LIÇÃO 10
O FILHO PRÓDIGO QUE ABANDONOU O LAR
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Nesta lição estudaremos sobre um dos capítulos mais citados pelo cristão em todos os tempos, chamado por muitos eruditos de “o capitulo dos perdidos e achados”. Em Lucas 15 estão as três parábolas que mais demonstram o amor de Deus pelo pecador Hoje você pode ser o personagem dessas parábolas. Faça com que sua classe veja em você um professor comprometido com cada aluno. Podemos parafrasear da seguinte maneira:
Qual, dentre vós, é o professor da Escola Dominical que, tendo cem alunos e perdendo um deles, não deixa na sala os noventa e nove e vai em busca do que se perdeu até encontrá-lo?
Qual é a professora que, tendo dez alunas, se perder uma, não acende a candeia, varre a sala e a procura diligentemente até encontrá-la?
Um professor tinha dois alunos, o mais jovem, reivindicou seus direitos de herança e foi embora da classe. Perdido, arrependido, decide voltar. O professor, quando viu seu aluno de volta, correu e o abraçou, beijou e lhe deu banho.
OBJETIVOS
- Descrever o contexto dessa parábola.
- Enumerar pelo menos três lições aprendidas com o filho mais novo.
- Glorificar a Deus que graciosamente recebe de volta os pecadores.
PARA COMEÇAR A AULA
Você tem a oportunidade, na aula de hoje, de fortalecer na vida de seus alunos os vínculos de comunhão na igreja e na família. Nessa parábola vemos a atitude de um jovem que não soube avaliar a importância da herança que possuía.
RESPOSTAS DAS PERGUNTAS
1) Os gentios e demais pecadores.
2) Viver independente de Deus é uma grande ilusão
3) Ele os acolhe, perdoa e restaura.
PALAVRAS-CHAVE
Desobediência * Arrependimento * Perdão
LEITURA COMPLEMENTAR
“Esta parábola, junto com a do Bom Samaritano, está entre as mais belas e profundas de todas. É quase impossível encontrar alguém que nunca tenha ouvido ou lido essa bela parábola. A construção que Jesus faz ao contá-la é de nos levar às lágrimas. Como há beleza e profundidade aqui.
Essa parábola é conhecida pelo título de “Parábola do Filho Pródigo”, mas esse título não faz parte do texto inspirado. Foi acrescentado provavelmente pelo tradutor, mas não é o título mais correto. Digo isso porque a parábola trata e mostra que o personagem principal não é o filho, nenhum deles, mas o pai. É do pai principalmente que a parábola conta. Ela começa falando do pai e termina com o pai falando. O tempo inteiro a figura principal é o pai, não os filhos.
Há aqui três personagens principais: o pai, o filho mais novo e o filho mais velho. O coração do pai se comove pelos dois. Pelo filho mais novo que representava os publicanos, meretrizes e demais pessoas comuns, e pelos “santos” que representavam os fariseus e demais homens da religião que devem ter se identificado sem dificuldades na figura do irmão mais velho. Na verdade, os dois filhos representam polos opostos e extremos da experiência humana. Como disse John MacArthur: “essa é a maior de todas as pequenas histórias já contadas.”
Livro: “As Parábolas de Jesus”. (Pádua Rodrigues. Editora Nítida S. J. dos Campos, 2018. Pág. 64)
Estudada em 02 de setembro de 2018
LIÇÃO 10
O FILHO PRÓDIGO QUE ABANDONOU O LAR
TEXTO ÁUREO
“E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho . Lc 15.21
VERDADE PRÁTICA
A vida não faz sentido longe do Pai.
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda Mt 18.35 Nós temos um Pai celestial
Terça Ef 1.3 Deus é o Pai das misericórdias
Quarta Mc 11.25 O Pai perdoa
Quinta Hb 12.7 O Pai disciplina e corrige
Sexta Mt 6.6 O Pai ouve orações
Sábado Lc 15.20 O Pai nos espera em casa
LEITURA BÍBLICA
Lucas 15.13-19
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16 Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai tem pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
Texto completo: Lucas 15.11-32
Hinos da Harpa: 76 e 318
O FILHO PRÓDIGO QUE ABANDONOU O LAR
ORGANIZAÇÃO DESTA LIÇÃO NA REVISTA
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS DA PARÁBOLA
- Contexto Lc 15.12
- Resumo Lc 15.11
- O filho mais novo Lc 15.12
LIÇÕES DA PARÁBOLA
- Longe de Deus é difícil Lc 15.13
- A desobediência aliena Lc 15.17
- Não dá pra ser feliz sozinho Lc 15.16
III. CONCLUSÕES DA PARÁBOLA
- A fatura sempre chega Lc 15.14
- É possível voltar Lc 15.18
- O Pai acolhe os que voltam Lc 15.22-24
INTRODUÇÃO
Devido à sua relevância e profundidade e, sendo esta a mais longa das parábolas, nós a dividiremos em duas lições. Aqui veremos as atitudes e passos do filho mais novo ao abandonar seu Pai e partir rumo ao desconhecido e as consequências disso.
