Lição 6: João 6 e 7: Pão da Vida, Água da Vida e Luz do Mundo

LIÇÃO 6: JOÃO 6 e 7: PÃO DA VIDA, ÁGUA DA VIDA E LUZ DO MUNDO

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em João 6 e 7 há 71, 53 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, João 6.22-40 (5 a 7 min.).

Nesta aula, dê ênfase ao momento em que Jesus reivindicou ser a água da vida, o último dia da Festa dos Tabernáculos – uma das três maiores festas dos judeus (Dt 16.16) – conhecido como “o grande dia”.
Esse era um momento aparentemente impróprio para essa reivindicação, pois nele havia fartura de comida e de bebida. No entanto, Jesus confrontou as pessoas que se banqueteavam dizendo que elas não estavam saciadas como demonstravam estar, pois ali havia sedentos de água viva, famintos de pão da vida e perdidos precisando de luz.

 

OBJETIVOS
• Trabalhar pela comida que permanece para vida eterna.

• Saber que só Jesus pode saciar a nossa sede interior.

• Acreditar que Jesus é a luz àqueles que estão em trevas.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Introduza esta aula citando nomes de desertos e regiões áridas, em situações caóticas, bem como parte do Nordeste brasileiro, onde as chuvas são escassas, a plantação e os animais estão sem vida; e, devido isso, esses lugares sofrem com a falta de pão, água e muitas vezes de educação, que é a luz aos entendimentos. Faça uma analogia disso tudo com a vida de pessoas que vivem em um deserto espiritual com sua sede interior de Deus se manifestando todos os dias (Sl 42.2).

 

RESPOSTAS
1) Do Pão verdadeiro que desce do céu, Jesus.

2) Embora estivessem num banquete, só a Água Viva poderia satisfazer-lhes verdadeiramente.

3) Para todo aquele que vive em trevas

 

 

LEITURA ADICIONAL

A FESTA DOS TABERNÁCULOS
“Os judeus tinham três festas principais: a Páscoa, o Pentecostes e a dos Tabernáculos. Todo o enredo do capítulo 7 está ligado à última, a festa em que o povo, durante uma semana, desabalava de todos os cantos para Jerusalém, habitando em tendas improvisadas, para agradecer a Deus pelas colheitas e pelo livramento e, ao mesmo tempo, renovar sua esperança messiânica. A festa dos tabernáculos relembra-nos a intervenção sobrenatural de Deus na libertação do seu povo da escravidão no Egito.
Os judeus, nos dias de Jesus, celebravam essa festa no final das colheitas para agradecer a Deus sua provisão. Habitavam em cabanas para relembrar como Deus os havia protegido na peregrinação pelo deserto. Separavam-se do conforto para habitar em tendas improvisadas com vistas a se identificarem com os peregrinos do passado. F. F. Bruce diz que os hebreus davam a essa festividade o nome de festa das tendas (sukkôth) porque durante toda a semana de duração as pessoas viviam em barracas feitas de galhos e folhas (Lv 23.40-43), construídas pelos moradores das cidades no quintal ou sobre o telhado plano das casas. Muitos judeus iam a Jerusalém para a festa. No entanto, essa festa também apontava para o futuro, para aquele glorioso dia em que Deus armará sua morada definitiva com os remidos, quando, então, veremos nosso Senhor face a face (Ap 21.1-4). Outra tradição ligada a essa festa era a cerimônia da libação da água. Isaías 12.3 era uma profecia messiânica, mostrando que, quando o Messias viesse, o povo tiraria com alegria água das fontes da salvação. Havia, portanto, em cada dia dessa festa, a expectativa de que Deus lhes daria a água viva. Foi no auge dessa festa que Jesus clamou: […] Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Como diz a Escritura, rios de água viva correrão do interior de quem crê em mim (Jo 7.37,38). Mais uma vez, Jesus é o cumprimento dessa festa! Finalmente, a essa festa é associada outra tradição, chamada de “a cerimônia da iluminação do templo” e representada pelo candelabro. Jesus também cumpriu esse aspecto, ao afirmar: Eu sou a luz do mundo (8.12). E ele não apenas afirmou essa verdade, mas a demonstrou, curando um homem cego de nascença (9.1-7), milagre que os judeus acreditavam que só Deus poderia realizar.”
Livro: “João: As Glórias do Filho de Deus” (Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos Ltda, 2015, São Paulo-SP, págs. 218 e 219).

 

Estudada em 12 de maio de 2024

 

LIÇÃO 6: JOÃO 6 e 7: PÃO DA VIDA, ÁGUA DA VIDA E LUZ DO MUNDO

 

Texto Áureo
“Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.” João 6.35

 

Verdade Prática
Jesus é o elemento básico da vida. Ele é a própria vida!


Leitura Bíblica Com Todos João 6.22-40

 

INTRODUÇÃO

I. O PÃO DA VIDA Jo 6.22-41
1. Comida e Verdade Jo 6.27
2. Discurso do Pão Jo 6.32
3. Reações ao discurso de Jesus Jo 6.41

 

II. A ÁGUA DA VIDA Jo 7.10-47
1. Antes da Festa Jo 7.10
2. Durante a Festa Jo 7. 14
3. Último dia da Festa Jo 7.37

 

III. A LUZ DO MUNDO Jo 8.12-21
1. A luz é uma pessoa Jo 8.12a
2. A luz é uma promessa Jo 8.12b
3. A importância de Jesus Jo 8.21

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 328 – 167

 

INTRODUÇÃO
O povo queria a comida, mas não a verdade. E, no final, quase todos abandonaram Jesus e se recusaram a andar com Ele. Jesus “perdeu” a multidão com um único sermão!

