Lição 12 – O Poder da Ressurreição de Cristo

O que poderia fazer com que pescadores medrosos viessem a morrer por amor a uma causa? O que faria alguém perder a sua vida por amor ao Evangelho de Jesus Cristo? Eu diria que somente uma grande convicção de que essa causa é verídica.
Esse foi um dos maiores benefícios da ressurreição. Jesus morreu para que houvesse explicação e perdão dos nossos pecados e reconciliação do homem com Deus; e ressuscitou para nos justificar e, assim, houvesse igreja (Rm 4.25). Porque os primeiros mártires, os grandes responsáveis, aqui na terra, pela multiplicação da igreja foram movidos pela certeza de que o Cristo que eles viram subir à cruz foi o mesmo que eles viram após a Sua ressurreição.

 

PALAVRAS-CHAVE
Ressurreição • Transformação • Volta de Jesus

 

OBJETIVOS
• Esclarecer a importância da ressurreição de Cristo.
• Descrever alguns aspectos do corpo da ressurreição.
• Consolar a igreja com a esperança da volta de Jesus e da ressurreição dos que dormem em Cristo.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Interrogue a classe a respeito de quantos já sentiram a dor de perder alguém! Sem dúvidas, após a queda do homem, esse é o maior mal que temos que enfrentar.
Logo em seguida, inicie a aula expondo que o pecado nos proporcionou a vulnerabilidade diante da morte e que, devido isso, já perdemos tantas pessoas queridas Porém, a morte de Cristo e Sua ressurreição nos garantem futuramente uma suprema vitória sobre o pecado e a morte, o que Paulo evidencia ao dizer: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão”.

 

RESPOSTAS
1) Que ele não linha vencido a morte e o pecado.
2) Na união com Adão há a morte, mas aquele que está unido a Cristo há de ressuscitar.
3) Serão transformados, de corpos corruptíveis para corpos incorruptíveis.

 

LEITURA COMPLEMENTAR
No primeiro dia de cada semana.
Essa é uma das referências mais antigas ao domingo como dia de culto. A comunidade cristã transferiu os cultos para o domingo a fim de celebrar a ressurreição de Cristo (Jo 20.1; Mt 28.1; Mc 16.2; Lc 24.1; At 20.7), e não demorou para que o domingo passasse a ser interpretado como “o dia do Senhor” (Ap 1.10). Cada um de vocês deve separar […] de acordo com sua renda.
O fato de Paulo associar a coleta ao primeiro dia da semana deixa implícito que ele tem em mente uma coleta pública. Ele não imagina simplesmente que cada família separará uma quantia em casa para tê-la disponível quando for a Corinto. Eles poderiam fazer isso em qualquer dia da semana. Ofertar e compartilhar são partes fundamentais da participação na comunidade de Cristo e expressão evidente de adoração a seu benfeitor que entregou a si mesmo.
Livro: “1 Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP. 2018, pág. 224,225).

 

Estudada em 20 de setembro de 2020

 

LIÇÃO 12 – O PODER DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO 1 CORÍNTIOS 15

Leitura Bíblica Para Estudo 1 Coríntios 15.51-58

 

Texto Áureo
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1Co 15.19

 

Verdade Prática
A ressurreição é o alicerce da fé cristã e a a vitória sobre o pecado e a morte; sem ela, a fé não se mantém.

 

Esboço da Lição

INTRODUÇÃO

I. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO 1 Co 15.1-34
1. Testemunhas da ressurreição iCo 15.15-19
2. As primícias dos que dormem 1Co 15.20-28
3. Ressurreição e vida prática 1Co 15.29-34

 

II. O CORPO DA RESSURREIÇÃO 1Co 15.35-49
1. Adão e Jesus 1Co 15.45-48
2. Carnal versus espiritual 1Co 15.48-50
3. A transformação do corpo 1Co 15.51

 

III. A RAPIDEZ DA RESSURREIÇÃO 1Co 15.50-58
1. Num piscar de olhos 1Co 15.52a
2. A última trombeta 1Co 15.52b
3.O triunfo sobre a morte 1Co 15.52-56 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO
Alguns cristãos de Corinto resistiam à doutrina da ressurreição. Não acreditavam que haveria ressurreição do corpo. Mas Paulo é enfático ao dizer que, assim como Cristo ressuscitou, também os que creem Nele ressuscitarão.
Se não tivéssemos essa certeza, vã seria a nossa crença, não teríamos uma mensagem a anunciar e continuaríamos sem perdão; porque um deus morto não salva ninguém.
Para provar aos coríntios que existe ressurreição, Paulo lança mão do Evangelho, menciona as ocasiões em que Jesus apareceu vivo e fala sobre o seu próprio encontro com o Cristo ressuscitado.

 

I. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO (1Co 15.1-34)
A ressurreição de Cristo, além de provar a sua divindade, é também a garantia de que os mortos em Cristo irão ressuscitar no acontecimento da volta de Jesus.

