Lição 3 – Formação e Desenvolvimento do Lar

Ressalte que esta lição serve bem aos jovens que pretendem se casar, trazendo também bons conselhos aos recém-casados. Muitos casamentos acabam fadados ao fracasso pela não observância de princípios e cuidados negligenciados desde as fases de namoro e noivado.
A formação do lar é semelhante à construção e manutenção de um edifício. Construído sobre alicerces sólidos e seguros, com manutenção cuidadosa, tem tudo para ser bem-sucedido e sair incólume das intempéries e anormalidades da vida, sem separações ou divórcio.
Munido de estatísticas do último censo, faça uma comparação entre o número de casamentos e divórcios (também entre evangélicos), pontuando a diferença de fundamentos e cuidados e a falta destes.
Mostre as vantagens de uma família que serve a Deus.

 

PALAVRAS-CHAVE
Namoro • Noivado • Matrimônio • Unidade

 

OBJETIVOS
• Esclarecer os cuidados necessários para a formação de um novo lar.
• Conscientizar acerca das responsabilidades assumidas através do matrimônio.
• Captar os princípios básicos para o desenvolvimento saudável do lar.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Faça a comparação entre a construção de um edifício e o início de uma família através do casamento, baseado na parábola de Jesus sobre edificações (Mt 7.24-27), Que fundamentos são necessários para a formação e edificação do lar? O namoro e o noivado devem ser de qualquer jeito ou é preciso obedecer aos princípios bíblicos?
Separe com uma linha num quadro (ou papel) os possíveis danos de construir um relacionamento “sobre a areia” e a bênção de edificá-lo “na rocha” da Palavra. Boa aula!

 

RESPOSTAS
1) Manter a unicidade e o vínculo de paz.
2) Honestidade, paciência, sabedoria e desprendimento.
3) “Tendo o mesmo sentimento”’

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR:

O NOIVADO E CASAMENTO
A nossa mensagem aqui é dirigida especialmente aos jovens que pretendem constituir o seu lar. Começamos por falar do período do noivado, que é tempo certo para o lançamento das bases para o enlace matrimonial. Passaremos agora a uma série de recomendações que podem constituir requisitos para um casamento feliz, que são:
1. Os noivos devem orar muito a Deus, dar tempo a este exercício sagrado, ao invés das horas de aproximação excessiva. Os que pretendem constituir um lar feliz devem buscar em Deus a sabedoria e adequada maturidade espiritual e emocional, que são fatores indispensáveis à nova vida.
2. Antes da decisão, devem ter certeza de que o casamento é a vontade de Deus. Um casamento só pode ser completamente feliz, quando os contraentes buscam conhecer a soberana vontade de Deus e se dispõem a segui-la fielmente. Para os que creem na Palavra de Deus, esta é a regra.
3. Possuir firmeza de propósitos, quanto à obediência à sã doutrina, na direção do Espírito Santo. A sã doutrina é a norma pela qual Deus trata conosco e o Espírito Santo é o guia capaz de nos conduzir seguros, pois conhece o nosso futuro.
4. Amor e respeito. “Os jovens que se amam e se respeitam terão uma preocupação não egoísta pela felicidade e bem-estar um do outro. Cada um fará a sua parte para proteger a integridade do casamento, sabendo que, quando se tornarem marido e mulher, terão toda liberdade.”
5. Conservarem-se sem culpa diante de Deus. Um casamento pode chegar à ruína, se os contraentes levarem para ele o peso de culpa, por causa das liberdades havidas antes ou durante o noivado. Isto pode gerar desconfiança, frustração e atrair a maldição de Deus. Duas pessoas que se amam e amam a Deus devem e podem se dominar em todas as circunstâncias e durante toda a vida se sentirem felizes por assim terem feito.
Livro: “O Padrão Divino para uma Família Feliz” (Estevam Ângelo de Souza. Editora: SIOGE, São Luís, págs. 42-43)

 

Estudada em 19 de abril de 2020

 

LIÇÃO 3 – FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO LAR

 

TEXTO ÁUREO
“Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.” Pv 1.8

 

VERDADE PRÁTICA
A família é uma instituição em contínuo aperfeiçoamento.