 

I. O PÃO DA VIDA (Jo 6.22-41)
1. Comida e Verdade (Jo 6.27)
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
Quando a multidão que se alimentou dos pães e dos peixes do outro lado do mar chegou a Cafarnaum e encontrou Jesus, não vendo nenhum barco que o tivesse transportado, e movida pela curiosidade, fez a Jesus a primeira pergunta: “Mestre, quando chegaste aqui?” (6.25). Em vez de responder à pergunta feita, Jesus lança uma acusação aos interlocutores: “Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” (6.26). Depois da acusação solene, Jesus dá uma ordem expressa: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” (6.27). Jesus quer direcionar a atenção dos judeus, que estavam interessados apenas nas coisas terrenas, às realidades espirituais.
A segunda pergunta dos judeus vem como um pedido de esclarecimento: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” (6.28). Uma vez que a ordem de Jesus era para trabalharem pela comida que não perece, eles querem saber como é que se faz esse trabalho. Jesus responde de forma surpreendente: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (6.29). A salvação não é algo que fazemos para Deus, mas algo que Deus fez por nós.

 

2. Discurso do Pão (Jo 6. 32)
Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá.
Isso está relacionado com a terceira pergunta feita pelos judeus no texto, a qual é dupla: “Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos?” (6.30) e argumentam: “Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.” (6.31). Jesus responde à pergunta insincera deles, corrigindo-lhes o entorpecido entendimento e dizendo que não foi Moisés quem deu a eles o pão do céu, pois o verdadeiro pão do céu só lhes é concedido pelo Pai. O pão que Moisés deu era apenas um símbolo do pão verdadeiro, aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (6.32,33). D. A. Carson diz acertadamente que o maná do céu era, comparativamente, imperfeito: estragava com o tempo, e o povo que o comia perecia com o tempo. Uma de suas principais funções era servir como um tipo do verdadeiro pão do céu. Depois de interpelarem Jesus três vezes, agora os judeus fazem um pedido desprovido de entendimento: “Senhor, dá-nos sempre desse pão.”  (6.34) . Jesus, então, faz a aberta declaração: “Eu sou o pão da vida”
(6.35) ; e emenda com uma solene promessa: “o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.

 

3. Reações ao discurso de Jesus (Jo 6.41)
Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
Quando Jesus terminou esse longo discurso na sinagoga de Cafarnaum (6.59), a reação do auditório foi negativa (6.60-66). Muitos dos discípulos julgaram o discurso de Jesus duro demais. Queriam coisas mais amenas. Essa reação negativa manifestada principalmente em dois aspectos:
a) Decepção (6.60,61). Em vez de os ouvintes correrem apressadamente para Jesus, endureceram a cerviz e murmuraram escandalizados. Jesus não pregou para agradar seus ouvintes; pregou para levá-los ao arrependimento.
b) Abandono (6.66). Esse pesado discurso de Jesus não produziu um estupendo resultado numérico; ao contrário, provocou uma debandada geral. Seu propósito era ser fiel, e não popular.

 

II. A ÁGUA DA VIDA (Jo 7.10-47)
1. Antes da Festa (Jo 7.10)
Mas, depois que seus irmãos subiram para a festa, então, subiu ele também, não publicamente, mas em oculto.
Nas vésperas da festa dos Tabernáculos, Jesus ainda andava pela Galileia, uma vez que não desejava subir à Judeia porque os judeus procuravam matá-lo. Jesus tinha plena consciência de que os judeus não poderíam matá-lo antes da hora; entretanto, não queria expor-se desnecessariamente. Alguns fatos nos chamam a atenção nesse período: 1) Em primeiro lugar, a exatidão da agenda de Jesus estabelecida (7.6-10). Jesus tinha plena consciência do seu tempo, da sua hora. Estava totalmente sintonizado com o plano do Pai. Não atendeu à sugestão de seus irmãos para manifestar-se abertamente em Jerusalém, porque sua hora ainda não tinha se cumprido. 2) Em segundo lugar, a procura por Jesus é notória (7.11-13). Não eram apenas os irmãos de Jesus que o queriam na festa em Jerusalém, mas também os judeus. Ele era uma figura nacional, o centro das atenções. É bem verdade que as opiniões divergiam. Uns o julgavam um homem bom; outros o reputavam como um enganador do povo. Mas, como Jesus conquistara a simpatia de muitos, ninguém ousava falar Dele abertamente.

 

2. Durante a Festa (Jo 7.14)
Corria já em meio a festa, e Jesus subiu ao templo e ensinava.
Quando a festa já estava em andamento, mesmo chegando a Jerusalém secretamente (7.10), Jesus subiu ao templo e passou a ensinar em público. Destacamos alguns pontos a esse respeito: 1) Em primeiro lugar, o ensino de Jesus produz admiração (7.14,15). O evangelista Mateus nos informa que Jesus não ensinava como os escribas, mas como quem tem autoridade (Mt 7.28,29); 2) Em segundo lugar, o ensino de Jesus procede de Deus (7.16-18). Ele não fala de si mesmo. Tem o próprio testemunho do Pai e busca a glória do Criador; 3) Em terceiro lugar, o ensino de Jesus acusa os judeus de não conhecerem a Deus (7.25-29). Diante dos comentários do povo acerca de Jesus e Sua origem, Jesus aproveita o ensino para dizer a esses judeus que procedia do Pai, a quem eles não conheciam;
4) Em quarto lugar, o ensino de Jesus desperta a fúria dos judeus (7.30-32). Diante do buchicho da multidão a respeito de Jesus, os fariseus se mancomunaram com os principais sacerdotes para enviar os guardas do templo a fim de prendê-lo. Mas os guardas jamais poderiam fazê-lo, pois ainda não havia chegado a hora de Jesus ser entregue nas mãos dos pecadores. 6) Em sexto lugar, o ensino de Jesus mostra que a oportunidade para recebê-lo pode ser perdida (7.33-36). Jesus permaneceria mais pouco tempo entre eles e, então, regressaria ao Pai, onde eles não mais poderiam encontrá-lo.

 

3. Último dia da Festa (Jo 7.37)
No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.

