LUCAS 11 a 14: A ORAÇÃO, OS FARISEUS E VIDA CRISTÃ
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Lucas 11 a 14 há 183 versos, Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Lucas 11.123 (5 a 7 min.).
Jesus sabia que seria morto em Jerusalém e que depois de elevar-se ao céu a tarefa apostólica seria difícil. Os discípulos precisam ter intimidade com Deus, mas para isso precisariam buscá-lo, desejar o seu Reino e a vitória contra as tentações, Jesus está ensinando que a oração é o recurso que temos para que Deus nos dê vitória contra o valente (Lc 11.22) e nos faça participantes do projeto de redenção que trará para Jesus os despojos – as vidas – roubadas por Satanás, Professor(a), mostre que só há dois lados nessa guerra (Lc 11.23) e que a oração é a força do fraco que peleja por Jesus. A hipocrisia e a ganância de alguns os fazem desapercebidos para a guerra e estes perdem suas vidas.
OBJETIVOS
• Compreender que a prática da oração gera intimidade com Deus.
• Praticar continuamente a oração a fim de resistir ao mal.
• Compreender os riscos de uma vida materialista, distante de Deus.
PARA COMEÇAR A AULA
Pegue 3 folhas de papel e corte-as ao meio. Em cada metade escreva uma destas palavras: cérebro; coração; ouvidos; olhos; boca; mãos, Coloque todas essas palavras num envelope. Diga que ali estão os tesouros mais valiosos para quem quer vencer o mal e aliar-se a Jesus. Ao retirar os papéis explique que pela oração o Espírito nos faz reconhecer mentiras (ouvidos); nos afasta de imagens (olhos) que podem afetar nossas palavras (boca), emoções (coração), pensamentos (cérebro) e atos (mãos).
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
1) A oração do “Pai Nosso”.
2) A chegada do Reino de Deus.
3) Encontrar alguma atitude condenável em Jesus.
LEITURA ADICIONAL
O tom solene acerca da controvérsia com os fariseus tem continuação em todo o cap. 12, em que o nosso Senhor se volta para os seus seguidores e pronuncia uma série de advertências que eles precisam respeitar.
Em Lucas 12.8, ele os orienta a se preparar para a perseguição que certamente os espera (v. 1-12). Em seguida, adverte-os acerca da avareza, a valorização excessiva dos bens materiais, e reforça a advertência com a parábola solene do rico insensato (v, 13-21).
(…) O ministério na Pereia (13.1— 17.10) Esse título, dado comumente a essa seção no evangelho, é usado aqui por conveniência. Ele pressupõe que a viagem para Jerusalém tomou um caminho mais longo, a leste do Jordão, supostamente para evitar a má vontade dos samaritanos, Mc 10.1 diz que Jesus “saiu dali e foi para a região da Judeia e para o outro lado do Jordão”, e tem sido sugerido que Lucas está dando os detalhes aqui para preencher o resumo. Essa leitura das indicações geográficas, no entanto, de forma alguma é universalmente aceita. N. B. Stonehouse (p. 116-7), discutindo o problema, conclui: “Parece, então, que é claramente uma designação incorreta falar dessa seção como do ‘Ministério na Pereia”‘. Ele diz que 17.11 indica que o nosso Senhor ainda está somente tão distante quanto a divisa de Samaria com a Judeia, de modo que a maioria dos eventos de 13.1— 17.10 precisa ser localizada na Galileia. Mas, não importa a localização, a face do nosso Senhor está sempre voltada para Jerusalém (13.22,23).
Livro: Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento (F. F. Bruce. São Paulo: Editora Vida, 2008. Págs. 1672, 1673).
Estudada em 12 de novembro de 2023
LIÇÃO 7: LUCAS 11 a 14: A ORAÇÃO, OS FARISEUS E VIDA CRISTÃ
Texto Áureo
“Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, ahrir-se-lhe-á.” Lucas 11.10
Verdade Prática
O apetite pela Bíblia, pela oração e por servir a Deus e ao próximo; são pilares da fé cristã e evidência de boa saúde espiritual.
Leitura Bíblica Para Estudo: Lucas 11.1-23
INTRODUÇÃO
I. ORAÇÃO PERSISTENTE Lc 11.1-13
I 1. Pai Nosso Lc 11.1-4
2. Amigo importuno Lc 11.5-8
3. Eficácia e persistência na oração Lc 11.7-13
II. ADMOESTAÇÕES CONTRA OS FARISEUS Lc 12.1-48
1. Hipocrisia Lc 12.1
2. Avareza Lc 12.13-21
3. Ansiedade Lc 12.22-34
III. A VIDA CRISTÃ
Lc 13.1 -14.34
1. A Porta estreita Lc 13.22-30
2. Mensagem corajosa Lc 13.31-35
3. Serviço e renúncia Lc 14.25-35
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 296 -175
INTRODUÇÃO
Nesses capítulos, Jesus dedica seus últimos momentos a ensinar a multidão e a exortar os religiosos da época, pois não o reconheciam como o Messias e buscavam uma oportunidade para acusá-lo e matá-lo.