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 2Co 6.14-15 Cuidados que fazem a diferença
Terça – 2Co 11.3 Namoro santo
Quarta – 1Pe 5.8 União que vale uma vida
Quinta – 1Co 7.33-35 Responsabilidades
Sexta – 1Co 1.10 Unidos e ajustados
Sábado – Ef 4.3 Casados por toda a vida

 

LEITURA BÍBLICA
Provérbios 1.7-10
7 O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.
8 Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.
9 Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço.
10 Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas.

 

Hinos da Harpa: 141 -178

 

FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO LAR

INTRODUÇÃO

I. PREPARAÇÃO PARA CASAR
1. Cuidados iniciais 2Co 6.14,15
2. Namoro 2Co 11.3
3. Noivado 1Pe 5.8

 

II. CASAMENTO
1. Responsabilidades 1Co 7.33-35
2. Ajuste necessário Fp 2.3,4
3. Unidade 1Co 1.10

 

III. DESENVOLVIMENTO DO LAR
1. Equilíbrio do casal Ef 4.3
2. Solidariedade Fp 2.3
3. Concordância Pv 17.1

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
Pais, parentes e amigos podem ajudar com boas orientações e apoio aos que pretendem iniciar seu lar, mas a responsabilidade maior é dos pretendentes, pois serão estes os primeiros a colher os frutos de suas decisões, corretas ou imprudentes.

 

I. PREPARAÇÃO PARA CASAR
Antes de qualquer compromisso, alguns cuidados devem ser observados pelos pretendentes ao casamento.

1. Cuidados iniciais. Os que de início tomam decisões somente porque estão apaixonados, não terão condições de observar na pessoa desejada, com relativa independência, as qualidades básicas para o necessário ajustamento nas relações devidas para um casamento feliz. Há vastos exemplos de pessoas que se casam pelo fogo da paixão e, quando este se esvai, logo nos primeiros sinais de dificuldades, geralmente desistem de seu compromisso. Isso demonstra precipitação, fraqueza de caráter, além de causar muitas dores às pessoas envolvidas e suas famílias.
Antes de começar um relacionamento, há alguns cuidados básicos a observar:
a) As virtudes morais e espirituais da pessoa pretendida devem ser observadas antes do casamento, devendo-se evitar o jugo desigual (2 Co 6.14,15).
b) Buscar a direção de Deus, através da oração, com sinceridade, firmeza de propósitos e fé.
c) Observar se a família da pessoa pretendente possui estrutura cristã, pois a vida espiritual é fator essencial que poderá servir de modelo e, assim, exercer uma profunda influência, positiva ou negativa, na formação do futuro lar.

 

2. Namoro. É a fase do conhecimento. Procure conhecer o que a pessoa pensa sobre tudo que é importante para você. Quanto mais vocês tiverem em comum, menos barreiras precisarão ser vencidas. Em qualquer contrato, o que se espera das partes envolvidas fica bem acertado e claro. É impressionante quantas pessoas casam sem se acertarem sobre o que esperam e pensam sobre áreas fundamentais da vida. Começar um namoro para depois pensar se é a vontade de Deus é insensato e arriscado.
As pessoas sem Deus se entregam à sensualidade, usando e abusando um do outro, para buscarem saber se a relação vai dar certo ou não. Os que pertencem a Jesus Cristo, ao contrário, são orientados pela Palavra e iluminados pelo Espírito Santo; e evidenciam o padrão de Deus em suas relações com o sexo oposto, especialmente no namoro, com toda a pureza de sentimento e respeito (2Co 11.3; 1Tm 4.12; 5.2). Só assim poderão ser orientados e capacitados por Deus para o compromisso de um casamento feliz.