Em todos os sete dias da festa, um sacerdote enchia uma jarra de ouro com água do tanque de Siloé, acompanhado de uma solene procissão, voltava ao templo em meio ao toque de trombetas e aos gritos das alegres multidões e derramava a água sobre o altar. Essa cerimônia não só lhes recordava as bênçãos outorgadas a seus antepassados no deserto (água da rocha), mas também apontava para a abundância espiritual da era messiânica.
No sétimo dia, o último e o auge da festa, o sacerdote acompanhado pela multidão, ao som de trombeta, fazia a procissão do tanque de Siloé ao templo sete vezes. Jesus, então, coloca-se no meio e brada: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Jesus é a Rocha ferida da qual brota água viva. Jesus é a Água da Vida! Ele é o Manancial das águas vivas.

 

 

III. A LUZ DO MUNDO (Jo 8.12-21)
Jesus ainda estava ensinando no templo, quando foi interrompido pelos escribas e fariseus que traziam uma mulher apanhada em adultério. Depois que Jesus frustrou os desígnios dos acusadores da mulher e a despediu com a recomendação de que não pecasse mais, voltou a falar aos que estavam no templo.

1. A luz é uma pessoa (Jo 8.12a)
De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo…
Jesus já havia se apresentado como o pão da vida para os famintos e a água viva para os sedentos. Agora, faz mais uma declaração solene: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”. Carson diz que a metáfora da luz está impregnada de alusões ao Antigo Testamento. A glória da própria presença de Deus na nuvem conduziu o povo para a terra prometida (Êx 13.21,22) e o protegeu daqueles que o destruiriam (Êx 14.19-25). Os israelitas foram treinados para cantar: O Senhor é a minha luz e a minha salvação (Sl 27.1). A Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl 119.105). A luz de Deus é irradiada nas outras nações em revelação (Ez 1.4) e salvação (Hc 3.3,4). A luz é o próprio Deus em ação (Sl 44.3).

 

2. A luz é uma promessa (Jo 8.12b)
…quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.
Jesus é categórico em afirmar que aqueles que o seguem não andarão em trevas, mas terão a luz da vida. A vida com Jesus é uma jornada na luz da verdade, na luz da santidade e na luz da mais completa felicidade. William Barclay diz que a palavra grega akolouthein, traduzida aqui por “seguir”, tem cinco Significados:
a) um soldado que segue seu capitão; b) o escravo que acompanha seu senhor; c) a aceitação de uma opinião, veredito ou juízo de um conselheiro sábio; d) a obediência às leis de uma cidade ou Estado; e) alguém que segue a linha de argumentação de um mestre.
A pessoa que tem um guia seguro e um mapa correto chegará, sem dúvida, a seu destino sã e salva. Jesus Cristo é esse guia; Ele é o único que possui o mapa da vida.

 

3. A importância de Jesus (Jo 8.21)
De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir.
Sem Jesus, o ser humano perece em seus pecados (8.21). Jesus em breve morreria numa cruz, ressuscitaria dentre os mortos e voltaria para o céu. Mas os judeus obstinados em seus pecados pereceríam inevitavelmente, pois fechariam a porta da graça, recusando o enviado de Deus.
Jesus é o enviado de Deus (8.25-30). Os judeus perguntaram a Jesus: “Quem és tu?” (8.25). Jesus responde, mostrando o que já lhes dissera outras vezes. Ele reafirma que o testemunho que dá de si mesmo é o mesmo testemunho daquele que o enviou, mas os judeus não conseguem compreender que Jesus está falando sobre o Pai. Jesus esclarece, então, que, quando for levantado, ou seja, crucificado pelos próprios judeus, então entenderão que Ele de fato é o “Eu sou”, o enviado do Pai.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Somente em Jesus o ser humano tem sua sede e fome saciada e, igualmente, apenas Nele o homem em trevas encontra a verdadeira luz.

 

RESPONDA
1) Do que era símbolo o pão que Moisés deu?

2) Por que Jesus exclamou: “quem tem sede venha a mim e beba’, no último dia da festa?

3) Se Jesus é água para os sedentos e pão para os famintos, para quem ele é luz?

 

COMENTÁRIOS:

6.5 – Se alguém sabia onde encontrar comida, este era Filipe, porque era de Betsaida (1.44), uma cidade a cerca de 15km de distância de Cafarnaum. Jesus testou Filipe, a fim de fortalecer a sua fé. Ao pedir do discípulo uma solução humana {sabendo que não havia), Jesus enfatizou o poderoso milagre que estava prestes a realizar.

6.5-7 – Quando Jesus perguntou a Filipe onde podiam comprar uma grande quantidade de pão, Filipe começou a calcular o custo provável. Jesus queria ensinar-lhe que os recursos financeiros não são os mais importantes. Podemos limitar o que Deus faz por nós calculando o que é e o que não é possível. Há alguma tarefa impossível que você crê que Deus deseja que você faça? Não deixe sua estimativa do que não pode ser feito mantê-lo distante de realizar a tarefa. Deus pode e quer fazer milagres; confie que Ele providenciará os recursos.

6.8.9 – Há um contraste entre os discípulos e o menino que deu a Jesus o que tinha. Certamente tinham mais recursos do que o garoto, mas sabiam que não tinham o suficiente: por esta razão nada deram. O menino deu o pouco que tinha, e fez toda a diferença. Se nada oferecermos a Deus, Ele nada terá para usar. Mas Ele pode usar o pouco que temos e transformá-lo em muito.

6.8,9 – Jesus normalmente preferia operar seus milagres por intermédio das pessoas. Nesse episódio, Ele tomou o que o menino ofereceu e usou para realizar um dos muitos milagres espetaculares registrados nos Evangelhos. A idade não é uma barreira para Cristo. Nunca pense que você é muito jovem ou muito velho para ser útil a Ele.