I. CARACTERÍSTICAS DA PARÁBOLA
Contexto. O contexto mostra Jesus mais uma vez sendo criticado pelas companhias e pessoas que a ele se chegavam. Os fariseus e escribas, que não davam folga, começam a murmurar dizendo que aquela gente não merecia atenção e que Jesus dava um mau exemplo ao associar-se a eles. Essa situação provoca da parte de Jesus três parábolas, registradas em Lucas, todas no capítulo 15, que já foi chamado de capítulo de “achados e perdidos” da Bíblia. São elas: a parábola da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho perdido. “São parábolas imortais”, diz Hernandes Dias Lopes.
Jesus foi um gênio, como sempre. Todas as três histórias atingem cm cheio Seus ouvintes, fazendo-os perceber que Deus está em busca dos perdidos e não de gente perfeita. É digno de nota que, nas três, a alegria é o capítulo final. Tanto a mulher, quanto o pastor e também o pai terminam festejando e se alegrando por haverem novamente encontrado o que um dia fora deles. mas havia se perdido.
Resumo. Um dia, o filho mais jovem chega ao pai e, demonstrando desprezo e ingratidão, diz que gostaria de receber sua parte na herança, não obstante o pai ainda estar vivo. Jesus diz que o pai, liberal e amorosamente reparte os recursos e, com o coração partido, deixa o filho ir embora, mesmo sabendo que lhe esperam aflição e dor. O menino está fora de si, encantado com a possibilidade de viver sem freios, sem prestação de contas e livre para fazer o que quisesse.
O início da sua aventura foi maravilhoso. Ele ficou fascinado pelo prazer que o pecado lhe proporcionava. Mas duas desgraças o feriram simultaneamente os recursos se esgotaram e sobreveio uma grande fome na região. Assim, ele acabou tendo que trabalhar no mais degradante serviço que um judeu podería realizar, que era cuidar de porcos. Maltrapilho e faminto, ele sequer tinha o que comer.
O fruto amargo do pecado o faz lembrar-se de sua casa e da doce companhia do velho e querido pai. Falido, esquálido e fedido, ele finalmente inicia o regresso para casa.
Jesus parece colocar o velho pai na varanda da casa. Ao longe, ele vê seu filho caçula e suas entranhas se comovem. Não se contendo, ele corre ao seu encontro, abraça-o, beija-o e manda que uma grande celebração seja feita para festejar o retorno do filho amado.
Andar fora da vontade de Deus é ir a lugar nenhum.” (C. S. Lewis)
O filho mais novo. O filho mais novo claramente representa todos aqueles, gentios ou não, que procuram viver deliberadamente fora dos ditames da lei de Deus. Percebemos isso pelo contexto e introdução da parábola. Ela visa a atingir os dois grupos de pessoas que ouvem Jesus. Lucas diz que havia os pecadores estigmatizados e vistos como gente distante de Deus e os religiosos extremamente ocupados com suas “virtudes”. O filho mais jovem representa o primeiro grupo, o grupo dos imorais. O grupo daqueles que decidiram ir tão longe quanto fosse possível e alimentar a alma com todos os prazeres, permitidos ou não, sem pensar nas consequências. Nesse sentido a parábola ilustra a condição humana em geral.
II. LIÇÕES DA PARÁBOLA
Na parábola em epígrafe temos três personagens principais (o pai, o filho mais novo e o filho mais velho). Aqui, nosso propósito é analisar a figura do primeiro filho. O que aprendemos com ele?
1. Longe de Deus é difícil. Essa é uma grande ilusão, mas o desejo de autonomia em relação a Deus é uma realidade no coração do pecador. Isso acontece desde sempre. Aconteceu no Éden e ocorre hoje. Qual foi o pecado de Adão e Eva? “Comerem do fruto” alguém diria. Não! Seu pecado foi o desejo de viver autônomo em relação a Deus. Ser o seu próprio “deus”, fazer as suas próprias regras, não ter a quem prestar contas, viver sem padrão de certo e errado. Gostaríamos de viver assim. O moço da parábola também. Por isso ele saiu de casa. Por isso muitos vivem sem Deus, ou tentam fazê-lo. Ocorre que longe de Deus não há alegria, nem prazer autêntico, nem paraíso, só escravidão e chiqueiro.
2. A desobediência aliena. O texto bíblico diz que, ao arrepender-se e considerar sua volta para a casa, o moço “caiu em si”, ou seja, ele estava anestesiado, fora do seu eixo. É isso que o pecado faz conosco. Ele aliena e nos mata lenta, mas progressivamente. A pessoa vai vivendo de qualquer maneira, sem se enxergar e sem enxergar a Deus. Os perigos são iminentes e reais, mas a pessoa não enxerga. Ela está fora de si.
