LIÇÃO 9 – MATEUS 19 e 20: DIVÓRCIO, RIQUEZA E SERVIÇO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Mateus 19 e 20 há 30 e 34 versículos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 19.1-30 (5 a 7 min.).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Caro(a) professor(a), nesta lição aprenderemos que todos devemos assumir um padrão de conduta superior e que não se dobre nem a prazeres, nem a conveniências ou vaidades. Nossos corações precisam acolher a palavra como terra boa a fim de que muitos sejam edificados pelas nossas ações, entre elas a fidelidade matrimonial, a contenção dos próprios desejos e o zelo com que os pais e a igreja devem educar as crianças. As missões, o evangelismo, o casamento e o trabalho profissional devem honrar antes de tudo a Deus, que nos chamou para trabalhar na sua vinha. Servir com desprendimento e alegria à obra de Jesus nos reservará um lugar no Seu reino.
OBJETIVOS
• Despertar o reconhecimento da necessidade de ser um praticante dos valores bíblicos.
• Encorajar a renuncia a qualquer idolatria que tome a primazia de Jesus em nossas vidas.
• Enfatizar a importância de renunciar a si e a qualquer idolatria para servir na vinha do Messias.
PARA COMEÇAR A AULA
Professor(a), explore a parábola dos trabalhadores da vinha, mostre que – sejamos casados ou solteiros – devemos entender a vida como serviço ofertado aos irmãos – na família ou na congregação – para a santificação da igreja. Estimule cada um a fazer o melhor de si sem exigir reconhecimento alegando mais tempo de caminhada cristã, ou maiores habilidades ministeriais, ou maior dedicação matrimonial. Não recebemos a graça de Deus por mérito, mas por misericórdia. Sirvamos ao nosso próximo sem cobrar nada por isso.
RESPOSTAS
1) “O que Deus uniu, não separe o homem”.
2) Que continuará puro e servirá melhor a Deus assim.
3) Como comprovação da bênção de Deus.
LEITURA ADICIONAL
No Reino dos Céus, aqueles que deixam tudo para seguir Cristo ganham nesta vida e na vindoura. Porém, muitos primeiros serão últimos, e os últimos, primeiros. Essa é essencialmente uma parábola acerca do Reino dos Céus, onde a graça de Deus é o fator predominante e onde são totalmente irrelevantes as concepções comerciais da moralidade. Jesus não está aqui lançando luz sobre a questão de como os trabalhadores devem ser pagos, ou sobre os outros problemas econômicos com os quais o homem moderno se preocupa tanto.
(…)
Fica claro, portanto, que essa parábola não tem a ver com leis trabalhistas. Nem mesmo trata de direitos humanos. Não é uma retribuição das obras. O ensino básico é que Deus nos convoca para fazermos parte de seu reino em tempos diferentes, e a todos aqueles a quem ele chama, oferece a mesma coisa. Isso é graça. Concordo com Tasker quando ele diz que os benefícios do Reino dos Céus são os mesmos para todos quantos se sujeitarem ao governo do seu rei, sempre que se coloquem sob o seu domínio. Nessa questão, os judeus não têm precedência sobre os gentios; e o homem que é convertido cedo em sua vida não está por isso credenciado a obter de Deus melhor tratamento do que o homem que é muito mais velho quando passa pela experiência do novo nascimento, pois todos recebem igualmente o melhor tratamento.
Livro: Mateus Jesus, o Rei dos reis (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 619-620).
Texto Áureo
“Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” Mt 19.26
Verdade Prática
Os primeiros no Reino dos Céus serão aqueles que, renunciando a si mesmos, seguirem a Cristo e servirem ao próximo.
Estudada em 28 de novembro de 2021
Leitura Bíblica Para Estudo: Mateus 19.1-30
INTRODUÇÃO
I. O DIVÓRCIO Mt 19.1 9
1. Moisés e o divórcio Mt 19.7
2. O divórcio para Deus Mt 19.8
3. O ensino de Jesus Mt 19.9
II. O CASAMENTO E AS CRIANÇAS Mt 19.10-15
1. A solidez do casamento Mt 19.11
2. Os solteiros Mt 19.12
3. As crianças Mt 19.13
III. RIQUEZA ESERVIÇO Mt 19.16 a 20.28
1. O jovem rico Mt 18.17
2. A riqueza no judaísmo Mt 19.16
3. Trabalhadores na vinha e valor do servo Mt 20.14
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 473 – 186
INTRODUÇÃO
O Senhor inicia o seu último percurso, deixando a Galileia e indo para Judeia. No caminho, resolve, em diálogo com os ouvintes, aplicar os princípios do reino, estabelecidos no Sermão do Monte (Mt 5-7), sobre questões discutidas na sociedade, temas palpitantes nos dias atuais.
