Lição 12 – O Espírito Santo e a Oração Sacerdotal

Lição 12:  O Espírito Santo e a Oração Sacerdotal

EM ÁUDIO

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Esta lição é uma oportunidade para discutirmos um assunto multo mal interpretado no contexto cristão, que é o fato de algumas pessoas pensarem que o conhecer Jesus é ter a nossa vida mudada em todas as áreas, como se Deus tivesse o dever de transportar-nos deste mundo para um outro mundo onde muitas coisas maravilhosas que desejamos seriam reais. No entanto, a nossa fé não nos tira do mundo após nos convertermos; ao invés disso, permanecemos vivendo sob as mesmas circunstâncias.

O propósito de Deus não é nos tirar do mundo, mas nos livrar das ações do maligno (Jo 17.15), Sendo assim, a vida eterna não significa estar fora da realidade deste mundo, mas conhecer o único Deus verdadeiro (Jo 17.3).

 

OBJETIVOS

  • Aprender a importância de estar sempre ligado a Cristo.
  • Despertar para o fato de que o Espírito Santo está sempre conosco.
  • Saber que neste mundo somos guardados do mal.

 

 

PALAVRAS-CHAVE

Ânimo • Intercessão

 

PARA COMEÇAR A AULA

Após a leitura e uma breve introdução sobre a lição, convide um aluno para testemunhar a respeito das dificuldades que enfrentou após ter tido um encontro com Jesus. Em seguida, faça um paralelo entre as dificuldades superadas e a oração sacerdotal de Jesus. Leve a classe a concluir que essa pessoa que testemunhou não foi tirada do mundo, mas foi guardada das ações do maligno; e, em meio ao sistema desse mundo, também pôde ter gozo completo, pois este não depende das coisas externas (Jo 17.13).

 

 

RESPOSTAS:

1, 3, 2.

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Ao expor essa vívida metáfora, Jesus trata de quatro assuntos que enriquecem nosso entendimento acerca de nosso estreito relacionamento com ele.

Em primeiro lugar, a videira. Em todo o Antigo Testamento, Israel é apresentado como a videira, a vinha do Senhor. Deus a plantou e a cercou com cuidados, mas Israel produziu uvas bravas. Então, agora, Jesus diz:  Eu sou a videira verdadeira (15.1).

Em segundo lugar, os ramos. Sozinho, um ramo é frágil, infrutífero e imprestável, servindo apenas para ser queimado (Ez 15.1-8). O ramo não é capaz de gerar a própria vida; antes, deve retirá-la da videira. De igual forma, é nossa união vital com Cristo que nos permite dar frutos.

Em terceiro lugar, o agricultor. O trabalho do agricultor é cuidar da videira, a fim de que seus ramos produzam muitos frutos. Para isso, o agricultor levanta, limpa e poda os ramos. O agricultor poda os ramos de duas maneiras: a primeira é limpando e podando os ramos para que sejam renovados; a segunda, é removendo os ramos secos e sem vida para lançá-los fora e queimá-los.

Em quarto lugar, os frutos. O propósito de uma videira não é produzir madeira nobre, lenha ou sombra, como algumas outras árvores. Tampouco a videira é uma planta ornamental. O único propósito da videira é produzir frutos.

Livro: “João: As Glórias do Filho de Deus” (Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos Ltda, 2015, São Paulo-SP, pág. 387).

Estudada em 21 de junho de 2019

 

 

LIÇÃO 12 – O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO SACERDOTAL

 

 

TEXTO ÁUREO

‘Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” Jo 17.15

 

 

VERDADE PRÁTICA

Somos resposta da oração de Jesus por nós e o Espírito Símio nos faz transbordar até produzir muitos frutos.

 

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Jo 17.1-3 A vida eterna é conhecer o único Deus

Terça – Jo 17.4-7 Deus deve ser glorificado em nossas obras

Quarta – Jo 17.8-11 Ore por aqueles que estão no mundo

Quinta – Jo 17.12-16 No mundo, mas não do mundo

Sexta – Jo 16.17-20 Devemos ser um como o Filho e o Pai são um

Sábado – Jo 17.21-23 A nossa comunhão deve ser aperfeiçoada

 

 

LEITURA BÍBLICA

João 17.13-17

13       Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos.

