Lição 13 – Salmo 150 – Louvai a Deus no Seu Santuário

Lição 13 – Salmo 150 – Louvai a Deus no Seu Santuário

 

O salmo 150 é um convite aos adoradores de Deus na terra, encontrando-se no seu lugar escolhido, como também à sua hoste celestial para misturarem os louvores deles com os nossos, pois ainda que o convite seja feito para louvar a Deus no santuário, é necessário expor à classe que o louvor não permanece, apenas, no lugar de adoração, mas chega à Santidade do Senhor, porque o louvor é espiritual.
Por esse motivo Jesus disse a uma mulher de Samaria – quando ela o questionou dizendo que seus pais adoraram em um lugar e os judeus adoravam em outro lugar – que o importante não era adorar em Jerusalém ou Samaria, mas sim louvor em verdade, bem como em espírito.

 

PALAVRAS-CHAVE
Música • Louvor • Adoração • Pentecostes

 

OBJETIVOS
• Identificar autor, título, data, classificação e os espaços de adoração de acordo com o Salmo 150.
• Compreender a música como um instrumento de evangelização, adoração e aprendizagem sobre Deus.
• Reconhecer que a Igreja nasceu no meio do fogo do louvor e da adoração.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Comece esta aula convidando alguém da classe para entoar um louvor bem conhecido para que todos possam participar desse momento.
Em seguida, fale da importância de nós, como Igreja, termos esse momento de louvor juntos na casa de Deus, e do quão grande é esse privilégio de termos em nossa nação a liberdade de culto, pois em muitos países não é possível realizar tal ato.
Evidencie, em complemento, que o louvor não pode limitar-se ao templo, mas deve romper as estruturas dele e chegar até à santidade de Deus.

 

RESPOSTAS
1) O número de versículos idêntico.
2) Não envelhecem e ficam na memória.
3) Ritualista

 

LEITURA COMPLEMENTAR
A variedade de instrumentos musicais, alguns deles usados no acampamento de guerra, como as trombetas; alguns deles, mais adequados a uma condição de paz, como os saltérios e as harpas; alguns deles que soam quando se sopra ar neles; alguns deles que soam com um ligeiro toque, como os instrumentos de cordas; alguns deles que soam, quando batemos neles de maneira mais forte, como os tamborins, tambores e címbalos; alguns deles, que soam pelo toque e também pelo sopro, como os órgãos; todos eles produzem determinado som, alguns têm som mais baixo, e outros, mais alto; alguns deles têm uma harmonia, em si mesmos; alguns deles fazem um concerto com outros instrumentos, ou com os movimentos do corpo nas danças, alguns deles servem para um uso, outros servem para outro, e todos eles servem para exibir a glória de Deus, e para exibir o dever dos adoradores e os privilégios dos santos.
A pluralidade e variedade (digo eu) desses instrumentos eram adequadas para representar diversas condições do homem espiritual, e das grandezas da sua alegria, a serem encontradas em Deus, e para ensinar como deveriam ser estimulados os afetos e poderes da nossa alma, e de todos nós, uns para com os outros, na adoração a Deus; que harmonia deve haver entre os que adoram a Deus, que melodia cada um deles deve produzir em si mesmo, cantando a Deus com graça em seu coração, e para mostrar a excelência do louvor de Deus, que nenhum meio ou instrumento, e nenhuma expressão do corpo que acompanhe o louvor, poderia iniciar suficientemente nestas exortações a louvar a Deus com a trombeta, com o saltério, etc. – David Dickson
Livro: Os Tesouros de Davi vol. 3 (Charles Spurgeon, CPAD, 2017, pag. 113)

 

LIÇÃO 13 – SALMO 150 – LOUVAI A DEUS NO SEU SANTUÁRIO

 

TEXTO ÁUREO
“Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!”
Sl 150.6

 

VERDADE PRÁTICA
O Culto Pentecostal é cheio de Louvor e Adoração

 

DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda-feira – Sl 145.1 Exaltado de geração em geração
Terça-feira – Sl 117.1-2 A verdade do Senhor dura para sempre
Quarta-feira – Sl 115.1 Não a nós, mas ao teu nome glória.
Quinta-feira – Sl 115.17-18 Apenas os vivos bendizem ao Senhor.
Sexta-feira – Sl 113.7-8 Faz o pobre assentar com os príncipes
Sábado – Sl 104.33 Cantarei enquanto eu viver

 

LEITURA BÍBLICA
Salmo 150.1-6
1 Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
2 Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
3 Louvai-o ao som da trombeta; louvai- -o com saltério e com harpa.
4 Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
5 Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
6 Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!

Hinos da Harpa: 124 – 216

 

SALMO 150 – LOUVAI A DEUS NO SEU SANTUÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

I. ASPECTOS GERAIS Sl 150.1-2
1. Autor, título e data
2. Classificação
3. Os espaços de adoração Sl 150.1-2

 

II. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA Sl 150.3-6
1. Evangelho musical Sl 150.3
2. Voz, instrumento e corpo Sl 150.4-5
3. Quem respira Sl 150.6

 

III. PENTECOSTES E LOUVOR At 2.11-13
1. Pentecostes At 2.11-13
2. Louvor e adoração Sl 150.1
3. Assembleia de Deus Sl 150.6

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
Chegamos ao final desta série de estudos. Fizemos um breve e edificante passeio pelas páginas de alguns preciosos hinos e poesias. Encerramos com o Salmo 150. Hoje, somos todos convocados a louvar a Deus pela excelência de sua grandeza. Aproveitemos esta bela ocasião, e louvemos ao Senhor em seu santuário.

