Lição 2 – O Plano De Deus Para A Família

Nesta lição, os alunos terão contato com os diferentes conceitos dessa complexa instituição conhecida como família. Isto é de suma importância. Porém, acima de qualquer conceito legal ou sociológico que se possa empregar ao termo, é importante ressaltar que Deus criou a família, e o fez com propósitos bem definidos, pensando em cada detalhe e entregando papéis específicos para cada um de seus componentes.
Através da família, Deus abençoa tanto os seus próprios membros, como faz da família um canal de bênçãos para toda a sociedade. As bênçãos de Deus fluem principalmente através da família que serve ao Senhor, quando marido, esposa, pais e filhos conhecem e cumprem as suas responsabilidades, andando na luz da verdade e vivendo no amor de Deus, que é o vínculo da perfeição (Cl 3.14).

 

OBJETIVOS
• Aprender os princípios bíblicos que norteiam o desenvolvimento saudável da família.
• Conceituar família dentro do padrão divino estabelecido para ela.
• Entender as responsabilidades que cada membro da família possui uns para com os outros.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Comece a aula perguntando: O que você entende por Família? Depois de os alunos emitirem seus próprios conceitos de família, pergunte como estão constituídas suas famílias (pai, mãe, ou ausência de um destes, filhos etc.) e procure listar, a partir dos exemplos citados, os tipos de unidades familiares a que eles pertencem.
Depois, procure explicar os diversos conceitos de família, principalmente o conceito divino, assim como o plano de Deus de abençoar todas as famílias da Terra. Boa aula!

 

 

RESPOSTAS
1) A cabeça, auxiliadora e os frutos do matrimônio.
2) A que tem a Palavra de Deus como guia e segue a Jesus como Senhor (Mt 18.20; 1Tm 6.17-19)
3) Salmo 33.11; Ml 3.6; Mateus 24.35.

 

 

PALAVRAS-CHAVE
Conceito • Plano • Responsabilidade • Bênção

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR
Observemos alguns aspectos do plano divino para a família. Deus honra a nossa fé e o nosso ardente desejo de ver nossos filhos dedicados à Sua obra.
Vejamos:

1. Deve ser nosso reconhecimento de que os filhos dedicados a Deus Dele os recebemos e, quando dedicamos a Ele os nossos filhos, recordamo-nos de que estes pertencem ao Senhor por direito soberano, mas permanecem conosco para nossa alegria. Isto deve ser aceito com otimismo e fé.
2. Que os filhos que entregamos a Deus podem ser considerados como a Ele emprestados. Deus retribuirá com abundantes bênçãos. A mais disto, o êxito dos nossos filhos, na sublime obra de encaminhar almas preciosas para Deus e para o céu, já é sobremodo gratificante.
3. Que os filhos educados no caminho do Senhor podem aprender a adorar desde a infância, pois lemos: “Samuel ministrava perante o SENHOR, sendo ainda menino” (1Sm 2.18). Em Provérbios 22.6, temos “Instrui o menino no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele”.
4. O ambiente da família é o mais apropriado para adoração a Deus. Só pela adoração e pela comunhão com Deus e pelo bom exemplo de fé pode a família corresponder ao plano divino, como inspiração aos filhos para o ministério sagrado e para o engrandecimento do reino de Deus. A Igreja não é uma coisa para uma época, para uma geração e, sim para continuar a se propagar por sucessivas gerações, até volta do Senhor
5. Que a adoração a Deus pela família e com a família é fundamental para a Igreja, pois se não houver adoração no ambiente da família, também não haverá na Igreja. Pode haver ajuntamento sem adoração e sem sentido espiritual. Isto pode ser preparo para uma Igreja morna e caminho para apostasia, um dos sinais que precederão a vinda do Senhor Jesus. Sem adoração a Deus no seio da família, a reunião na Igreja pode ser marcada de formalismo e irreverência, sem qualquer aceitação divina. Pode significar vir ao templo, sem vir de fato ao culto. Quanto a isto, Deus diz: “Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? ” (Is 1.12).
Livro: “O Padrão Divino para uma Família Feliz” (Estevam Ângelo de Souza. Editora: SIOGE, São Luís, págs. 35-37)

 

TEXTO ÁUREO
“Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” Ef 5.27

 

VERDADE PRÁTICA
Deus instituiu a família para abençoar a vida das pessoas.

 

Estudada em 12 de abril de 2020

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – 1Co 11.3 Cristo é o cabeça da família
Terça – SI 127.1 O que Deus espera da família
Quarta – Mt 6.31-32 Família próspera em tudo
Quinta-Ef 5.2 5 A missão do homem
Sexta-Ef 5.22 A missão da mulher
Sábado – Ef 6.1-2 A missão da família

 

LEITURA BÍBLICA
Efésios 5.22-27
22 As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;
23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
24 Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.
25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,
27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.

