Lição 11 – Mateus 24 e 25: O Sermão Profético

LIÇÃO 11 – MATEUS 24 e 25: – O SERMÃO PROFÉTICO

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Mateus 24 e 25 há 51 e 46 versos, . respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 24.1-31 (5 a 7 min.).

Caro(a) professor(a), somos felizes porque Jesus nos ensinou a evitar o engano e a condenação. Numa sociedade planetária dividida entre catástrofes e avanços técnico-científicos, muitos irmãos culpam e desprezam Jesus passando a erguer falsos altares. No meio disso tudo, nos cabe zelar pela fé genuína, livre de ritualismos vazios, de ideologias materialistas e de sincretismos. Como nos conservaremos prudentes como as virgens? Como multiplicaremos a fé que recebemos? Como partilhar nossa fé, diariamente, com os soberbos ou aflitos, embora nos acusem e debochem de nós? Professor(a), mostre que os vigilantes se mantêm fiéis até que venha o Messias em sua glória. “Venha a nós o vosso Reino!”

 

 

OBJETIVOS
• Compreender que só as Escrituras nos mantêm vigilantes (acordados, lúcidos).
• Compreender o perigo das doutrinas que “matam” a fé cristã.
• Definir ações práticas de evangelização cotidianas segundo a fé e os dons do Espírito.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Vejamos as imagens usadas por Jesus: a noiva e o comerciante. A primeira conserva sua fidelidade e pureza até que o noivo consolide a união, o segundo trabalha até que tenha resultados. Mostre aos alunos que a noiva aguarda na certeza do encontro e o comerciante trabalha por obediência ao patrão.
O noivo fiel chegará e o patrão não abandonará sua obra, nem a noiva nem o servo precisam ir procurá-los onde não estão. Irmãos, sejamos fiéis em tudo e ativos em expandir a fé, pois o Messias voltará.

 

RESPOSTAS
1) Que o Evangelho seja pregado a todas as nações.
2) Pois não sabemos o dia e hora de Sua vinda.
3) Servindo aos necessitados à nossa volta.

 

LEITURA ADICIONAL
No mundo antigo, as amigas da noiva iam até a casa dela para aguardar a chegada do noivo. Então, dava-se início a uma procissão da casa da noiva até a casa do noivo. E bem provável que esse seja o cortejo em que as dez virgens da história são retratadas como indo encontrar o noivo.
(…) A cena gira em torno da casa da noiva, em direção da qual o noivo está indo para as festividades de casamento. (…) O noivo promete buscar sua noiva, mas a hora não é marcada. A noiva precisa estar pronta, preparada. Portanto, o propósito primário dessa parábola é acentuar a importância de estar preparado para a vinda do noivo.
Essas dez virgens, portanto, representam a igreja à espera do retorno de seu Senhor. A igreja tem em seu seio, como está implícito, os que estão preparados e os que não estão. Essa parábola ensina que a igreja está dividida em dois grandes grupos: não os ricos e os pobres, os capitalistas e os socialistas, (…) mas os que estão preparados para a segunda vinda de Cristo e os que não estão. Os últimos nunca nasceram de novo. Sua fé em Cristo é meramente intelectual, e não fé salvadora. Por ocasião da segunda vinda de Cristo, muitos que se dizem cristãos serão deixados de fora das bodas, como as cinco virgens néscias. Hoje, muitos são batizados, membros da igreja, participam dos cultos, trabalham na igreja, mas nunca se converteram verdadeiramente. Quando Jesus voltar, esses ficarão de fora. R. C. Sproul diz que essa parábola deixa claro que havia uma enorme diferença entre essas virgens, assim como há uma profunda diferença entre os membros da igreja, a mesma que há entre o joio e o trigo, entre os que são crentes nominais e os que são verdadeiramente convertidos.
Livro: Mateus: Jesus, o Rei dos reis (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 523-524).

 

Estudada em 12 de dezembro de 2021

 

LIÇÃO 11 – MATEUS 24 e 25: O SERMÃO PROFÉTICO

 

Leitura Bíblica Para Estudo: Mateus 24.1-31

 

 

Texto Áureo
“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem”. Mt 24.27

 


Verdade Prática
Jesus voltará, estabelecerá o Seu reino e os Seus escolhidos serão reunidos para estarem com Ele para sempre.

