Lição 02 – O Combate Contra o Pecado

O COMBATE CONTRA O PECADO

OBJETIVOS

• Compreender o conceito bíblico de pecado;
• Conhecer a importância do combate permanente ao pecado;
• Avaliar o alto preço pago pela nossa salvação.

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Pecado, em grego, é amartia, Esse termo é derivado de uma raiz que indica “errar o alvo”, “fracassar”, Trata se do fracasso em não atingir um padrão conhecido, mas antes, desviandose do mesmo. Essa palavra, porém, veio a ter também um significado geral, indicando o princípio e as manifestações de pecado, sem dar qualquer atenção a seu significado original.
0 trecho de 1 João 3.4 usa o vocábulo anomia, “desregramento”, desvio da verdade conhecida, da retidão moral. 0 pecado tanto é um ato como é uma condição. É o “estado” dos homens sem regeneração, que se manifesta na forma de numerosos e perversos atos.
Pecar é afastar-se daquilo que Deus considera a “conduta ideal”, do homem ideal, exemplificado em Jesus Cristo. Isso conduz à “impiedade’’(asebeia; 2Pe 2.6), que consiste na oposição a Deus e a seus princípios, em autêntica rebelião da alma.
E isso leva à parabasis, “transgressão” (Mt 6.14; Tg 2.11) contra princípios piedosos reconhecidos.
Isso leva o indivíduo à paranomia, a “quebra da lei”, o “afastamento” da lei moral (At 23.3; 2Pe 2.16).

Nossos pecados também são “passos em falso”, isto é, paraptoma, no grego (Mt 6.14; Ef 2.1). Propositadamente “caímos para um lado”, “desviamo-nos pela tangente”, apesar de estarmos instruídos o bastante para não fazê-lo.
Desse modo, o Novo Testamento descreve o pecado sob boa variedade de modos, cada um deles com o uso de um quadro falado sobre o que isso significa. Cristo Jesus é a cura de cada uma dessas manifestações do pecado, pois a sua expiação apaga a dívida; e a santificação em Cristo transforma o pecador, para que seja um ser santo e celestial. E Deus é fiel e justo, conferindo esse imenso benefício aos homens que se submetem a ele, isto é, que exercem fé em Cristo e ao seu mundo eterno (Hb 11.1].

Livro. “Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia” (CHAMPLIN, R. N. . São Paulo: Candeia, 1995. v. 5. p. 145).


LIÇÃO 2


O COMBATE CONTRA O PECADO

 

TEXTO ÁUREO
“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. ” 1jo 3.4

VERDADE PRÁTICA
Ser de Cristo é combater o pecado.

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda Gn 3.6 Conclusões erradas

Terça Tg 4.4 Inimizade com Deus

Quarta Cl 3.5 Vencendo a carne

Quinta Lc 22.31 Nosso adversário

Sexta 1Co 6.20 0 preço pelo pecado

Sábado 1Co 15.57 Vitória sobre o pecado

 

LEITURA BÍBLICA
1 João 3.48

4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.
5 Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.
6 Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.
7 Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo.
8 Aquele que pratica o pecado procede do Diabo, porque o Diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do Diabo.

Hinos da Harpa; 17112

 

O COMBATE CONTRA O PECADO

INTRODUÇÃO

I. O PECADO
1. O que é 1Pe 2.22
2. Origem Gn 3.17
3. Poder 1Co 5.56

II. O COMBATE
1. Contra o mundo Tg 4.4
2. Contra a carne Mt 26.41
3. Contra o Diabo 1Jo 3.8

III. O PREÇO
1. Arrependimento Jo 3.16
2. Renúncia Fp 3.9
3. Valor Lc 14.2633

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
Aquele que desejar ter um ponto de vista correto sobre a santificação cristã terá de examinar com profundidade o vasto assunto do pecado. Conceitos errôneos sobre a santificação geralmente advêm de idéias distorcidas quanto à extensão da corrupção humana. 0 correto conhecimento do pecado e sua eterna solução são assuntos básicos da doutrina cristã.

I. O PECADO

1. O que é. Naturalmente, todos nós estamos familiarizados com os termos “pecado” e “pecadores”. Com frequência, dizemos que o pecado opera no mundo e que os homens cometem pecados e que todos somos pecadores. Porém, o que queremos dizer com essas expressões? O pecado, falando de modo geral, é resultado da Queda e significa a corrupção total da natureza humana.
Faz parte da natureza humana contaminada se inclinar para o erro, de tal modo que a carne sempre milita contra o espírito e, assim sendo, o pecado merece a ira e a condenação de Deus em cada pecador neste mundo. O pecado é uma “enfermidade” da qual apenas um único Homem nascido de mulher esteve isento (Gn 3.22; 1Pe 2.22).