14       Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.

15       Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.

16       Eles não são do mundo, como também eu não sou.

17       Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

Leitura completa: Jo 15; 16; 17

 

 

Hinos da Harpa: 175 – 77

 

 

O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO SACERDOTAL

 

INTRODUÇÃO

 

I. A VIDEIRA VERDADEIRA

  1. Produz frutos Jo 15.1-11
  2. Frutos que permanecem Jo 15.6-20
  3. O mundo nos odeia Jo 15.21-26

 

II. O ESPÍRITO SANTO

  1. O Espírito Santo no Mundo Jo 16.5-11
  2. O Espírito Santo nos crentes Jo 16.12-15
  3. Paz e bom ânimo Jo 16.23-33

 

III. JESUS ORA POR NÓS

  1. Jesus ora por salvação Jo 17.1-5
  2. Jesus ora por proteção jo 17.6-20
  3. Jesus ora por unidade Jo 17.21-26

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

 

INTRODUÇÃO

Esta é a sétima e última expressão de Jesus: “Eu sou”. Ele Já havia dito: Eu sou o pão da vida. Eu sou a luz do mundo. Eu sou a porta. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a ressurreição e a vida. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E, por último, diz: “Eu sou a videira verdadeira.”

Veremos também, nesta lição, que Jesus conclui Seus ensinos no cenáculo falando sobre a missão do Espírito Santo e orando por seus discípulos, na oração sacerdotal.

 

I. VIDEIRA VERDADEIRA

1. Produz frutos (15.1-11). Nesta ilustração de Jesus, são abordadas quatro figuras distintas: a videira (Jesus), os ramos (discípulos, e nós), o agricultor (Deus) e os frutos (resultados de nossa obra), O propósito precípuo de Jesus aqui é mostrar que o Pai está trabalhando na vida dos discípulos, que permanecem em Cristo, a fim de que produzam muitos frutos. Os discípulos são os ramos, e a finalidade dos ramos que permanecem ligados a Cristo é produzir frutos. Se eles não permanecem em Cristo, não fazem parte da videira, da família, da Igreja, do rebanho; secam e são lançados no fogo e queimados. Deus, como agricultor, espera de nós frutos.

No relacionamento do crente com Cristo o termo chave é “permanecer”, usado 10 vezes em 11 versículos. A ênfase é união.

“Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo”. Quando permanecemos em Cristo, produzimos muito fruto. O Pai é glorificado. E uma alegria indizível e cheia de glória enche o nosso coração (Jo 15.11).

  1. Frutos que permanecem (15.6-20). Embora Seus discípulos continuem sendo Seus servos, passa a chamá-los de amigos (15.13). A evidência dessa amizade é o amor (15.12) e a obediência (15.14); e o propósito dessa amizade, a abundância de frutos (15-16).

Mais uma vez, Ele reafirma que o amor entre os discípulos precisa ter o peso do sacrifício. Quem ama se dispõe a dar sua vida pelo irmão (1Jo 3.16).

A amizade sobre a qual Jesus está talando aqui é um relacionamento de compromisso com os mesmos valores, com os mesmos propósitos. Por isso, ninguém pode arrogar a si o privilégio de ei amigo de Jesus, sem pronta obediência às suas ordenanças.

  1. O mundo nos odeia (15.21-26). Tiago, irmão do Senhor, declara que quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tg 4.4). E o evangelista João diz que quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2.15) Agora, Jesus deixa claro que os discípulos serão odiados pelo mundo pelo fato de serem Seus amigos (15.18-20).

O mundo nos persegue porque somos servos de Cristo (15.20,21). O Senhor relembra aqui o que já havia ensinado (13.16). Uma vez que o servo não é maior do que o seu senhor, e o senhor foi perseguido pelo mundo, logo nós, servos de Cristo, que agora somos Seus amigos, certamente seremos também perseguidos pelo mundo.

Hoje estamos vendo o crescimento espantoso da cristofobia. A religião mais perseguida do mundo é a cristã. O mundo ainda odeia Cristo, por isso persegue Cristo na Igreja.

