Lição 04 – Salvação e Testemunho Até na Hora da Morte

SALVAÇÃO E TESTEMUNHO ATÉ NA HORA DA MORTE

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

 

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

A lição de hoje trará a todos nós um tremendo ensinamento bíblico. A experiência de salvação que um dos ímpios ladrões crucificados com Cristo teve deve incitar-nos a deixar de lado todo tipo de rigidez mental no que diz respeito à graça divina.

Mesmo um pecador da pior espécie, quando se arrepende genuinamente, pode alcançar o perdão divino para seus pecados antes de morrer.

Se rejeitarmos testemunhos de conversão de pessoas muito más, desconfiando de sua realidade presente por causa de um passado extremamente tenebroso, estaremos negando a eficácia da ação genuína do Espírito Santo por causa de nossos preconceitos. Isso é pecado diante de Deus!

PALAVRAS-CHAVE

Arrependimento • Salvação Testemunho

OBJETIVOS

  • Reconhecer que há salvação mesmo para homens perversos e ímpios;
  • Perceber que um ímpio pode ser salvo momentos antes de morrer;
  • Testemunhar a sua salvação em Cristo.

PARA COMEÇARA AUIA

Inicie a aula escrevendo no quadro a expressão PRECONCEITO RELIGIOSO. Divida os alunos em três grupos e peça que cada grupo: [1] forneça uma definição para a expressão; e [2] cite exemplos práticos de como, muitas vezes, agimos com preconceito religioso dentro da igreja. Em seguida, compare as definições e exemplos de cada grupo, corrigindo possíveis equívocos. Por fim, faça um link com a lição, mostrando que mesmo o pior dos pecadores pode alcançar a graça salvadora de Cristo, caso se arrependa genuinamente.

 

RESPOSTAS DA PÁGINA 28

1)         Má índole e tendência a praticar crueldades.

2)         Não abusar das misericórdias de Deus.

3)         Reconhecer sua impiedade e a justiça de sua punição.

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Quem permanece renovado pelo eficaz quebrantamento que vem do efeito da palavra de Deus, tem a sua vida alicerçada na comunhão com o Altíssimo; este procura constantemente a santificação e automaticamente nunca perde o ânimo, pois sabe que: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmo 46:1) ARC.

Embora todo crente, às vezes, passe por tempos de aridez espiritual, isto é normal. Deus quer estar perto do seu povo e prover-lhe ajuda e consolo. Este salmo evidencia fé e confiança em Deus, em ocasião de instabilidade e insegurança. Em Deus temos o poder e capacidade de enfrentar as incertezas e lutas da vida (Isaías 4:5-6). “Fortaleza” refere-se à força divina na peleja do crente contra seus inimigos (Êxodo 15:13) e inclui o poder de Deus que opera em nós (Colossenses 1:29) e nos capacita a vencer os obstáculos da vida.

Muitas vezes as lutas e tribulações por falta de santidade no caminhar do dia a dia, nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até mesmo pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para desânimo.

O medo tem poder consumidor, só venceremos este terrível infortúnio na medida que buscarmos incessantemente a santificação em Cristo Jesus. Talvez pareça impossível considerar o fim do mundo sem ser consumido pelo medo, mas a Palavra de Deus é dara: “Deus é o nosso refúgio” mesmo em meio a destruição total. Ele não é somente um abrigo temporário; é o nosso refúgio eterno e pode dar-nos forças para quaisquer circunstâncias.

Livro: “Santificação na visão da pós-modernidade” (BOAS, Lauri Franco Villa. Rio de Janeiro. Maia Gráfica e Editora, 2014. Pág. 77).

 

Estudada em  29 de abril de 2018

 

LIÇÃO 4 – SALVAÇÃO E TESTEMUNHO ATÉ NA HORA DA MORTE

 

TEXTO ÁUREO

“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.”

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Mt 27.44 – Cristo entregou-se por amor a nós

Terça – Lc 23.41 0 reconhecimento de um ímpio

Quarta – Lc 23.43 Segurança da salvação

Quinta – Lc 23.39 Zombaria de um ímpio

Sexta –  Lc 23.21 Condenação da multidão

Sábado – Jo 4.28,29 Amor que evangeliza

 

LEITURA BÍBLICA

Lucas 23.40-43

40        Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?

41        Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.

42        E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.

43        Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.

 

Hinos da Harpa: 169 – 227

 

SALVAÇÃO E TESTEMUNHO ATÉ NA HORA DA MORTE

 

INTRODUÇÃO

I – SALVAÇÃO NA MORTE

  1. Um homem perverso Mt 27.44
  2. Um homem morrendo Lc23.41
  3. Um homem arrependido Lc 23.43

II – INCREDULIDADE NA MORTE

  1. Dois malfeitores Lc 23.32
  2. Ladrão presunçoso Lc 23.39
  3. Salvação rejeitada Lc23.40-41

 

III – TESTEMUNHO NA MORTE

  1. A fé testemunhada Lc 23.21
  2. O senso do pecado jo 16.8
  3. O amor pelo próximo At 9.20

 

INTRODUÇÃO

Existem poucas palavras no Novo Testamento que soam de forma tão familiar aos ouvidos humanos quanto estas: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Essas palavras trazem a famosa história do ladrão arrependido, levando conforto a muitas mentes perturbadas e consciências ansiosas.

