Lição 13: Lucas 24: Nós Somos Testemunhas da Ressurreição de Jesus

LIÇÃO 13: LUCAS 24: NÓS SOMOS TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Lucas 24 há 53 versos, Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Lucas 24.29-53 (5 a 7 min.).

Desde o início segundo a sua versão do Evangelho, Lucas atua como um historiador sustentado por fontes verificadas. Agora que o Senhor ressuscitou, não seria diferente. As mulheres testemunharam sobre o que viram: o túmulo vazio. Os discípulos que iam para Emaús também foram testemunhas oculares de Jesus ressuscitado. Sabemos que muitos ainda não creem, não é, professor(a)? Assim como Jesus fez, mostremos aos desanimados que tudo ocorreu como profetizado. Ora, isso nos dá a certeza de que novamente as promessas serão cumpridas. Portanto, o Senhor voltará como disse. Precisamos avançar em conhecimento bíblico para que os “ensinos de demônios” (1Tm 4.1) não nos enganem a ponto de não crermos no retorno do Senhor.

 

OBJETIVOS
• Afirmar continuamente a ressurreição de Jesus, até que Ele volte.

• Compreender que a ressurreição é cumprimento do que fora anunciado.

• Anunciar que Jesus vai voltar, conforme prometeu.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Para esta aula, vai uma sugestão: escolha um voluntário e ponha nele uma venda. Depois, coloque diante dele palavras como “condenação” e “idolatria”; noutras folhas de papel, palavras como “santidade” e “salvação”. Agora ele terá que fazer suas escolhas e ir trocando por outras até tomar sua decisão final. A ideia é mostrar que a cegueira espiritual – como a dos discípulos na estrada de Emaús – gera escolhas erradas. Qual a solução? Jesus usou as Escrituras para ensinar-lhes a verdade.

 

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO
1) Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago.

2) Eles não criam que Jesus ressuscitaria.

3) Alguém que relata com sinceridade o que viu e ouviu.

 

LEITURA ADICIONAL
A morte na cruz, a “maior tragédia da história universal”, não foi o fim da existência terrena de Jesus, mas sua gloriosa ressurreição e ascensão constituíram o coroamento final de sua vida e atuação. Enquanto o Senhor pendia da cruz, muitas pessoas observaram sua humilhação e seus padecimentos. Muitos ouviram seus lamentos, e vários contemplaram o momento em que inclinou a cabeça e expirou! A ressurreição do Senhor, porém, foi vista somente por anjos.
Todas as versões do Evangelho são idênticas na informação de que cedo na manhã da Páscoa, as mulheres da Galileia foram até a sepultura, encontrando aberta a sepultura e ouvindo dos lábios de anjos a mensagem da ressurreição do Senhor, e que o ressuscitado apareceu a essas mulheres e a Maria Madalena. As variações dos diversos relatos acerca desses fatos referem-se tão somente a momentos secundários. Significativa é a circunstância de que Mateus fala apenas de uma aparição do Ressuscitado (cf. Mt 28.1-10); Marcos descreve em seu anexo três aparições (Mc 16.9-20); Lucas não fala de nenhuma aparição na Galileia, mas de aparições em Jerusalém; João menciona três aparições, uma no grupo dos discípulos reunidos em Jerusalém e outra na Galileia (Jo 21).
A apresentação das histórias da ressurreição e ascensão no evangelho segundo Lucas restringe-se integralmente ao aspecto principal. Na descrição do sepultamento não há nenhuma menção à pedra que selava a sepultura, As mulheres, que vieram à sepultura, encontraram a pedra removida (Lc 24.2). Lucas relata as duas aparições, que eram particularmente apropriadas para alicerçar a convicção da ressurreição de Cristo. Corresponde inteiramente ao plano de sua versão do evangelho transmitir aos gentios cristãos a certeza histórica acerca dos fatos da salvação.
Livro: Evangelho de Lucas (RIENECKER. Frite. Editora Evangélica Esperança, 2005. Curitiba-PR. Pág. 302).

 

Estudada em 24 de dezembro de 2023

 

LIÇÃO 13: LUCAS 24: NÓS SOMOS TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

 

Texto Áureo
“Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai” Lucas 24.48,49

 

Verdade Prática
Jesus pagou o preço dos nossos pecados e ressuscitou. Seu plano é que, cheios do Espírito Santo, sejamos suas testemunhas.