 

INTRODUÇÃO

I. O JUÍZO SOBRE JERUSALÉM Mt 24.1-22

1. Destruição do Templo Mt 24.1
2. Princípio das dores Mt 24.3
3. A grande tribulação Mt 24.16

 

II. A VINDA DO FILHO DO HOMEM Mt 24.23-44
1. Falsos profetas e falsos messias Mt 24.24
2. Sinais nos céus Mt 24.29
3. Vigiai Mt 24.42

 

III. PARÁBOLAS E O JUÍZO FINAL Mt 24.45 – Mt 25.46
1. Parábolas escatológicas Mt 24.45
2. O Juízo Final Mt 25.32
3. Vinde, benditos de meu Pai Mt 25.34

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 48 – 300

 

INTRODUÇÃO
O Sermão Profético ou Sermão do Monte das Oliveiras é o quinto e último grande discurso de Jesus, proferido para o seu círculo de discípulos, em resposta às três perguntas feitas pelos apóstolos no monte das Oliveiras: “Achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século”. Estas três perguntas representam os principais períodos proféticos.

 

ASSUNTOS EXCLUSIVOS DE MATEUS
24.14-29 A Parábola dos Talentos
25.1-13 Parábola das dez virgens
25.31-46 Porque tive fome, sede…

 

I. O JUÍZO SOBRE JERUSALÉM (Mt 24.1-22)

1. Destruição do Templo (Mt 24.1)
“Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram Dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo”.
Ao retirarem-se do templo e de Jerusalém para pernoitar em Betânia, Jesus diz aos discípulos que a edificação do Templo seria derrubada. Não ficaria pedra sobre pedra (Mt 24.2).
Sabe-se que Pilatos profanou o templo, ao afixar nele a imagem de César Augusto e, cerca de 40 anos depois da subida de Jesus para a glória, o general Tito sitia Jerusalém, impondo grande fome aos judeus. As máquinas de guerra romperam os portões e os muros de Jerusalém. O templo foi incendiado e derrubado – o que há hoje são pedras que ficavam no subsolo – o Muro das Lamentações.

 

2. Princípio das dores (Mt 24.3)
“No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.”

A seguir, já no Monte das Oliveiras, a noite caía e os discípulos queriam saber: “quando sucederão estas coisas? e que sinal haverá da tua vinda? e da consumação do século?”
Jesus passa a profetizar sobre os eventos, tanto para ocorrerem pouco depois de Sua morte e ressurreição, como na futura vinda de Jesus e na consumação dos séculos, resultando no sermão profético, um legado para a igreja.(Mt 24 e 25).
Em Mateus 24.4-14, Jesus alerta-lhes que aquele seria só o princípio das dores e do juízo sobre Jerusalém e Israel, advertindo-lhes para que não fossem enganados por acontecimentos que aparentariam, mas não seria ainda o fim, embora apontassem para ele. De fato, muitos eventos sangrentos; fome; terremotos; o incêndio que consumiu metade de Roma (64 d. C). A Igreja foi bastante perseguida. Foram sinais que se confirmaram logo depois da subida de Jesus aos céus, antes da destruição de Jerusalém e do Templo.
A Judeia ficou deserta. Os judeus, antes da morte, clamavam pelo socorro do Messias. Por volta de um milhão de judeus morreram, caçados por toda a terra santa. Cumprindo-se Mateus 24.34: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”.
Estes acontecimentos profetizados por Jesus estão se repetindo no tempo. Tipos de falsos Cristos também têm se levantado desde o primeiro século e ainda se levantarão.