Grandes pecadores necessitam de um Grande Salvador. Não basta ser religioso, frequentar uma igreja cumprir certas ordenanças, e achar que está salvo. A salvação é para pecadores; por isso, é preciso nascer de novo e experimentar a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

 

I – SALVAÇÃO NA MORTE

  1. Um homem perverso. Ele era um homem perverso, um ladrão e, provavelmente, assassino. O termo “perverso” se refere àquele que tem má índole, que tem tendência a praticar crueldades; um completo malvado. Esta era a real condição do ladrão, um ímpio sem esperança de salvação, tal como muitos em nossos dias.

Podemos estar certos disso, pois somente uma pessoa assim era punida com a crucificação. Ele estava sofrendo uma punição justa por ter desobedecido às leis romanas vigentes. E, da mesma maneira como havia vivido sua vida de forma ímpia, parecia estar determinado a morrer na impiedade, pois, no início da sua crucificação, insultava o nosso Senhor: “E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele” (Mt 27.44],

  1. Um homem moribundo. Ele. era um homem que estava morrendo. Estava pregado a uma cruz da qual jamais sairia vivo. Não tinha mais forças para mover sequer a mão ou o pé. Suas horas estavam contadas, pois uma cova rasa de indigente estava preparada para ele. Estava a um passo da morte.

A alma desse ladrão estava à beira do inferno. Ele estava totalmente perdido e sem esperança. Satanás tinha a certeza de levar esse homem à perdição eterna, e o mesmo sabia bem disso. Mas ele sentiu pesar pelo mal cometido, demonstrando seu arrependimento com a seguinte confissão: “Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez” (Lc 23.41],

  1. Um homem arrependido. 0 ladrão se arrependeu. Ele parou de insultar o Senhor e de blasfemar da forma como fizera anteriormente. Começou a falar de maneira completamente diferente. Voltou-se para o nosso bendito Senhor em súplica. Pediu que Jesus se lembrasse dele quando entrasse em Seu reino. Pediu que Jesus cuidasse de sua alma, perdoasse seus pecados e considerasse sua entrada no além. De fato, esta foi uma transformação maravilhosa! 0 Senhor respondeu imediatamente. Falou com ele de forma bondosa, garantindo-lhe que estaria consigo no paraíso naquele mesmo dia. Jesus o perdoou completamente, purificou-lhe de todos os pecados, recebeu-o de forma graciosa, justificando-o gratuitamente.

Dentre todos os salvos, ninguém jamais recebeu uma certeza tão gloriosa e imediata a respeito da própria salvação como este ladrão arrependido: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43],

 

II- INCREDULIDADE NA MORTE

  1. Dois malfeitores. A segunda lição que podemos aprender é que, se alguns são salvos na hora da morte, outros não são. Esta é uma verdade que jamais deve ser ignorada, ressaltada de forma plena pelo triste fim do outro malfeitor, mas que frequentemente é muito negligenciada. Os homens se esquecem de que havia dois ladrões: “E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com ele” (Lc 23.32],

Decorrente desta, aprendemos também a lição de que nunca é tarde para anunciarmos a salvação em Cristo a quem precisa; todo tempo é tempo de pregar o Evangelho (2Tm 4.2). Essa é uma marca assembleiana.

  1. Ladrão presunçoso. O que sucedeu ao outro ladrão que foi crucificado? Por que ele não se arrependeu de seus pecados e não invocou o Senhor? Por que permaneceu endurecido e impenitente? Por que não foi salvo?

É inútil tentar responder a essas questões. Estejamos contentes em tomar os fatos da forma em que eles aparecem e vejamos o que têm a nos ensinar. Não temos qualquer direito de dizer que este ladrão era pior do que o seu companheiro; não há provas disso. Ambos eram homens completamente ímpios e estavam recebendo a dura recompensa de seus atos. Ambos foram pendurados ao lado de nosso Salvador Jesus Cristo, tendo-o ouvido interceder pelos seus assassinos.

Porém, enquanto um se arrependeu, o outro permaneceu endurecido; enquanto um começou a suplicar, o outro continuou com seus insultos; enquanto um se converteu em sua última hora de vida, o outro morreu como ímpio, da mesma forma como havia vivido: “Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também” (Lc 23.39).

  1. Salvação rejeitada. Estas coisas foram escritas para nossa advertência. Esta passagem bíblica nos diz com clareza que, apesar de algumas pessoas se arrependerem e se converterem em seu leito de morte, não podemos concluir que o mesmo se dará com todas as pessoas.