 

I. ASPECTOS GERAIS Sl 150.1-2

1. Autor, título e data. Como notamos, o Salmo 150 não contém título em itálico com o nome do autor. Contudo, o poema apresenta uma grande afinidade com o texto de Crônicas, onde lemos: “Disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem a seus irmãos, os cantores, para que, com instrumentos músicos, com alaúdes, harpas e címbalos se fizessem ouvir e levantassem a voz com alegria.” (1Cr 15.16).
Claro que isto não é suficiente para afirmarmos a autoria, porém, no mínimo é interessante que até a ordem de alguns instrumentos no Salmo 150 coincida com as palavras de Davi, a exemplo dos címbalos, citados apenas no final. C. H. Spurgeon afirma a autoria davídica.

 

2. Classificação e importância. O Salmo 150 é um cântico de aleluia. Ele contém o mesmo número de versículos do Salmo 1. Embora saibamos que a primeira Bíblia com a atual divisão em capítulos e versículos foi publicada em francês por Roberto Estienne em 1553, sabemos que essa organização buscou conservar a métrica do texto sagrado, sendo a Bíblia hebraica dividida em versos antes do trabalho de Estienne.
Assim, enquanto o Salmo 1 é o introito, que prepara o adorador para louvar a Divindade ao longo de todo o Saltério, o Salmo 150 é a doxologia final, um brado triunfante que convoca “todo ser que respira” a louvar ao Senhor (v. 6).
Embora o salmo não pareça descritivo, é provável que seu autor tenha em mente a imagem de um culto no santuário, pois, com vimos, há uma correlação deste salmo com 1 Crônicas 15.16.
O Salmo 150 é um majestoso brado de convocação a todo ser vivente, um hino apoteótico, rico de instrumentos e coro, que o extraordinário “Aleluia”, de Georg Friedrich Händel (1685- 1759), no Movimento 42º da obra O Messias, parece trazermos à memória.

 

3. Os espaços de adoração (Sl 150.1-2). “Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder” (v. 1). “Santuário” e “firmamento” são apresentados ao adorador como espaços onde devem ressoar o nosso louvor.
Desde o princípio da Revelação, a Bíblia nos apresenta a ideia de um culto organizado. Antes da Lei, o sogro de Moisés era sacerdote no deserto de Midiã (Ex 3.1). Antes de Abraão gerar Isa- que, Melquisedeque surge como “sacerdote do Deus Altíssimo” (Gn 14.18). Mais tarde, teremos o Tabernáculo (Êx 26.30) e futuramente o Templo (2Cr 6), ainda não erguido no tempo do salmista Davi. Por último, as sinagogas, que surgiram durante o exílio.
Por sua vez, Jesus reconheceu o templo como Casa de Deus e lugar de oração (Mt 21.13). Esse espaço, perdido pelos primeiros cristãos, na sua maioria judeus que não podiam frequentar mais as sinagogas por motivos doutrinários, foi novamente erguido a partir dos primeiros séculos.
Não devemos calar o louvor a Deus em seu santuário. Se não temos espaços no lar, o Senhor edificou uma casa onde temos liberdade para adorar o Deus Altíssimo.
Mas, o louvor a Deus não deve ficar restrito a quatro paredes. Os céus proclamam a glória divina (Sl 19), sendo o firmamento o grande teto do mundo. Todos os seres vivos são convocados a essa adoração. Não podemos perder o deslumbramento de adorar ao Senhor sob o firmamento. Diariamente, ele ilumina e aquece este magnífico quadro. À noite. Lua e estrelas procuram adoradores na Terra que se unam aos exércitos celestiais.
“Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.” (v. 2). Poderosos feitos, coletivos e individuais, enchem-nos de motivos para participar desta celebração diária e ininterrupta.

 

II. IMPORTÂNCIA DA MÚSICA (Sl 150.3-6)

1. Evangelho musical (Sl 150.3). “Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa”. Temos observado que muito de nossa aprendizagem sobre Deus provém da música. Depois de décadas ouvindo pregações, talvez não nos recordemos de cinco ou dez sermões. Porém, nossa fabulosa memória auditiva tem gravado dezenas, talvez centenas de inspiradores hinos, que, executados, imediatamente resgatam valores preciosos do Evangelho, servindo de “gancho”, inclusive, para a recordação de algumas falas na igreja.
Melodias carregam adoração, oração e até doutrina. Por isto, pastores e mestres não devem ignorar a playlist em voga, pois, não obstante hinos ajudem, letras mal produzidas podem constituir perigos doutrinários difíceis de desfazer, pois músicas massificam e armazenam-se na mente com muita facilidade.
Não é à toa que temos um serviço de música nos templos. O Evangelho foi anunciado primeiro em forma musical (Lc 2.13-14). As Boas Novas de salvação não poderiam ter descido do Céu sem um pouco da riqueza musical da Glória eterna.
Assim, enquanto permanecem como reprodução fiel dos ensinos de Jesus, hinos são excelentes instrumentos de evangelização. Não envelhecem. Constituem um imenso patrimônio espiritual para quem os sabe guardar e retirar tesouros (Mt 13.52).

