Carta aos Romanos – Lição 01 – Cenário Histórico de Roamanos

LIÇÃO 1 CENÁRIO HISTÓRICO DE ROMANOS

Texto áureo

“Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” Rm 1.16

Verdade Prática

0 Evangelho deve ser anunciado a todos, indistintamente, pois é o poder de Deus para a salvação dos perdidos.

Estudada em___ /___ /____

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Rm 1.1  O chamado de Paulo

Terça – Rm 1.4 O poder de Jesus

Quarta – Rm 1.5 Graça e apostolado

Quinta – Rm 1.11 Bênçãos da fé em comum

Sexta – Rm 1.14 Devedor de todos

Sábado – Rm 1.15 Prontidão para pregar

 

LEITURA BÍBLICA

Romanos 1.13-17

13     Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me pro­pus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para con­seguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios.

14     Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes;

15     por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma.

16     Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e tam­bém do grego;

17     visto que a justiça de Deus se re­vela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: 0 justo viverá por fé.

Hinos da Harpa: 430 -186

 

LEITURA COMPLEMENTAR
Está chegando o ocaso do ano 56 d.C. Paulo chega à Acaia, última pou­sada antes de partir para Jerusalém, levando o resultado da liberalidade das igrejas já formadas entre os gentios. Três meses aí se demora até a véspera da Páscoa (At 20.3-6). Na primavera de 57 d.C., prossegue viagem.

Indubitavelmente é nessa permanência na Acaia que escreve a Epís­tola aos Romanos. Romanos é a primeira epístola que aparece na Bíblia. Cronologicamente, fica logo após o livro de Atos. Contém o ABC da dou­trina cristã e é a base do ensino da Igreja. Isso quer dizer que, se a enten­dermos de forma equivocada, teremos dificuldade no entendimento dos outros textos bíblicos.

O grande tema de Romanos é a revelação de Deus contra o pecado e a justificação pela fé em Cristo. A carta aos Romanos mostra que todos são culpados diante de Deus e necessitam de salvação por meio de Jesus.

Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora INOVE – Brasília, 2011, págs. 6-30).

 

LIÇÃO Nº 1

CENÁRIO HISTORICO DE ROMANOS

INTRODUÇÃO

  1. APÓSTOLO AOS GENTIOS
  2. Uma etapa encerrada Rm 15.20
  3. O autor e a carta Rm 1.1-6
  4. O tema da carta Rml.17
  5. CRISTÃOS NA CAPITAL
  6. Santos romanos Rmi.7
  7. Boa reputação Rm 1.8
  8. Uma oração sincera Rm 1.9

III.     O APÓSTOLO E A IGREJA

  1. Um desejo frustrado Rm 1.11
  2. Bênçãos da fé comum Rm 1.12,13
  3. O poder do Evangelho Rm 1.14-16

APLICAÇÃO PESSOAL

INTRODUÇÃO

A Epístola aos Romanos ocupa um destaque de honra entre as de­mais do Novo Testamento. Ela não foi a primeira a ser escrita. As car­tas aos Tessalonicenses, aos Coríntios e aos Gálatas são anteriores, e alguns dos temas dessas cartas são retomados em Romanos.

Esta epístola revela o apóstolo Paulo prestes a partir para Jeru­salém (Rm 15.25,26]. Ele encar­rega Febe, diaconisa de Cencreia, de levar a carta aos destinatários.

 

  1. APÓSTOLO AOS GENTIOS
  2. Uma etapa encerrada. Pau­lo julgava encerrada sua obra na bacia oriental do Mediterrâneo. As Boas Novas foram anunciadas e recebidas de bom grado, e o senhorio de Cristo, proclamado em todos os recantos (Rm 15.20].

Com a consciência do dever cumprido, Paulo fez uma avalia­ção retrospectiva de seu minis­tério. Ele tinha convicção de que Deus o chamara para proclamar a mensagem de Cristo entre os gentios.

De fato, cumpriu a missão de levar o Evangelho desde Jeru­salém até o Ilírico (Rm 15.19]. Sentia-se já desobrigado dessa missão, estando livre para ini­ciar novas campanhas em lugares onde o Evangelho ainda não havia sido proclamado, pois o apóstolo tinha por ética não edificar em fundamentos alheios (Rm 15,20).

O projeto de pregar na Espa­nha foi o resultado da sensibilida­de espiritual apostólica de Paulo.