 

Leitura Bíblica Para Estudo Lucas 24.29-53

 

INTRODUÇÃO

I. ELE RESSUSCITOU Lc 24.1-12
1. Propósito frustrado Lc 24.1-5
2. A mensagem da ressurreição Lc 24.6-11
3. Pedro no sepulcro Lc 24.12

 

II. O CAMINHO DE EMAÚS Lc 24.13-35
1. Não reconheceram Jesus Lc 24.13-17
2. O diálogo com Jesus Lc 24.18-27
3. Os discípulos reconhecem Jesus Lc 24.28-35

 

III. VÓS SOIS TESTEMUNHAS DESTAS COISAS Lc 24.36-53
1. Surpresos e atemorizados Lc 24.36-43
2. Poder para testemunhar Lc 24.44-49
3. Ele foi elevado ao céu Lc 24.50-53

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 545 – 48

 

INTRODUÇÃO
Se o ministério de Cristo terminasse na cruz, morreriam com Ele as promessas, as profecias e a esperança de salvação para a humanidade. Todavia, Cristo ressuscitou e isso prova que de fato Ele é o Filho de Deus, Seu sacrifício pelo pecado foi aceito diante de Deus, garantindo, assim, a salvação de todos aqueles que Nele creem.
São relatos exclusivos de Lucas neste capítulo: o aparecimento de Jesus ressuscitado a dois discípulos no caminho de Emaús (24.13-35); as últimas palavras de Jesus sobre poder para testemunhar (24.44 49); a bênção e ascensão de Jesus (24.50-53).

 

I. ELE RESSUSCITOU (Lc 24.1-12)

1. Propósito frustrado (Lc 24.1-5)
E encontraram a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. (24.2-3)
Lucas faz questão de dar nome às mulheres que voltaram ao sepulcro de madrugada para ungir o Senhor (Lc 24.10). Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; também as demais que estavam com elas confirmaram estas coisas aos apóstolos. É válido pontuar que elas, se quisessem, não precisavam voltar àquele local, mas resolveram terminar o que já tinham começado e, por isso, tiveram uma surpresa da parte de Deus.
A pedra do túmulo estava removida, por isso as mulheres entraram em busca do Mestre, mas não o acharam. Por que a pedra foi removida? Para permitir Jesus sair do sepulcro? Não! A pedra foi removida para as mulheres e os outros entrarem e verem que Ele não estava mais lá. Havia ressuscitado. Não havia ninguém no sepulcro. O sábado da morte foi sucedido pelo domingo da vida.

 

2. A mensagem da ressurreição (Lc 24.6-11)
Quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia. (24.7)
Enquanto Maria Madalena caminhava para a cidade, suas companheiras entraram timidamente no túmulo e “eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes”. O fato de Lucas escrever o termo “varões” demonstra que os mensageiros celestiais, quando em missão na terra, apresentam-se na forma humana, falando a língua dos homens (Gn 18.1-2,13; 19.2,5).
“Por que buscais entre os mortos ao que vive?” Esta foi a pergunta dos anjos a elas, evidenciando que Jesus é a essência da própria vida (Jo 6.35) e a morte não pôde detê-lo (At 2.24). As mulheres, agora, estavam preparadas não só para ouvir a grande mensagem da Páscoa, também para serem as primeiras testemunhas das boas novas do Cristo ressurreto.

 

3. Pedro no sepulcro (Lc 24.12)
Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E, abaixando-se, nada mais viu, senão os lençóis de linho; e retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido (24.12).
Os discípulos receberam a notícia como fantasia ou invencionice. A expressão leros, que ocorre somente aqui no Novo Testamento, significa o mesmo que “tolice” “fofoca” ou “mentira”. Parece que todos os onze apóstolos consideraram essas mulheres loucas. Todavia, elas não se deixaram perturbar pela incredulidade dos apóstolos, mas levaram a boa nova aos outros. Disseminaram sem cessar o evangelho da ressurreição de Cristo.
Segundo Lucas, nesse contexto, Pedro correu até o sepulcro e viu os lençóis, o que o deixou perplexo. Mesmo tendo falhado com o Mestre, resolveu crer na palavras das mulheres e ir ao sepulcro.