PARÁBOLA EXCLUSIVA DE MATEUS
20.1-16 Parábola dos trabalhadores da vinha
I. O DIVÓRCIO (Mt 19.1-9)
1. Moisés e o divórcio (Mt 19.7)
“Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?”
Nesse capítulo, o primeiro tema tratado por Cristo é o divórcio: o rompimento legal do casamento. Em Deuteronômio 24.1-4, Moisés fixou as regras civis do divórcio em Israel. Não seria permitido, simplesmente, que o homem despedisse sua mulher de casa, mas deveria lhe dar o termo de divórcio. De posse dele, ela também poderia casar de novo. O marido teria a faculdade de romper o liame conjugal quando a mulher deixasse de ser agradável aos seus olhos, por achar nela coisa indecente (Dt 24.1). Em caso de adultério, o cônjuge inocente poderia pugnar pelo apedrejamento do infrator (Lv 20.10).
Na doutrina dos rabinos, saber o que é “coisa indecente” que justifique o fim do casamento é assunto sem solução, variando desde fazer uma comida ruim até um suposto olhar para uma terceira pessoa. O casamento passou a ser uma instituição quase banal, a ser rompida a qualquer tempo e pelo mais fútil motivo. Jesus ressaltou que, no princípio, não era assim (Mt 19.8).
2. O divórcio para Deus (Mt 19.8)
“Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto não foi assim desde o princípio”.
Na origem da sociedade, que se deu com a criação da mulher, após o Senhor findar a solidão de Adão e conceder-lhe a companhia de Eva, Deus estabeleceu a primeira instituição sobre a terra: o casamento (Gn 3.24).
A unidade do casamento é ressaltada por Deus (Gn 2.24). Em Malaquias 2.16, está escrito que Deus odeia o divórcio. Por quê? A convicção de Adão de que Eva era osso de seus ossos, carne de sua carne, feita dele. Esta convicção deve ser sentida por todos os homens, ao unirem- -se conjugalmente a uma mulher e vice-versa. Há uma ligação, uma unidade, tornando-se os dois, por obra de Deus, um. Assim, divorciar- -se viola este princípio divino.
3. O ensino de Jesus (Mt 19.9)
“Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério (e o que casar com a repudiada comete adultério)”.
Ora, como pode, então, o casamento, pela lei civil de Moisés, tornar-se um mero relacionamento, rescindível por qualquer motivo? Jesus passa a questionar os fariseus. O Senhor afirma que, pelo casamento, “não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus uniu não o separe o homem” (Mt 19.6). Jesus conclui que a carta de divórcio foi autorizada por Moisés por causa da dureza do coração. De acordo com o evangelho, coração duro é o que não recebe a Palavra de Deus (Mt 13.19). Jesus ressalvou a possibilidade da carta de divórcio apenas no caso de relações sexuais ilícitas (Mt 19.9), o que exige, para se consumar, o ato sexual (relação).
Contudo, em nenhuma hipótese Deus ordenou o divórcio. A indicação, na Antiga Aliança, era o apedrejamento do adúltero, e, com a morte do infrator, poder-se-ia contrair um novo casamento. E na Nova Aliança? Jesus disse: “o que Deus uniu, não separe o homem”. Não se pode, pois, transferir-se a responsabilidade ao diabo ou a quem quer que seja, mas apenas ao(s) cônjuge(s), pelo fim do matrimônio.
II. O CASAMENTO E AS CRIANÇAS (Mt 19.10-15)
1. A solidez do casamento (Mt 19.11)
“Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado”.
Diante da constatação de que Deus reprova o divórcio, os discípulos afirmaram ao Mestre não ser conveniente casar. “Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado” (Mt 19.11).
O casamento foi planejado por Deus como uma dádiva para os cônjuges. Como ter condições para isso? Certamente, sendo os dois uma só carne.
