Lição 5 – A Cura do Filho do Oficial e do Paralítico de Betesda

LIÇÃO 5: A CURA DO FILHO DO OFICIAL E DO PARALÍTICO DE BETESDA

 

EM ÁUDIO

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Caro professor, exponha, nesta aula, que quando precisamos dizer nossos títulos para sermos respeitados é porque já perdemos a nossa autoridade, pois esta não é fruto do que temos, mas de quem somos. Foi quem Jesus era que lhe deu autonomia para curar o filho do oficial (Jo 4.49).

Mas, também, aproveite para descrever o contexto caótico – que muitas vezes o citamos com simplicidade – daquelas pessoas que viviam à beira do tanque de Betesda. Especula-se que muitos doentes eram jogados à margem daquele tanque para que seus parentes se livrassem deles (Jo 5.3-5).

Sendo assim, esses enfermos, além de terem problemas físicos, também tinham de lidar com a falta de empatia dos seus familiares.

 

PALAVRAS-CHAVE                

Fé • Compaixão • Milagres         

        

OBJETIVOS

  • Exercitar uma fé salvadora e contagiante.
  • Estar alerta ao estado que o pecado pode nos levar.
  • Perceber que o poder de Jesus está acima de nossa trágica situação.

PARA COMEÇARA AULA

Interrogue os alunos a respeito de qual foi o maior tempo que durou um problema que eles enfrentaram. Logo após a resposta deles, enfatize que, embora João não diga o tempo da enfermidade do filho do oficial, ele afirma que o homem do tanque de Betesda já estava enfrentando aquela dificuldade à beira do tanque há quase quatro décadas. Antes de Jesus operar o milagre da cura, aquele homem já vivia um milagre a cada dia de resistência. Devemos agradecer por cada dia de pé enquanto o milagre não acontece.

 

RESPOSTAS

1)        Fé baseada em milagres, fé na Palavra e fé contagiante.

2)        O seu pecado.

3)        Porque Suas perguntas são um chamado à fé.

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Na festa da Páscoa, Jesus foi a Jerusalém, e muitos, vendo seus sinais, creram no seu nome. Mas, não era uma fé genuína (2.23-25). Entre esses muitos, estavam os galileus que tinham concorrido à mesma festa. Agora, ao chegar Jesus à Galileia, os galileus recebem Jesus, porque viram seus milagres. Mas essa recepção não é um sinal de fé genuína. O milagre pode produzir impacto, mas não a fé verdadeira. Aqueles que são atraídos a Cristo apenas por causa de milagres possuem apenas uma fé passageira, superficial e insuficiente[…].

Exatamente nesse momento, sobe de Cafarnaum a Caná um oficial do rei Herodes, com seu filho enfermo, à beira da morte, para suplicar o socorro de Jesus. Aqui está não um homem que ocupa uma posição importante, mas um pai ansioso. As aparências externas e sua posição social não significavam nada; ele só conseguia pensar no filho que parecia estar morrendo […].

William Hendriksen observa que esse pai cometeu pelo menos dois erros. Primeiro, ele acreditava que, para realizar aquela cura, Jesus teria de viajar de Caná a Cafarnaum e precisaria estar ao lado da cama do garoto. Segundo, ele também estava convencido de que o poder de Cristo não se estenderia além da morte. Não obstante as limitações desse pai, Jesus identificou nele uma necessidade desesperada, e não mera curiosidade.

Larry Richards destaca como é importante distinguir os curiosos dos necessitados. Deus não nos chamou para debater teologia e servir aos interesses daqueles que adoram especular sobre religião. Existem pessoas necessitadas à nossa volta, as quais apenas um relacionamento pessoal com Jesus pode curar. A essas pessoas devemos dedicar nosso tempo e demonstrar a compaixão de Cristo[…].

Matthew Henry diz que o deseJo profundo desse pai era que Jesus descesse com ele até Cafarnaum para curar seu filho. Cristo curará seu filho, mas não descerá. E, dessa forma, a cura é operada mais cedo, o engano do oficial do rei é corrigido, e sua fé é confirmada, de modo que as coisas foram realizadas da melhor maneira, ou seja, da maneira de Cristo.

Livro: “João: As Glórias do Filho de Deus” (Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos Ltda, 2O15, São Paulo-SP, págs. 145-147).

