Lição 2: Êxodo 3 a 7: Moisés volta ao Egito e confronta Faraó

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Êxodo 3 a 7 há 131 versos, no total. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Êxodo 3.1-22 (5 a 7 min).

Caro(a) professor(a), nossa lição atual nos ensina que antes de nos confiar uma tarefa Deus nos prepara, às vezes demoradamente, para agir. Acreditar nas próprias intuições ou capacidades intelectuais pode nos levar a uma arrogância destinada ao fracasso. Nosso tempo tem cultuado pessoas como se fossem deuses – seja através da mídia ou da política – repetindo a idolatria egípcia ao Faraó, precisamos afirmar, pelas nossas ações, que obedecemos somente a Deus. O sacrifício de Jesus é o grande testemunho da nossa fé, não precisamos de falsos sinais nem de recompensas materiais para crer no Deus de Isaque e de Jacó.

 

OBJETIVOS
• Compreender o valor de um chamado.
• Descrever as primeiras pragas.
• Reconhecer a grandeza de Deus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
A cada aula é sempre muito bom que haja uma conversa entre todos. Os irmãos devem ser motivados por perguntas, tais como: é correto esperar sinais e maravilhas além da própria ressurreição de Cristo? Não estaríamos cultuando pessoas – líderes religiosos – ao invés de cultuarmos a Deus? Vivemos num tempo de culto às super personalidades, mas ao cristão nada disso é lícito.

 

RESPOSTAS
1) Do meio de uma sarça ardente.
2) O rio Nilo.
3) Enganar através da imitação.

 

LEITURA ADICIONAL
Deus glorifica-se a si mesmo. Dá a conhecer ao seu povo que Ele é Jeová. Israel chega a saber disto através do cumprimento das promessas dadas a eles e aos egípcios, ao derramar sobre eles a sua ira.
Moisés, como embaixador de Jeová, ao falar em seu nome, deu ordens a faraó, notificou-lhe sobre as ameaças e invocou um juízo contra ele. Faraó, orgulhoso e grande como era, não deu crédito. Moisés sentiu-se surpreso perante faraó, mas fez com que ele tremesse. Esta situação parece dizer as seguintes palavras: “Eis que te ponho por Deus sobre faraó”. Ao final, Moisés é liberto de seus temores. Já não expõe objeções; fortalecido na fé, desempenha a sua missão com valentia e segue avante com perseverança.
Nada que desgoste aos homens, porque se opõe ao seu orgulho e luxúria, os convencerá. Porém, é fácil fazê-los crer que as coisas que desejam são certas. Deus envia sempre com a sua Palavra provas incontestáveis de sua autoridade divina; porém, quando os homens se inclinam à desobediência e querem fazer objeções, Ele permite, vez por outra, que seja colocado perante eles um ardil no qual eles mesmos ficam presos. Os magos eram enganadores que, por meio de astúcias ou truques secretos, copiaram os autênticos milagres de Moisés, o que conseguiram fazer em pequena porção, como para enganar os observadores; porém, finalmente viram-se obrigados a confessar que não eram capazes de imitar os efeitos do poder divino. Ninguém ajuda mais a destruir os pecadores do que aqueles que resistem à verdade, ao distrair os homens com algo parecido com a verdade, mas falso, Satanás não deve ser subestimado, principalmente quando se transforma em anjo de luz.
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (Editora CPAD, 2004).

 

LIÇÃO 2: ÊXODO 3 a 7: MOISÉS VOLTA AO EGITO E CONFRONTA FARAÓ

Texto Áureo
Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.
Êx 3.10

 

Verdade Prática
Todo o peso e responsabilidade de um chamado será sempre mais leve e cativante do que o peso insuportável de uma vida sem propósitos.

 

Estudada em 10 de julho de 2022

 

Leitura Bíblica Para Estudo Êxodo 3.1 -22

 

INTRODUÇÃO

 

I. MOISÉS Êx 3.2-10
1. O Deus que encontra Êx 3.2
2. O Deus que vê e ouve Êx 3.9
3. O Deus que envia Êx 3.10

 

II. FARAÓ Êx 7.3-12
1. Um falso deus Êx 7.5
2. Os magos de Faraó Êx 7.11
3. Coração endurecido Êx 7.3a

 

III. OS ADIVINHOS IMÍTAM O SINAL E A PRAGA Êx 7.3-17
1. A vara se torna serpente Êx 7.12
2. Águas em sangue Êx 7.17
3. Imitações feitas pelos magos Êx 7.12,22

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 58 – 432

 

INTRODUÇÃO
Comentaristas sugerem que o frágil arbusto que queimava e não se consumia era uma figura não somente de Israel, mas também do próprio Moisés. Ambos eram frágeis, mas Deus era o fogo que lhes daria poder (Êx 3.18; 24.17). As escolhas de Deus não seguem critérios óbvios aos olhos do mundo. Ele soberanamente chama e também usa pessoas pequenas, falíveis e imperfeitas como eu e você.