 

II. O CAMINHO DE EMAÚS (Lc 24.13-35)

1. Não reconheceram Jesus (Lc 24.13-17)
Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer. (24.16)
Os dois homens que estavam indo de Jerusalém para Emaús eram discípulos que se encontravam desanimados com a morte de seu Mestre. Eles tinham ouvido os relatos das mulheres de que o túmulo estava vazio e de que Jesus estava vivo, mas não creram, porque sua esperança de que Jesus libertaria Israel (Lc 24.21) fora frustrada, fato que impedia de perceberem que Jesus nunca havia os abandonado e estava bem ao lado deles.
Mas o que impedia os dois discípulos de reconhecê-lo? Primeiro, porque a ressurreição operara misteriosa mudança na pessoa de Jesus, de modo que as pessoas podiam olhar para Ele sem reconhecê-lo imediatamente. Em segundo lugar, os dois discípulos não creram que Ele vivia e, por causa do ceticismo, não esperavam vê-lo. Em terceiro lugar, seus olhos estavam impedidos e seu coração estava tomado de profunda tristeza.

 

2. O diálogo com Jesus (Lc 24,18-27)
Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! (24.25)

Jesus, a partir de agora, revela-lhes as Escrituras enquanto caminhava junto a eles, pois os judeus não tinham o entendimento de que o Messias deveria morrer e ressuscitar antes de vir em glória consumar as demais profecias. Ele conduziu os discípulos à Lei, aos Salmos e aos Profetas, reunindo várias profecias concernentes ao Messias, juntando-as de forma a produzirem um retrato de si mesmo.
Ainda que não reconhecessem ali o Mestre, o poder de Sua mensagem não passou despercebido. A pregação centrada em Cristo e nas Escrituras é impactante e constrange os corações de Seus ouvintes (24.32).

 

3. Os discípulos reconhecem Jesus (Lc 24.28-35)
então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. (24.31)
Ao chegarem ao destino, como um gesto cortês, os dois discípulos convidaram Jesus a permanecer com eles para o jantar. O pão era comumente partido durante a oração de ações de graças antes de uma refeição, por isso Cristo o partiu e deu a eles. Alguma coisa na ação despertou uma lembrança, ou talvez agora vissem as marcas dos pregos nas mãos de Jesus pela primeira vez.
Ao ser reconhecido, Jesus desapareceu da presença deles, pois sabia que agora estavam convictos da Sua ressurreição, e que Sua presença física não era mais necessária. O reconhecimento de Cristo deu-lhes energia e eloquência renovadas. Tornaram-se testemunhas alegres das boas novas, ou seja, a reação imediata deles foi a de compartilhar a mensagem com os seus irmãos. Apressaram-se em chegar ao lugar de reunião dos apóstolos e contaram “como deles foi conhecido no partir do pão”.

 

 

III. VÓS SOIS TESTEMUNHAS DESTAS COISAS (Lc 24.36-53)

1. Surpresos e atemorizados
(Lc 24.36-43)
Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito (24.37).
Enquanto Cleopas e seu amigo estavam contando sua história aos onze discípulos, o próprio Jesus aparece no meio deles e os saúda da seguinte forma: “Paz seja convosco”. Essa era uma saudação judaica normal, mas a ocasião dava-lhe importante significado. O aparecimento repentino do Senhor ressurreto no meio deles deve ter sido um susto, a ponto de acharem que estavam vendo um fantasma. Todavia, Jesus transformou um cumprimento usual em bálsamo a corações perturbados.
Agora, Jesus passa a acalmar e consolar os discípulos. Primeiro, perguntou a razão pela qual estavam perturbados e a causa de suas dúvidas. O convite para que o tocassem e a referência à carne e aos ossos demonstram que o corpo ressurreto tinha aspectos físicos e materiais. ” Vede as minhas mãos e os meus pés” é um convite para olharem as marcas de suas feridas e concluírem que, de fato, era Ele mesmo quem estava ali, diante deles. Por fim, Jesus dissipou todo ceticismo ao pedir alimento e comer à mesa com eles.