 

Estudada em 5 de maio de 2019

 

 

LIÇÃO 5:  A CURA DO FILHO DO OFICIAL E DO PARALÍTICO DE BETESDA

 

 

TEXTO ÁUREO

Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Jo 5.8

 

 

VERDADE PRÁTICA

Jesus tem poder para curar, não importa o tamanho de nossa fé.

 

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda -Jo 5.16-20 Jesus é maior que o sábado

Terça – Jo 5.21-25 Da morte para a vida

Quarta – Jo 5.26-32 Os mortos em Cristo ressuscitarão

Quinta – Jo 5.33-40 O testemunho de Jesus é verdadeiro

Sexta – Jo 5.41-44 Devemos procurar a glória que vem de Deus

Sábado – Jo 5.45,46 Jesus não nos acusará diante do pai

 

 

LEITURA BÍBLICA João 5.1-8

1          Passadas estas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém.

2          Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões.

3          Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos

4          [esperando que se movesse a água. Porquanto um anJo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse].

5          Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.

6          Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?

7          Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.

8          Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.

 

Leitura completa: Jo 4.46-5.18

 

Hinos da Harpa: 7 – 415

 

 

A CURA DO FILHO DO OFICIAL E DO PARALÍTICO DE BETESDA

 

 

INTRODUÇÃO

 

I. JESUS CURA O FILHO DO OFICIAL ROMANO

 

  1. A fé baseada em milagres Jo 4.46-48
  2. A fé na Palavra de Jesus Jo 4.49-5
  3. A fé contagiante Jo 4.53,54


II. J
ESUS NO TANQUE DE BETESDA 

  1. O divino conhecimento de Jesus Jo 5.6
  2. Consequência do pecado Jo 5.14
  3. A divina compaixão de Jesus Jo 5.6

 

 

III.     JESUS CURA PARALÍTICO

  1. Uma pergunta maravilhosa Jo 5.6
  2. Uma ordem poderosa Jo 5.8
  3. Uma advertência preventiva Jo 5.10,16

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

 

INTRODUÇÃO

Jesus está de volta a Caná da Galileia, onde operara seu primeiro milagre. Um oficial de Herodes chega de Cafarnaum suplicando o socorro de Jesus para o seu filho moribundo. Jesus cura o rapaz à distância, apenas pela Sua Palavra, e desperta no oficial uma fé genuína, que contagia toda a sua casa. Já em Jerusalém, enquanto o povo se alegrava em festas, Jesus se dirigiu ao tanque de Betesda. Em meio a uma multidão de gente sofrendo, o Médico dos médicos distingue um homem, o qual teria sua vida transformada para sempre após uma cura miraculosa.

 

I. JESUS CURA O FILHO DO OFICIAL ROMANO

O primeiro milagre em Caná foi realizado a pedido da mãe de Jesus (2.1-5); o segundo, a pedido de um pai (4.47). John Charles Ryle destaca que nem uma posição social elevada como a ocupada pelo oficial, nem a juventude do filho são garantias contra as tragédias da vida.

Podemos visualizar o desenvolvimento gradativo da fé verdadeira em Jesus, não só para operar milagres ou curar através de uma palavra, mas para salvar todo aquele que Nele crê. Três estágios se destacam na fé do oficial:

  1. A fé baseada em milagres (4.46-48). A fama de Jesus já corria por toda a Galileia. Multidões o

seguiam por causa dos seus sinais (Jo 2.23-25). Nicodemos também ficou maravilhado (Jo 3.2). Quando esse oficial ouve falar que Jesus viera da Judeia, vai imediatamente a Caná com seu pedido urgente. A resposta de Jesus nos faz crer que o oficial também via Jesus apenas como um milagreiro. Interessava- -se apenas na cura do filho.

Werner de Boor alerta sobre o fato de que, como já havia ficado explícito em João 2.23-25, a fé que brota da experiência de milagres carrega o perigo da deformação e não possui raízes suficientemente profundas diante de provações severas. Por isso, Jesus usou essa abordagem tão contundente com o oficial do rei. Assim também procedeu com a mulher siro-fenícia, para desarraigar de seu coração uma fé superficial e estabelecer aí uma fé genuína e robusta.

