigo (Lc 22.31), isto é, pôr à prova, talvez semelhante ao que aconteceu com o patriarca Jó (Jó 1.11), porém, o Mestre intercedeu por Pedro e o Pai o livrou (Lc 22.32).
Aqui, temos uma segurança que o mundo não pode nos dar, pois não existe disponível ao homem natural. Somente o Senhor com o seu exército de anjos pode nos garantir esta paz. Mas, para que isto aconteça, temos de tomar sobre nós “toda a armadura de Deus” (Ef 6.11). Será que vivemos assim?
“O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre” (v. 8). Quando sairmos pela manhã, para trabalhar, e voltarmos para casa ao entardecer, para descansar, o Senhor nos guardará. Quando sairmos, quando jovens, para começar a vida, e voltarmos, no seu final, para partir, vivenciaremos a mesma proteção. As nossas saídas e as nossas entradas estão sob a mesma proteção.

Três vezes, lemos a expressão, “o Senhor guardará”, como se a santa Trindade assim selasse a promessa, para assegurá-la; não devem, todos os nossos temores, ser eliminados? Que ansiedade poderá superar esta tripla promessa? Este guardar é eterno; a partir de agora, continuamente, para todo o sempre.
Toda a Igreja é assim assegurada de proteção eterna: a perseverança final dos santos é assim assegurada, e a imortalidade gloriosa dos crentes é garantida. Sob a proteção de tal promessa, podemos seguir na peregrinação sem temer, e nos aventurar na batalha sem tremer. Ninguém está tão protegido como aqueles a quem Deus guarda.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Em meio ao caos e insegurança crescente em que vivemos, podemos elevar os nossos olhos aos céus, confiantes de que Deus está no controle de nossas vidas. Ele zela pela nossa segurança e nos livra de todo o mal.

 

RESPONDA
1) A que se refere a expressão do título do Salmo 121, “cântico de degraus”?
2) Segundo a lição, a reflexão do Salmo 121 previne o crente de que estilo de vida?
3) Quais momentos simbólicos destacam o compromisso de Deus em nos guardar?

 

VOCABULÁRIO
Dormitar: estar em situação de sonolência, resistindo ao sono ou não conseguindo desfrutá-lo satisfatoriamente; cabecear, cochilar.
Presto: que se faz com rapidez; ligeiro, prestes.
Íngreme: que é extremamente inclinado com relação ao plano horizontal; difícil de subir ou descer; alcantilado, abrupto, escarpado. Dificultoso, trabalhoso.