2. Origem. A pecaminosidade do homem é inata, sua essência se verifica interiormente. A corrupção inerente à natureza humana não é adquirida a partir de más companhias ou maus exemplos, conforme alguns crentes fracos costumam dizer, pois a influência corruptiva do meio em que vivemos apenas acha lugar em uma natureza decaída. Trata-se, antes, de uma “enfermidade” espiritual que herdamos do nosso primeiro pai, Adão, e com a qual todos já nascemos.
Criados à imagem e semelhança de Deus e inocentes no princípio, nossos pais caíram da justiça original e tornaram-se totalmente corruptos. E, desde aquele dia, homens e mulheres nascem segundo a imagem de Adão decaído, herdando deste um coração e natureza inclinados ao pecado.
Ademais, lembremo-nos de que cada parte do mundo dá testemunho do fato de que o pecado é a “enfermidade” fundamental de toda a humanidade (Gn 3.17).
A filosofia humanista de que o ser humano é essencialmente bom, mas apenas corrompido pelo meio social em que vive, não encontra respaldo nas Sagradas Escrituras.

3. Poder. Se admitirmos que a humanidade inteira deriva de um único casal e que esse casal caiu no pecado, como diz a Bíblia, o estado da natureza humana por toda parte pode ser facilmente explicado (Gn 3). Mas, se negarmos esse fato, conforme alguns o fazem, imediatamente nos veremos envolvidos com dificuldades inexplicáveis.
A maior prova da extensão e do poder do pecado é a persistência com que este tenta continuar dominando uma pessoa, mesmo depois de estar convertida e tornar-se templo do Espírito Santo. No entanto, sem dúvida, o pecado não mais exercerá domínio no coração do salvo, quando é controlado, mortificado e crucificado pelo poder do Espírito na vida daquele que vive na graça de uma íntima comunhão com o Senhor.
Feliz é o crente que compreende isso e não tem confiança na carne, mas se regozija em Cristo Jesus (1Co 15.56,57).

II. O COMBATE

1. Contra o mundo. Na Bíblia, a palavra “mundo” tem diversos significados. No contexto da santidade, mundo significa todo sistema pecaminoso que se opõe e afronta os valores de Deus. A sutil influência desse poderoso inimigo deve sofrer resistência diária de nossa parte, pois, sem uma constante batalha diária na dependência da graça de Deus, o mesmo jamais poderá ser vencido. É impossível desfrutar dos prazeres do mundo e, ao mesmo tempo, ser amigo de Deus. “Não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).
O amor às coisas do mundo, o desejo secreto de ser aceito pelo mundo e de agir como as pessoas desse mundo e de não querer ser considerado um extremista ou radical todos esses são adversários espirituais que continuamente assediam o crente durante toda a sua jornada para o céu e que, portanto, precisam ser vencidos. Jesus venceu o mundo; nós também devemos fazê-lo (Jo 16.33).

2. Contra a carne. Segundo as Escrituras, a palavra carne designa nossa natureza pecaminosa. 0 crente precisa combater a carne. Mesmo depois da conversão, ele traz consigo uma natureza inclinada para o mal e um coração fraco e instável.
Esse coração jamais estará isento de imperfeições neste mundo, sendo uma miserável ilusão esperar por isto. A fim de impedir que o nosso coração se desvie, o Senhor Jesus ordenou: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Há a necessidade de um combate diário e de uma luta permanente em vigilância e oração, a fim de seguirmos o conselho bíblico: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena” (Cl 3.5).
Jesus foi tentado em tudo, mas sem pecado, e pode nos ajudar a vencer também (Hb 4.15).