A Palavra de Deus explica que a solidez do casamento advém do amor recíproco, e ajuda muito a fé em Cristo e o exercício harmonioso e correto do papel do marido e da esposa: “maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). O marido que assim ama, alcança a liderança, a felicidade de sua mulher e todas as bênçãos na família. E a esposa? Deve relacionar-se com o marido com respeito e consideração ,edificando seu lar. “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba.” (Pv 14.1).
2. Os solteiros (Mt 19.12)
“Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos fizeram eunucos, por causa do Reino dos Céus. Quem é apto para admitir admita”.
Jesus também aborda, ao responder os discípulos sobre os compromissos que caracterizam a vida conjugal, que há a possibilidade do celibato – não se casar: “Disseram- -Ihe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10); Esta possibilidade, porém, é uma exceção. Segundo o Seu ensino: “nem todos” casam (Mt 19.11). O casamento é a regra da criação: “sede fecundos e multiplicai-vos” (Gn 9.7). Todavia, é dado por Deus, cabendo buscar Nele essa decisão.
Por questões específicas, algumas pessoas podem não casar, sendo solteiras por toda a vida, em particular por causa do Reino dos Céus: “Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita” (Mt 19.12). Quem assim procede há de ter a convicção espiritual de que, em Cristo, continuará puro e servirá melhor a Deus nesse estado (1Co 7.8-9). A Bíblia mostra que Pedro era casado e Paulo, mesmo não tendo esposa, era apóstolo. No caso da obra missionária, em lugares em que a família pode padecer em condições aviltantes, o missionário solteiro pode ser a melhor opção.
3. As crianças (Mt 19.13)
“Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam”.
Jesus está a falar sobre a santidade da família, a qual tem, como parte essencial, as crianças. Cristo sempre as abençoou, ressaltando a sua relevância para o seu reino. O Senhor passava e as pessoas lhe traziam os pequeninos, para que lhes impusesse as mãos e orasse. Mateus conta (Mt 19.13) que os discípulos repreendiam os que assim procediam.
Os pais devem conduzir as crianças de modo que sejam abençoadas tanto pelos pais como por Jesus, em casa e no templo, em um processo de cuidado constante, a ser observado por toda a vida, ensinando-os o caminho em que devem andar (Pv 22.6).
Muito cuidado, também, deve ter a Igreja. Descurar dessa faixa etária é sepultar o futuro da obra de Deus. Infelizmente, existem os que repreendem os pais por trazerem as crianças ao templo: acham que elas incomodam. Há, também, aqueles que causam embaraço para que os pequeninos cheguem a Cristo, pois não oferecem atividades adequadas para que se aproximem do Senhor. O mandamento de Cristo é: “não os embaraceis” (v. 14).
III. RIQUEZA E SERVIÇO (Mt 19.16-20.28)
1. O jovem rico (Mt 19.17)
“Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos”.
Para o jovem alcançar a vida eterna, Cristo disse que ele deveria guardar os mandamentos. Jesus citou-lhe alguns, que o rapaz disse estar cumprindo, e este indagou o que lhe faltava. Jesus não falou, em princípio, do primeiro mandamento, sintetizado na máxima amar a Deus acima de todas as coisas. A riqueza não era, inicialmente, o tema do diálogo. A pergunta do jovem re-ligioso demonstra que ele tinha dúvida de sua salvação. Jesus percebeu que o jovem estava a descumprir o primeiro mandamento, colocando as riquezas acima de Deus, e lhe deu a solução do seu problema: reordenar sua vida e prioridades, inclusive, em relação aos bens materiais e segui-lo. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33J. O jovem retirou-se triste, pois tinha muitos bens.
Jesus passa a falar (Mt 19.23- 30} sobre o perigo das riquezas, ensinando que, dificilmente, um rico entrará no Reino dos Céus. Os discípulos, então, duvidaram da sua salvação: “Sendo assim, quem pode ser salvo?” (v. 25). Jesus assinalou: “Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível” (v. 26). Jesus assegurou que todo aquele que renunciar-se a si mesmo e o que for necessário, e segui-lo, herdará a vida eterna. Não é a riqueza o problema, mas colocar os bens acima de Deus, não seguindo a Cristo.
2. A riqueza no judaísmo (Mt 19.16)
“E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna”.