 

3. A grande tribulação (Mt 24.16)
“Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes.”
Em Mateus 24.15-22, Jesus aborda o juízo sobre Jerusalém, que prefigura também acontecimentos que antecederão a volta de Jesus, bem como a grande tribulação.
Estes sinais, como o ódio aos cristãos, a incredulidade e o arrefecimento do amor serão cada vez mais marcantes, quanto mais o fim se aproxime, em que o ápice da iniquidade chegará com o inimigo de Deus dirigindo diretamente a degradação dos acontecimentos na terra.
Portanto, estas profecias do Senhor também se estendem para a Grande Tribulação – os maiores tormentos da história, em harmonia com Daniel (12.1 e ss). Haverá profanação do templo, que será reconstruído, intensa e insuportável perseguição, tempo que será abreviado por causa dos eleitos. As duas Guerras mundiais do século passado mostram que os sofrimentos de outrora podem ser cada vez piores.
Perseverar na fé é a única via para a salvação de cada justo. O fim virá só depois que o Evangelho for pregado a todas as nações (v. 14),

 

II. A VINDA DO FILHO DO HOMEM (Mt 24.23-44)

1. Falsos profetas e falsos messias (Mt 24.24)
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”.
A partir do versículo 23, a profecia de Jesus refere-se mais aos fatos que lançam luz sobre as duas últimas perguntas: Que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século? (Mt 24.3), Ele narra sobre acontecimentos que se darão antes de Sua vinda. Reitera alertas para que seus discípulos não se deixem enganar, diante de falsos messias e falsos profetas, que, aliados a Satanás, operarão sinais para confundir os salvos. Nessa fase, já próximo do fim, uma orquestração infernal quase irresistível se configurará.
O Senhor avisa para que os discípulos não procurem tais enganadores, nem pensem que Ele já voltou. Eles tentarão seduzir os cristãos, trazer-lhes inquietação, matá-los, derrotá-los e fazê-los negar o Cristo. Não é preciso correr de um lado para o outro para ver a Cristo, pois Ele virá
como um raio, e, com a rapidez do relâmpago (v. 27), resgatará os seus.

 

2. Sinais nos céus (Mt 24.29)
“Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados”.
Jesus responde à última das três perguntas feitas pelos discípulos: Que sinal haverá da consumação do século? (Mt 24.3). Vê-se que as catástrofes descritas são acontecimentos extraordinários.
As do verso 29 relacionam-se com o sistema cósmico, trazendo sinais no sol, na lua e nas estrelas. Não são apenas acontecimentos naturais já vistos, mas ações que abalam mecanismos que equilibram o universo. É o desfecho para o retomo do Filho do Homem que, ao fim, descerá das alturas sobre as nuvens, para toda a humanidade e toda a terra.

 

3. Vigiai (Mt 24.42)
“Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor”.
De um lado, as catástrofes naturais bem conhecidas se repetindo, de outro, as artificiais, já realizadas nas hecatombes nucleares, parecem antever as que virão, as quais serão maiores e mais catastróficas, sinalizando para a vinda de Jesus na consumação dos séculos.
Jesus chama a atenção para a parábola da figueira, cujos ramos que se renovam têm levado à interpretação de que o retorno de Israel à Terra Prometida, consolidada em 1948 (v. 34), seja um sinal da volta de Cristo. O milagre que acompanhou os dizeres dos judeus no exílio: “O ano que vem em Jerusalém”, o seu retorno à Terra Santa, parece apontar para a volta de Cristo.
Todavia, este dia e esta hora ninguém sabe (v. 36). O senhor nos convida a vigiar, a estarmos sempre alertas: que a sua volta motive a vigilância e a santificação dos cristãos, em qualquer período, de normalidade ou de eventos extraordinários. Jesus virá em uma hora em que não pensamos. Estejamos alertas. “Passarão o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35).

 

III. PARÁBOLAS E O JUÍZO FINAL (Mt 24.45 – Mt 25.46)

1. Parábolas escatológicas (Mt 24.45)
“Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo”.
Nessa parábola, do bom e do mau servo, o Senhor adverte àqueles que têm pessoas sob sua responsabilidade espiritual. Devem ter cuidado com elas, sustentando-as com os mais preciosos bens que se pode ter: conhecimento de Cristo, amor, graça, perdão, temor e serviço. Aquele que assim fizer, Deus lhe dará “todos os seus bens” (v. 47), acrescentando muito mais bênçãos em sua vida. Contudo, se for violento e tiver mau testemunho, o Senhor, numa hora que não se
espera, virá, castigará o mau servo e o excluirá do seu convívio.
Ao se referir à parábola das dez virgens (Mt 25.1-13), o Senhor alerta cada um para que cuide de si mesmo. Os que forem prudentes estarão com a sua lâmpada (vida espiritual) acesa (ativa), cheia da presença de Deus, para não serem pegos de surpresa. Os néscios poderão até ser religiosos, mas não terão o verdadeiro zelo, que não é ritualístico, mas interior. Os que não procuram se preparar podem perder a a vinda do Noivo.
Jesus revela, através da parábola dos talentos (Mt 25.14-30), que Deus concede aos homens capacidade e fé para compreensão do amor de Cristo e de suas implicações. Em verdade, os talentos são aquilo que o Senhor dá aos salvos para o serviço na obra de Deus – para agir no reino de Deus, movendo o coração de Deus e o das pessoas. Eles não são nossos, vêm de Deus. Quem os usa, multiplica-os e receberá mais. Quem não os usa, perde até os que tem, pois sua omissão revela seu estado de espírito contra Deus.