I. MOISÉS (Êx 3.2-10)
Moisés tem uma biografia inspiradora. Ele é o segundo personagem mais mencionado na Bíblia (792 vezes) perdendo apenas para Davi (901 vezes). Depois de 40 anos no deserto, Deus o comissiona e capacita a voltar ao Egito com a dura missão de retirar Israel de lá.

1. O Deus que encontra (Êx 3.2)
“Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia.”
Serviço humilde e solidão foram os instrumentos que Deus usou para preparar Moisés. Ali, no deserto, ele criou resiliência e teve seu caráter forjado. O deserto é uma escola e não um castigo.
Como um simples pastor de ovelhas poderia tirar uma nação da escravidão? Uma primeira lição a tirarmos daqui é: todo encontro com Deus é um encontro missionário. Deus sempre dá uma missão para o homem ou mulher que encontra. Não é Moisés que se encontra com Deus, mas Deus que vai ao seu encontro e o comissiona. Chegou o tempo. Ironicamente, quando Moisés se achava capacitado e pronto, tentando fazer as coisas do seu jeito, não deu certo. Agora que se achava incapaz e aquém da tarefa, Deus o comissiona.
Todos nós precisamos nos certificar da legitimidade dos nossos sonhos. Não é errado ter sonhos e projetos no coração, mas Deus precisa ser a fonte do sonho. O projeto de tirar o povo da escravidão do Egito não era de Moisés, mas de Deus. Aquilo tudo tinha a ver com a glória de Deus e com o Seu reino, não com a grandeza de Moisés. Ele seria apenas o instrumento, e o fato de se sentir aquém da tarefa apenas mostrava que estava pronto. Desconfie de gente que se acha “a última bolacha do pacote”. Deus usa os humildes.

 

2. O Deus que vê e ouve (Êx 3.9)
“Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo.”
Que tranquilizador saber disso. Deus não está ausente da história do Seu povo e dos Seus filhos. Ele é o Deus que tudo vê. Não como se fosse um gigante “olho cósmico” bisbilhoteiro. Significa dizer que Ele está presente nos melhores e mesmo nos piores momentos da nossa vida. Deus está presente em cada circunstância.
Ele não age apenas naqueles momentos que convencionamos chamar de “milagres”, mas também nos momentos corriqueiros e comuns da vida. Nada foge ao Seu controle e ao Seu poder, nem mesmo a obstinação doentia de Faraó. Deus deixa claro a Moisés que tinha ouvido o clamor e a angústia do seu povo debaixo da opressão de Faraó. Deus sabe exatamente onde estamos, como estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer.

 

3. O Deus que envia (Êx 3.10)
“Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.”
Que reviravolta na vida de Moisés. Um dia ele está pastoreando um rebanho e no outro está a caminho do Egito para enfrentar o regime opressor de Faraó. Percebemos no texto o choque quando Deus diz que ele seria o instrumento para tirar o povo de Israel do Egito. Quatro vezes Deus diz a Moisés: “Vá” (Êx 3.10; 4.12; 4.19 e 6.11).
O comissionamento ocorre justamente quando Moisés estava trabalhando. O chamado não é para aqueles que estão sem opções no mundo secular, e sim para os que têm portas abertas e, mesmo assim renunciam. Ele era a resposta de oração para a sua geração. Temos orado para Deus enviar novos obreiros?

 

 

II. FARAÓ (Êx 7.3-12)
“Faraó” é um dos termos a se considerar no estudo de Êxodo, significa “casa grande”. Estava entre as divindades do Egito.