  1. O autor e a carta. O au­tor da carta foi Paulo, o apóstolo cristão designado aos gentios; chamado outrora de Saulo, o benjamita, natural de Tarso, na Ásia Menor. Ele era fariseu, educado em Jerusalém aos pés de Gamaliel. Era também cidadão romano e perseguidor dos cristãos. Con­vertido a Cristo, tornou-se prega­dor e escritor (Rm 1.1-6).

Pela ordem de colocação, Ro­manos é o quadragésimo quinto livro da Bíblia, tem 16 capítulos, 433 versículos, 87 perguntas, 19 profecias do Antigo Testamento, 4 novas profecias, 382 versículos de história, 29 versículos de pro­fecias cumpridas e 16 de profe­cias não cumpridas.

Esta é a sexta carta de Paulo. Foi escrita em Corinto, por volta de 57 a 59 d.C., e enviada a Roma por meio de Febe.

O número de judeus residen­tes em Roma era muito grande (cerca de 40 mil pessoas, dentre as quais muitas eram descenden­tes de libertos). Pompeu, imperador Romano, levou muitos ju­deus escravizados para Roma, os quais, mais tarde, foram libertos. Podemos, então, concluir que a Igreja em Roma era composta de judeus e gentios.

Paulo não pregava uma religião inventada pelos homens. A mensagem dele era baseada em uma revelação divina.”

Paulo não se dirigiu a nenhu­ma personalidade eclesiástica, donde se conclui que ali não havia uma organização central. A igreja era composta por, pelo menos, quatro diferentes congregações: a da casa de Áquila e Priscila, no Aventino; a do Palácio Imperial; a da casa de Hermes e a casa de Filólogo.

  1. O tema da carta. O grande tema de Romanos é a revelação de Deus contra o pecado e a justiça pela fé como base da justificação. Romanos mostra que todos são culpados diante de Deus e necessi­tam de salvação por meio de Jesus Cristo. A característica predomi­nante é o longo trecho doutrinário (Rm 1.17-8.39).

0 método de Deus em lidar com judeus e gentios, individual­mente, é ilustrado nesse trecho doutrinário e sua relação na dispensação é apresentada a seguir (Rm 9.1 a 11.36). O restante (Rm 12.1 – 16.27), voltado para o que é praticado, mostra o resultado da salvação.

 

  1. CRISTÃOS NA CAPITAL

 

  1. Santos romanos. Paulo era desconhecido da Igreja em Roma. Apresentou-se com o duplo apos­to de “servo de Jesus Cristo” e “apóstolo” (Rm 1.1]. O termo “ser­vo” desse designativo evoca hu­mildade, e o segundo, “apóstolo”, autoridade.

O versículo 7 se articula com o 1: “Paulo… a todos os…”. Os cristãos de Roma eram também alvo do amor de Deus. Crentes cujo amor para com Deus ecoa­va alto. Eram “santos”, não em termos de santidade adquirida por sua conduta irrepreensível, mas porque a vocação divina os separou para que brilhem no mundo. E a realidade posicionai de cada crente.

A santidade também consiste em se afastar das coisas profa­nas e se consagrar a Deus, que escolheu para si um povo que é santo.

  1. Boa reputação. Não se co­nhece a origem da comunidade cristã de Roma. Não existem in­dícios de que foi estabelecida por Pedro, pois não está historica­mente comprovado que Pedro te­nha visitado a capital do Império. Podemos assegurar que não foi Paulo, como se depreende de Ro­manos 15.20 e dos cuidados que o apóstolo pareceu tomar para não melindrar ninguém, quando tratou com essa igreja (Rm 1.8].

Judeus da diáspora mantinham- -se em conexão emocional com a mãe-pátria.

Portanto, é possível que o Evangelho tenha sido levado a Roma por viajantes, principalmente judeus convertidos.

Como os cristãos romanos vi­viam no centro do poder político do mundo ocidental, estavam em evidência. Felizmente a reputa­ção deles era excelente e sua só­lida fé se tornava conhecida em todo mundo.

  1. Uma oração sincera. Quando se ora de contínuo por causa de alguma inquietação, não se deve surpreender diante do modo como Deus venha a respon­der. Paulo orou com o desejo de que pudesse visitar Roma e ensi­nar aos cristãos que lá estavam, mas, quando finalmente chegou àquela cidade, era um prisioneiro (Rm 1.9; At 28.16],

Ele orou por uma viagem segura. Embora realmente che­gasse em segurança a Roma, foi preso, teve o rosto esbofeteado, naufragou e foi picado por uma víbora.