6.13 Há uma lição naquele alimento que sobrou. Deus dá em abundância. Ele usa tudo quanto podemos oferecer-lhe em termos de tempo, habilidade ou recursos e multiplica além das nossas expectativas mais elevadas. Quando você da o primeiro passo colocando-se à disposição de Deus, Ele lhe mostra quão grandemente você pode ser usado para o avanço da obra do seu Remo!

6.14 – Jesus era o “Profeta” que fora predito por Moisés (Dt 18.15).

6.18 O mar da Galileia está cerca de 225m abaixo do nível do mar, tem aproximadamente 50m de profundidade e é cercado por montanhas. Estes aspectos físicos tornam o lago sujeito a ventanias e tempestades repentinas, que causam ondas extremamente altas. Os temporais eram comuns nesse lago, por esta razão, os discípulos estavam amedrontados. Quando Jesus foi ao encontro dos discípulos, andando sobre as águas durante a tempestade (aproximadamente a 5,6km da margem), disse-lhes para não temerem. Muitas vezes, enfrentamos tempestades espirituais e emocionais e sentimo-nos agitados como um pequeno barco em um grande mar Apesar das circunstancias apavorantes, se confiarmos a proteção de nossa vida a Jesus Cristo, receberemos dEle a paz em qualquer circunstância.

6.18,19 Os discípulos aterrorizados pensaram que estivessem vendo um fantasma (Mc 6.49). Mas se pensassem em tudo o que já tinham visto Jesus fazer, teriam percebido aquele milagre. Estavam amedrontados, não esperavam que Jesus fosse até eles, não estavam preparados para receber a ajuda dEle. A fé é uma disposição mental que espera que Deus entre em ação. Quando agimos nesta expectativa, podemos superar os nossos temores!

6.26 – Jesus criticou as pessoas que o seguiam somente por causa dos benefícios temporais, e não por satisfazer a fome espiritual. Muitos usam a religião para ganhar prestígio, conforto, e até votos em época de eleições. Mas esses são motivos egoístas. Os verdadeiros cristãos seguem a Jesus simplesmente porque sabem que Ele é o caminho, a verdade e a vida.

6.28,29 Muitos seguidores Sinceros de Deus se sentem, muitas vezes, perplexos a respeito do que Ele quer que façam. As religiões do mundo representam as tentativas da humanidade de responder a esta questão. Mas a resposta de Jesus é curta e Simples: devemos crer naquEle a quem Deus enviou. A satisfação de Deus não vem do trabalho que fazemos, vem de nossa atitude de crer nEle. O primeiro passo é aceitar que Jesus é
quem afirma ser. Todo o crescimento espiritual está fundamentado nesta afirmação. Declare a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16), e envolva-se com a vida de fé que satisfaz seu Criador.

6.35 As pessoas comem pão para satisfazer a fome de seu corpo e para sustentar a vida física. Só podemos satisfazer a fome de nosso espirito e sustentar a vida espiritual por meio de um relacionamento correto com Jesus Cristo. Não é de admirar que Ele tenha declarado ser o Pão da vida. O pão deve ser comido para sustentar a vida física, e Cristo deve ser convidado a participar de nosso cotidiano para sustentar nossa vida espiritual.

6.37,38 Jesus não opera independentemente de Deus Pai, mas em união com Ele. Isto certamente nos dá mais segurança de sermos bem-vindos à presença de Deus e de sermos protegidos por Ele. O propósito de Jesus foi fazer a vontade de Deus, e não satisfazer seus desejos humanos. Ao seguirmos Jesus, devemos ter o mesmo propósito.

6.39 Jesus disse que certamente não perderia sequer uma pessoa que o Pai lhe tivesse dado. Então, qualquer pessoa que estabeleça um Sincero compromisso de crer em Jesus Cristo como seu Salvador, está segura na promessa de vida eterna que foi feita por Deus. Cristo não permitirá que seu povo seja dominado por Satanás e perca a sua salvação (ver 17.12; Fp 1.6).

6.40 – Aqueles que colocam a sua fé em Cristo terão seu corpo ressuscitado para a vida eterna com Deus: quando Cristo voltar (ver 1Co 15.52; 1 Ts4.16).

6.41 – Os líderes religiosos murmuraram porque não podiam aceitar a afirmação da divindade de Jesus. Eles o viam somente como um carpinteiro de Nazaré. Recusaram-se a crer que Jesus fosse o divino Filho de Deus e não podiam suportar a sua mensagem. Muitas pessoas rejeitaram a Cristo ao dizer que não podiam crer que Ele é o Filho de Deus. Na verdade, o que estas pessoas não podem aceitar são as exigências de lealdade e obediência de Cristo. Assim, para protegerem-se da mensagem, rejeitam o mensageiro.

6.44 – Deus, não o povo, desempenha o papel mais ativo na salvação. Quando alguém decide crer em Jesus Cristo como Salvador, demonstra uma resposta à ação do Espirito Santo de Deus. Deus cria a situação, entao nós decidimos se cremos ou não. Ninguém pode crer em Jesus sem a ajuda de Deus!

6.45 Jesus fez uma alusão à visão no AT do reino messiânico, no qual todas as pessoas serão ensinadas diretamente por Deus {Is 54.13; Jr 31.31-34). Ele enfatizou a importância de não apenas ouvir, mas aprender. Somos ensinados por Deus por meio de sua Palavra, de nossas experiências, dos pensamentos que o Espirito Santo nos traz e do relacionamento com os outros cristãos. Você está aberto ao ensinamentos de Deus?

6 .4 7 -0 tempo verbal empregado para o verbo “crer” foi o presente do indicativo, isto indica uma ação certa e contínua, significa “continuar a crer”. Não cremos simplesmente uma vez, continuamos a crer e a confiar em Jesus sempre.