1. Um falso deus (Êx 7.5)
“Saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando estender eu a mão sobre o Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel.”
Para a religião egípcia, faraó era a encarnação do deus Hórus. Os hebreus estavam escravizados por uma nação que acreditava ser administrada e regida pela encarnação de um deus. O homem deificado com certeza é o pior tipo de pessoa para se lidar. Todo culto à personalidade é luciferiano. Essa é a razão da afirmação “e os egípcios saberão que EU SOU o Senhor”.
As religiões egípcias acreditavam na vida após a morte, razão pela qual embalsamavam e faziam tantos preparativos para o sepultamento. Os faraós e pessoas ricas construíam grandes túmulos para preservar suas múmias e guardar seus bens materiais que eles, acreditavam, iriam acompanhá-los na vida futura. A arqueologia tem descoberto verdadeiros tesouros junto a múmias dos faraós. As dez pragas provam a superioridade do Deus de Israel sobre os do Egito.

 

2. Os magos de Faraó (Êx 7.11)
“Faraó, porém, mandou vir os sábios e encantadores; e eles, os sábios do Egito, fizeram também o mesmo com as suas ciências ocultas.”
Comentaristas nos fazem saber que a arte de magia era bem difundida no Egito. Três coisas de-vem ser consideradas aqui:
1) Os servos de Deus devem sempre esperar opositores. Em 2 Timóteo 3.8, temos os nomes de pelo menos dois desses magos opositores a Moisés: Janes e Jambres.
2) Os deuses egípcios são falsos e fúteis. Isso fica provado quando a vara de Moisés entregue a Arão tragou as varas dos magos.
3) Moisés obedecia às ordens do Senhor. Os magos, porém, não tinham um plano ou propósito amplo, que não a demonstração de um poder. Todavia, os sinais feitos pelos magos, ainda que enganosos, foram suficientes para endurecer mais ainda o coração obstinado de Faraó.

 

3. Coração endurecido (Êx 7.3a)
“Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó…”
Os defensores do “Determinismo divino” gostam dessa passagem bíblica porque, segundo eles, mostra que Deus pré-determinou que assim seria. Mas essa (e outras passagens paralelas como 4.21,9.12 etc.) precisam ser lidas juntamente com aquelas que dizem claramente que foi Faraó que endureceu o seu próprio coração (Êx 7.13,8.15,9.7). Então precisamos ser cautelosos para não atribuirmos a Deus o pecado de Faraó, fazendo dele um mero joguete sem opção nas mãos de um Deus sádico e cruel.
Primeiro, é importante lembrar que Faraó não era um homem inocente ou piedoso. Em Êxodo 7.14 é dito que seu coração era obstinado e em 9.34 que ele pecava continuamente. Faraó foi um ditador brutal responsável por terríveis abusos e pela opressão dos israelitas. Portanto, Deus não tornou o coração de Faraó mau, nem tampouco o deixou sem escolhas. Ele já era assim.
Segundo, misericordiosamente, Deus deu a Faraó oportunidades e advertências cada vez mais severas de que o julgamento estava por vir. Faraó, no entanto, escolheu trazer juízo sobre si mesmo e sobre o seu povo ao endurecer o seu coração contra a vontade clara de Deus.
Juntando as duas afirmações, podemos dizer que, diante da obstinação e resistência de Faraó, Deus simplesmente deixou-o entregue a si mesmo. O mesmo sol derrete a cera e endurece o barro. A doutrina da soberania divina caminha de mãos dadas com a moralidade e o arbítrio humano, embora nossa mente tenha dificuldade de compreender isto plenamente.

 

 

III. OS ADIVINHOS IMITAM O SINAL E A PRAGA (Êx 7.3-17)
Até aquele momento, Moisés e Arão haviam apenas transmitido um ultimato. Agora, veremos o início das maravilhas de Deus na terra do Egito. Ao todo, as dez pragas duraram um período aproximado de dez meses.