O diálogo do jovem rico com Cristo termina por abordar o tema da riqueza. Para os judeus, a posse de bens era uma comprovação da bênção de Deus. Em Gênesis 13.2, há o registro da riqueza de Abraão. A riqueza seria resultado de uma vida voltada a servir e realizar os propósitos do Senhor. A ganância, o orgulho e a altivez são condenados no Antigo Testamento (SI 39.6 e 49.6-7, Pv 11.4, Jr 5.27-29). Segundo a Antiga Aliança, o homem não deve confiar nas riquezas, mas em Deus (Hc 3.17-19).
No judaísmo, as pessoas religiosas tinham um extremo apego às riquezas, pois era considerado abençoado quem as possuía. Jesus fixou preceitos importantes sobre esse tema, confrontando os seus interlocutores e estabelecendo um padrão ainda mais elevado quanto à riqueza, seu uso e o amor a Deus, ou seja, como cumprir o primeiro mandamento sendo rico: desapegando-se e seguindo-o.
3. Trabalhadores na vinha e valor do servo (Mt 20.14)
“Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a a este último tanto quanto a ti”.
Na parábola dos trabalhadores na vinha (Mt 20.1-16}, Jesus mostra a atitude que deve nortear a vida cristã em questões sociais relevantes relacionadas ao trabalho e à assistência social. Os cristãos devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para dar o exemplo e influenciar na sociedade no sentido de que todos os que possam trabalhar tenham acesso ao trabalho e os que não possam sejam auxiliados em suas necessidades.
A parábola também demonstra que os últimos serão os primeiros e estes serão os últimos. Muitos há que sabem a verdade sobre Cristo e não lhe dão valor algum.
No entanto, as pessoas que passam a viver para Cristo, serão os primeiros a ingressar no Reino dos Céus (Mt 20.16). Ainda na terra, voltam-se a Deus e aos seus semelhantes.
Ao falar com a mãe de Tiago, que pedia-lhe para seus filhos serem grandes no reino de Deus, Jesus lhes ensinou a Regra Áurea da convivência humana e do Reino dos Céus conforme registro de Mateus 20.27-28: “E quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. O Mestre deixou claro que o primeiro entre os discípulos é aquele que serve, assim como Cristo, que entregou a sua vida em favor de nós (Mt 20.28).
APLICAÇÃO PESSOAL
Em questões como o divórcio, a criação dos filhos, a administração das riquezas, o trabalho e a ação social, o Evangelho apresenta padrão de conduta superior que resulta em bem-estar para todos que o seguirem.
RESPONDA
1) Qual é a Lei de Deus em relação ao divórcio?
2) Que convicção deve ter aquele que decidiu não se casar?
3) Como os judeus percebem as riquezas?
Glória a Deus
19.3-12 – Joao foi aprisionado e morto; um dos fatores que colaboraram
para isso foi sua manifesta opiniao sobre o casamento e
o divorcio. Os fariseus esperavam apanhar Jesus na mesma armadilha.
Tentaram fazer com que o Mestre fosse apanhado em
controversias teologicas. Duas escolas de pensamento apresentavam
diferentes opinioes sobre o divorcio. Um grupo apoiava o
divorcio por qualquer razao, enquanto o outro acreditava que so
deveria ser permitido em caso de infidelidade conjugal. Esse conflito
tinha sua origem em diferentes interpretacoes do texto em
Deuteronomio 24.1-4. Entretanto, a resposta de Jesus deu mais
enfase ao casamento do que ao divorcio; Ele afirmou que Deus
desejava que o casamento fosse permanente e deu quatro razoes
que justificavam a importancia do matrimonio (19.4-6).
19.7.8 • Essa lei encontra-se em Deuteronomio 24.1-4. Na epoca
de Moises, bem como na de Jesus, o casamento estava longe de
atingir o proposito original de Deus. (O mesmo acontece hoje.)
Jesus disse que Moises pronunciou essa lei somente porque o
povo tinha o coracao endurecido. Explicou que a indissolubilidade
do casamento fazia parte das intencoes de Deus, mas devido
a natureza pecaminosa do homem ter tornado o divorcio inevitavel.
Moises instituiu algumas normas para aiudar as vitimas de
adulterio. Eram leis civis, especialmente destinadas a protecao
da mulher que. naquela cultura, ficava totalmente vulneravel sevivesse sozinha. Com a Lei de Moises, um homem nao poderia
mais simplesmente expulsar a mulher de casa. deveria escrever
uma carta formal de dispensa. Esse foi um grande passo em direcao
aos direitos civis, pois fez com que o homem passasse a
pensar melhor a respeito do divorcio. Deus projetou o casamento
para ser indissoluvel. Ao inves de procurar razoes para se separar.
mando e esposa devem concemrar-se em procurar meios
de continuarem juntos (19.3-9).