A hora da morte nem sempre é um momento de salvação. Esta passagem bíblica nos diz claramente que dois homens podem ter as mesmas oportunidades de alcançar o bem eterno para suas almas. Podem ser colocados em uma mesma situação, ver e ouvir as mesmas coisas e, contudo, apenas um deles tirará proveito dessas coisas, arrependendo-se, crendo e sendo salvo.

Nenhum homem tem qualquer garantia para poder dizer: “A salvação está sob o meu próprio poder”. Nenhum homem tem o direito de abusar das misericórdias de Deus e presumir que poderá arrepender-se quando bem entender: “Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez” (Lc 23.40,41).

Quanto mais cedo a pessoa se arrepender e se converter, melhor será, porque poderá levar muito mais tempo a servir a Deus, experimentando santificação e crescimento espiritual, para também levar muitos outros à fé em Cristo (Ec 12.1; At 7.58).


Nada que não seja gratuito é seguro para os pecadores… A não ser que sejamos salvos pela graça, não podemos absolutamente ser salvos.” (Charles Hodge)

 

III. TESTEMUNHO NA MORTE

  1. A fé testemunhada. O ladrão chamou Jesus de Senhor. Ele declarou sua fé no fato de que Jesus possuía um reino. Ele acreditava que Jesus era capaz de lhe dar vida eterna e glória. Firmado nessa crença, clamou a Jesus, defendendo a inocência do Senhor diante de todas as acusações que lhe foram lançadas. “Mas este”, disse ele, “nenhum mal fez”.

Outros talvez tenham pensado que o Senhor fosse inocente, mas ninguém disse isso de forma tão aberta quanto este pobre moribundo. E quando foi que tudo isso aconteceu? Aconteceu quando toda a nação negou a Cristo, gritando: “Crucifica-o, crucifica-o, […] não temos rei, senão César” (Jo 19.15). Aconteceu quando os chefes dos sacerdotes e fariseus o condenaram e o consideraram “réu de morte”; quando até os seus próprios discípulos o abandonaram e fugiram; quando Ele estava pendurado, desfalecido, sangrando e morrendo na cruz, contado com os malfeitores e considerado maldito.

Esta foi a hora em que o ladrão creu em Cristo como Salvador e suplicou a Ele! Certamente, semelhante fé nunca havia sido vista desde o princípio do mundo (Lc 23.21).

  1. O senso do pecado. Vejam que senso de pecado tinha esse ladrão. Ele disse ao seu companheiro: “Nós… recebemos o castigo que nossos atos merecem”. Ele reconheceu sua própria impiedade, bem como a justiça de sua punição. Ele não tentou justificar-se ou dar desculpas para sua maldade. Falou como um homem submisso e humilhado pela recordação de suas iniquidades passadas.

Isso é o que todo pecador verdadeiramente arrependido sente, uma vez convencido do pecado, da justiça e do juízo pelo Espírito Santo (Jo 16.8). Está sempre pronto a admitir que é pobre pecador e merecedor do inferno.

Você percebe os seus pecados? (Lc 23.41). Essa é uma ação do Espírito Santo em sua vida!

  1. O amor pelo próximo. Vejam que amor fraternal o ladrão demonstrou pelo seu companheiro. Tentou fazer com que ele parasse com seus insultos e blasfêmias, trazendo-o para uma disposição mental melhor. “Nem ao menos temes a Deus”, ele disse, “estando sob igual sentença?”. Não há maior evidência da graça do que esta! A graça demove o homem de seu egoísmo e faz com que ele se preocupe com a alma dos outros.

Quando a mulher samaritana se converteu, deixou o seu cântaro e correu para a cidade, anunciando: “Será este o Cristo?” (Jo 4.28,29], Quando Saulo foi convertido, imediatamente se dirigiu para a sinagoga de Damasco e testemunhou aos seus irmãos de Israel que Cristo “é o Filho de Deus” (At 9.20).

Na Assembleia de Deus, a temática histórica de nossa missão sempre foi a de “trabalhar e orar por um Brasil melhor”, cuja mensagem inclui basicamente: a) cada crente deve ter o propósito de trabalhar e orar para levar o amor de Deus e a grande salvação em Cristo a todos os pecadores, ajudando-os em suas necessidades; b] todo crente em Jesus tem o dever de andar em santidade e justiça, e assim, ser uma bênção para toda a sociedade no lugar e na posição que Deus lhe colocou.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Para aqueles que não têm o costume de pensar sobre o destino eterno de sua alma, nem a segurança de ter Cristo como Salvador, esta passagem de Lucas 23.43 lhe fará pensar na graça que salva, santifica e garante o céu como destino eterno.

 

RESPONDA

1)         A que se refere o termo “perverso”?

2)         O que o texto de Lucas 23.40,41 nos ensina?

3)         Qual a prova da contrição do ladrão arrependido?

 

VOCABULÁRIO

  • Bálsamo: substância resinosa e aromática que provém de alguns vegetais; medicamento com aroma agradável.
  • ímpio: aquele que não tem fé ou que tem desprezo pela religião.