6.47ss Os lideres religiosos frequentemente pediam que Jesus lhes provasse porque Ele era melhor do que os profetas que o antecederam. Então, Jesus fez uma alusão ao maná que os antepassados judeus receberam no deserto, na época de Moisés (Ex 16). Este pão era material e temporal. O povo o comeu e foi sustentado fisicamente por um dia. Porém, necessitavam de mais pão a cada dia; e o pão não era capaz de evitar que morressem. No entanto, Jesus, que é muito maior do que Moisés, ofereceu a si mesmo como o Pão espiritual do céu, que satisfaz completamente a nossa fome e nos leva à vida eterna.

6.51 – Como Jesus pode dar-nos o seu corpo como pão para o comermos? Comer o Pão vivo significa aceitar a Cristo em nossa vida e unirmo-nos a Ele: Há duas maneiras de unirmo-nos a Ele: (1) crendo em sua morte (o sacrifício de seu corpo) e em sua ressurreição.
e (2) consagrando-nos para viver como Ele ordena, na dependência de seu ensino para a nossa orientação e na confiança de que o poder do Espírito Santo está e estará presente em nossa vida.

6.56 – Essa era uma mensagem chocante; comer o corpo e beber o sangue pode parecer canibalismo. A ideia de beber qualquer sangue, sobretudo o humano, era repugnante para os líderes religiosos porque a lei proibia tal prática (Lv 7.10,11). Mas Jesus não se referiu ao sangue em seu sentido literal, e sim alegórico: Ele se referia a sua vida. que deveria tornar-se a vida de seus discípulos, contudo eles não conseguiram entender este conceito. O apóstolo Paulo, mais tarde, usou a imagem do corpo e do sangue para falar sobre a Santa Ceia (ver 1Co 11.23-26).

6.63,65 – O Espírito Santo nos dá vida espiritual; sem a obra dEle. não podemos perceber a necessidade que temos de uma nova vida (14.17). Toda renovação espiritual começa e termina em Deus. Ele nos revela a verdade, vive dentro de cada um de nós e nos capacita a corresponder a essa verdade.

6.66 – Por que as palavras de Jesus faziam com que muitos de seus seguidores o abandonassem? (1) Por terem percebido que Ele não era o conquistador que esperavam e não seria coroado como o Rei de um reino secular; (2) por Ele se recusar a ceder às solicitações egoístas de alguns de seus seguidores; (3) por Ele enfatizar a fé. não as obras; (4) por seus ensinamentos serem difíceis de entender, e algumas de suas palavras ofensivas. À medida que crescemos na fé, podemos ser tentados a rejeitá-la, devido às aparentes dificuldades nas lições de Jesus. A sua atitude será desistir, ignorar certos ensinamentos ou rejeitar a Cristo? Em vez disso, peça que Deus lhe mostre o significado de seus ensinamentos e como estes se aplicam à sua vida. Então, tenha coragem para agir de acordo com a verdade de Deus!

6.67 Não Há meio termo com Jesus. Quando perguntou aos discípulos se também desejavam partir, mostrou que podiam aceitá-lo ou rejeitá-lo. Jesus não tentou repelir o povo com seus ensinamentos, simplesmente disse a verdade. Quanto mais o povo ouvia a verdadeira mensagem de Jesus, mais claramente se podia vera a formação de dois grupos distintos: os verdadeiros seguidores de Cristo, que queriam entender mais sobre
Deus, e aqueles que rejeitavam Jesus por não gostarem do que ouviam.

6.67,68 – Depois que muitos seguidores de Jesus o haviam abandonado. Ele perguntou aos doze discipulos se também queriam deixá-lo. Pedro respondeu: “Para quem iremos nós?” Com sua maneira honesta e direta, Pedro respondeu por todos nós: não Há outro caminho! Embora haja muitos filósofos, só Jesus tem palavras de vida eterna. As pessoas procuram esta vida por toda parte, porém muitas não encontram a Cristo, a única Fonte de vida eterna. Permaneça com Ele, especialmente quando se sentir sozinho ou confuso!

6.70 – Em resposta à mensagem de Jesus, muitas pessoas o deixaram, outras permaneceram e creram verdadeiramente, e algumas, como Judas, permaneceram, mas tentaram usar Jesus para satisfazer sua cobiça. Muitas pessoas hoje deixam a Cristo. Outras fingem segui-lo, indo à igreja para melhorar a sua condição social, para ter a aprovação da família e dos amigos ou ainda para estabelecer contatos comerciais. Mas Há somente duas respostas verdadeiras a Jesus: ou você o aceita ou rejeita. Como você tem correspondido a Cristo?

6.71 Para mais informações sobre Judas, veja seu perfil em Marcos.

7.2 – A Festa dos Tabernáculos é descrita em Levítico 23.33ss. Ela ocorria em outubro, aproximadamente seis meses após a celebração da Páscoa (6.2-5). Essa festa comemorava os dias em que os israelitas peregrinaram pelo deserto e habitaram em tendas (Lv 23.43).

7.3-5 – Os irmãos de Jesus tiveram dificuldade de crer nEle. Mais tarde. alguns deles se tornariam líderes da Igreja cristã, como, por exemplo, Tiago, mas inicialmente ficaram perplexos a respeito de Jesus. Depois que Ele morreu e ressuscitou, finalmente creram. Hoje, temos todas as razões para crer porque temos um grande registro dos milagres de Jesus e relatos sobre sua morte e ressurreição. Também temos as evidências daquilo que as Boas Novas têm feito na vida das pessoas ao longo de tantos séculos. Não perca a oportunidade de crer no Filho de Deus!

7.7 – Pelo fato de o mundo ter odiado Jesus, nós que o seguimos podemos esperar que muitas pessoas também nos odeiem. Se as circunstâncias estão demasiadamente favoráveis, pergunte a si mesmo se você está seguindo a Cristo como deveria. Devemos ser gratos por nossa vida estar bem, mas precisamos ter a certeza de que o preço desta situação favorável não é uma vida parcialmente cristã ou desviada dos propósitos cristãos.