 

2. O Juízo Final (Mt 25.32)
“E todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas.”
Esta passagem lança um pouco de luz sobre a última pergunta dos discípulos: Que sinal haverá da consumação do século?
A segunda vinda de Cristo será em majestade, já no exercício de seu reinado em todo o esplendor e em todas as dimensões. Ele virá na companhia visível de seus anjos e se assentará em seu trono de glória, como rei, sumo legislador e juiz, exercendo todo o seu poder. A expressão mais comum, Filho do Homem, dá lugar ao termo Rei – v. 34.
O Senhor reunirá todos, de todas as nações, e separará dos cabritos as ovelhas: os que, no mundo, rejeitaram a Cristo, dos que são remidos do Senhor. A estes Ele dirá: “Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (v. 34).
O julgamento levará também em conta uma vida frutífera: as boas obras de cada um, as quais comprovam que Jesus está no coração sincero, que Nele crê. Somos justificados não pelas obras, mas para as boas obras.
Assim, cada salvo expressa a presença de Deus na vida através do amor ao próximo, suprindo os que estão necessitados. O que for feito às pessoas nessas condições é realizado em favor do próprio Senhor Jesus.

 

3. Vinde, benditos de meu Pai (Mt 25.34)
“Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”
O Rei dirá: “Vinde!”. Aos que já haviam aceitado seu convite – Vinde a mim (11.28), agora Jesus lhes acena com outro glorioso Vinde. O Rei chama Seus amados por um nome excelente: “Vinde, benditos de meu Pai”. Informa-lhes ainda que pertence a eles uma herança que foi preparada desde a fundação do mundo.
Esta passagem mostra a necessidade de transformarmos nosso discurso religioso em prática. A melhor maneira de servir a Cristo é servir aos necessitados ao alcance das nossas mãos. Anunciando-lhes a salvação e ajudando-os em suas necessidades. A justificação é unicamente pela fé e as obras não desempenham papel algum na salvação, todavia evidencia se estamos ou não em Cristo, pela presença ou a ausência de frutos.
O Rei também dirá: “Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. O motivo? O pecado de omissão! Inclusive quanto ao convite de Jesus para salvação. A falta de amor a Deus e ao próximo será levada em conta no último e grande dia (Mt 25.41,46).

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Quem ama a Cristo realiza a Sua obra porque foi salvo pela Sua graça, independentemente de recompensa. Mas, no dia do Juízo Final, será recompensado pelo Senhor, além de entrar no gozo eterno.

 

RESPONDA
1) Segundo Jesus, em Mateus 24.14, qual a condição para que venha o fim dos tempos?

2) Por que o Senhor, após falar sobre os acontecimentos que antecederiam Sua vinda, nos admoesta a sermos vigilantes?

3) De acordo com a lição, qual a melhor maneira de servirmos a Cristo?