 

Hinos da Harpa: 151 – 306

 

O PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA

 

INTRODUÇÃO

 

I. O PLANO DIVINO
1. A vontade de Deus Sl 127.1
2. Prosperidade familiar Mt 6.31,32
3. Relações familiares Ef 5.22-33

 

II. CONCEITOS DE FAMÍLIA
1. Conceito divino 1Co 11.3
2. Conceito social 1Tm 3.1-5
3. Conceito legal 1Tm 3.1-5

 

III. RESPONSABILIDADES
1. Marido Ef 5.25
2. Esposa Ef 5.22
3. Pais e filhos Ef 6.12

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
A família é a unidade básica da sociedade. A primeira e mais importante forma de agrupamento de indivíduos; onde se desenvolvem relacionamentos saudáveis.

I. O PLANO DIVINO
Deus deseja que Seus filhos se desenvolvam de forma saudável e venham a ser um canal de bênçãos.

 

1. A vontade de Deus. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1). Como o idealizador e instituidor da família, Deus é o único que possui total autoridade e sabedoria para estabelecer as regras que devem reger tal instituição. Deus tem, por assim dizer, a “patente” eterna do modelo ideal de família.
Sem a orientação e proteção de Deus, uma família jamais alcançará os objetivos divinos traçados para si mesma, nem será fonte de bênção para a humanidade.
Família é uma instituição divina, portanto, só pode ser norteada por princípios divinos. De maneira simbólica, Deus é o “arquiteto e construtor” da família; a Bíblia é o “manual” de orientação, o mapa da caminhada familiar; e nós somos os “trabalhadores”, os executores desta tão importante obra. Somos cooperadores de Deus (1Co 3.9).

 

 

2. Prosperidade familiar. Enquanto estivermos neste mundo, ter uma família perfeita é impossível, pois somos imperfeitos (Rm 3.23). Mas ter uma família saudável e próspera é possível (Sl 119.11).
Uma família saudável e próspera não é necessariamente aquela que possui uma casa luxuosa ou que é abastada financeiramente, embora a prosperidade seja importante para o bem-estar familiar (Mt 6.31,32). Entendemos que a família que coloca primeiramente a Palavra de Deus como guia e segue a Jesus como Senhor da sua vida é aquela que consegue o sucesso que agrada a Deus (Mt 18.20; 1Tm 6.17-19).

 

 

3. Relações familiares. Falar de família é falar de relacionamentos, é viver interações com outras pessoas: marido e esposa, pais e filhos, parentes etc. A maneira como se deve viver cada uma dessas relações e interações deve ser baseada nos conceitos estabelecidos por Deus, que se observados e aplicados por cada ente que compõe uma família, certamente possibilitará relações sociais de crescimento e edificação (Ef 5.22- 33; 6.1-9). Desde o princípio até os dias atuais, Deus tem buscado se relacionar com o ser humano; e tem oferecido também orientações seguras para que sejamos abençoados e abençoadores em nossos relacionamentos interpessoais.
Para entendermos a importância e o impacto que os princípios estabelecidos por Deus têm basta observar como Deus honra quem os obedece. Há pessoas que não servem a Deus, mas obedecem aos princípios de amor, honra e fidelidade que Ele estabeleceu e têm famílias saudáveis. Enquanto muitos que estão na igreja, desrespeitam os princípios divinos e colhem as consequências. Pense no potencial de bênção que uma família que honra os princípios de Deus e anda na Sua presença tem.
O nosso Deus é um Deus de relacionamentos, e a maneira como Ele desenvolve essas relações (Deus e Seus filhos, Cristo e a Igreja), são as maneiras exemplares que devem ser observadas para se viver em família, tudo segundo o plano divino, refletindo as relações do próprio Deus.

 

 

II. CONCEITOS DE FAMÍLIA
O conceito de família sofreu inúmeras alterações ao longo da história, embora, muitas vezes, distantes do que Deus propôs no princípio.

1. Conceito divino. Deus criou “homem e mulher” e estabeleceu o seguinte princípio para a humanidade: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gn 1.27,28). Porém, a maneira correta de seguir este propósito é estabelecendo a única união determinada por Deus, que se dá através do casamento de um homem e uma mulher (Gn 2.22).
Por ocasião do Dilúvio, Deus ordenou que “de cada espécie, macho e fêmea”, Noé os faria entrar na arca (Gn 6.19). E, de fato, assim foi feito, inclusive entre os humanos (Gn 7.9,16). A descendência dos oito seres humanos salvos na arca (Noé e sua esposa; os três filhos de Noé, cada um com sua própria esposa) são decorrentes do casamento.
As famílias humanas devem seguir esse padrão estabelecido desde o Éden, sendo o casamento entre homem e mulher (macho e fêmea) o meio adequado para a propagação e educação da espécie humana (1Tm 3.1-5).
Na família, para Deus, o homem é a cabeça do casal, o líder (1Co 11.3; Ef 5.23). A mulher, a companheira e auxiliadora (Gn 2.18). E os filhos, os frutos deste matrimônio, são herança do Senhor (Sl 127.3). O conceito de família, para Deus, é algo grandioso, de suma importância para a sociedade. É na família que se dá a concepção e a edificação de um novo ser. A dinâmica de uma família afetará como uma pessoa vê Deus, como vê a si própria e como se vê outras pessoas.

