Carta aos Romanos – Lição 05 – Uma Nova Vida em Cristo

LIÇÃO 5

UMA NOVA VIDA EM CRISTO

Leitura Complementar

O crente passou de uma autoridade que perdeu sua credibilidade – a lei – para a graça. Jesus já havia falado: “Não podeis servir .1 dois senhores”. paulo apresentou dois tipos de patrão ou senhor: o pecado e a justiça. Como a pessoa se torna escrava ou serva de um desses patrões? Pela irrestrita obediência a um deles. O pecado é pago com ,1 morte e a obediência a Deus conduz à justiça.  Paulo, aqui, pode dar graças a Deus pelos irmãos em Roma serem obedientes ao Evangelho que lhes fora pregado. Os romanos fizeram a opção certa quanto ao Senhor a quem haveriam de servir. A consequência disso se apresenta imediatamente: a liberdade em relação ao pecado.
Quando nós éramos escravos do pecado, não podíamos obedecer a Deus e fazíamos as coisas que O desagradavam. O que ganhamos quando fazíamos aquelas coisas de que hoje nos envergonhamos? O resultado de tudo aquilo é a morte, mas agora fomos libertos do pecado o passamos a ser escravos de Deus (servos de Deus). O resultado disto é que ganhamos uma vida dedicada a Deus e teremos a vida eterna.

Há uma diferença extrema entre a maneira como a escravidão ao pecado conduz à morte e a maneira como a escravidão á justiça conduz à vida. O contraste não se limita apenas ao resultado. Às antíteses pecado/ justiça e morte/vida, temos também que acrescentar a antítese salário/ dom gratuito. A morte é o salário que o pecado paga àqueles que estão sob seu domínio.
Paulo parece pegar a figura da vida militar. O escravo podia servir como soldado e receber O salário. O salário é uma dívida. A vida eterna, pelo contrário, é uma dádiva, por isso é imerecida e graciosamente oferecida por Deus.

Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora INOVE – Brasília, 2011, págs. 64-72).

 

LIÇÃO 5

UMA NOVA VIDA EM CRISTO

TEXTO ÁUREO

“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.” Rm 6.22

 

VERDADE PRÁTICA

Ao morrermos para o mundo, nascermos para Cristo; somos nova criatura.

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Rm 6.2
Morremos para o pecado

Terça – Rm 6.3
Batizados na morte de Cristo

Quarta – Rm 6.4
Nova vida na ressurreição de Cristo

Quinta – Rm 6.6
Livres da escravidão

Sexta – Rm 6.10
Viver para Deus

Sábado – Rm 6.18
Servos da justiça

 

LEITURA BÍBLICA

Romanos 6.19-23
19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.
20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.
21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte.
22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna;
23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Hinos da Harpa: 147 -15

 

UMA NOVA VIDA EM CRISTO

 INTRODUÇÃO

I – OS BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO
I. O SIGNIFICADO DO BATISMO

1. Graça abundante Rm 6.1,2
2. Simbologia do batismo Rm 6.3,4
3. União com Cristo Rm 6.5-n

II. MORTOS PARA O PECADO
1. Esforço moral Rm6.l2
2. Livres do julgo da lei Rm 6.14
3. Sob o regime da graça Rm 6.15

III. A LIBERDADE CRISTÃ
1. Livres em Cristo Rm 6.16-18
2. Oferta de justiça Rm6.i9
3. Libertos, mas servos Rm 6.20-23

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO

No capítulo 5, o apóstolo falou da superabundante graça de Deus operando na vida do salvo. Pressupondo uma interpretação incorreta deste aforismo, no capítulo 6, Paulo mostrou de que maneira a graça divina atua. Ele explicou que o salvo não pode mais viver no pecado, pois está morto para o mundo. A morte de Cristo e sua ressurreição nos deu vida. Aqui Paulo mostra a nossa santificação como algo que depende de nós. E cita como exemplo o relacionamento entre um servo e seu senhor.

