Lição 11 – A Proteção da Família

Pesquise e liste pelo menos cinco princípios ou valores cristãos que sofreram profundo processo de transformação e decadência na sociedade nas últimas décadas. Se julgar adequado, discuta o assunto com outros professores e aumente a lista.
Discuta em classe o quanto as famílias têm sido afetadas pela relativização moral e pelos ataques impetrados por agentes do mal, e o potencial disto para a destruição da família.
Uma boa opção de discussão em classe seria elencar maneiras de identificar as principais ameaças que hoje atentam contra as famílias cristãs, buscando o contra-ponto nos meios e armas espirituais apropriados para a proteção da família e da Igreja (2Co 10.4,5).
Os alunos poderão ser instados a apresentar suas opiniões sobre o lado que sairá vencedor nesse embate, o bem ou o mal, Deus ou o diabo, e por quê.

 

PALAVRAS-CHAVE
Proteção • Ataques • Valores • Prioridade

 

OBJETIVOS
• Atentar para valores contrários à Palavra que ameaçam a instituição da família.
• Reconhecer que a proteção do lar depende da ajuda de Deus, mas é nossa responsabilidade.
• Absorver os valores que norteiam uma família próspera e saudável.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Para saber o nível de entendimento dos alunos quanto ao assunto da lição, indague-lhes sobre os principais ataques que a família tem sofrido em nossos dias. Anote os principais. Peça-lhes que apresentem uma forma de defesa da família correspondente a cada ataque indicado.
Em seguida, peça que os alunos mencionem, na tarefa de proteção do lar citadas, quais ações dependem somente de Deus, as de responsabilidade do casal, e as que dependem de todos os membros da família. Ministre uma boa aula!

 

RESPOSTAS
1) Relativismo moral, valores anticristãos e ideologias mundanas.
2) Adoração e sacrifício.
3) Reunião dos pais com os filhos para os orientar.

 

LEITURA COMPLEMENTAR
2. A excelência da proteção de Deus no lar. O profeta Sofonias descreve a infinita possibilidade de Deus para proteger os seus filhos e indica as condições adequadas para desfrutarmos desta divina proteção (Sf 3.17). Analisemos este texto da seguinte maneira:
a. Como são estabelecidas nossas relações com Deus:
— O Senhor — O que indica o devido reconhecimento de seu senhorio e ensina o dever da obediência e da submissão. No Antigo Testamento Deus reclamou: “E se eu sou o Senhor, onde está o respeito para comigo?” (MI 1.6). No Novo Testamento, Jesus disse: “Por que me chamais Senhor Senhor, e não fazeis o que eu vos mando?” (Lc 6.46),
— O teu Deus — o Deus que nos protege tem que ser o nosso Deus, não há intermediário. Cada um tem a sua própria necessidade de Deus. Paulo, referindo-se à proteção de Deus para com ele, diz: “o Deus de quem eu sou e a quem eu sirvo, esteve comigo” (At. 27.23)
— Está no meio de nós — Deus consoco — é a garantia total de sermos protegidos no tempo oportuno. Para encorajar a Gideão, numa luta desigual, o anjo de Deus disse: “o Senhor é contigo, varão valoroso” (Jz 6.12-16).
b. Condições divinas para proteger:
— É poderoso para te salvar — O que os pais, às vezes com a melhor boa vontade não podem fazer, Deus pode. “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23);
— Ele se deleitará em ti com alegria — O melhor que alguém pode fazer é o que faz com alegria, e o melhor que nós fazemos é tornar-nos deleitáveis aos olhos do Senhor”;
— Renovar-te-ás no seu amor — Se no lar falta dedicação a Deus, esfriou-se o primeiro amor (Ap. 2.4,5), A única alternativa é o retorno a Deus, para obter renovação mediante a operação do Espírito Santo. Leia Tito 3.4,5.
— Regozijar-se-á em ti com júbilo — Disto provém o mais forte senso de segurança, a pessoa sente que a sua vida alegra aos céus e agrada a Deus. Disto temos melhor ideia, pelo fato de o anjo, mensageiro de Deus, por três vezes tratar Daniel de “homem mui amado” (Dn 9.23 10.11,19),
Livro: “O Padrão Divino para uma Família Feliz” (Estevam Ângelo de Souza. Editora: SIOGE, São Luís, págs. 148-149)

Estudada em 14 de junho de 2020

 

LIÇÃO 11 – A PROTEÇÃO DA FAMÍLIA

 

TEXTO ÁUREO“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!” Sl 128.1

 

VERDADE PRÁTICA
Seja qual for a ameaça que a família cristã enfrente, estejamos certo de que, em Cristo, a Vitória é certa.