19.10-12 – Embora o divorcio fosse relativamente facil na epoca
do AT (19.7). essa nao era a intencao de Deus. Os casais
devem posicionar-se contra o divorcio desde o inicio e fundamentar
seu casamento sobre um compromisso mutuo. Tambem
existem boas razoes para evitar o casamento; uma delas e
ter mais tempo para trabalhar pelo Reino de Deus. Nao suponha
que Deus deseja que todos se casem. Para muitos seria
melhor que nao o fizessem. Procure, por meio da oracao, descobrir
a vontade de Deus antes de mergulhar no compromisso
vitalicio do casamento.
19.12 – Eunuco era um homem castrado, isto e, sem testiculos.
19.12 – Algumas pessoas possuem limitacoes tisicas que a impedem
de casar, enquanto outras preferem permanecer solteiras
para poder servir melhor a Dous. Jesus nao nos ensinou a
evitar o casamento, por causa de nossa liberdade ou por julga-
lo inconveniente. Isso seria egoismo. Uma boa razao para
alguem permanecer solteiro e usar seu tempo e liberdade
para servir a Deus. Paulo faz um comentario a esse respeito
em 1 Corintios 7.
19.13-15 Os discipulos devem ter se esquecido do que Jesus
havia dito sobre as criancas (18.4-6). Jesus queria que os pequeninos
fossem a Ele, porque os amava e porque confiavam
sinceramente em Deus. O Mestre nao estava dizendo que o ceu
existia somente para as criancas, mas que todas as pessoas
precisam ter essa mesma fe inocente em Deus. A receptividade
dos pequeninos assinalava um evidente contraste com a rebeldia
dos lideres religiosos, que permitiam que sua cultura e sofisiicacao
bloqueassem uma fe sincera, necessaria para que se
tenha a presenca de Jesus.
19.16 – A esse homem que procurava a garantia de uma vida
eterna. Jesus mostrou que a salvacao nao vem por meio de boas
obras, se estas nao forem acompanhadas pela fe e pelo amor
a Deus. O homem precisava de um novo ponto de partida.
O jovem precisava submeter-se humildemente a soberania de
Cristo, em vez de receber um outro mandamento a ser obedecido
ou outra boa obra a ser praticada.
19.17ss Ao responder a pergunta do jovem sobre como alcancar
a vida eterna, Jesus lhe disse que devia obedecer aos Dez
Mandamentos de Deus. Em seguida. Jesus relacionou seis deles,
todos referentes ao relacionamento com os semelhantes.
Quando o jovem respondeu que havia obedecido a todos os
mandamentos, Jesus observou que ainda restava algo a fazer:
vender tudo o que tinha e distribuir o dinheiro aos pobres. Essa
afirmacao de Jesus foi suficiente para expor a fraqueza desse
homem. Na verdade, a riqueza era seu deus. seu idolo, ele nao
desistiria dela. Dessa forma, o homem transgrediu o primeiro e
maior dos mandamentos (Ex 20.3; Mt 22.36-40).
19.21 Quando Jesus disse a esse jovem que ele “seria perfeito”
se desse tudo o que tinha aos pobres, nao estava falando no
sentido humano e temporal. Estava explicando como ser perdoado
e como se tornar sao. completo aos olhos de Deus.
19.21 – Sera que os cristaos devem vender tudo o que possuem?
Nao. Somos responsaveis por suprir nossas necessidades e
as necessidades de nossa familia, a fim de nao nos tornarmos
um peso para os outros. Entretanto, devemos estar dispostos a
desistir de tudo se assim Deus pedir. Esse tipo de atitude impede
que qualquer coisa se interponha entre nos e Deus e que usemos
de forma egoista a riqueza que dEle recebemos.
Caso voce se sinta tranquilo por Jesus nao ter recomendado a
seus seguidores que vendessem suas propriedades, e sinal de
que esta preso aos bens que possui.
19.22 Nao podemos amar a Deus com todo o coracao e ao
mesmo tempo guardar nossa riqueza apenas para nos. Ama-lo
totalmente significa usar nossos bens de i.ma forma que lhe seja
agradavel.