1. A vara se torna serpente (Êx 7.12)
“Pois lançaram eles cada um o seu bordão, e eles se tornaram em serpentes; mas o bordão de Arão devorou os bordões deles.”
Antes de iniciarmos vendo cada praga separadamente, vejamos suas características gerais. Deus enviou as pragas, em resposta a uma pergunta de Faraó: Quem é o Senhor? (Êx 5.2). Comentaristas sugerem quatro razões pelas quais as pragas fustigaram o Egito: 1) Livrar o povo de Deus da escravidão; 2) Demonstrar o poder de Deus aos egípcios e a Israel (Nm 33.4); 3) Castigar ou julgar os egípcios por sua crueldade; 4) Desmascarar as falsas divindades egípcias.
Em seis das pragas o instrumento usado foi o cajado de Moisés, também chamado de “vara de Deus” (4.20). Essa vara ficaria na história. Evidentemente era apenas um símbolo do poder de Deus. Mas é curioso Deus usar algo tão simples e comum. Não era uma vara de encantamento, não tinha condão, nem magia, pois todo o poder que ela pudesse aparentar vinha de Deus. Essa vara estava nas mãos de um homem chamado por Deus, que o conhecia como ninguém e se deixava usar nas suas santas mãos, para Sua glória e não para demonstração pessoal. Portanto, essa simples vara representava duas coisas: a) O poder de Deus; b) Uma vida consagrada e posta nas mãos de Deus para o Seu serviço.
Deus faz coisas maravilhosas com aquilo que lhe damos e consagramos totalmente, mesmo as mais simples.

 

2. Águas em sangue (Êx 7.17)
“Assim diz o Senhor: Nisto saberás que eu sou o Senhor: com este bordão que tenho na mão ferirei as águas do rio, e se tornarão em sangue.”
Milagres servem e funcionam, também, como efeito de autenticação. Faraó precisava saber que, resistindo à saída dos hebreus, estaria se opondo ao próprio Deus. O rio Nilo era adorado como deus no Egito. Lá havia festividades, celebrações e banhos purificadores e foi ali que muitas crianças hebreias foram jogadas e sacrificadas. Deus assim estava humilhando e desmascarando o engano de verem o Nilo como uma divindade. Junto a isso, havia também Ísis (deusa do Nilo) e Khnum, o deus-carneiro, considerado guardião do Nilo.
Nesse milagre o sustento egípcio que vinha dos peixes também é golpeado (vs 21), mostrando que Deus (e não o Nilo) era a fonte da vida. Pelo poder de Deus o rio Nilo que produzia vida, passa a ser fonte de morte. O falso deus Nilo é humilhado. Isso diante do impotente Faraó (vs 21). Não apenas as águas do Nilo, mas as demais águas da terra, até as guardadas em reservatórios, ficaram inutilizáveis (vs 19). Foi necessário aos egípcios cavarem poços durante os sete dias de duração da praga.

 

3. Imitações feitas pelos magos (Êx 7.12,22)
“Pois lançaram eles cada um o seu bordão, e eles se tornaram em serpentes; mas o bordão de Arão devorou os bordões deles” (Êx 7.12)
Ontem e hoje Satanás vive tentando imitar e falsificar o agir de Deus. Essa é sua especialidade: a imitação. Como já foi dito: “Satanás não é um iniciador; ele é um imitador”. Na parábola do joio e do trigo contada por Jesus, lemos que Satanás planta imitações de cristãos neste mundo e no final dos tempos ele produzirá um falso Cristo que enganará o mundo (2Ts 2.1-12). Ele é o pai das “Fake News”.
A mais perigosa imitação do Diabo é o falso evangelho que proclama, que é uma imitação sagaz e barata do Evangelho de Cristo. O evangelho do diabo é o evangelho sem cruz, sem santidade, sem autonegação, sem arrependimentos, humanista e sem a glória de Deus. O evangelho de Satanás se parece tanto com aquele que procura imitar e ao mesmo tempo é tão atraente, que multidões de pessoas são enganadas por este evangelho.
A imitação feita pelos magos, ainda que imperfeita, foi suficiente para endurecer mais ainda o coração obstinado de Faraó. Assim como eles fizeram, o adversário de Cristo também faz em nossos dias cegando as mentes dos incrédulos (2Co 4.4).

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Reavaliar nossa postura e desculpas que damos a Deus quando Ele nos chama para uma missão permitirá que Ele use nossas vidas poderosamente.

 

RESPONDA
1) De onde Deus fala com Moisés?

2) Na transformação da água em sangue, qual a principal divindade egípcia foi desacreditada?

3) Segundo a lição mencione uma perigosa estratégia de Satanás.