1. Testemunhas da ressurreição 1Co 15.15-19).
“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados “(1 Co 15.17).
A crucificação e a ressurreição são os fatos centrais do Evangelho e comprovam que Jesus é o Messias predito no Antigo Testamento. O túmulo vazio confirma a ressurreição corporal de Jesus.
Sempre aparecerão pessoas para contestar que Jesus ressuscitou dos mortos. As aparições, várias vezes e a muitas pessoas diferentes, porém, comprovam a ressurreição.
Paulo não pretende dar uma lista completa, até porque ele omite as mulheres, mas menciona Cefas, os doze apóstolos, Tiago, e mais de quinhentos irmãos. Os quinhentos, possivelmente, são um grupo que presenciou uma manifestação na Galileia (Mt 28.1ss) ou em Jerusalém.
Quando Paulo escreveu a carta, algumas testemunhas oculares ainda estavam vivas; outros já “dormiam”. Podemos crer firmemente na ressurreição de Cristo.
Crer seguramente na ressurreição do Cristo é crer no Seu triunfo sobre o pecado e a morte (1Co 15.56-57).
Paulo alerta sobre o erro de esperar em Cristo somente para esta vida, como se ela fosse durar para sempre. Existe a vida eterna além desta vida, e que pode repercutir significativamente na existência humana.

 

2. As primícias dos que dormem (1Co 15.20-28).
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem” (1Co 15.20)
Nestes versos, Paulo relata sobre a ordem dos acontecimentos deste dia glorioso da volta de Jesus: primeiro, a ressurreição dos que estiverem mortos; cm seguida, a transformação dos que estiverem vivos. Os dois episódios correspondem àquilo que aprendemos como ressurreição para a vida eterna.
“Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (v. 23). Da mesma forma que a primeira parte da colheita era levada ao Templo como oferta, Cristo foi o primeiro a ressuscitar dentre os mortos e jamais morrerá novamente. Ele foi o primeiro de todos, mas, abrindo o caminho, na Sua vinda, será a vez dos que morreram em Cristo. Ele é o nosso precursor; é o penhor de que também nós ressuscitaremos ou seremos transformados se estivermos vivos durante este grande evento (1Ts 4.1,16-18).

 

3. Ressurreição e vida prática (1Co 15.29-34).
“Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.” (1 Co 15.32)
Paulo exorta com certa ironia sobre as consequências de se ignorar a verdade acerca da ressurreição após a morte física. Nenhum esforço valeria a pena e seria mais proveitoso viver um estilo de vida despreocupado e desregrado ate a hora da morte.
De fato, muitos dos que negavam a ressurreição vindoura estavam agindo assim e convencendo a outros de que deveriam viver da mesma maneira (1Co 15.32,33). Paulo os chama à razão e os aconselha a não darem ouvidos a essas “conversas fiadas” (v. 33).
“Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os monos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?” (15.29).
Parece que em Corinto havia pessoas que eram batizadas a fim de garantir ressurreição de parentes que tinham morrido. Paulo não está apoiando esta prática, ele usa apenas para argumentar com a própria prática dos coríntios.
“As más conversações, corrompem os bons costumes” (15.33). A sedução em Corinto não vinha propriamente de um convívio doentio com cidadãos infiéis de Corinto.
Alguns de dentro da igreja já estavam assimilando idéias contra a ressurreição e corrompendo os bons costumes cristãos, pelas más companhias e conversações. Vale muito aquele ditado popular: “Diz-me com quem tu andas e te direi quem és”.

 

 

II. O CORPO DA RESSURREIÇÃO (1Co 15.35-49)

1. Adão e Jesus (1Co 15.45-48).
“Como for o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais” (1 Co 15.48).
Nesta passagem, Paulo faz um contraste entre Adão c Cristo. Naturalmente, semelhante a Adão, nascemos com um corpo terrestre, sujeito a morte e desgastes físicos.
Já em Cristo, na Sua vinda, receberemos o corpo espiritual, que está isento de qualquer tipo de desgaste físico. Ele será espiritual, celestial e imortal (1Co 15.21-22).
“Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?’ ‘(15.35). Os coríntios tinham um bloqueio para compreender a ressurreição dos mortos.
Um corpo que já se encontra em decomposição e se incorporou aos elementos de sua origem – o pó da terra – pode ser restaurado, numa natureza gloriosa?
Paulo chama os seus inquiridores de insensatos. Querem ser tão sábios, mas não compreendem a lei primordial da vida vegetal. Paulo não quis replicar dizendo que para Deus nada é impossível.
Uma árvore, para nascer, precisa primeiramente que a semente caia no solo e seja enterrada (morra) para depois germinar e, em seguida, nascer a planta. A semeadura da semente (ou morte da mesma) é a origem de sua germinação, a partir da qual ela se tornará uma planta, um pé de milho, por exemplo, com muitas espigas e milhares de grãos. Existe um nexo causal entre a morte da semente e a sua germinação. Nesse fenômeno da vida temos uma representação do que acontece na ressurreição.
Não deve causar espanto o tato de que nossos corpos, incorporados ao solo, serão ressuscitados em estado glorioso. Deus dará um novo corpo como lhe aprouver dar.
Se todos hão de morrer por causa de um homem – Adão – todos que morrem em Cristo hão de ressuscitar por causa de um homem – Cristo. Por estarmos unidos a Adão, haveremos de morrer, mas aquele que está unido a Cristo, há de ressuscitar.