 

2. Conceito social. O conceito de família, socialmente falando, está intrinsecamente ligado às relações de afeição e sentimentos.
Como ente sociável, o ser humano sempre busca relacionar-se com outros. Porém, vivemos em uma época na qual o termo “família” ganhou novos conceitos, decorrentes unicamente da desordem que o pecado produz no seio da sociedade (1Tm 3.1-5).
Existem, assim, as intituladas “novas formações familiares”, que estão longe de ser aquilo que Deus definiu para o ser humano. Os valores, na maioria dos casos, estão invertidos, e os conceitos familiares, deturpados. Mas o nosso Deus e Sua Palavra não mudam (Sl 33.11; Ml 3.6; Mt 24.35).

 

3. Conceito legal. Família é união voluntária de um homem e uma mulher, nas condições sancionadas pela lei, de modo que se estabeleça uma família legítima.
A Constituição Brasileira de 1988, conceitua:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Uma família tradicional é normalmente formada por um homem e uma mulher, esposo e esposa, pai e mãe, unidos por matrimônio ou união de fato, conforme a lei, e por um ou mais filhos, se advirem, compondo uma família nuclear ou elementar.

 

 

III. RESPONSABILIDADES
Todos os membros da família têm a obrigação de se ajudarem mutuamente.

1. Marido. Observe o mandamento divino: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). O exemplo dado por Deus para o marido seguir é o do próprio Senhor Jesus, o que coloca cada marido sob um elevado padrão de comportamento e compromisso em relação à sua mulher.
Ao marido é dada a responsabilidade de ser a cabeça da mulher, o líder da família, assim como Cristo é a cabeça e guia da Igreja (Ef 5.23). Mas, para que haja sucesso em seu papel, é preciso entregar-se, sacrificar-se por sua família (esposa e filhos). Isto envolve cuidados importantes (domésticos e espirituais) de proteção, provisão e instrução.
Geralmente, a figura paterna (o homem) é a responsável com que a criança desenvolva alguns aspectos necessários para toda a vida, como o senso de limite interno, a independência e a superação dos desafios. A figura do pai ainda é importante na hora de exemplificar condutas. Os filhos se desenvolvem tendo o pai como referência e ideal, de modo que, sob esse prisma, cada pai deve se portar como gostaria que seus filhos o fizessem.

 

2. Esposa. A orientação de Deus para as mulheres é esta: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor” (Ef 5.22). Sendo o homem, em seu trato com a esposa, a representação de Cristo e Seu cuidado com a Igreja, semelhantemente, a esposa é a representação da própria Igreja em submissão a Cristo.
A esposa também deve ser aquela que auxilia o marido no propósito de consolidar o plano de Deus para a família, pois foi criada para ser sua “auxiliadora idônea” (Gn 2.18).
Seu esposo é o líder, mas ela é a edificadora (Pv 14.1) e é quem geralmente está mais presente e atuante no dia a dia. O clima e aparência de uma casa dependem muito da mulher e são claramente percebidos ao entrar nela.

 

3. Pais e filhos. Deus requer a obediência de Seus filhos. Esta é também a relação estabelecida por Deus entre os filhos e seus pais: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” (Ef 6.1). E acrescenta: “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6.2).
De modo geral, existem grandes promessas para aqueles que obedecem a Deus e à Sua Palavra (Dt 28.1,2; Lc 11.28). Especificamente em relação aos filhos que obedecem aos seus pais, existe uma importante promessa de bem-estar e longevidade (Êx 20.12; Ef 6.2).
É dever dos pais jamais provocar a ira de seus filhos, em sendo grosseiros e injustos; antes, devem educá-los de acordo com o amor e a disciplina do Senhor (Ef 6.4). É imprescindível que pais e filhos tenham um livre canal de comunicação, estando em contato com seus filhos quanto aos aspectos afetivos, psicológicos e espirituais, desse modo proporcionando-lhes um lar seguro e um exemplo para a sociedade. É importante que meninos criados apenas pela mãe, tenham uma figura masculina em quem se espelhar. O mesmo conselho serve para meninas criadas só pelo pai.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O conceito primordial para o sucesso em todas as relações familiares é o amor. E, não atentar para isso é negligenciar o plano divino para a sua família.

 

 

RESPONDA
1) Com base no estabelecido por Deus em Gênesis 2.18, cite os papéis dos respectivos membros da família: homem, mulher e filhos.
2) Defina, com base nos princípios bíblicos estudados, uma família saudável e próspera.
3) Fundamente com versículos bíblicos o padrão de família estabelecido por Deus.