 

  1. A fé na Palavra de Jesus (4.49-52). O oficial de Herodes não esmorece com a resposta de Jesus. Então, Jesus desafia a sua fé, instando-o a voltar para casa com a promessa de que seu filho estava curado. O homem não questiona. Não duvida. Crê no poder da palavra de Jesus e volta. Entende agora que Jesus tem poder para curar, mesmo à distância. A fé não exige evidências. A fé se agarra à promessa. Não está fundamentada naquilo que vemos, mas ancorada na palavra de Cristo. Fé é certeza e convicção.

O homem não precisou sequer chegar a sua casa. Seus servos foram ao seu encontro, informando que seu filho já estava curado. E isso acontecera no exato momento em que Jesus dera a ordem.

 

  1. A fé contagiante (4.53,54). Esse homem chegou ao último estágio da fé, a fé salvadora e contagiante. Ele não apenas creu, mas compartilhou essa mesma fé com sua esposa, com seu filho, com seus servos. Houve salvação naquela casa. Após a experiência plena do poder e da graça de Jesus, ele creu de um modo abrangente. Já não confiava apenas nessa única palavra, mas olhava com confiança permanente e integral para Jesus. Toda a sua casa reconhecia agora que Jesus é o Salvador, que vence a morte e é capaz de conceder vida.

Dois milagres foram operados em Caná, cada um assinalando lições importantes. Há um estranho contraste nas circunstâncias que os cercam. No primeiro milagre, o lar estava cheio de alegria numa festa; no segundo, o lar estava entristecido pela enfermidade e pela morte que se aproximava. Jesus supre a necessidade para preservar a alegria; e cura a enfermidade para restaurar a alegria. Em ambos, a fé é aprofundada, e a alegria advém da confiança em Cristo.

 

II. JESUS NO TANQUE DE BETESDA

O tanque de Betesda, conhecido como “Casa de Misericórdia”, abrigava uma multidão de doentes sem perspectiva de cura (5.3), alimentados apenas pela crença de que um anjo desceria em algum momento para agitar a água do tanque, e que o primeiro que se lançasse na água seria curado. No meio dessa multidão, Jesus distingue um homem paralítico, entrevado em sua cama. Destacamos alguns pontos importantes.

  1. O divino conhecimento de Jesus (5.6). Jesus sabia que aquele homem estava enfermo havia 38 anos. Conhecia a causa do seu sofrimento. De igual forma, Jesus conhece a sua dor. Ele tem nas mãos o diagnóstico da sua vida. Conhece a dor de ser abandonado, da desesperança, dos sonhos frustrados. Conhece a virulência do pecado que assola sua vida, o peso da culpa que esmaga sua consciência.
  1. Consequência do pecado (5.14). Jesus viu imediatamente que a causa da tragédia daquele homem era o pecado (5.14). Por conta disso, aquele homem enfermo não estava apenas preso à sua cama, mas também ao seu passado, às suas memórias, à sua culpa. Ele estava sem amigos, sem ajuda e sem esperança. Os anos passavam, e ele continuava entregue à sua desventura, sem nenhum socorro. Esse é o preço do pecado. O homem está colhendo os frutos malditos de sua semeadura insensata (Jo 5.14). Muitos hoje ainda seapegam ao pecado que Deus abomina. Mas o pecado é uma fraude: promete prazer e paga com o desgosto; promete liberdade e escraviza; aponta um caminho de vida, mas seu fim é a morte!
  1. A divina compaixão de Jesus (5.6). Jesus viu aquele homem com uma doença incurável. Era uma causa perdida. Por isso, foi ao encontro dele. Jesus abriu para ele a porta da esperança. Sentiu sua dor, seu drama. Da mesma forma, Jesus se importa com você e se compadece de sua vida. Ele sabe o que você está passando.

Oh, divina misericórdia! Jesus nos vê quando estamos prostrados, sozinhos, abandonados, sem ajuda, sem saída. Jesus nos vê quebrados, desanimados. Ele nos distingue no meio da multidão e se importa conosco. Tem prazer na misericórdia! Quando os nossos recursos acabam, somos fortes candidatos a um milagre de Jesus (5.7,8).

 

 

III. JESUS CURA O PARALÍTICO 

  1. Uma pergunta maravilhosa (5.6). Jesus pergunta ao paralítico: Queres ser curado? A própria pergunta torna-se um chamado à fé. E como se Jesus estivesse dizendo: “Em tua precariedade, confia-te a mim, que tenho o poder de te ajudar”.