 

I. O SIGNIFICADO DO BATISMO

1. Graça abundante. Paulo começou o texto fazendo uma pergunta devido à afirmação do versículo 20 do capítulo anterior. A conclusão que alguns cristãos de Roma poderiam tirar das palavras de Paulo é a de que quanto mais pecamos, mais aumenta a graça de Deus sobre a nossa vida. Parece que este raciocínio era usado como uma desculpa pelos cristãos romanos para continuarem pecando (libertinagem).
O crente verdadeiro não pode pensar assim, porque, quando fomos batizados, morremos para o pecado e não mais podemos continuar vivendo nele.
Cristo não só libertou da penalidade do pecado – fomos justificados – mas também do poder do pecado – fomos santificados. Sem minimizar a ameaça contínua representada pelo pecado, Paulo insistiu que o cristão foi colocado em uma relação absolutamente nova com o pecado, em que ele não tem poder para nos escravizar (Rm 6.1,2; Rm 6.6,14,18,22). Assim, a graça abundante deve nos levar à santificação.

2. Simbologia do batismo.
Aqui, Paulo ilustra nossa relação com o pecado, utilizando-se da figura do batismo. Os cristãos da época conheciam muito bem essa prática e seus significados. O crente, ao submergir na água, é sepultado. Ao se levantar dela, é ressuscitado para uma nova vida em Cristo.
Pela fé, que é testemunhada através do batismo, o cristão toma parte da morte de Cristo.
Assim como Cristo foi sepultado, a fim de que pudesse ressuscitar para uma vida nova e celestial, somos sepultados no batismo, isto é, separados da vida de pecado, a fim de que possamos ressuscitar para uma nova vida de fé e amor.
Viver para a justiça significa andar em novidade de vida, que pressupõe um novo coração. Andar com novas regras, em direção a outros fins, com novos princí-pios. Fazer uma nova escolha de um novo e vivo caminho.
A salvação vem do Alto, de Deus, não de baixo, da religião!”
Escolher novos caminhos para andar e novos companheiros com quem caminhar (Rm 6.3,4).

3. União com Cristo. No batismo, somos unidos com Cristo na segurança de sua morte. Cristo se fez pecado por nós ao morrer na cruz, mas ressurgiu glorifica- do, triunfando sobre a morte e sobre o pecado.
A figura é clara: ao emergirmos das águas do batismo, somos novas criaturas em Cristo Jesus, visto que nossos pecados foram sepultados com Ele.
Esta expressão usada pelo apóstolo mostra a natureza pecaminosa que se exterioriza por meio do corpo. O pecado foi abolido legalmente de nossa vida na morte de Cristo, quando com Ele “morremos” relativamente por meio do batismo que se segue à conversão.
“Vivo para Deus” significa viver em santificação. A santificação é um dos aspectos da salvação, bem como a justificação e a regeneração. Santificar-se é viver separado do mundo, separado do pecado, embora vivendo no mundo (Rm 6.5-11).

 

II. MORTOS PARA O PECADO

1. Esforço moral. Paulo admoestou os cristãos romanos a que não deixassem que o pecado os dominasse e que também não entregassem nenhuma parte do corpo ao pecado, nem servir como instrumento do mal [Rm 6.12,13}. Ao contrário, como pessoas nascidas de novo, que vivessem para Deus como instrumentos de Sua justiça e bondade.
Estarmos mortos para o pecado não significa que nos tornamos insensíveis às suas tentações, porque Paulo afirmou claramente que o pecado ainda é uma “atração” para o cristão. Pelo contrário, significa a libertação da tirania absoluta do pecado, da condição em que o pecado reinava em nós sem oposição, antes da conversão. Na verdade, é preciso lutar todos os dias contra o seu domínio. Como resultado desta morte para o pecado, não podemos viver nele; porque, pecando habitualmente, isso revelaria a recorrente tirania do pecado (Rm 6.12,13).

2. Livres do julgo da lei. Paulo explicou, no versículo 14, que nós não somos mais controlados pela lei. Ele não disse que a lei é pecado, mas seu ensino é de que a lei faz parte da velha vida dominada pelo pecado e pela morte. O apóstolo nos faz compreender que a libertação da lei nos liberta também do domínio do pecado.
As promessas de Deus para nós são mais poderosas e eficazes do que as nossas promessas para Deus. Não estamos debaixo da lei do pecado e da morte, mas debaixo da lei do Espírito de vida, que está em Cristo Jesus.
A promessa de Deus não deixa a nossa salvação sob a nossa guarda, mas a coloca nas mãos do Mediador, o qual assume por nós que o pecado não mais nos dominará. Cristo reina com o cetro de ouro da graça, e Ele não deixará que o pecado tenha domínio sobre aqueles que estão dispostos a se submeter a esse reinado (Rm 6.14).