Um Comentário

  1. 24.1.2 – Embora. ninguém saiba exatamente qual era a aparência
    desse Templo não há dúvida de que deve ter sido magnifica.
    Herodes havia ajudado os judeus a restaura-lo e embeleza-lo.
    sem duvida para manter relacoes amigaveis com os seus suditos.
    Proximo ão interior do Templo. onde os objetos sagrados eram
    guardados e os sacrificios oferecidos, havia uma area maior
    chamada átrio dos gentios (onde os cambistas e mercadores armavam
    suas tendas). 3o iade de fora cessa area existiam grandes
    pórtico s. O pórtico de Salomão tinha cerca oe 515 melros
    de cumprimento e o pórtico real ora decorado com 160 colunas,
    que se estendiam ão longo de aproximadamente 304 metros.
    Observando essa estrutura gloriosa e maciça, os discípulos provavelmente
    devem ter considerado difícil acreditar nas palavras
    de Jesus sobre a destruição do Templo. Mas este foi realmente
    destruído 40 anos mais tarde, quando os romanos saquearam
    Jerusalém no ano 70 d.C.
    24 3ss Jesus estava no monte das Oliveiras, exatamente no lugar
    onde o profeta Zacarias havia predito que o Messias estaria
    quando viesse estabelecer o seu Reino (Zc14.4). Era o momento
    apropriado paia os discípulos perguntarem a Jesus quando
    Ele viria com todo o seu poder e o que poderiam esperar dEle. A
    resposta de Jesus enfatizou os acontecimentos antes do final
    daquela era. Ele lhes recomendou que se preocupassem menos
    com a data exata, e mais em estar preparados para a ocasião;
    deveriam viver totalmente de acordo com os mandamentos de
    Deus, para que estivessem prontos para a sua volta.
    24.4 Os discípulos perguntaram a Jesus qual seria o sinal de
    sua volta e do final desta era. A primeira resposta de Jesus foi:
    “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” O fato e que todas as
    vezes que buscamos sinais, tornamo-nos facilmente suscetíveis
    a engodos. Existem muitos falsos profetas (24 11,24) com seus
    falsos sinais de poder e autoridade. A única maneira segura de
    não ser enganado e manter o foco em Cristo e em suas palavras.
    Não busque sinais especiais, e não perca tempo olhando para
    outras pessoas. Olhe apenas para Cristo24.9-13 E possível que nesse momento você não esteja sendo vítima de alguma intensa perseguição, mas isso está acontecendo a outros cristãos em diferentes partes do mundo.
    Quando souber que cristãos estão sofrendo por causa de sua
    fe, lembre-se de que são seus irmãos e irmãs em Cristo. Ore
    por eles. Pergunte a Deus o que pode fazer para ajuda-los em
    sua prova. Quando um membro do corpo esta sofrendo, todo o
    corpo padece. Mas quando todos os membros se unem para aliviar
    o sofrimento, todo o corpo se beneficia (1 Co 12.26).
    24.11 – No AT. frequentemente os falsos profetas foram mencionados
    {ver 2 Rs 3.13; Is 44.25; Jr 23.16; Ez 13.2.3; Mq 3.5; Zc 13.2). Eles afirmavam receber mensagens de Deus. porem pregavam bem-estar e riqueza. Falavam apenas o que as pessoas queriam ouvir, mesmo quando a nação não estava obedecendo a Deus como deveria.
    Na época em que Jesus viveu neste mundo, havia falsos profetas.
    Hoje também existem. São os lideres populares que falam as pessoas o que elas querem ouvir (por exemplo: ‘Deus quer que você seja rico”; “faça tudo o que seus desejos mandarem”, ‘não existe pecado ou inferno”). Jesus disse a seus discípulos
    que haveria falsos profetas e preveniu-os (como também a nós) contra dar ouvidos as perigosas palavras deles.
    24.12 – Com os falsos ensinamentos e a lassidão moral, vem uma doença particularmente destruidora: a perda do verdadeiro amor a Deus e aos semelhantes. O pecado esfria nosso amor a Deus e aos nossos semelhantes, faz com que nos preocupemos apenas com os nossos interesses. Não e possível amar verdadeiramente se pensarmos apenas em nós mesmos.
    24.13 – Jesus predisse que seus seguidores seriam rigorosamente
    perseguidos por aqueles que odiavam tudo aquilo que