Não importam as desastradas consequências do seu problema, Jesus pode pegar os cacos e fazer tudo de novo. Não importa quão desesperançado você esteja. O homem paralítico disse a Jesus: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Mas Jesus estava presente. Ele pode tudo. Ele é o Senhor das causas perdidas.

Não importam quantas tentativas fracassadas você já tenha experimentado. Todo ano aquele homem via gente sendo curada, e ele continuava mofando em cima da cama. Mas agora havia chegado a sua vez!

 

  1. Uma ordem poderosa (5.8). Charles Swindoll diz que Jesus não pregou. Não corrigiu a teologia do paralítico. Não fez uma palestra sobre graça para ele. Pessoas que têm falta de esperança não precisam de mais conhecimento; precisam de compaixão. Jesus deu ao homem aquilo de que ele desesperadamente necessitava: Deu a ele graça em forma de uma ordem: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”.

Charles Erdman diz que a primeira palavra, “Levanta-te” sugere a necessidade de resolução e ação imediatas. “Pega a teu leito” lembra ao homem a ser curado que ele não precisará pensar em voltar ao velho gênero de vida, nem temer o futuro, mas apenas confiar em Cristo. Ainda declara a necessidade de passar logo a experimentar a nova vida que Cristo outorga.

Jesus dá a ordem e também o poder para cumpri-la. Nas palavras de Werner de Boor, “é uma ordem criadora, que torna possível o impossível que exige”. Uma ordem de Cristo sempre encerra uma promessa. Ele nos capacita a executar suas ordens. A Palavra de Jesus tem poder. A natureza lhe obedece, os anjos obedecem a Seu comando, os demônios batem em retirada diante de Sua autoridade. Ele tem toda a autoridade no céu e na terra.

Imediatamente, o homem ficou curado e, pegando a maca, começou a andar. O milagre de Jesus é imediato, completo e público. Jesus não oferece meias soluções, nem usa de artifícios enganosos. William Hendriksen diz que, quando Jesus emitiu sua ordem, uma força e um vigor renovados tomaram conta do corpo daquele homem; e ele, tomando o seu leito, pôs-se a andar.

 

  1. Uma advertência preventiva (5.10,16). Os judeus, longe de se alegrarem com o glorioso feito, repreenderam o homem porque estava carregando sua maca num dia de sábado (5.15,16). Mesmo repreendido pelos judeus, manteve-se firme, confiante na palavra daquele que havia realizado um milagre em sua vida.

Larry Richards destaca o fato de que o homem curado não conhecia Jesus antes do milagre nem depois dele. A cura do inválido foi um ato de graça soberana. Não houve pedido a Jesus; nem demonstração de fé – ele nem sequer sabia quem era Jesus (5.13).

Agora, ao encontrar-se com Jesus no templo, o homem é advertido a não voltar ao pecado para não lhe suceder coisa pior. Concordo com Charles Swindoll quando ele diz que, nesse caso, existe uma relação entre pecado e doença. Por exemplo, quando uma mulher grávida abusa de álcool ou drogas durante a gravidez, seu bebê sofrerá as consequências físicas de seu vício, não apenas porque Deus pune seu pecado, mas também porque suas decisões insensatas geram consequências negativas.

Jesus deu àquele homem a chance de uma nova vida, libertou-o do julgo do seu pecado. De agora em diante, ele deveria a cada dia tomar a decisão de permanecer longe do pecado e sempre debaixo da soberana graça de Deus.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Jesus é o Médico dos médicos! Ele tem poder para curar, ontem, hoje e sempre, não importa a causa e nem a gravidade da doença. Tudo o que devemos fazer é confiar em sua Palavra e obedecer ao seu comando.

 

 

RESPONDA

1)        Mencione os três estágios de fé do oficial.

2)        Qual foi a causa da tragédia do paralítico à beira do tanque de Betesda?

3)        Por que Jesus fez uma pergunta ao paralítico, se Ele já sabia de todas as coisas?

 

 

VOCABULÁRIO

  • Siro-fenícia: uma mulher não-israelita, procedente das regiões de Tiro e de Sidom.
  • Virulência: Que causa doença por ser capaz de se multiplicar dentro de um organismo; qualidade ou estado do que é ou está virulento.