 

 

II. O ESPÍRITO SANTO

 

  1. O Espírito Santo no Mundo (16.5-11). Jesus comunica mais uma vez Sua partida para junto do Pai, que o enviou (16.5). Essa informação de Sua partida tornou-se a principal causa da tristeza dos discípulos (16.6). Jesus, porém, alerta-os sobre a necessidade de ir e até os tranquiliza dizendo que é melhor Ele partir, porque dessa forma o Espírito Santo, o Consolador, virá sobre eles. Existem três atuações claras do Espírito Santo no Mundo:
    a) A obra do Espírito Santo é convencer o mundo do pecado (16.8,9). “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não creem em mim”. O maior pecado das pessoas hostis a Deus, que as condena para sempre, não são seus desvios teológicos nem seus devaneios morais, mas sua resistente incredulidade, a despeito de toda verdade que tenham ouvido e de todas as obras de Deus que tenham visto.

b) A obra do Espírito Santo é convencer o mundo da justiça (16.8.10). “Convencerá o mundo (…) da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais”. A justiça de Deus foi plenamente manifestada ao mundo no sacrifício de Cristo na cruz. Ao se tornar nosso substituto e morrer em nosso lugar, Ele cumpriu por nós cabalmente todas as demandas da lei e satisfez todos os reclamos da justiça divina. O Espírito Santo vem ao mundo para convencer o mundo dessa verdade gloriosa.

c) A obra do Espírito Santo é convencer o mundo do juízo (16.8.11). “Convencerá o mundo (…) do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado”. A morte, a ressurreição e a ascensão de Cristo são o julgamento legal e a derrota definitiva do diabo, o príncipe desse mundo. Jesus triunfou sobre ele na cruz. Despojou-o, venceu-o e esmagou sua cabeça. Ao pé da cruz, o diabo arregimentou as forças todas de que dispunha. E ali foi derrotado para sempre. Sua condenação foi decidida, e sua sentença foi declarada.

Em resumo, temos aí o pecado do mundo, a justiça de Cristo e o julgamento de Satanás, tudo prova do pelo Espírito Santo sobre a base da rejeição de Cristo, de Seu triunfo na cruz e de Sua ressurreição.

 

  1. O Espírito Santo nos crentes (16.12-15). Primeiramente, o Espírito Santo exerce o ministério de ensino (16.13). A função do Espírito na Igreja é “guiar”, literalmente, “mostrar o caminho”. O Espírito não usa armas externas. Ele não empurra, mas guia.

Em segundo lugar, o Espírito Santo exerce o ministério do holofote (16.14,15). Um holofote é uma luz cuja finalidade é iluminar não a si mesmo, mas um alvo específico. O Espírito Santo não vem para glorificar a si mesmo, mas para glorificar Jesus. Se quisermos saber se uma pessoa está cheia do Espírito Santo, basta examinar se ela está vivendo uma vida cristocêntrica. O propósito do ministério do Espírito Santo é exaltar Jesus, anunciá-lo e torná-lo conhecido.

 

  1. Paz e bom ânimo (Jo 16.23-33). O Espírito Santo desempenha um papel importantíssimo no Evangelho de João. O Espírito veio sobre Jesus em Seu batismo (1.32). Nenhum indivíduo pode entrar no reino de Deus sem nascer da água e do Espírito (3.5). Jesus falou que “quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (7.38) e “isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele

momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (7.39), Reunido com Seus discípulos no cenáculo, Jesus lhes apresentou o Espírito Santo como o outro Consolador (14.16), o Espírito da verdade (14.17), o Consolador que o Pai enviará em Seu nome para ensinar os discípulos e fazê-los lembrar de Seus ensinos (14.26) e o Consolador que dará testemunho a Seu respeito (15.26), A atuação do Espírito Santo é muito clara no mundo e nos crentes. O primeiro e grande cumprimento dessas promessas ocorreu no dia de Pentecostes, quando Pedro, cheio do Espírito Santo, apresentou essas provas, e cerca de três mil pessoas foram convencidas de seus pecados, convertidas a Cristo e salvas.