    Ele. como Senhor, representava. Entretanto, em meio a essas
    terríveis perseguições, os discípulos podiam ter esperança, sabendo
    que haviam recebido a salvação.
    Os tempos de provação servem para separar os verdadeiros
    cristãos dos incrédulos e dos oportunistas. Quando se sentir pressionado a desistir ou a abandonar a Cristo, não o faça. Lembre-se dos benefícios de permanecer firme na fe e continue a viver para Cristo.
    24.14 – Jesus disse que, antes de sua volta, as Boas Novas a respeito do Reino seriam pregadas em todo o mundo. Evangelizar era a missão dos discípulos, e continua sendo a nossa. Jesus falou sobre o fim dos tempos e o Juízo final, para mostrar a seus seguidores a urgência de pregar as Boas Novas da salvação
    a todas as pessoas.
    24.15,16 – O que é a “abominação da desolação”, mencionado por Daniel e Jesus? Em vez de um objeto, acontecimento ou pessoa, pode ser uma tentativa deliberada de zombar e negar a realidade da presença de Deus, se considerarmos que a profecia
    de Daniel cumpriu-se em 168 a.C., quando Antioco Epifânio sacrificou um porco a Zeus no altar sagrado do Templo (Dn 9.27; 11.30,31). e que as palavras de Jesus sobre a abominação foram relembradas no ano 70 a.C.. quando Tito colocou
    um ídolo no mesmo local onde o Templo havia sido consumido pelo fogo. depois da destruição de Jerusalém. No final dos tempos, o anticristo faráma imagem de si e ordenara que todas as pessoas a adorem (2 Ts 2.4; Ap 13.14.15). Para Deus.
    tudo isto e abominação.
    24.21.22 – Jesus, falando sobre o final dos tempos, mencionou episódios que aconteceriam em um futuro próximo e em tempos distantes, exatamente como os profetas do AT. Muitas das perseguições preditas já ocorreram, e muitas ainda
    estão por acontecer. Mas Deus controla até mesmo a duração dessas perseguições e não se esquecera de seu povo.
    Isso e tudo o que precisamos saber a respeito do futuro para nos sentirmos motivados a viver corretamente agora.
    24.23.24 As advertências de Jesus a respeito dos falsos mestres ainda são validas para nossos dias. A partir de um exame cuidadoso, torna-se claro que muitas pregações que soam tão bem não estão de acordo com a mensagem de Deus, contida na Bíblia Sagrada. Somente um solido fundamento na Palavra de Deus pode capacitar-nos a perceber os erros e as distorções dos falsos ensinamentos.
    24.24-28 – Em tempos de perseguição, até mesmo os cristãos mais convictos enfrentarão dificuldade para manter a sua fidelidade. Para evitar que sejamos enganados por falsos messias, devemos entender que a volta de Jesus será inconfundível
    (Mc 13.26). Nesta ocasião, ninguém duvidara da
    identidade dEle. Portanto, se alguém lhe disser que o Messias
    chegou, estará mentindo (24.27). A volta de Cristo será evidente
    para todos. 24.30 * As nações da terra se lamentarão porque os incrédulos
    repentinamente perceberão que fizeram a escolha errada. Tudo o que ridicularizaram estará se manifestando, mas, para eles, será muito tarde.
    24.36 *É bom não sabermos exatamente quando Cristo retornara. Se soubéssemos a data precisa, poderíamos ser tentados a negligenciar a obra de Cristo. Pior ainda, poderíamos planejar continuar pecando e correr para Deus no último momento. O
    céu é o nosso maior objetivo, porém temos muito trabalho a fazer aqui. Devemos continuar trabalhando até a morte ou até vermos o inconfundível retorno de nosso Salvador.*
    24.40-42 A segunda vinda de Cristo sera repentina e rapida.
    Não havera tempo para arrependimentos ou negociacoes de
    ultima hora. A escolha anteriormente feita determinara nosso
    destino eterno.
    24.44 – Ão falar sobre sua volta, a intenção de Jesus não era estimular
    previsoes ou calculos sobre a data, mas alerta-nos sobre
    estar preparados. Sera que voce esta pronto? A unica garantia e
    obedecer lhe hoje (24.46).
    24.45-47 – Jesus nos manda passar o tempo de espera cuidando
    de seu povo e fazendo a sua obra neste mundo, dentro e fora