7.10 – Jesus trouxe o maior presente já oferecido; então por que muitas vezes agiu secretamente? Os lideres religiosos o odiavam e muitos rejeitariam o seu presente de salvação, a despeito daquilo que Ele dissesse ou fizesse. Quanto mais Jesus ensinava e operava publicamente, mais aqueles lideres causavam problemas tanto a Ele como a seus seguidores. Desta maneira, era necessário que Jesus ensinasse e operasse o mais rapidamente possível. Hoje, muitas pessoas têm o privilegio de ensinar, pregar e adorar publicamente com pouca perseguição. Estes crentes devem ser gratos e aproveitar ao máximo a oportunidade que têm de proclamar as Boas Novas!

7.13 – Os lideres religiosos tinham muito poder sobre o povo em geral. Aparentemente, não podiam fazer muito contra Jesus na época, mas ameaçavam qualquer pessoa que o defendesse publicamente, provavelmente com a excomunhão da sinagoga (9.22), que era, para um judeu, uma punição severa.

7.13 – Todos comentavam a respeito de Jesus! Mas quando chegou a hora de falar a favor dEle em público, ninguém disse sequer uma palavra. Todos ficaram com medo. Este sentimento pode reprimir o nosso testemunho. Apesar de muitas pessoas falarem a respeito de Cristo na igreja, quando têm a oportunidade do testemunhar publicamente sobre a sua fé, muitas vezes, mostram-se embaraçadas. Jesus disse que nos reconhecerá diante de Deus se o reconhecermos diante dos homens (Mt 10.32). Seja corajoso! Fale a favor de Cristo!

7.16-18 – Aqueles que procurarem conhecer e fazer a vontade de Deus conhecerão intuitivamente que Jesus disse a verdade a respeito de si mesmo. Você já ouviu pregadores religiosos e preocupou-se em saber se falavam a verdade? Confronte-os da seguinte forma: (1) as palavras que pregam devem concordar com a Bíblia, não contradizê-la; (2) as palavras dos pregadores devem estar direcionadas a fazer com que as pessoas obedeçam à vontade de Deus, e não a si mesmas.

7.19 – Os fariseus empregavam seu tempo na busca da santidade mediante à fidelidade às leis meticulosas que haviam incorporado à lei de Deus. A acusação de Jesus de que eles não guardaram a lei de Moisés feriu-os profundamente. Apesar do orgulho de si mesmos e de suas leis, não cumpriram sequer uma religião legalista, por estarem vivendo muito aquém daquilo que a lei de Moisés exigia. O assassinato era certamente contra a lei. Os seguidores de Jesus deveriam fazer mais do que a lei moral exigia, não incorporando exigências próprias, mas indo além dos requisitos ou das proibições legais, deveriam entender e colocar em prática o espirito da lei.

7.20 – A maioria do povo provavelmente não estava ciente da conspiração para matar Jesus (5.18). Um pequeno grupo procurava a oportunidade certa para matá-lo, porém a maioria ainda decidia no que creriam a respeito dEle.

7.21-23 – De acordo com a lei de Moisés, a circuncisão deveria ser realizada no oitavo dia após o nascimento de um bebê (Gn 17.9-14; Lv 12.3). Este ritual era realizado em todos os bebês judeus do sexo masculino, para demonstrar a sua participação no povo aliançado com Deus. Se o oitavo dia depois do nascimento fosse um sábado, a circuncisão deveria ser realizada (ainda que fosse considerada um trabalho). Enquanto os lideres religiosos permitiam certas exceções à guarda do sábado, não admitiram que Jesus simplesmente demostrasse misericórdia no sábado àqueles que precisavam de cura.

7.26 – Este capítulo mostra as diversas reações das pessoas para com Jesus. Chamavam-no de bom (7.12), de enganador (7.12), de possesso por demônio (7.20). de Messias ou Cristo (7.26): outros consideravam-no o Profeta, cuja vinda havia sido predita por Moisés (7.40). Devemos tomar uma decisão a respeito de quem cremos ser Jesus, sabendo que esta decisão terá consequências eternas!

7.27 – Havia uma tradição popular que dizia que o Messias simplesmente apareceria. Mas aqueles que criam nesta tradição eram ignorantes em relação às Escrituras que claramente prediziam o lugar onde o Messias nasceria (Mq 5.2) ao tema de muitas passagens bíblicas que falam a respeito das bênçãos vivificantes do Messias (Is 12.2,3; 44.3.4; 58.11). Ao prometer dar o Espírito Santo a todo aquele que crer, Jesus afirmou ser o Messias, pois somente Ele poderia fazê-lo.

7.38 – Em João 4.10. Jesus usou o termo “água viva” para referir-se à vida eterna; aqui, como alusão ao Espírito Santo; onde quer que o Espirito Santo seja aceito, traz a vida eterna. Nos capítulos 14 — 16, Há outros ensinamentos de Jesus sobre o Espirito Santo, aquele que daria poder aos seguidores de Jesus no Pentecostes (At 2), desde então, o Espirito tem estado disponível a todo aquele que crê em Jesus como seu Salvador.

7.40-44 – A multidão perguntava a respeito de Jesus. Alguns acreditavam, outros eram hostis e outros tantos o desqualificavam como o Messias por pensar que Ele fosse de Nazaré, não de Belém (Mq 5.2). Mas Jesus nasceu em Belém (Lc 2.1 -7). apesar de ter crescido em Nazaré. Se tivessem considerado mais cuidadosamente, não teriam chegado a conclusões erradas. Ao buscar a verdade de Deus, tenha certeza de que observa cuidadosa e atenciosamente a Palavra com o coração e a mente abertos. Não tire conclusões precipitadas; procure conhecer melhor a Bíblia Sagrada.