 

COMENTÁRIOS DOS CAPÍTULOS E VERSÍCULOS

3.1 – Que contraste na vida de Moisés como príncipe egípcio e pastor midianita! Como príncipe, tinha tudo a sua disposição, pois era o famoso filho da princesa egípcia. Como pastor de ovelhas, no entanto, era obrigado a fazer tudo sozinho, exercendo o mesmo trabalho que aprendera a desprezar (Gn 43.32; 46.33,34) e vivendo como um desconhecido estrangeiro. Que humilhante experiência deve ter sido para ele! Mas Deus o preparava para ser um líder. Ao viver como pastor e nômade. Moisés aprendeu sobre o costume do povo que viria a conduzir e sobre a vida no deserto. Talvez Moisés não apreciasse esta lição, mas Deus o preparava para libertar Israel das garras de Faraó.

3 .1 – O monte Sinai é o local onde Deus concedeu ao povo a sua lei revelada (3.12).

3.2 Deus falou com Moisés por meio de uma inesperada fonte: uma sarça ardente ao vê-la. Moisés foi investigar. Deus também pode usar meios imprevistos para falar conosco, sejam pessoas, pensamentos ou experiências. Esteja disposto a investigar e fique aberto às surpresas de Deus.

3.2-4 – Moisés viu a sarça ardente e falou com Deus. Muitas pessoas na Bíblia tiveram experiências com Deus em forma visível (não necessariamente a forma humana). Abraão viu um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo (Gn 17.17); Jacó lutou com um homem (Gn 32.24 29); após a libertação do Egito. Deus guiou o povo através de uma coluna de nuvem e outra de fogo (13.17-22). Deus fez tais aparições para encorajar e guiar esta nova nação e provar a confiabilidade de sua mensagem verbal.

3.5,6 – Sob o comando de Deus. Moisés retirou as sandálias e cobriu a face. Tirar as sandálias era um ato de reverência e significava o reconhecimento da própria indignidade diante de Deus. Ele é nosso Amigo, mas é também nosso Senhor soberano. Aproximar-se dEle de forma leviana demonstra falta de respeito e de sinceridade. Ao orar, você se apresenta a Deus de forma casual ou como um convidado diante do rei? Se necessário, modifique sua atitude tornando-a apropriada para apresentar-se ao Deus santo.

3.8 Esta “terra que mana leite e mel” é a terra de Israel, atual Jordânia. Esta foi uma forma poética de expressar a beleza e produtividade da Terra Prometida.

3.1 – Moisés apresentou desculpas porque não se sentia adequado para o trabalho. Era natural ele sentir-se desta forma, pois era todo inadequado. Mas Deus não estava pedindo que Moisés trabalhasse sozinho; Ele ofereceu recursos para ajudá-lo (o próprio Deus. Arão e a habilidade de fazer milagres). Deus costuma nos chamar para realizar tarefas aparentemente muito difíceis, mas não nos pede que as realizemos sozinhos por isso não devemos nos esconder atrás de nossas incapacidades, mas olhar além dos nós mesmos para os grandes recursos de Deus disponíveis. Assim estaremos permitindo que Ele use nossas contribuições pessoais.

3.13-15 os egípcios possuíam muitos deuses com nomes diferentes. Moisés quis saber o nome de Deus para que o povo hebreu soubesse exatamente quem o enviara. Deus chamou a si mesmo de EU SOU, um nome que descrevia seu poder eterno e caráter imutável. Em um mundo onde os valores, a moral e as leis mudam constantemente, podemos encontrar estabilidade e segurança em nosso Deus imutável. O Deus que apareceu a Moisés é o mesmo que pode viver em nós hoje. Hebreus 13.8 afirma que Ele * é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. Porque a natureza de Deus é estável e confiável, somos livres para segui Io e amá-lo, ao invés de gastar nosso tempo tentando compreendê-lo.

3.14,15 Deus lembrou a Moisés suas promessas a Abraão (Gn 12.1-3; 15; 17), Isaque (Gn 26.2-5) e Jacó (Gn 28.13-15), e usou o nome EU SOU para demonstrar sua natureza imutável. O que Deus prometeu aos patriarcas viria a se cumprir centenas de anos mais tarde através de Moisés.

3.16,17 – Deus ordenou que Moisés contasse ao povo o que viu e ouviu na sarça de fogo ardente. Nosso Deus é um Deus que age e fala. Uma das formas mais convincentes de revelar Deus às pessoas é descrever o que Ele tem feito e como tem falado ao seu povo. Se você está tentando falar de Deus para alguém, conte o que Ele tem feito por você e pelas pessoas que você conhece, ou o que Ele fez pelas pessoas cujas histórias estão relatadas na Bíblia.