I. ORAÇÃO PERSISTENTE (Lc 11.1-13)
Lucas é também conhecido como o evangelho da oração em razão do grande número de ensinos e referências sobre o tema. O capítulo 11 e o capítulo 18 ilustram isso.
1. Pai nosso (Lc 11.1-4)
Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino (11.2).
O Senhor ensina aos discípulos um modelo de oração que é conhecida como “o Pai-nosso”. Lucas trata de forma resumida o que aparece em Mateus 6.9-13. O demonstra ser, essencialmente, uma oração modelo ou padrão para nossas orações espontâneas, sem a necessidade da repetição das mesmas palavras.
Em termos breves, pois, o sentido é o seguinte:
1. “Pai.” O crente começa sua oração com a humilde e alegre consciência de que Deus é seu Pai, e que ele, que suplica, é filho e herdeiro desse pai.
2. “Santificado seja o teu nome.” Que o teu nome seja conhecido e honrado por todos. É como se estivesse dizendo: “Engrandecei o Senhor comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome”
3. “Venha o teu reino.” Significa: “Que o teu reinado se estabeleça cada vez mais, tanto em extensão quanto em intensidade, para que tua vontade seja feita na terra como é feita no céu”.
4. “O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; “Significa: continua a suprir-nos, dia a dia, com a porção necessária para o hoje”. Aqui “pão” indica tudo o que é necessário para o sustento da vida física.
5. “Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve;” Significa que a pessoa que não perdoa, também, não está em condição de aceitar o perdão de Deus.
6. “E não nos deixes cair em tentação. ” Não permitas que, fracos como somos e inclinados a pecar, sejamos vencidos pela tentação; que permaneçamos vigilantes e triunfantes”.
2. Amigo importuno (Lc 11.5-8)
Digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade (11.8).
Interessante que, após a oração chamada de “Pai Nosso”; ou dominical; ou do Senhor, Jesus apresenta a parábola do amigo importuno, relacionada a uma vida de oração.
Tarde da noite, aparece um amigo viajante, exausto, cansado e faminto, pedindo hospedagem. Assim o hospedeiro cuja despensa estava vazia, corre a outro amigo seu por volta da meia-noite, o desperta e lhe diz: “Meu amigo, por favor, me empreste três pães, porque um amigo meu chegou, e não tenho nada para pôr diante dele”.
O homem que já deitado, então responde: “Pare de me importunar; a porta já está fechada, e meus filhos já estão deitados comigo. Sinto muito, mas não posso levantar-me para lhe dar alguma coisa.” É assim que o amigo irá reagir? Jesus responde e diz que o amigo certamente se levantará e dará a essa pessoa os três pães que solicitou; aliás, lhe dará “tudo o de que necessitar.”
O ponto é este: Se mesmo um amigo humano atende ao pedido persistente, o Pai celestial responderá, generosamente, às nossas petições. Jesus, com isto, ensina que precisamos orar persistentemente.
3. Eficácia e persistência na oração (Lc 11.7-13)
Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á (11.9).
Jesus aqui continua enfatizando a perseverança em oração. Uma tríplice atitude acompanha uma promessa tríplice: peçam e receberão, busquem e acharão, batam e portas se abrirão. Note que estão ordenadas numa escala de intensidade crescente.
Pedir implica petição sincera; humildade; consciência da necessidade e confiança em Deus, que pode responder, isto é, fé em Deus. Bem diferente da oração duvidosa.
Buscar é pedir e agir. A pessoa deve estar diligentemente ativa no esforço de obter a resposta. Por exemplo, alguém deveria não só orar em prol de comunhão com Deus, mas também deveria diligentemente examinar as Escrituras, orar e ir aos cultos.
Bater é perseverar. Alguém continua batendo à porta do palácio do reino até que o Rei, que é ao mesmo tempo o Pai, abre a porta e providencia tudo o de que se necessita. Continuem pedindo, buscando e batendo.
II. ADMOESTAÇÕES CONTRA OS FARISEUS (Lc 12.1-48)
Só Lucas registra que os admiráveis ensinos de Jesus fizeram com que uma mulher exclamasse dizendo: “Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram!” (Lc 11.27,28). Jesus querendo enfatizar a necessidade de oração e resistência ao fermento dos fariseus e aos ataques de Satanás, responde: “Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!”. O espanto do povo e o louvor que Jesus recebeu dessa mulher poderiam muito bem estar entre as causas que suscitaram a inveja e ira dos fariseus.
1. Hipocrisia (Lc 12.1)
Posto que miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Hipocrisia significa fingir. Refere-se ao mau hábito de alguém esconder sua verdadeira personalidade por trás de uma máscara.
Jesus adverte contra esta primeira e mais características das manifestações do fermento dos fariseus dizendo que a verdade virá à lume, talvez ainda nesta vida; mas, se não, então certamente no dia do juízo final.