7.44-46 – Apesar de os romanos governarem a Palestina, deram aos lideres religiosos judeus autoridade sobre assuntos eiveis e religiosos de menor importância. Os líderes religiosos supervisionavam os guardas do Templo e davam poder aos oficiais para prender qualquer pessoa que causasse perturbação ou infringisse qualquer uma das leis cerimoniais judaicas. Pelo fato de os líderes terem criado centenas de leis insignificantes, era quase impossível para alguém, mesmo para os próprios líderes, não infringir, negligenciar ou ignorar ao menos algumas delas. Mas os guardas do Templo não puderam encontrar uma razão para prender Jesus e. à medida que procuravam alguma evidência que o desabonasse, não podiam deixar de ouvir as palavras maravilhosas que Ele dizia.

7.46-49 – Os lideres judeus viam-se como um grupo de elite e como os únicos detentores da verdade; resistiram à palavra de Cristo, porque, em primeiro lugar, não era a deles. É fácil pensar que somos os donos da verdade e que aqueles que não concordam conosco são tolos, mas a verdade de Deus está disponível a todos. Não imite o egoísmo e as atitudes mesquinhas dos fariseus.

7.50-52 – Esta passagem fornece uma compreensão adicional a respeito de Nicodemos, o fariseu que visitou Jesus à noite (cap. 3). Aparentemente ele tinha se tornado um crente secreto. Como a maioria dos fariseus odiava Jesus e queria matá-lo. Nicodemos arriscou sua reputação e sua alta posição ao pronunciar-se a favor do Mestre. Sua afirmação foi ousada e os fariseus imediatamente suspeitaram de sua crença. Depois da morte de Jesus, Nicodemos levou especiarias para ungir o corpo dEle (19.39). Esta é a última vez que Nicodemos é mencionado
nas Escrituras.

7.51 – Nicodemos confrontou os fariseus por falharem em cumprir as próprias leis. Eles ficaram desconcertados. Os guardas do Templo voltaram impressionados com Jesus (7.46). e Nicodemos defendeu o Mestre. Com seus motivos hipócritas expostos e seu prestigio desgastado, os fariseus começaram a agir para se protegerem. O orgulho interferia na capacidade de raciocínio deles; logo se tornariam obcecados para livrarem-se de Jesus apenas para defenderem sua posição. O que era bom e correto já não importava mais para os líderes religiosos’.

8.3-6 Os líderes judeus já haviam negligenciado a lei ao prenderem apenas a mulher adúltera. A loi determinava que as duas pessoas envolvidas no adultério fossem apedrejadas (Lv 20.10; Dt 22.22) . Os lideres estavam usando a mulher como uma cilada, para enganar Jesus. Se Ele dissesse que a mulher não deveria ser apedrejada, acusariam-no de violar a lei de Moisés. Se os incentivasse a aplicar a pena, poderiam queixar-se aos romanos, que não permitiam que os judeus efetuassem execuções (18.31).

8.7 Essa é uma afirmação significativa a respeito de julgar as outras pessoas. Por Jesus ter confirmado a pena legal para o adultério, o apedrejamento, não poderia ser acusado de estar contra a lei. Mas ao dizer que somente uma pessoa sem pecado poderia atirar a primeira pedra. Ele mostrou a importância da compaixão e do perdão. Quando outros são surpreendidos em pecado, você é rápido para julgar? Fazer isto é agir como se você nunca tivesse pecado. Julgar é uma prerrogativa de Deus, não nossa. Nosso papel é mostrar o perdão e a compaixão!

8.8 – Não sabemos se. ao escrever no chão. Jesus simplesmente ignorava os acusadores, se listava os pecados deles ou se escrevia algo como, por exemplo, os Dez Mandamentos.

8.9- Quando Jesus disse que somente aquele que não tinha pecado poderia atirar a primeira pedra, os lideres se retiraram rapidamente, do mais idoso ao mais jovem. Evidentemente os mais velhos estavam mais conscientes de seus pecados do que os mais jovens. A idade e a experiência frequentemente reduzem o sentimento de justiça própria tão peculiar à juventude. Qualquer que seja a sua idade, examine honestamente sua vida! Reconheça sua natureza pecaminosa e procure maneiras de ajudar os outros em vez de feri-los!

8.11 – Jesus não condenou a mulher acusada de adultério, porém não ignorou nem foi complacente em relação ao pecado dela. Disse à mulher para abandonar sua prática pecaminosa. Jesus está pronto a perdoar qualquer pecado em nossa vida, mas a confissão e o arrependimento demonstram uma mudança de coração! Com a ajuda de Deus podemos aceitar o perdão de Cristo c deixar os maus procedimentos.

8.12 – Para compreender o que Jesus quis dizer com a expressão “luz do mundo”, veja a nota 1.4,5.

8.12 – Jesus estava em uma parte do Templo onde as ofertas eram depositadas (8.20), onde as lâmpadas eram mantidas acesas para simbolizar a coluna de fogo que conduziu o povo de Israel pelo deserto (Êx 13.21.22). Neste contexto, Jesus declarou ser a luz do mundo. A coluna de fogo representava a presença, a proteção e a direção de Deus. Jesus traz a presença, a proteção e a direção de Deus. Ele é a luz do seu mundo?

8.12 – O que significa seguir a Cristo? Como um soldado segue o seu capitão, assim devemos seguir a Cristo, o nosso comandante. Como um escravo segue o seu dono. assim devemos seguir a Cristo, o nosso Senhor. Como seguimos um conselho de confiança, assim devemos seguir os mandamentos que Jesus nos deixou nas Escrituras. Assim como seguimos as leis de nossa nação, devemos seguir as leis do Reino do céus.

8.13,14 – Os fariseus provavelmente pensavam que Jesus fosse um lunático ou um mentiroso. Jesus deu-lhes uma terceira alternativa: Ele dizia a verdade. Pelo fato de a maioria dos fariseus recusar-se a considerar a terceira alternativa, nunca o reconheceu como Messias e Senhor. Se você procura conhecer Jesus, não feche a porta antes de examiná-lo honestamente. Somente com uma mente aberta serã possível reconhecer a verdade: Ele é o Messias; o Senhor.