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 2Co 10.4,5 Áreas de proteção
Terça – Is 5.20 Autenticidade
Quarta – 1Jo 5.19 Somos de Deus
Quinta – Tg 1.17 Dom perfeito
Sexta – Sl 128.2,3 Proteção dos filhos
Sábado-Sl 119.11 Proteção pela Palavra

 

LEITURA BÍBLICA
Salmos 128.1-6
1 Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!
2 Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.
3 Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!
5 O SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida,
6 vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!

 

Hinos da Harpa: 459 – 578

 

A PROTEÇÃO DA FAMÍLIA



INTRODUÇÃO



I. ATAQUES CONTRA A FAMÍLIA
1. Relativismo moral Is 5.20 
O Valores anticristãos 1Jo 4.3
3. Ideologias mundanas 2Tm 3.14-17

 

II. A PROTEÇÃO DO LAR
1. Depende de Deus Sl 127.1
2. Depende do casal Sl 128.2,3
3. Depende de todos Sl 119.11

 

III. A FAMÍLIA É PRIORIDADE
1. Priorizar a família Ml 4.6
2. Ensinar princípios 2Tm 3.16,17
3. Tempo e comunicação Dt 6.6,7

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
Vivemos em um tempo no qual princípios e valores estão em constante processo de transformação e decadência na sociedade, quando as famílias têm sido bastante afetadas pela relativização moral e pelo ataque direto impetrado por agentes do mal que buscam a todo o momento destruí-la. As famílias cristãs precisam identificar quais são essas ameaças que surgem a todo instante, buscando em Deus os meios e armas apropriados para a sua proteção (2Co 10.4,5).

 

I. ATAQUES CONTRA A FAMÍLIA
Satanás tem atacado continuamente a família, por diversos meios, utilizando-se principalmente de conceitos pós-cristãos (quando os valores cristãos são pisados e desdenhados). A família tem sido bombardeada principalmente pela ideia do casamento como um compromisso mutante e temporal, o que gera inúmeras outras deformidades.

 

1. Relativismo moral. O relativismo é uma atitude ou doutrina que afirma que não existe verdade absoluta ou validades intrínsecas, mas que tudo é relativo, dependendo da percepção ou consideração que alguém tenha.
Quando os opositores da verdade insistem em negar os valores morais fixados por Deus, ficamos expostos a várias teorias de cunho relativista que buscam tornar valores absolutos em atributos particulares e individuais.
Todavia, cremos que a Palavra de Deus é absoluta e nela encontramos todos os valores morais e éticos suficientes para o sucesso de nossa família. Muitos têm sido enredados nessas vãs sutilezas (Cl 2.8). Mas Deus nos alerta sobre o perigo de relativizar valores (Is 5.20).

 

2. Valores anticristãos. Os princípios tradicionais da família estão desmoronando, principalmente por causa de leis que estabelecem valores anticristãos e contrariam os princípios da Palavra de Deus. Autoridades legislativas no mundo todo têm elaborado leis que contrariam frontalmente a vontade de Deus estabelecida na Bíblia, em obediência ao “espírito do anticristo” (ljo 4.3).
Toda e qualquer lei promulgada em conflito com a Palavra de Deus resulta em graves prejuízos à família em todos os aspectos (Is 10.1). Isso merece a oposição de pais e líderes cristãos (At 5.29).