3. Contra o Diabo. Este antigo adversário da humanidade não está morto. Desde a queda de Adão e Eva, ele tem andado a “rodear a terra e a passear por ela”, esforçando-se por obter a sua grande finalidade a ruína da alma humana (1 Jo 3.8). Nunca dormindo e nem cochilando, ele está sempre andando “em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8).
Ele é um inimigo invisível, procura sempre estar perto de nós, cercando a nossa vida pública e privada, espionando toda a nossa caminhada. Um homicida e mentiroso desde o princípio, ele labora noite e dia para tentar impedir o nosso caminho e nos fazer cair da graça. Algumas vezes, procurando conduzi-nos à superstição ou sugerindo-nos algum ato de infidelidade; outras vezes, mediante táticas sutis, está sempre realizando campanhas destruidoras contra a nossa alma, tentando nos expor publicamente. Jesus alertou Pedro sobre isto: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!” (Lc 22.31).
Esse poderoso adversário deve ser combatido diariamente, se quisermos ser vitoriosos. Jesus derrotou a Satanás; nós também devemos fazê-lo (Jo 16.11; Cl 2.15; 1jo 2.13,14).

III. O PREÇO

1. Arrependimento. Qual o preço de uma alma humana? Custou nada menos do que o sangue do próprio Filho de Deus, que proveu a expiação e trouxe remissão da condenação da morte e do inferno para todo aquele que Nele crê (1Co 6.20; Jo 3.16).
O ponto central a se considerar é que o homem deve estar pronto a se arrepender e abandonar o pecado se quiser ser salvo. Uma pessoa que apenas vez por outra frequente uma igreja e possua uma moralidade razoável durante os dias da semana está na média do que outros ao seu redor consideram o cristianismo. Isso é mera religião, não custa muito. Mas seguir a Jesus custa tudo: o alto preço da dedicação total (Mt 16.24).

2. Renúncia. Quanto custa ser um crente autêntico? Suponhamos que uma pessoa se disponha a servir a Cristo, sentindo-se atraída e inclinada a segui-lo, o quanto isso lhe custará?

a) Custará a sua justiça própria (Fp 3.9), Em primeiro lugar, ele terá de arrepende-se dos seus pecados e desfazer-se de todo o orgulho, de todos os pensamentos altivos e de toda a presunção acerca de sua própria bondade. Terá de contentar-se em ir para o céu por ter sido salvo exclusivamente pela graça oferecida gratuitamente, devendo tudo aos méritos e à retidão de Cristo (Ef 2.8-10).

b) Custará o abandono dos seus pecados (Rm 6.2). Ele deverá estar disposto a abandonar cada hábito e prática errados aos olhos de Deus. Terá de voltar o rosto contra tais práticas, lutando contra as mesmas, mantendo-se crucificado e esforçando-se por mantê-las sob o controle do Espírito, sem se importar com o que o mundo possa pensar ou dizer (Gl 2.19,20; 6.14).

c) Custará a desaprovação do mundo (1jo 2.15). Se um crente quiser agradar a Deus, terá de se contentar em ser mal acolhido pelos homens. Não deverá considerar estranho se for zombado, ridicularizado, caluniado, perseguido e até mesmo odiado. Não poderá ficar surpreendido se as suas opiniões e práticas religiosas forem consideradas com desprezo. Terá de aceitar que muitos o tenham por insensato ou fanático de tal maneira que as suas palavras venham a ser distorcidas, e as suas ações, mal interpretadas (Jo 15.20). Devemos, antes, estranhar quando o mundo nos aplaudir (Lc 6.26).

3. Valor. Reconheçamos que o custo para ser um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo é total (Lc 14.26-33). Porém, quem, em seu bom juízo, poderia duvidar de que vale a pena pagar qualquer preço, contanto que a sua alma seja salva?
Quando um navio corre o risco de naufragar, a tripulação não pensa que é um sacrifício muito grande lançar fora qualquer carga, por mais preciosa que seja. Quando um membro do corpo chega a gangrenar, um homem submete-se à amputação, contanto que sua vida seja salva.
Não há dúvida do que um crente deve estar disposto a desistir de qualquer coisa que se interponha entre ele e o céu. Uma religião que nada custa nada vale! Um cristianismo barato, com redenção sem sangue e discipulado sem cruz, mostrar-se-á totalmente inútil e sem valor (2Tm 4.7).

APLICAÇÃO PESSOAL

A vinda do Senhor aproxima-se rapidamente. Somente mais algumas batalhas e a última trombeta soará, quando então o Príncipe da Paz virá e com Ele reinaremos. Por essa razão, perseveremos e combatamos até ao fim, sem nunca desanimar, até a vitória total (Ap 21.17).

RESPONDA

1) O que é 0 pecado?

2) O que significa a palavra “mundo”?

3) Qual o preço para salvar uma alma humana?