8.13-18 – Os fariseus argumentaram que a afirmação de Jesus era legalmente inválida, porque Ele não tinha outras testemunhas. Jesus respondeu que seu testemunho era confirmado pelo próprio Deus. Jesus e o Pai somam duas testemunhas, o numero exigido pela lei (Dt 19.15).

8.20 – O lugar do tesouro (o gazofilácio) ficava no átrio das mulheres. Nesta área. eram colocadas 13 caixas para receber o dinheiro das ofertas. Sete destas caixas eram destinadas ao imposto do templo; as outras seis eram dedicadas as ofertas voluntárias. Em outra ocasião, uma pobre viúva lançou duas pequenas moedas em uma destas caixas, e Jesus ensinou uma importante lição com base na atitude dela (Lc 21.1 -4).

8.24 • As pessoas morrerão em seus pecados se rejeitarem a Cristo, porque estarão rejeitando o único caminho para serem libertar do pecado. Lamentavelmente, muitos estão tão envolvidos com os valores deste mundo, que ficam cegos diante do presente de valor inestimável que Cristo oferece. Para onde você estã olhando? Não priorize os valores deste mundo, perdendo o que é mais valioso: a vida eterna com Deus!

8.32 O próprio Senhor Jesus ê a verdade que nos liberta (8.36). Ele é a fonte da verdade, o padrão perfeito daquilo que é correto. Ele nos liberta das consequências do pecado, do engano que infligimos a nós mesmos e do erro a que nos induz Satanás. Jesus nos mostra claramente o caminho da vida eterna com Deus. Por isso, Elo não nos dá liberdade para fazermos o que quisermos, mas para seguirmos a Deus. À medida que procuramos servir a Deus. a verdade perfeita de Jesus nos liberta para que sejamos tudo aquilo que Deus deseja que sejamos!

8.34,35 – O pecado nos escraviza, controla, domina e dita nossas atitudes. Jesus pode libertar-nos desta escravidão que nos impede de tornarmo-nos a pessoa que Ele planejou que fôssemos. Se o pecado o restringe, controla ou escraviza. Jesus pode vencer este poder exercido sobre a sua vida.

8.41 – Jesus fez uma distinção entre o filho hereditário e o filho verdadeiro. Os lideres religiosos eram filhos hereditários de Abraão (o fundador da nação judaica) e, portanto, afirmavam ser filhos de Deus. Mas os seus atos mostraram que na realidade eram filhos de Satanás, porque viviam sob a orientação de Satanás. Os verdadeiros filhos de Abraão (os fiéis seguidores de Deus) não poderiam agir como eles agiram. Os membros de sua igreja e seus familiares não farão de você um verdadeiro filho de Deus. O seu Pai verdadeiro é o único a quem você deve imitar e obedecer.

8.43 – Os lideres religiosos eram incapazes de entender, porque se recusavam a ouvir. Satanás usou a rebeldia, o orgulho e o preconceito para que não cressem em Jesus.

8.44,45 – As atitudes desses lideres os identificavam claramente como seguidores de Satanás. Não podiam ter consciência disto, mas o seu ódio em relação à verdade, as suas mentiras e as suas intenções assassinas indicavam o controle que o maligno tinha sobre eles Foram instrumentos do maligno para levar a cabo os seus planos; falavam a mesma linguagem dos mentirosos. Satanás ainda usa pessoas para obstruir a obra de Deus (Gn 4.8; Rm 5.12; 1Jo 3.12).

8.46 – Ninguém podia acusar Jesus de um único pecado. As pessoas que o odiavam e queriam que morresse examinaram o comportamento dEle, mas não puderam encontrar nenhuma falta. Por meio de sua vida sem pecado, Jesus provou que era o Deus encarnado. Ele e o único exemplo perfeito a ser seguido, seus ouvintes a colocarem-no à prova e recebeu bem os que questionavam as afirmações e o caráter dEle. por estarem dispostos a aprofundar suas descobertas. Mas. nesta passagem, o desafio de Jesus esclarece os dois erros mais frequentes das pessoas que o encontravam: (1) nunca aceitavam o desafio de Jesus para que o pusessem à prova, ou (2) testavam-no, mas não estavam dispostas a crer no que descobriam. Você já cometeu algum destes erros?

8.51 – Quando Jesus disse que aqueles que lhe obedecem não morrerão, referia-se à morte espiritual, não à física. Entretanto, mesmo a morte física serã superada. Aqueles que seguem a Cristo ressuscitarão para viver eternamente com Ele.

8.56 Deus disse a Abraão. o pai da nação judaica, que por intermédio dele todas as nações seriam abençoadas (Gn 12.1-7;15.1-21). Abraão foi capaz de contemplar esta promessa pelos olhos da fé. Jesus, um descendente de Abraão, abençoou todos os povos por meio de sua morte expiatória. sua ressurreição e sua oferta de salvação.

8.58 – Essa foi uma das afirmações mais poderosas proferidas por Jesus. Ao dizer que existiu antes de Abraão. Jesus inquestionavelmente proclamou a sua divindade. Jesus não apenas declarou que existia antes de Abraão também usou o nome santo de Deus, Eu Sou. (Êx 3.14) aplicando-o a si mesmo. Esta afirmação demandou uma resposta. Não poderia ser ignorada. Os líderes judeus tentaram apedrejar Jesus, acusando-o de cometer blasfêmia, por afirmar ser igual a Deus. Mas Jesus é Deus. Qual tem sido a sua atitude em relação a Jesus, o Filho de Deus?

8.59 De acordo com a lei registrada em Levítico 24.16. os líderes religiosos estavam prontos para apedrejar Jesus, por Ele afirmar ser Deus. Entenderam perfeitamente o que Jesus disse, mas por não crerem que Ele era Deus, acusaram-no de blasfêmia. É irônico observar que, na realidade, eles eram de fato os blasfemos, pois amaldiçoaram e atacaram o Deus a quem afirmavam servir!