19.24 – A impossibilidade de um camelo passar pelo fundo de
uma agulha representa o grau de dificuldade de uma pessoa rica
entrar no Reino dos ceus. Entretanto, Jesus disse que “a Deus
tudo e possivel” (19.26). Mesmo os ricos poderao entrar no Reino
se Deus os conduzir. O que vale e a fe em Cristo, e nao a confianca
em si mesmo ou nas riquezas. Em que voce esta
confiando para alcancar a salvacao? 19.25,26 – Os discipulos ficaram perplexos. Pensavam que os
ricos, aos quais sua cultura considerava especialmente abencoados
por Deus. e que seriam salvos.
19.27 – Segundo as Escrituras. Deus concede recompensas
ao povo de acordo com a sua justica No AT, muitas vezes a
obediencia trouxe recompensas terrenas (Dt 28). mas a obediencia
nem sempre e imediatamente acompanhada pela recompensa.
Se assim fosse, os bons sempre seriam ricos e o
sofrimento seria sinal de pecado. Como cristaos nossa recompensa
e a presenca e o poder de Cristo por intermedio de
seu Espirito Santo que habita em cada um de nos. Mais tarde.
na eternidade, seremos recompensados por nossa fe e nosso
servico a Deus. Se as recompensas materiais nessa vida nos
fossem concedidas por cada boa acao que praticassemos,
seriamos tentados a vangloriar nos de nossas conquistas e
agir por motivos equivocados.
19.29 Jesus assegurou a seus discipulos que aquele que. em
seu nome, renunciar a algo valioso, recebera cem vezes esse valor
em vida. embora ncio necessariamente da mesma forma Por
exemplo, uma pessoa pode ser rejeitada por sua familia natural
por aceitar a Cristo, mas sera recompensada por passar a fazer
parte de uma familia muito maior; a espiritual.
19.30 Jesus contrariou os valores do mundo. Pense nas pessoas
mais poderosas e conhecidas. Quantas chegaram a ocupar
esse lugar por serem humildes, gentis ou por colocarem-se
em segundo plano? Nao muitas! Mas na vida futura, os ultimos
serao os primeiros. Nao perca o direito as recompensas eternas
em troca de beneficios passageiros. Esteja disposto a fazer sacrificios
agora, para alcancar maiores recompensas mais tarde.
Esteja disposto a suportar a censura, por saber que sua vida tem
a aprovacao divina.
20.1 ss – Jesus deu maiores esclarecimentos a respeito das regras
da participacao no Reino dos ceus: a entrada so e permitida
atraves da graca de Deus. Nessa parabola. Deus e o proprietario
das terras e os operarios sao os crentes. Ela esta dirigida especialmente
aqueles que se sentem superiores por causa de sua
heranca ou posicao, aqueles que se sentem superiores por terem
passado muito tempo com Cristo e acs novos crentes como
uma reafirmacao da graca de Deus.
20.15 – Essa parabola nao fala de recompensas, mas de salvacao.
Transmite um ensinamento consistente sobre graca, a generosidade
de Deus. Nao devemos invejar ou censurar aqueles
que se voltam para Ele nos ultimos momentos da vida porque,
na verdade, ninguem merece a vida eterna.
No ceu. estarao muitas pessoas que nunca imaginariamos encontrar
no Reino. O cr minoso que sc arrependeu no momento
da morte (Lc 23.40-43) ao lado de pessoas que sempre creram
e serviram a Deus por muitos anos.
Sera que voce se ressente da bondosa aceitacao divina dos
desprezados, proscritos e pecadores que o procuraram em
busca de perdao? Alguma vez sentiu ciume daquilo que Deus
concedeu a outra pessoa? Ao inves disso, procure considerar
os bondosos beneficios20.17-19 – Jesus predisse sua morte e ressurreicao pela terceira
vez {as duas primeiras estao registradas em 16.21: 17.22.23).
Porem, os discipulos ainda nao compreenderam o que Ele queria
dizer e continuaram a discutir avidamente sobre suas posicoes
no Reino de Cristo (20.20-28).
20.20 * A mae de Tiago e Joao foi a Jesus, ‘adorando-o e fazendo-
lhe um pedido”. Ela adorou Jesus, mas seu objetivo principal
era obter algo dEie. Isso acontece muitas vezes em nossas igrejas
e em nossa vida. Desempenhamos atividades religiosas, esperando
que Deus nos de alguma coisa om troca. Entretanto, a
verdadeira adoracao e iouvor devem ser dados a Cristo por
quem Ele e. e por aquilo que Ele fez.