Quanta gente vive assim! Alguém chega e diz: “Você está louco? Pense em sua família.” Ou então: “Você perdeu a cabeça? Não percebe que está sendo sugado e destruído?” Mas a obsessão do pecado nos cega. O filho mais moço vai vivendo de modo irresponsável e pródigo. A palavra “pródigo” significa gastador, esbanjador. Ele desperdiça e joga fora não apenas a sua herança, mas a própria vida, absolutamente fora de si.
3. Não dá pra ser feliz sozinho. Foi o que ocorreu com esse rapaz. “Quero ser feliz, quero ser feliz”, pensava. Como entendeu que não conseguiria essa tal felicidade na casa do pai, ele decidiu que faria qualquer coisa, desde que conseguisse o que queria. Mas ninguém consegue ser feliz sozinho, muito menos deixando o rastro de destruição que ele deixou para trás. Aquele rapaz acreditou que, tendo dinheiro no bolso, não precisaria de mais nada. Ledo engano.
Semelhantes a ele, muitos estão tentando ser felizes sem levar Deus em conta. Nós fomos feitos para viver com Deus e não há nada que preencha seu lugar em nossa vida. Enquanto tinha dinheiro e podia bancar prazeres aquele moço não percebeu o vazio que havia dentro da sua alma. Até que, um dia, sozinho e abandonado por tudo e todos, ele viu o real estado da sua alma e lembrou que em casa, na companhia do Pai, ele era feliz.
A parábola do filho pródigo é o Evangelho dentro do Evangelho”.
III. CONCLUSÕES DA PARÁBOLA
1.A fatura sempre chega. Ele nunca pensou que um dia a fatura viria, até que começaram as perdas. Ele perde a família, perde o aconchego paterno, perde o sinete familiar, perde as sandálias e perde a dignidade. Quando se anda errado e em desobediência, nossa vida só acumula prejuízo. Quando saímos da vontade de Deus as sequelas são inevitáveis. Não é possível sair da vontade de Deus e voltar sem estar machucado e ferido. Ele vai perdendo, perdendo, e, quando dá por si, está comendo com os porcos. Aliás, o texto diz que ninguém lhe dava nada. Os porcos valiam mais do que ele.
Mas, no começo, não foi assim. O caminho das perdas é gradativo. No início, tudo parecia muito bom. Ninguém sai da casa do pai para o chiqueiro de um dia para o outro. Os processos de degradação são lentos. Ninguém vai dormir santo e acorda ladrão. A estrada nem parecia ser a errada. Como diz a Bíblia Sagrada, alguns caminhos parecem excelentes, mas o final deles são caminhos de morte (Pv 14.12). As perdas se seguirão, não duvide, até ao ponto que não mais será possível contabilizá-las. Pecado é um processo de morte, sempre. O pecado foi e sempre será uma ilusão. Promete liberdade, alegria e vida, mas produz escravidão, tristeza e morte. Fujamos dele.
É possível voltar. Essa é a parte mais bonita da parábola. Ninguém está condenado a seguir no caminho e no roteiro da destruição e do caos. Podemos voltar. Podemos dar meia volta com a graça de Deus. É possível deixar a pocilga e voltar para Deus. Jesus mostra isso na parábola. O pai sempre terá calçados novos, roupas novas e o anel da filiação para nos dar novamente. Interessante ressaltar que Jesus não diz que ele voltou para sua aldeia, ou mesmo para sua casa, mas PARA SEU PAI.
O moço volta completamente falido e é reintegrado à sua casa. Essa é a boa notícia do Evangelho. A mensagem do Evangelho se chama boas novas por causa disso. Deus já providenciou tudo que nós precisamos para voltar da rebelião. Ninguém, absolutamente ninguém, pode ir tão longe, ou já foi tão distante, que não possa voltar e ser abraçado pelo amor e misericórdia de Deus. Só precisa que haja arrependimento sincero, como houve com esse moço.
O Pai acolhe os que voltam Deus acolhe os perdidos e não faz acepção de pessoas. Nâo importa quão pecador alguém seja, quão devasso tenha sido, quão desprezível venha a se tornar e quão longe tenha ido de Deus e da sua presença. Essa pessoa pode ser alcançada, restaurada e perdoada. Deus acolhe os pecadores, se interessa por eles e ainda festeja seu retorno. Urna exigência, porém, é necessária: cair em si, arrepender-se e voltar ao Pai.
APLICAÇÃO PESSOAL
Em que aspecto as atitudes do filho mais jovem podem refletir ou espelhar nossa vida e nosso coração? Onde essa parábola nos atinge?
RESPONDA
1) Na parábola, quem o filho mais jovem representa?
2) Mencione uma lição que aprendemos com o pródigo que saiu.
3) O que Deus faz com os pródigos que se arrependem e voltam?
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