 

2. Carnal versus espiritual (1Co 15.48-50).
“Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdara incorrupção.”
Temos um corpo terreno. Se nascemos em um território terreno, é natural absorvemos todas as suas influências; já o que é celestial traz consigo as coisas celestiais. Quando nascemos de novo, passamos a fazer parte do “território celestial”.
Quando Paulo afirma que “carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus”, indica que nossos corpos físicos, por estarem sujeitos a corrupção, não podem adentrar no lugar celestial (Mt 16.17). Isso não significa que não teremos um corpo, mas que herdaremos um novo corpo não sujeito às fraquezas da carne, ou seja, transformado.

 

3. A transformação do corpo (1Co 15.51).
” Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos.”
Paulo ressalta que no momento exato da “volta de Jesus” alguns estarão vivos. Aqui, o termo “dormir” é um eufemismo usado para a morte.
A geração que estará viva na volta de Jesus será transformada e arrebatada sem passar pela morte. Tamanha era a expectativa do retorno de Jesus, que Paulo emprega o termo “nós”. A expectativa de Paulo nos faz refletir e nos inspira a vivermos preparados para a vinda de Jesus a qualquer momento, até mesmo hoje!

 

 

III. A RAPIDEZ DA RESSURREIÇÃO (1Co 15.50-58)

1. Num piscar de olhos (1Co 15.52a).
“Num momento, num abrir e fechar de olhos.”
Quando Paulo diz: “Num momento”, quer dizer numa fração de segundo, num piscar de olhos. A última trombeta ressoa, na imitação do comandante, conclamando seu exército para a batalha, os mortos ressuscitarão primeiro e os salvos que estiverem vivos serão transformados.
Aqueles que já morreram em obediência a Deus, desde Adão, ressuscitarão incorruptíveis. Aqueles, que estiverem vivos serão transformados, de corpos corruptíveis para corpos incorruptíveis. Quando este corpo assim tornar-se espiritual, o corruptível se revestirá de incorruptibilidade e o que é mortal se revestirá de imortalidade. Cumprir-se-á o que está escrito cm Isaías 25.8. “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou” Ou seja, a morte foi totalmente conquistada, abolida para sempre! No versículo 55, Paulo cita Oseias 13.14. “Onde está, ó morte, a tua vitória?” A morte foi aniquilada, não existirá mais. Paulo pergunta onde está o aguilhão da morte. O aguilhão da morte é o pecado, que está cheio de veneno infernal. Ele foi também destruído. E a força do pecado é a lei.
Ao vencer o pecado, Jesus anulou o que dava poder à morte e ao diabo (Hb 2.14,15; Rm 5.21).

 

2. A última trombeta (1Co 15.52 b).
“Ao ressoar da última trombeta.”
No Antigo Testamento a trombeta tinha vários usos:
1) Como um instrumento litúrgico para convocar Israel ao encontro do Senhor (Êx 19.16-17);
2) Para adorá-lo na Festa das Trombetas (Lv 23.23-25);
3) Anunciar o descanso no ano do jubileu (Lv 25.9);
4) Também era usada para convocar os soldados para batalha (Jz 7.19-23; Jr 4.19). Essa última trombeta mencionada por Paulo será tocada em breve e levará todo o crente fiel à Jerusalém Celestial.

 

3. O triunfo sobre a morte (1Co 15.52-56).
“Portanto, meus amados irmãos; sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.”
Diante do falso ensino e tantas tentações diferentes, a esperança da ressurreição deve incentivar os coríntios a perseverar em sua fé. Paulo sente-se plenamente recompensado em expor aos coríntios a doutrina da ressurreição.
O apóstolo Paulo termina o seu argumento, fazendo uma exortação. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58).
A razão dessa recomendação é o que está reservado para todos nós. Uma vida futura inigualável está reservada para aqueles que permanecerem firmes até o fim. Naquele dia, teremos recompensa completa. Nunca deixemos de cultivar a santidade, para manter essa esperança em sua plena energia. Anseio por esse dia glorioso, quando, na extensão máxima da expressão, a morte será tragada para sempre; e milhões de vozes, após o longo silêncio do túmulo, bradarão, de uma vez por todas, a canção triunfante: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (v. 55). Glória a Deus!

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Uma vida futura inigualável está reservada para aqueles que permanecerem firmes, constantes e sempre abundantes até a volta de Jesus. Glória a Deus que nos dá a vitória, por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo!

 

RESPONDA
1) Qual seria a decorrência lógica, segundo Paulo, de Cristo não haver ressuscitado?
2) Qual o paralelo entre a união da humanidade com Adão e Cristo?
3) O que ocorrerá aos corpos dos fiéis ressurretos?