 

 

III. JESUS ORA POR NÓS

Jesus fez três súplicas distintas na oração sacerdotal. Ele orou por si mesmo e por salvação, dizendo ao Pai que havia concluído Sua obra aqui na terra (17.1-5); orou por Seus discípulos, pedindo ao Pai que os guardasse e os santificasse (17.6-19); e orou por Sua Igreja, para que pudéssemos ser unidos Nele e, um dia, participarmos de Sua glória (17.20-26)

  1. Jesus ora por salvação. (17-1-5). Cristo disse que Sua hora ainda não tinha chegado; mas agora, Sua hora de ir para a cruz havia chegado; e Ele irá não como um derrotado, mas como um rei caminha para o trono. É na cruz que Ele cumpre o plano da redenção.

A cruz é o instrumento de glória para o Pai porque a prioridade de Jesus era a glória de Deus, e Sua crucificação trouxe glória ao Pai. A cruz é o instrumento de glória para o Filho. A cruz glorificou Sua compaixão, Sua paciência e Seu poder em dar Sua vida por nós, dispondo-se a sofrer por nós, a se fazer pecado por nós, a se tornar maldição por nós para comprar-nos com Seu sangue.

Jesus recebeu autoridade para dar a vida eterna (17.2). A vida eterna é uma dádiva do Pai oferecida pelo Filho. Todo aquele que Nele crê tem a vida eterna. Quem Nele crê não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. Não há vida eterna fora de Jesus Cristo. Vida eterna é mais do que um tempo interminável nos recônditos da eternidade. A vida eterna é, em essência, qualidade de vida em vez de quantidade de vida. Vida eterna não é essencialmente uma vida que jamais se finda, mas o conhecimento Daquele que é eterno.

 

  1. Jesus ora por proteção (17.6-20). Cristo orou pelos discípulos. Nas suas diversas dificuldades, Jesus intercedeu por eles. Orou por eles quando estavam passando por uma avassaladora tempestade (Mt 14.22-33). Orou por Pedro quando este estava sendo peneirado pelo diabo (Lc 22.31,32). Agora ora por eles antes de ir para o Getsêmani.

Jesus fez dois pedidos fundamentais em favor dos discípulos.

Que eles fossem guardados do mundo (17.14), e que eles fossem guardados do maligno (17.15). Se Ele pôde guardar seus discípulos enquanto viveu na Terra, quanto mais pode nos guardar entronizado à destra do Pai em Seu trono de glória!

 

  1. Jesus ora por unidade (17.21-26). Jesus só tem uma Igreja, um rebanho. A unidade da Igreja é o desejo expresso de Jesus, o alvo da Sua oração, a expressa vontade do Pai. A unidade que Jesus pede para a Igreja tem como paradigma e origem a unidade do Pai e do Filho no Espírito Santo. Se nós somos filhos de Deus e membros de Sua família, não podemos viver em desunião. Não há desarmonia entre o Pai e o Filho. Nunca houve tensão nem conflito entre a vontade do Pai e a do Filho.

Nossa origem espiritual nos compele a buscar a unidade, e não a desunião. Na verdade, Pai, Filho e Espírito Santo são um em essência; os crentes, por outro lado, devem ser um em mente, esforço e propósito.

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

O resultado prático da operação do Espírito Santo e da oração de Jesus não somente produz fé, mas também nos desafia à ação de demonstrar a vida que essa fé produz abençoando as pessoas.

 

 

RESPONDA

Identifique a resposta apropriada a cada questão e relacione-a abaixo nos parênteses correspondentes.

1)  Jesus, discípulos, Deus e resultados da

2) Exerce o ministério do ensino.

3) Foi um instrumento de glória para o Pai e o Filho.

( ) Videira, ramos, agricultor e os frutos nossa obra.

( ) Cruz

( ) Espírito Santo

 

 

VOCABULÁRIO

  • Cristocêntrica: centrado em Jesus Cristo.
  • Indizível: que não pode e/ou não deve ser traduzido em palavras; intraduzível.
  • Precípuo: mais importante; principal, essencial.