 

3. Ideologias mundanas. Outros termos são utilizados para identificar as ideologias mundanizantes na atualidade: secularismo, pós-modernismo, hedonismo, materialismo, ideologia de gênero etc. A igreja não está isenta de toda a influência e perniciosidade que os ideais anticristãos de uma sociedade sem Deus produzem, por isso precisa estar centrada na Palavra (2Tm 3.14-17).
Qualquer que seja o termo utilizado, o fato é que todos eles revelam um total interesse em se opor a Deus e a tudo que se refere à esperança cristã, especialmente quanto aos seguintes “valores” mundanos:
a) Desvalorização da vida, disfarçando as modalidades de assassinato: aborto, eutanásia, pena de morte etc (ljo 5.19).
b) Desvirtuamento dos valores éticos básicos: desdenham da honestidade, do domínio próprio, da simplicidade da vida, do esforço pessoal, do altruísmo etc; e glorificam o sucesso a qualquer custo, o culto do corpo, a sensualidade, a ostentação, o esfacelamento do mérito (cotas para tudo), o individualismo etc (Am 6.1).
c) Distorção das bases antropológicas e das leis naturais: destroem o conceito de família, colocam no mesmo patamar moral o matrimônio (homem e mulher) e a união de pessoas do mesmo sexo; permite que cada um “escolha” o que deseja ser: homem, mulher, gay, lésbica, travesti, transgênero etc., mesmo que a biologia e o espelho testemunhem o contrário (Is 5.18).

 

 

II. A PROTEÇÃO DO LAR
O lar foi estabelecido, entre outros propósitos, para o bem do ser humano e para a glória de Deus. Por isso precisa ser protegido, o que só é possível com a ajuda de Deus.

1. Depende de Deus. Deus é o grande protetor do lar (SI 127.1). Diante dos grandes e sagrados empreendimentos da vida, precisamos elevar o nosso olhar ao Alto, para Deus, de quem vem “toda boa dádiva e todo o dom perfeito” (Tg 1.17).
Na formação e proteção do lar, Deus deve estar sempre presente, pois isso não depende apenas do labor humano (Sl 127.2). O casal não pode ser negligente em suas responsabilidades, mas deve fazer o que estiver ao seu alcance, e sempre confiando em Deus.
O  maior esforço deve ser em manter no lar um “altar”, que é símbolo de adoração e sacrifício (Gn 8.20; Ap 16.7). O altar está relacionado com o progresso espiritual e com as grandes vitórias alcançadas pelo povo de Deus (Gn 22.1-17; 1Rs 18.30-40). A adoração a Deus deve ser contínua, como meio de a família manter comunhão efetiva com Deus. Na sua falta, muitas famílias ficam empobrecidas na vida espiritual e outras tantas fracassam totalmente.

 

2. Depende do casal. As responsabilidades no lar devem ser bem divididas entre o casal, visando principalmente ao bem dos filhos (SI 128.2,3). Deste texto, três coisas se sobressaem:
a) “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem”. A prosperidade vem do trabalho diligente, pois o homem ocioso é incapaz de construir um lar feliz, deixando-o desprotegido e exposto à ruína.
b) “Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera”. A mulher é comparada à videira frutífera por causa da sua ação eficiente e responsável pelo bom andamento do lar. O que jamais ocorreria com a mulher preguiçosa.
c) “Teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa”. Isso fala do amadurecimento dos filhos. A oliveira tem uma característica que bem representa os filhos sob o cuidado dos pais: ela amadurece lentamente, de modo que cultivá-la e comer do seu fruto demanda um longo período de espera, paciência e perseverança. Ademais, uma boa parte da educação dos filhos é dada “ao redor da mesa”. Nessa oportunidade os filhos se sentem acompanhados e demonstram confiança na proteção que recebem de seus pais.
Muitas famílias já não se sentam mais à mesa para comer juntos. Cada um pega um prato e vai para a frente da televisão ou computador no quarto. Cultivem o hábito de sentarem à mesa para as refeições. Tire a máquina de costura, o computador e livros e arrume uma mesa bonita para sua família fazer as refeições.

 

3. Depende de todos. A proteção da família depende de todos os seus membros. Isto só pode ser feito através do respeito mútuo, do amor (paternal, filial, fraternal), da vigilância e da disciplina, que são meios seguros de proteger o lar.
O adolescente e o jovem cristão têm também uma parcela de responsabilidade na proteção do lar, principalmente em entender que a sua segurança moral e espiritual depende mais da sua própria vigilância e firmeza de propósitos em obedecer à Palavra, do que dos pais, especialmente na ausência destes (Sl 119.11).