20.20 – A mae de Tiago e Joao pediu a Jesus que destinasse a
seus filhos lugares especiais em seu Reino. E natural que os
pais queiram ver seus filhos promovidos e honrados, mas esse
desejo pode tornar-se perigoso se interferir no plano especifico
do Deus. Ele pode ter em mente uma funcao diferente para
cada filho; talvez uma que nao tenha lanto destaque, porem,
nao menos importante. Portanto, o desejo dos pais em relacao
ao progresso dos filhos deve ser mantido sob controle quando
orarem para que o plano de Deus se torne uma realidade na
vida deles.
20.20 – De acordo com o texto em Mateus 27.56. a mae de Tia
go e Joao estava ao pe da cruz quando Jesus foi crucificado.
Alguns sugerem que ela era irma de Maria, a mae de Jesus. Um
relacionamento familiar muito proximo pode te-la induzido a fa
zer esse pedido a favor de seus filhos.
20.22 – Tiago, Joaoe sua mae naofiaviam entendido os ensinamen
tos anteriores de Jesus a respeito das recompensas (19.16-30) e da
vida etema (20.1-16). Nao compreenderam o sofrimento que de
veriam enfrentar antes de viver na gloria do Reino de Deus. O “calice”
era o sofrimento e a crucificacao que Cristo suportou. Tanto
Tiago como Joao tambem suportariam grandes sofrimentos: Tiago
seria condenado a morte por sua fe e Joao, exilado.
20.23 – Je su s estava mostrando que estava sob a autoridade
do Pai. que e o unico a tomar decisoes sobre a lideranca
no ceu. Tais recompensas nao sao concedidas como favores.
elas se destinam aqueles que mantiveram seu compromisso
com Jesus, apesar das terriveis provacoes que
enfrentaram.
20.24 – Os outros discipulos ficaram aborrecidos com Tiago e
Joao por desejarem ocupar as posicoes mais elevadas. Todos
queriam ser os maiores (18.1), mas Jesus ensinou que a pessoa
mais importante no Reino da Deus e aquela que serve a todos. A
autoridade e concedida nao pela importancia, ambicao ou respeito,
mas pe!o servico util que possa vir a ser prestado a Deus e
a sua criacao.
20.27 Jesus descreveu a lideranca sob uma nova perspectiva.
Ao inves de utilizarmos as pessoas, nos e que devemos servi-
las. A missao de Jesus era servir os outros e dar sua vida por
eles. O verdadeiro lider tem o coracao de um servo. Esses lideres
consideram o trabalho dos outros e entendem que nao estao
acima de qualquer funcao. Se voce perceber que algo deve ser
feito, nao espere ser mandado. Tome a iniciativa e trabalhe
como um servo fiel.
20.28 – O resgate era o preco a ser pago pela nberiacao de um
escravo de sua servidao. Jesus disse muitas vezes a seus discipulos
que Ele deveria morrer, mas aqui lhes explicou o motivo:
para redimir todas as pessoas da escravidao do pecado e da
morte. Os discipulos acreditavam que, enquanto Jesus estivesse
vivo, poderia salva-los. Mas Jesus revelou que somente sua
morte poderia salvar a eles e ao mundo.
20.29-34 – Mateus registrou que havia dois cegos, enquanto
Marcos e Lucas mencionaram apenas um. Provavelmente, trata-
se do mesmo evento, porem Marcos e Lucas devem ter preferido
enfocar apenas um destes homens.
20.30 – Os dois cegos chamaram Jesus de Filho de Davi por
que os judeus sabiam que o Messias seria um descendente de
Davi (ver Is 9.6,7; 11.1; J r 23.5,6). Esses cegos eram capazes
de perceber que Jesus era o Messias esperado por tanto tempo.
enquanto os lideres religiosos, que haviam testemunhado
os milagres de Jesus, estavam cegos a identidade dEie e serecusavam a abrir os olhos para a verdade. Enxergar com os
olhos nao garante que a pessoa tenha a capacidade de ver
com o coracao.
20.32,33 – Embora Jesus estivesse preocupado com os futuros
acontecimentos em Jerusalem, demonstrou o que acabara de
dizer aos discipulos a respeito de servir (Mt 20.28) quando parou
para cuidar dos cegos.