 

2. Voz, instrumento e corpo (Sl 150.4-5). “Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas” (v. 4). Ficamos impactados com os detalhes musicais do Salmo 150. Em seis versos, temos: trombeta, saltério, harpa, adufes, danças, instrumentos de cordas, flautas e címbalos. Instrumentos de sopro: A trombeta e as flautas. Instrumentos de corda: saltério e a harpa, sendo o primeiro uma espécie de lira. Percussão: címbalos e adufes.
A trombeta era o antigo shophar, feita de chifre e usada para convocações solenes, como clama o profeta Joel (Jl 2.1). Sobre flautas, não há consenso, afirmando alguns estudiosos que eram instrumentos feitos de tubos. A Bíblia King James traduziu o termo para “órgãos”. Adufes são tamborins, enquanto címbalos são os conhecidos “pratos” das bandas e orquestras.

 

3. Quem respira (Sl 150.6). “Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia! ”. O Livro de Salmos se fecha com uma convocação a “todo ser que respira”. Impressionante o vínculo que o salmista faz entre a música e a vida. Na variedade de instrumentos arrolados no salmo e na coreografia, todo o corpo, literalmente, adora, o que decorre, naturalmente, do animus (alma), a respiração que leva vida a cada célula. Mas, os instrumentos de sopro parecem mais representativos da gratidão que todos devemos ter pelo fato de o Senhor nos ter feito “almas viventes”.
O Criador assoprou a vida dentro do nosso corpo (Gn 2.7). Agora, essa mesma corrente de ar serve para exaltá-lo. Não temos como ficar inertes: temos vida, podemos louvar ao Senhor. Quem respira, louve-o!

 

III. PENTECOSTES E LOUVOR (At 2.11-13)

1. Pentecostes (At 2.11-13). “Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados! ”. Quando o Espírito Santo desceu sobre os 120 no Cenáculo, imediatamente o fogo do Espírito esteve associado ao louvor. Os “estrangeiros” que estavam em Jerusalém, ao ouvirem os discípulos falando em outros idiomas, indagaram: “como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?” (At 2.11).
Logo, concluímos que o Pentecostes trouxe uma poderosa renovação na liturgia. Judeus ritualistas, que esquadrinhavam seus cultos no Templo e nas sinagogas, agora aparecem aqui tão expressivos no louvor, ao ponto de serem taxados de “bêbados” (At 2.13). Assim a Igreja nasceu: no meio do fogo do louvor e da adoração.
Esse mesmo coração adorador encontraremos em Paulo e Silas décadas depois do Dia de Pentecostes (At 16.25). Estão presos, flagelados pelos chicotes, famintos certamente, porém, à meia-noite têm mais disposição para louvar ao Senhor que muitos de nós no conforto de nossas modernas igrejas.

 

2. Louvor e adoração (Sl 150.1). “Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário”. O culto pentecostal caracteriza- -se pela espontaneidade (1Co 14.26). Cada crente, tem liberdade para glorificar a Deus no santuário. “Glória a Deus!” ‘Aleluia!”, “Hosanas!” e outras expressões bíblicas são bem-vindas às nossas reuniões! Programas fechados de culto não pertencem à nossa história. Onde tem “fogo”, não há espaço para cultos frios.

 

3. Assembleia de Deus (Sl 150.6). “Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!” A chegada dos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg (1910), egressos de um grande movimento de Deus nos EUA, logo sacudiria Belém e, daqui todo o Brasil e até o exterior. Eles não dominavam o idioma, mas podiam louvar ao Senhor com toda a liberdade em suas próprias línguas, o sueco, intercalando com inglês e as primeiras palavras em português. O Evangelho musical, de que falamos no começo desta aula, estava sendo pregado.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Resgatemos os nossos valores. Corais. Orquestras. Solos. Louvores e hinos da Harpa Cristã e glorifiquemos publicamente ao Senhor no lar e na igreja. Quem respira, louve ao Senhor!

 

RESPONDA
1) Qual semelhança entre o Salmo 150 e o Salmo 1º realça a beleza deste livro?
2) Segundo a lição, qual o diferencial dos hinos para anunciar o Evangelho?
3) Segundo a lição, o Pentecoste foi uma revolução

 

VOCABULÁRIO
Apoteótico: Referente a um conjunto de honras ou elogios tributados, geralmente a Deus ou a figuras públicas.
Doxologia: fórmula litúrgica de arremate nas grandes orações (hinos, preces, salmos etc.) em que se glorifica a grandeza e majestade divinas.
Flagelado: que se flagelou; supliciado física ou moralmente; aflito, torturado, atormentado.