 

3. Noivado. O noivado é o tempo certo para o lançamento das bases para o enlace matrimonial. No período do noivado, o casal deve:
a) Buscar a Deus. Ao invés de excessivas horas de aproximação e intimidades amorosas, os que pretendem construir um lar feliz devem conjuntamente buscar em Deus a sabedoria e a adequada maturidade espiritual e emocional, que são fatores indispensáveis à nova vida. Um casamento só é completamente feliz quando os contraentes buscam conhecer a vontade de Deus e se dispõem a segui-la fielmente.
b) Amar e respeitar-se mutuamente, expressando uma preocupação não egoísta pela felicidade e bem-estar um do outro. Cada um fará a sua parte para proteger a integridade do casamento, sabendo que quando se tornarem marido e mulher terão toda a liberdade baseada nesses valores. Um casamento pode chegar à ruína se os contraentes levarem para este o peso da culpa, por causa das liberdades havidas antes ou durante o noivado. Isto pode gerar desconfiança, frustração e abrir portas para o ataque do Inimigo (1Pe 5.8).
c) Preparar-se a fim de arcar com os compromissos financeiros que o matrimônio exige. A fé em Deus não induz ao descuido e à displicência econômica. Ao contrário, produz suficiente visão dos deveres e responsabilidades quanto à constituição e manutenção do lar.
O casamento é o passo decisivo e o começo de uma jornada que pode durar longos anos. Por isso requer preparo adequado.

 

II. CASAMENTO
O matrimônio é um empreendimento sério que envolve um homem e uma mulher, além de exigir destes a capacitação para os fins propostos. Isso demanda o seguinte:

1. Responsabilidades. A vida de casado requer mais cuidado e maiores responsabilidades (1Co 7.33-35). Isso tem a ver com os seguintes aspectos:
a) Enfrentar as vicissitudes da vida. Refere-se aos cuidados e trabalhos a que ficam obrigados os que se unem em uma aliança de ajuda mútua, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, na fartura ou na escassez.
b) Cuidados com a vida espiritual. O casamento não pode servir de embaraço para a vida espiritual. O casado “cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa”. As “coisas do mundo” não significam costumes pecaminosos, mas o cuidado próprio de quem assume a devida responsabilidade pela família na sociedade. Os desajustes na vida comum do lar podem causar prejuízos espirituais (1Pe 3.7).
c) Estabilidade do casamento. As pessoas realmente capazes para o matrimônio admitem que o casamento jamais deve ser considerado uma aventura de inconstantes, uma experiência de curiosos e nem uma brincadeira de irresponsáveis. Por isso, quanto ao marido, diz: “Estás casado? Não procures separar-te”. Quanto à mulher, diz: “A mulher está ligada enquanto vive o marido”. Assim, a estabilidade do matrimônio, no plano de Deus, está acima de qualquer questão.
d) Compatibilidade. Isso tem a ver com comunhão e comunicação de ideias e ideais, porque os dois são, agora, “uma só carne” e devem andar em comum acordo (Am 3.3). Quase sempre, nas desavenças de casais, invoca-se a incompatibilidade de gênios. Esta deve ser detectada antes do casamento.

 

2. Ajuste necessário. Normalmente, as circunstâncias da vida em comum não fazem dos cônjuges amantes eternos, agradáveis e felizes. Cada um continuará sendo uma personalidade distinta, e as divergências podem aparecer logo cedo, trazendo surpresas e perplexidades. Todavia é necessário que haja ajustamento entre ambos, produzidos pelos seguintes fatores:
a) Honestidade. Que induz a reconhecer seu erro e admitir a razão do outro.
b) Paciência. Fortaleza para resistir à ofensa, sem ofender (Rm 12.21), mas agir com sabedoria indicando o caminho para a solução do problema (Tg 3.13-18).
c) Maturidade. Só consegue zelar pelos interesses de outrem e não buscar apenas os seus interesses quem tem desprendimento e maturidade. Relacionamentos saudáveis e equilibrados exigem que abdiquemos da infantilidade (Fp 2.3,4).
d) Expectativas dentro da realidade. As pessoas criam um mundo romântico e ideal que não corresponde à realidade. Estabeleça alvos e expectativas que sejam factíveis.