3.18-20. Os líderes de Israel aceitariam a mensagem de Deus, e os líderes do Egito a rejeitariam. Deus conhecia ambas as reações antes que acontecessem. porque Ele conhece o futuro. Qualquer crente pode confiar seu futuro a Deus, pois Ele sabe o que irá acontecer.

3.22 As joias e roupas não foram meramente emprestadas – elas foram solicitadas e prontamente doadas. Os egípcios ficaram tão aliviados com a partida dos israelitas que os despediram com presentes. Mais tarde, estes itens foram usados na construção do Tabernáculo (35.5,22). Naquele momento, a promessa de ser capaz de saquear os egípcios parecia a Moisés impossível.

4.1 – A relutância e o medo de Moisés eram causados pela antecipação excessiva. Costumamos imaginar os acontecimentos e entramos em pânico com a possibilidade de algo dar errado.  Deus não nos pede para realizarmos qualquer coisa antes de providenciar meios de nos ajudar. Vá aonde Deus mandar e faça o que Ele disser, confiando nEle para obter coragem, confiança e recursos no momento certo.

4.2-4 – O cajado de um pastor era normalmente uma vara de madeira de 1,5 a 3 metros, curvada no topo. O pastor utilizava-o para caminhar, guiar suas ovelhas, matar cobras, etc. Deus usou um simples cajado para ensinar a Moisés uma importante lição. Algumas vezes. Deus gosta de usar coisas comuns para realizar propósitos extraordinários. O que há de comum em sua vida — a voz. a caneta, o martelo, a vassoura, um instrumento musical? Embora seja fácil achar que Deus usa somente as habilidades especiais, não impeça que Ele use suas ações do dia-a-dia. Moisés não imaginava o poder que seu simples cajado teria nas mãos de Deus.

4.6.7 – Esta contagiosa doença de pele era a lepra, uma das enfermidades mais temidas da época. Como não havia cura; causava muito sofrimento até a morte. Através desta experiência, Moisés aprendeu que Deus poderia causar ou resolver qualquer tipo de problema. Ele viu que Deus de fato possuía todo o poder e o comissionava para exercê-lo com o propósito de libertar os hebreus do Egito.

4.10-13 Moisés suplicou a Deus que o liberasse da missão. Afinal, estava longe de ser um bom orador e provavelmente tanto ele quanto Deus ficariam embaraçados. Mas Deus via o problema de Moisés de forma diferente. Tudo o que Moisés precisava era de uma ajuda, e quem seria melhor do que Deus para ajudá-lo a falar e fazer as coisas de maneira correta? AquEle que fizera a boca de Moisés colocaria nela as palavras. Em vez de olhar para as fraquezas, confie que Deus proverá as palavras, a força, a coragem e a habilidade quando e onde forem necessárias.

4.14 – Deus finalmente concordou em permitir que Arão falasse por Moisés. O sentimento de incapacidade de Moisés era tão forte que ele não conseguia crer ao menos na habilidade de Deus para ajudá-lo. Moisés teve de lidar com seu profundo senso de inadaptação muitas vezes. Quando enfrentamos situações difíceis ou assustadoras, precisamos permitir que Deus nos ajude.

4.17-20 – Moisés agarrou-se firmemente ao cajado de pastor e seguiu para o Egito a fim de enfrentar o maior desafio de sua vida. O cajado era a garantia da presença e do poder de Deus. Algumas pessoas, sentindo-se inseguras, precisam de algo que as estabilize. Neste caso. Deus oferece as promessas em sua Palavra e exemplos de grandes heróis da fé para renovar a confiança de qualquer cristão.

4.24-26 Deus estava prestes a matar Moisés porque ele não havia circuncidado o filho. E por que Moisés não havia feito isso? É importante lembrar que Moisés passara metade de sua vida no palácio de Faraó e a outra metade no deserto midianita. Talvez ele não estivesse bem familiarizado com as leis de Deus. Especialmente porque os requisitos do pacto de Deus com Israel (Gn 17) não haviam sido diligentemente cumpridos por mais de 400 anos. Além disso, a esposa de Moisés, sendo midianita pode ter sido contrária à circuncisão. Porém, Moisés não poderia ser um libertador eficiente do povo de Deus até que houvesse cumprido as condições do pacto de Deus, o que incluía a circuncisão.  Desse modo, antes que pudessem prosseguir, Moisés e sua família precisou cumprir os mandamentos de Deus por completo. Segundo a lei do AT, deixar de circuncidar o filho significava afastar a si mesmo e a família das bênçãos de Deus. E Moisés aprendeu que desobedecer a Deus era ainda mais perigoso do que confrontar Faraó.