3. Sob o regime da graça. Paulo fez outra pergunta, em Romanos 6.15, e ele mesmo respondeu de maneira negativa.  A supressão da lei não significava a supressão do reino do pecado. O novo regime que Cristo instituiu não deixou vago o lugar anteriormente ocupado pela lei. O crente não está privado da autoridade da lei para ser, então, entregue a si mesmo. Ele está debaixo de nova autoridade, a graça, e viver sob o regime dela não nos dá liberdade para pecar.  Seria uma atitude perversa se alguém aproveitasse uma ocasião de extraordinária expressão de bondade e boa vontade de Deus para poder afrontá-lo e ofendê-lo.  A liberdade do pecado, diz Paulo, não significa que os crentes são autônomos, vivendo sem Deus e sem compromisso. Indica, em vez de uma nova escravidão, a liberdade operada pela justiça de Deus. Como Jesus, Paulo insistiu que a verdadeira “liberdade” é encontrada somente em um relacionamento com o Deus que nos criou (cf. Jo 8.31-36).

III. A LIBERDADE CRISTÃ

1. Livres em Cristo. O crente passou de uma autoridade – a lei – para a graça. Jesus já havia falado: “Não podeis servir a dois senhores”. Paulo apresentou dois tipos de patrão ou senhor: o pecado e a justiça. Como a pessoa se torna escrava ou serva de um desses patrões? Pela irrestrita obediência a um deles. O pecado paga com a morte; e a obediência a Deus conduz à justiça.
Paulo, aqui, deu graças a Deus pelos irmãos em Roma serem obedientes ao Evangelho que lhes fora pregado. Os romanos fizeram a opção certa quanto ao Senhor a quem servir. A consequência disso se apresentou imediatamente: a liberdade em relação ao pecado.
Não existe território neutro: somos escravos do pecado ou de Deus. Se recusarmos ficar completamente comprometidos com o Senhor, seremos controlados pelo diabo e pelo pecado.

A conversão é mudança de direção:

1. A libertação das obras do pecado; é a remoção do jugo, resolvendo não se envolver mais com o pecado.

2. A nossa resignação ao serviço de Deus e à Sua justiça – a Deus, o nosso Mestre, e à justiça como o nosso dever. Não podemos tornar-nos servos do Senhor até que estejamos livres do poder e do domínio do pecado.  Não podemos servir a dois mestres tão absolutamente opostos um ao outro como Deus e o pecado são (Rm 6.16-18).

2. Oferta de justiça. Com a nossa mudança de vida, o apóstolo aos gentios nos desafia a oferecer nossos membros ao serviço da santificação.
Isso porque os pecadores são submissos na obra do pecado. Eles se venderam para praticar a perversidade, de iniquidade em iniquidade.
Cada ato de transgressão fortalece e confirma os hábitos pecaminosos. A obra da iniquidade produz o salário da iniquidade; ficando com o coração cada vez pior, mais e mais endurecido. Justiça para a santificação indica crescimento, progresso e terreno ganho (Rm 6.19).

3. Libertos, mas servos.  Quando nós éramos escravos do pecado, não podíamos obedecer a Deus e fazíamos tudo o que lhe desagradava. O que ganhamos quando fazíamos o que nos causa vergonha hoje? O resultado de tudo aquilo é a morte, mas agora fomos libertos do pecado e passamos a ser servos de Deus. O resultado disto é que ganhamos uma vida dedicada a Deus e teremos a vida eterna.
Há uma diferença extrema entre a maneira como a escravidão ao pecado conduz à morte e a maneira como servimos à justiça conduz à vida (Rm 6.20-23).

APLICAÇÃO PESSOAL

A ressurreição física de Cristo dentre os mortos garante-nos a liberdade completa da antiga escravidão operada pelo pecado. Contudo, não podemos fazer uso desta liberdade como uma desculpa para praticarmos levianamente atos pe-caminosos, pois estamos mortos para o pecado e vivos para Deus.

 

RESPONDA

1) Que simbologia representa a nossa imersão nas águas como o sepultamento dos nossos pecados e a emersão como a nossa ressurreição para uma nova vida?

2) O que confirma e fortalece os hábitos pecaminosos?