 

 

III. A FAMÍLIA É PRIORIDADE
As famílias que prosperam e criam seus filhos como verdadeiramente responsáveis e orientados por valores, geralmente procuram fazer três coisas:

 

1. Priorizar a família. Nada é mais importante que a família. Se alguém falhar na edificação e proteção do seu lar, não importa quanto sucesso tenha como profissional, sua perda é irreparável. Portanto, a família tem de ser priorizada, e isso demanda um compromisso pessoal e consciente que reconhece as relações familiares como a coisa mais importante, não realizações e carreiras.
Os casais mais bem-sucedidos são aqueles que constantemente valorizam os seus votos matrimoniais e asseguram permanentemente a seus filhos o total compromisso com eles. Isso traz segurança aos filhos e os mantêm confiantes.
Biblicamente falando, Deus produz a “conversão do coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais”, o que é um fator essencial para que a terra não seja amaldiçoada (Ml 4.6).

 

2. Ensinar princípios. Em ensinar e viver princípios cristãos, os pais ajudam os filhos a enxergar através das mentiras e disparates veiculados na mídia e na internet, quando então podem assegurar-lhes: que muitas pessoas ainda tentam fazer o que é certo; que a maioria dos casais não vai para a cama no primeiro encontro; e que os palavrões, na verdade, não são as palavras mais comumente usadas na comunicação cotidiana etc.
A clareza da ética cristã na prática comum do lar é que permite à família decidir sobre o que é certo e o que é errado; e isso ensina aos filhos o poder de discernir entre o bem e o mal, assim como de fazer escolhas que agradam a Deus (2Tm 3.16,17).
É o ensino de valores cristãos que desloca o foco para longe do que está errado e o concentra para as recompensas do cumprimento do que é correto. Focar em valores básicos como honestidade, respeito, autodisciplina, por exemplo, ajudam a construir uma cultura familiar consistente, e isso gera nos filhos certa imunidade contra os valores negativos do mundo.

 

3. Tempo e comunicação. Criar uma identidade familiar traz segurança e motivação para os filhos. Isso demanda o bom uso do tempo e uma efetiva comunicação na família: na celebração do Natal, da Páscoa, de aniversários, com narrativas de histórias ancestrais, tradições familiares, regras da família, divisão das responsabilidades domésticas
etc. Isso significa fazer da comunicação uma meta constante, trabalhando nela o tempo todo, tanto entre o casal como entre pais e filhos, e todos conjuntamente. Essa delícia de relacionamento familiar tem caído em desuso e esquecimento. Deus orientou que os pais se reúnam regularmente com seus filhos no lar, principalmente para o ensino da Palavra (Dt 6.6,7).
Os casais bem-sucedidos geralmente reservam tempo para o lazer. Muitos afirmam que isso demanda dinheiro e por isso não fazem, mas na verdade ele demanda principalmente tempo. Passear na praça, nadar em um rio ou igarapé, pescar, empinar papagaio, andar de bicicleta. Não lazer eventual mas planejado e proposital. Isso faz com que o tempo com os pais também seja associado à diversão e ao prazer. Dessa forma, quando queremos orar, ler a Bíblia ou ir a igreja, que para crianças menores parece enfadonho, as coisas estão equilibradas. Mas se não houver lazer, crianças e adolescentes vão preferir a companhia dos amigos com quem se divertem.
O casal também reserva um tempo “a sós”, o que traz muitos benefícios: aumenta sua felicidade, facilita a comunicação, fortalece o vínculo, melhora o casamento, além de oferecer aos filhos um bom exemplo para seus relacionamentos futuros.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O maior desafio para um casal cristão, sempre, é o de criar uma cultura familiar baseada em valores espirituais que seja mais forte e tenha mais influência em seus filhos do que qualquer outra cultura mundana. Este é o melhor antídoto contra as ameaças mundanas dirigidas à família.

 

RESPONDA
1) Quais as mais evidentes ameaças à família, citadas na lição?

2) Com base no estudo, cite o que o altar simboliza.

3) Qual a orientação dada por Deus em Deuteronômio 6.6,7?