Jesus compreende plenamente que a ira dos oponentes seria derramada não só sobre Ele, pessoalmente, mas também sobre Seus seguidores. A advertência é seguida de palavras de alento aos Seus discípulos: “Não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer”; “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”) “Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas o que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (12.4-9).
2. Avareza (12.13-21)
Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui (12.15)
Alguém dentre a multidão diz: “Mestre, diz a meu irmão que reparta comigo a herança”. Em resposta Jesus conta a parábola do rico insensato e faz uma das perguntas mais reflexivas da Bíblia: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (v. 20)
Longe de reprovar as riquezas, o que Jesus chama de loucura é a vã expectativa dos que creem em si mesmos e em suas posses, ignorando Deus.
É uma questão de escolher o elemento certo para ser posto em primeiro lugar em nossa lista de prioridades.
3. Ansiedade (Lc 12.22-34)
Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas (12.31).
Jesus demonstrou que a preocupação ou a ansiedade terrena não se harmoniza com a posição dos discípulos – que são a coroa da criação divina – além de ser completamente inútil (vv. 25, 26). Ele acrescenta como um novo argumento contra a ansiedade, o contraste entre cristãos e incrédulos, os mundanos.
O que Jesus está dizendo é que os crentes devem ser diferentes dos demais em seus anelos íntimos; devem fixar o coração em coisas diferentes; devem ser controlados por ideais diferentes; e devem ser motivados por um amor diferente. Quando os membros da igreja quase não se distinguem dos “de fora” em suas ambições mais íntimas, nas metas que tentam alcançar, na maneira de conduzir seus eventos e festas sociais, no tipo de literatura que preferem ler, nos cânticos que preferem cantar, na escolha de amigos etc., há alguma coisa errada.
O Pai celestial cuida para que tenham não só abundância de bênçãos espirituais. Não lhes faltará o necessário para o cotidiano. Com muita ternura, Jesus acrescenta: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lc 12.32).
III. A VIDA CRISTÃ (13,1-14,34)
Jesus iniciara Sua última viagem para Jerusalém (9.51). Parecia que Ele não tinha pressa Aliás, Ele permaneceu tempo suficiente nesses lugares para ali poder ensinar.
1. A Porta estreita (Lc 13.22-30)
Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão (13.24).
Em resposta à pergunta que alguém fez: “Senhor, são poucos os que são salvos?” Jesus disse ao inquiridor, bem como a toda a multidão reunida, que todos deveriam se esforçar por entrar pela porta estreita.
Esforçar-se na luta contra todos os adversários: Satanás, o pecado, o ego… As palavras “Muitos (…) buscarão entrar e não poderão ” constituem uma séria advertência destinada a todos para que deixem a perversidade e a indiferença.
Jesus finalmente causa admiração ao mencionar que muitos se surpreenderão ao pensarem que merecem o Reino de Deus por sua posição e familiaridade com Deus, mas Ele os rejeitará afirmando que não os conhece e que apartem-se dele todos os que praticam a iniquidade.
2. Mensagem corajosa (Lc 13.31-35)
Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei (13.32).
Alguns fariseus alertam Jesus que Herodes pretende matá-lo. No entanto, Jesus manda dizer a Herodes, a quem chama de raposa, que continuará a curar e expulsar demônios hoje e amanhã, até que chegue a Jerusalém.
Jesus também demonstra que não está seguindo o calendário de Herodes, e, sim, o de Deus. No terceiro dia – isto é, o dia divinamente designado, nem um dia antes num um dia depois – terminarei o meu objetivo, diz Jesus. Que forma gloriosa de descrever sua morte! Por meio dessa morte ele alcançaria o seu objetivo, que é a redenção de seu povo.
Por fim, Jesus lamenta sobre Jerusalém, comparando-se a uma galinha que deseja proteger seus pintinhos sob suas asas.
3. Serviço e renúncia (Lc 14.25-35)
Assim, pais, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo (14.33).
Advertência para os que o seguiam apenas por causa do pão, dos milagres e dos seus próprios interesses políticos.
Jesus não estava empolgado com a quantidade de pessoas, mas com a qualidade. No que se trata de salvar almas perdidas, deseja que sua casa fique cheia (v.23), mas no que se refere a discipulado pessoal, quer apenas os que estão dispostos a aprender, a renunciar, a amá-lo sobre tudo.
O preço de seguir Jesus é carregar a nossa cruz, ou seja, identificar-se diariamente com Jesus também no sofrimento se quisermos desfrutar da Sua glória.
APLICAÇÃO PESSOAL
Há alegria no céu tanto quando um pecador que se arrepende quanto quando o salvo faz renúncias pessoais para ser fiel a Deus e servir ao próximo.
RESPONDA
1) Qual o modelo de oração ensinado por Cristo no capítulo 11?
2) O que a cura e a libertação da mulher encurvada evidenciam?
3) Qual a intenção do fariseu ao convidar Jesus para comer em sua casa?