 

3. Unidade. Mediante o casamento, marido e mulher se tomam “uma só carne”. Sendo ambos membros do corpo de Cristo, mais fácil se toma aceitar a recomendação divina: “Que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1Co 1.10). Isso é unidade.
Não raramente, um novo casal pode encontrar sérios problemas por causa do relacionamento com os pais. O casal deve continuar amando e respeitando seus pais, mas convém saber que o relacionamento com estes não deve ser mais o de dependência. O compromisso maior, agora, é de um cônjuge para com o outro, pois estão estabelecendo o seu próprio lar. Toda a atenção e toda a capacidade de convivência devem ser empregadas no relacionamento de marido e mulher (Mc 10.7).

 

III. DESENVOLVIMENTO DO LAR
As bases mais seguras para o desenvolvimento do lar são as seguintes:

1. Equilíbrio do casal. O desenvolvimento do lar depende essencialmente de o casal estar ajustado e em situação de equilíbrio, especialmente quanto aos seguintes aspectos:
a) Amor mútuo. Tendo o mesmo sentimento, o mesmo amor, o mesmo ânimo. Esta é a norma para a mais vivida afeição. Significa a pessoa amar e ser amada.
b) Unidade de propósito. “Tendo o mesmo sentimento” (Fp 2.2). Esta é a expressão da capacidade de concordar, especialmente quanto aos propósitos de Deus sobre o lar e a família, a despeito das diferenças particulares e individuais.
c) Comunhão de espírito. Significa comunhão com Deus, com Cristo e um com o outro, através do Espírito (1Jo 1.1-7).
d) Renúncia do interesse próprio (Fp 2.4). A um cônjuge em relação ao outro dá-se o nome de “consorte”, que significa “companheiros da mesma sorte”. Quando o homem cuida dos interesses de sua esposa, está ao mesmo tempo a cuidar dos seus. Esta regra é a mesma para a esposa.

 

2. Solidariedade. Guerras, brigas e mortes podem proceder de motivos banais. Tiago, por exemplo, adverte do perigo de não se saber dominar a língua, que é como uma fagulha que incendeia uma grande selva (Tg 3.5). Contra esse mal, a Palavra de Deus indica este remédio preventivo: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3). Assim, marido e mulher podem apagar rapidamente qualquer “incêndio” que tente surgir.

 

3. Concordância. O casal deve buscar a concordância em tudo, mas principalmente quanto a duas coisas:
a) Administração das finanças. Pesquisas apontam que a falta de entendimento e respeito de como se vai gastar os recursos do casal, é o maior causador de desavença. Controle e planejamento são imperativos.
b) Atividades conflitantes. Muitos problemas do lar procedem de atividades em excesso que um casal tenha, não havendo tempo suficiente separado para atividades a dois, incluindo-se aí relações sexuais que demandam tempo e calma. Em especial para a mulher. Nenhum lucro material compensa o fracasso de um casamento (Pv 17.1). Invista tempo!
c) Educação dos filhos. Este é um passo importante no desenvolvimento do lar. Dizem que a primeira providência do homem neste sentido ocorre na escolha da futura mãe de seus filhos. Isto é certo. Entretanto, a responsabilidade da educação dos filhos cabe a ambos, pai e mãe, e é um dever mui digno, ao qual não devem fugir os pais cristãos.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Uma casa ou edifício exigem cuidado em lançar os alicerces adequados, e muito maior cuidado deve haver ao iniciar-se a construção do lar pelo casamento. Mas, com a ajuda de Deus, o casamento será abençoado e abençoador.

 

RESPONDA
1) Qual a orientação de Deus, em Efésios 4.3, para o desenvolvimento da família?
2) Quais os fatores estudados que geram ajustamento entre o casal?
3) Sobre a unanimidade de propósito, qual a expressão representa a capacidade de concordar?