    da igreja. Essa e a melhor maneira de nos prepararmos para a
    volta de Cristo.
    24.50 – Saber que o retomo de Cristo sera repentino e inesperado
    deve motivar-nos a estar preparados. Devemos viver com
    responsabilidade, som usar sua demora como desculpa para
    deixar de fazer a obra de edificação de seu Reino, para procurar
    prazer ou desenvolver uma falsa seguranca, baseada nas datas
    que alguém tenha previsto para a volta de Jesus.
    24.51 – “Pranto e ranger de dentes” e a expressão usada para
    descrever o desespero que sentirão os que não seguém a Cristo
    no dia de sua volta inesperada. O Juizo vindouro de Deus e tão
    certo como a volta de Jesus a terra.
    25.1 ss – Jesus contou varias parabolas, para esclarecer o que
    significa estar pronto para seu retorno e corno devemos viver ate
    que Ele venha. Na Parabola das Dez Virgens (25.1-13), Jesus
    nos ensina que cada um de nos e responsavel por sua condição
    espiritual. Na dos Talentos (25.14-30), mostra a necessidade de
    usarmos bem aquilo que Deus nos confiou. Na parabola das
    ovelhas e dos bodes (25.31 46). enfatiza a importancia de atendermos
    ãos necessitados. Nenhuma parabola descreve completamente
    nossa preparação. Antes, cada uma delas ilustra
    uma parte de todo este preparo. 25.1ss – Essa parabola se refere a um casamento. Naquela opoca.
    no dia do casamento, o noivo ia a casa da noiva para a ceri
    moma. então, os nubentes e um grande numero de conv:dados
    dirigia-se a casa do noivo, onde se realizava uma festa, que geralmente
    durava uma semana inteira.
    As dez virgens eram damas de honra que esperavam para juntar-
    se ãos convidados, a fim de participar da festa, mas, na
    parabola, devido a demora do noivo, cinco delas ficaram sem
    oleo para as suas lampadas. Quando conseguiram comprar o
    oleo necessario, ja era tarde demais, não puderam unir-se ãos
    outros na festa. Isso significa que, quando Jesus voltar para
    levar o seu povo para o ceu deveremos estar prontos. A preparação
    espiritual não pode ser comprada ou emprestada no
    ultimo minuto. O nosso relacionamento com Deus e pessoal e
    individual, pertence somente a cada um de nos.
    25.15 O senhor daqueles servos dividiu o dinheiro entre eles de
    acordo com a capacidade de cada um. Nenhum deles recebeu
    recursos superiores ou inferiores a sua capacidade de administrar.
    Se alguém falhasse em sua missão, a desculpa não poderia
    estar relacionada a sobrecarga. O insucesso indicaria apenas
    preguica ou falta de amor para com o seu senhor.
    O ouro representa qualquer tipo de bem que recebemos. Deus
    nos da tempo, dons e outros recursos de acordo com as nossas
    habilidades e espera que sejam investidos criteriosa e sabiamente
    ate a volta de Cristo. Somos responsaveis por usar bem
    aquilo que Deus nos deu. A questão não e o quanto temos, mas
    como usamos aquilo que temos.
    25.21 Jesus esta voltando. Sabemos que esta afirmação e verdadeira.
    Sera que isto significa que devemos abandonar nossas
    atividades sociais e prof.ssionais para servii a Deus? Não. Significa
    que devemos empregar nosso tempo, talento e nossos recursos
    de forma diligente, a fim de servirmos completamente a
    Deus em tudo o que fizermos. Para um pequeno grupo de pessoas,
    isto pode significar uma mudanca de atividade, mas. para
    a maioria de nos. significa executar nosso trabalho diario e continuar
    amando a Deus.
    25.24-30 – O ultimo homem pensou apenas em si mesmo. Agiu
    com cautela, para so proteger da severidade de seu mestre,
    mas foi julgado por seu egoismo.
    Não devemos inventar desculpas para deixar de fazer aquilo
    que Deus nos chamou para fazer. Se Ele e realmente nosso
    Mestre, devemos obedecer lhe voluntariamente, com toda a
    disposição. Em primeiro lugar, nosso tempo, nossa capacidade
    e nosso dinheiro não nos pertencem, somos apenas seus guardioes.