4.25,26 – Por que Zípora fez a circuncisão? É possível que ela tivesse induzido Moisés a não circuncidar o filho. Se ela impediu a ação, teria agora de efetuá-la. Também há possibilidade de Moisés ter ficado doente como resultado da desobediência, e Zípora se viu obrigada a fazer a circuncisão sozinha para salvar tanto o marido como o filho. Isto não a teria deixado feliz, haja vista o seu desagradável comentário dirigido a Moisés.

5.1,2 Faraó conhecia muitos deuses (o Egito era repleto deles), mas nunca ouvira falar do Deus de Israel. Para ele. o Deus dos hebreus não era muito poderoso. A princípio, Faraó não ficou muito preocupado com a mensagem de Moisés, pois não tinha visto qualquer evidência do poder de Deus.

5.3 – Faraó não deu ouvidos a mensagem de Moisés e Arão porque não conhecia nem respeitava a Deus. Aqueles que não conhecem a Deus podem não ouvir a sua Palavra ou os seus mensageiros, mas é preciso persistir, como fizeram Moisés e Arão. Quando outras pessoas rejeitarem sua fé, não se surpreenda ou desista; continue a falar-lhes de Deus, confiando nEle para abrir as mentes e quebrar os corações endurecidos.

5.4-9 – Moisés e Arão levaram a mensagem a Faraó como Deus ordenara, e o resultado foi trabalho ainda mais pesado e maior opressão para os hebreus. Algumas vezes o sofrimento ocorre como consequência de obedecer a Deus. Você está seguindo a Deus. mas permanece sofrendo — ou está sofrendo ainda mais do que antes? Se a sua vida está deplorável, não significa que você não tem alcançado graça aos olhos de Deus. Você pode estar sofrendo por fazer o bem neste mundo mau.

5.7,8 – A mistura de palha e barro forma tijolos mais fortes e duradouros. Faraó supria os escravos com palha, mas agora estes tinham de providenciá-la por si mesmos, além de serem obrigados a manter a produção.

5.15-21 Os oficiais de Israel estavam em situação difícil. Primeiro tentaram fazer o povo produzir a mesma quantidade de tijolos, depois reclamaram com Faraó e finalmente voltaram-se para Moises. Talvez você se encontre em situação difícil no trabalho, na família ou na igreja. Reclamar ou procurar a liderança não resolve o problema. No caso destes supervisores, Deus tinha um propósito maior em mente, como também pode ser o seu caso. Assim, em vez de procurar a liderança quando se sentir pressionado, busque a Deus para saber o que mais Ele pode estar fazendo nesta situação.

5.22,23 Faraó acabara de aumentar a carga de trabalho dos hebreus, e Moisés protestou, pois Deus não havia resgatado o seu povo. Moisés esperava resultados mais rápidos e menos problemas. Quando Deus está operando, podem ocorrer sofrimentos, contratempos e opressões. Em Tiago 1.2-4, somos encorajados a estar alegres quando a dificuldade surge em nosso caminho. Os problemas desenvolvem nossa paciência e nosso caráter, ensinando-nos a (1) confiar que Deus fará o melhor por nós: {2) buscar meios de honrar a Deus em nossa presente situação; (3) lembrar que Deus não nos abandonará: e (4) seguir o plano de Deus para nós.

6.6 Problemas pequenos requerem apenas pequenas respostas. Quando enfrentamos grandes problemas, no entanto, Deus tem a oportunidade de exercer o seu poder. Enquanto o problema dos hebreus constantemente se agravava, Deus planejava intervir com seu poder supremo e realizar grandes milagres para libertá-los. Qual é a dimensão do seu problema? Grandes problemas o colocam em posição perfeita para assistir a grandes respostas de Deus.

6.6-8 – As promessas de Deus nestes versículos foram rigorosamente cumpridas quando os hebreus deixaram o Egito. Deus os livrou da escravidão, tornou-se o seu Deus e os aceitou como povo seu. Então conduziu-os à Terra Prometida. Este quadro retrata para nós o drama da salvação. Quando Deus nos redime do pecado, Ele nos liberta, aceita-nos e torna-se o nosso Deus. A partir de então, Ele nos conduz a uma nova vida à medida que o seguimos.