As diversas formas que Deus usa para responder às nossas orações quase sempre são mui­to diferentes do que esperamos. Quando oramos com fé, Deus nos responde; mas Sua resposta será sempre conforme a Sua soberania e dentro do tempo que Ele mes­mo designou.

 

III. O APÓSTOLO E A IGREJA

 

  1. Um desejo frustrado.

Paulo queria muito ir a Roma, mas até aquele momento não lhe fora permitido por Deus. O único impedimento à paixão evangelizadora do apóstolo era o próprio Senhor do Evangelho. Todos os outros impedimentos ele busca­ra contornar. Os exemplos são inúmeros: se o dinheiro estava curto, ele fazia tendas; se o tem­plo se fechava, ele ia para a rua; se a multidão o chamava para fa­lar no estádio, ele ia sem medo. Nisso, há uma lição para nós, hoje. Quem tem nos impedido de pregar? Deus ou os homens? Se Deus nos impede de pregar, en­tão não adianta insistir. Ele é o Senhor da obra (Rm 1.11).

  1. Bênçãos da fé comum.

Paulo orou a fim de visitar os cris­tãos em Roma, encorajá-los na fé e ser por eles encorajado. Como enviado de Deus, ele podia ajudá-los a entender melhor o signifi­cado do Evangelho e a respeito da pessoa de Jesus. Como um povo dedicado a Deus, os fiéis de Roma podiam oferecer ao apóstolo co­munhão e conforto.

Isso prova que, quando os crentes em Jesus se reúnem, o amor fraternal os constrange a dar e receber. A fé em comum proporciona um vínculo entre eles, o que é uma bênção e um es­tímulo para todos.
O Evangelho é a mensagem divina da salvação através de Cristo.
Ao término de sua terceira viagem missionária, Paulo já ha­via viajado pela Síria, Ásia, Macedônia e Acaia. Essas regiões eram constituídas principalmente por cristãos gentios (Rm 1.12,13).

  1. O poder do Evangelho.

Qual era o dever de Paulo? De­pois do encontro com Cristo na estrada para Damasco, Paulo consagrou toda a sua vida à ta­refa de levar o Evangelho a todos os gentios. Assim, a obrigação dele era com os povos do mun­do inteiro, e ele a cumpriu ao proclamar Cristo como Salvador das pessoas de todas as etnias, culturas e classes socioeconômicas de então, fossem judias ou gentílicas (Rm 1 14-16).

Desta maneira, Paulo estava pronto para pregar o Evangelho em Roma, um lugar onde certa­mente sua mensagem seria “atro­pelada” por aqueles que se chama­vam sábios.

O Messias de Israel foi pendu­rado em um madeiro, um terrível escândalo para os judeus; todavia, Paulo não se envergonhava de admiti-lo. 0 motivo de sua ousada intrepidez estava em sua convicção de que a excelência do Evangelho está nisto: ele é a boa notícia que nos revela o caminho da salvação provisionada em Jesus Cristo, a qual é experimentada por todo aquele que creu e nasceu de novo.

Paulo disse que o Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê“. É Deus quem opera a salvação de todos os que creem na obra expiatória de Jesus na cruz. Sem esse poder “de Deus”, o Evangelho não passa­ria de mais uma religião morta.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Fomos chamados para viver em santidade, para o inteiro agra­do de Deus, enquanto proclama­mos o Evangelho de Cristo com nosso exemplo e palavras. Bus­quemos cumprir o nosso dever.

 

RESPONDA

 

Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:

1        ( ) Paulo julgava encerrada sua obra na bacia oriental do Mediterrâneo porque as

Boas Novas foram ali anunciadas e o senhorio de Cristo proclamado.

2        ( ) O que motivou Paulo a visitar os cristãos em Roma foi o seu intenso desejo de

encorajá-los na fé e ser por eles também encorajado.

3        ( ) Paulo não se envergonhava do Evangelho porque ele tinha convicção de que a

salvação era somente para os judeus.

 

VOCABULÁRIO

  • Dispensação: Maneira como Deus trata com a humanidade durante um determinado período de tempo.
  • Diáspora: Dispersão de um povo em consequência de preconceito ou perseguição política, religiosa ou étnica.
  • Víbora: Cobra venenosa.