    não seus proprietarios. Quando ignoramos isso. desperdicamos
    ou utilizamos mal aquilo que recebemos, rebelamo-nos
    e merecemos ser punidos. 25.29,30 – Essa parabola descreve as consequencias de duas
    atitudes em relação a volta do Senhor Jesus Cristo. A pessoa
    que sc preparar diligentemente para esta ocasião, investindo
    seu tempo e talento para servir a Deus. sera recompensada, enquanto
    aquela que não tiver interesse pela obra do Reino sera
    punida. Deus recompensa a fidelidade. Aqueles que não produzirem
    frutos para o Reino de Deus não poderão esperar receber
    o mesmo tratamento que terão aqueles que forem fieis.
    25.31 -46 – Deus separara seus seguidores obedientes daqueles
    que são incredulos e fingidos. A verdadeira prova de nossa crenca
    e a maneira como agimos. Tratar todas as pessoas que encontramos
    como se fossem o proprio Senhor Jesus não e uma
    tarefa facil. O que fazemos ãos outros demonstra o que realmente
    pensamos a respeito das palavras do Mestre para nos: alimente
    os famintos, de ãos indigentes um lugar para se abrigar,
    cuide dos doentes. Sera que seus atos são suficientes para diferencia-
    lo dos fingidos e incredulos?
    25.32 Jesus usou ovelhas e bedes para ilustrar a divisão entre
    crentes e incredulos. Ovelhas e bodes muitas vezes pastam juntos,
    mas são separados quando chega a opoca da tosquia. Em Ezequiel
    34.17-24, tambem ha referencia a separação das ovelhas e bodes.
    25.34-40 Essa parabola descreve certos atos de misericordia
    que todos nos podemos praticar todos os dias. Essas atitudes
    não dependem de nossa riqueza, habilidade ou inteligencia, são
    simples, podem ser postas em pratica no dia-a-dia e são sempre
    bem recebidas.
    Não existem desculpas para negligenciarmos aqueles que possuem
    grandes necessidades; não podemos eximir-nos desta
    responsabiiidade diante da Igreja e do governo. Jesus exige
    nosso envolvimento pessoal para ajudar a suprir as necessidades
    dos semelhantes (Is 58. 7).
    25.40 – Tem havido muita discussão a respeito da identidade
    dos “pequeninos irmãos” aqui mencionados. Alguns dizem que
    são judeus; outros, que são todos cristãos; e ainda ha os que
    afirmam que a expressão se refere as pessoas que sofrem no
    mundo inteiro.
    Esse debate e muito parecido com a pergunta feita anteriormente
    pelo doutor da lei a Jesus: “E quem e meu proximo?” {Lc
    10.29). O ponto mais importante nessa parabola sobre o Reino
    não e a quem. mas o que e feito; a enfase recai sobre a impor
    tancia de servir, onde quer que seja necessario. O sentido da parabola
    e que devemos amar todas as pessoas e serv<-las sempre que possivel. Esse amor pelos outros glorifica a Deus. porque reflete nosso amor por Ele. 25.46 - O castigo eterno acontecera no inferno, geena (o lago de fogo eterno), o lugar da punição para todos aqueles que se recusarem a arrepender-se em vida. Nas Escrituras, tres palavras são usadas para descrever o local do castigo eterno: seol, hades e geena. (1) Seol significa tumulo, sepultura. Esse foi o termo hebraico usado no AT (Jo 24.19; Sl 16.10; Is 38.10) para designar o lugar dos mortos, que acreditavam ficar abaixo da terra. (2) ITades. o reino dos mortos, e uma palavra grega usada para designar o inferno, o lugar abaixo de. O termo foi empregado no NT (Mt 16.18; Ap 1.18; 20.13,14) com o mesmo sentido da palavra seol. (3) Geena passou a designar o interno porque era o nome do vale do filhos de Hinom, que ficava nas proximidades de Jerusalem, onde criancas eram sacrificadas no fogo ãos deuses pagãos (ver 2 Rs 23.10; 2 Cr 28.3). Este e o lugar do fogo eterno (Mt 5.22; 10.28: Mc 9.43; Lc 12.5; Tg 3.6: Ap 19.20} preparado para o Diabo. seus anjos e todos aqueles que não creem em Deus (Mt 25.46; Ap 20.9,10). O tormento sera o estado final e eterno dos impios apos a ressurreição e o Juizo final. Quando Jesus exorta contra a falta de fe, esta procurando nos livrar da agonia deste castigo.