6.9-12 Quando Moisés entregou a mensagem de Deus ao povo, este achava-se muito desencorajado para ouvi-lo. Aflitos, os hebreus não queriam mais ouvir sobre Deus e suas promessas, pois, da última vez que o fizeram, apenas conseguiram mais trabalho e grande sofrimento. Algumas vezes, uma clara mensagem de Deus é seguida por um período sem mudança aparente na situação. É neste ponto que as pessoas podem perder o ânimo de ouvir mais sobre Deus. Se você é um líder, não desista. Continue a entregar a mensagem de Deus ao povo. como fez Moisés. Mantendo os olhos em Deus, que deve ser obedecido, ao invés de olhar os resultados a serem alcançados, os bons lideres conseguem ver além dos contratempos.

6.10-12 Pense como deve ter sido complicado para Moisés entregar a mensagem de Deus a Faraó quando seu próprio povo tinha dificuldade em crer. Por fim os hebreus acreditaram que Deus enviara Moisés, mas durante um certo tempo ele deve ter só sentido muito só. Moisés obedeceu ao Senhor. No entanto, que diferença isso fez! Qualquer pessoa pode obedecer-lhe quando se trata de uma tarefa fácil, e todos a estão apoiando. Porém, quando as chances para o sucesso parecem limitadas, apenas os que possuem fé persistente podem obedecer.

6.14-25 – Esta genealogia ou árvore genealógica foi aqui inserida para identificar com mais firmeza Moisés e Arão. As genealogias eram utilizadas para estabelecer credenciais e autoridade, bem como traçar o histórico familiar.

6.26 Tirar os filhos de Israel do Egito segundo os seus exércitos significava que eles estariam divididos de acordo com suas tribos, seus clãs ou grupos familiares.

7.1 – Deus fez Moisés ser “como Deus para Faraó” — em outras palavras, uma pessoa poderosa que merecia ser ouvida. O próprio Faraó era considerado um deus; assim, ele reconheceu Moisés como tal Sua recusa cm liberar o povo hebreu. no entanto, demonstra que ele não se sentia inferior a Moisés.

7.11 – Como estes sábios e mágicos conseguiam fazer os mesmos milagres de Moisés? Uma vez que a adoração aos deuses do inferno fazia parte de sua religião, alguns de seus feitos envolviam truques ou ilusionismo, e outros utilizavam o poder satânico.  Ironicamente, sempre que imitavam um milagre de Moisés, a situação apenas se agravava. Se os magos fossem tão poderosos como Deus. teriam revertido, e não duplicado, as pragas.

7.12 – Deus realizou um milagre ao transformar o cajado de Arão em serpente, e os magos de Faraó fizeram o mesmo através de ilusionismo ou feitiçaria. Embora os milagres nos ajudem a crer, é perigoso confiar somente neles. Satanás pode imitar algumas partes do trabalho de Deus e enganar as pessoas. Faraó prestou atenção ao milagre, e não à mensagem. Podemos evitar este erro fazendo da Palavra de Deus a base da nossa fé. Nenhum milagre de Deus endossaria qualquer ensinamento contrário à sua Palavra.

7.17 – Deus transformou dramaticamente as águas do Nilo em sangue para mostrar a Faraó quem Ele era. Algumas vezes você também gostaria de ver sinais e milagres para poder certificar-se sobre Deus? Ele tem dado a você o milagre da vida eterna através da fé. algo que Faraó nunca obteve.  Este é um grande milagre e, embora menos evidente no momento, são tão extraordinários como a transformação da água em sangue. O anseio por sinais espetaculares pode nos fazer ignorar os milagres mais singelos que Deus realiza a cada dia.

7.20 – O Egito era um grande país. mas a maior parte da população vivia às margens do rio Nilo. Os quase cinco quilômetros de águas eram um verdadeiro rio da vida para os egípcios, pois, em uma terra quase desértica. proviam água para beber, para a agricultura, banho e pesca. A sociedade egípcia era uma faixa da civilização que cobria as margens desta fonte de vida, raramente adentrando pelo deserto que a cercava. Sem o Nilo. o Egito jamais poderia ter existido. Imagine o assombro de Faraó ao ver Moisés transformar o seu rio sagrado em sangue!