 

2. Poder para testemunhar (Lc 24.44-49)
Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. (24.49)
Uma testemunha é alguém que relata com sinceridade tudo o que viu e ouviu. Jesus diz a seus discípulos que são testemunhas dessas coisas. São testemunhas de todo o Seu ministério público, Sua paixão, e agora, mais importante ainda, de sua ressurreição. Os discípulos deverão tornar-se proclamadores do arrependimento e do perdão de pecados. O ministério deles deverá ser ativo, que chegue a alcançar todas as nações. No entanto, esse ministério ativo só poderá ser desempenhado pelo poder que vem de cima; e Jesus instrui Seus discípulos, prometendo-lhes que desse poder hão de ser revestidos. Esse poder, vem do Espírito Santo.
Lucas é conhecido como “evangelho do Espírito Santo”, pois fala sobre o Espírito Santo do começo ao fim, mais do que qualquer outro evangelista, formando um vínculo de continuidade tanto no ministério de Jesus quanto na vida da igreja primitiva.
Por que a “promessa de meu Pai”? Porque Deus já prometera o derramamento universal do Seu Espírito (Jl 2.28). Jesus, em nome do Pai, reafirmou a promessa (Jo 7.37-39; 14.16).
Que poder é este? É o que possibilitará ao cristão ser testemunha e conquistar o mundo. Títulos oficiais – apóstolos, evangelistas, pastores e mestres, sem o revestimento do poder divino, não funcionam. O mundo será evangelizado por homens que são revestidos do Espírito Santo, sabedoria, amor e zelo.
Deu-lhes o Mestre mais que instrução; transmitiu-lhes também autoridade. Cristo difere neste aspecto dos professores humanos, pois não somente instrui na verdade aos discípulos, como os capacita a proclamá-la. Esta é uma característica do Cristianismo: à palavra escrita acrescentam-se os dons e a autoridade. A Palavra e o Espírito cooperam e concordam entre si.
A ressurreição de Cristo possibilitou a mensagem de arrependimento e perdão, e impôs aos Seus seguidores que pregassem o Evangelho ao mundo inteiro – tomou-se dever fazer da salvação uma realidade. O Evangelho tinha de ser pregado a partir de Jerusalém, porque era primeiramente para os judeus, e era natural que os discípulos começassem onde viviam. Nossa “Jerusalém” é o lar, a fábrica, a igreja local, nossa própria cidade. Os que testificam com sucesso em “Jerusalém” terão sucesso “até aos confins da terra”. Os que fracassam em seu lugar de origem provavelmente fracassarão quando chegarem “aos confins da terra”.

 

3. Ele foi elevado ao céu (Lc 24.50-53)
Aconteceu que; enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. (24.51)
A ascensão foi um término e um início: o término da vida e ministério terrestres de Jesus e o início de Seu ministério celestial, através dos Seus discípulos. Jesus veio ao mundo através de milagre; era muito apropriado que também o deixasse de modo milagroso.
A vida do Salvador foi uma continuidade de bênçãos, e seu último ato na terra tinha de ser abençoar os Seus seguidores. Semelhante a um pai de família que, antes de sair de casa, sempre abençoa os seus filhos; assim também é Jesus. No momento de voltar ao Céu, abençoou os apóstolos, e esta bênção permanece sobre a Igreja até a Sua volta.
Depois da maravilhosa experiência de contemplar o Cristo ressurreto, e de receberem a bênção na ascensão, os discípulos poderiam ter pensado: “Depois de uma experiência tão gloriosa, não será necessário orar muito. Já chegamos a Ele”. Ao contrário, porém, “estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus”. Nenhuma experiência, por mais gloriosa, nos colocará em situação de não precisarmos mais do templo, adoração, oração e Bíblia. Realmente, quanto mais maravilhosa a experiência, tanto mais graça precisaremos para conservar-nos humildes!
O modo por que Lucas encerra a sua visão do Evangelho indica que já havia planejado uma sequência. Os discípulos são deixados em Jerusalém, à espera. Não estão engajados em seu ministério apostólico de evangelização. Tal ministério não se iniciaria com todo o fervor enquanto o Espírito não sobreviesse. Enquanto houver um Cristo vivo, o Evangelho será pregado; e onde se pregar o Evangelho, haverá pessoas salvas.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Sem a ressurreição de Jesus não haveria Cristianismo nem Boas Novas. Por causa dela temos esperança e garantia do poder de Deus para testemunhar.

 

 

RESPONDA

1) Quem são as mulheres que foram de madrugada visitar o sepulcro de Jesus?

2) Por que os dois discípulos a caminho de Emaús não reconheceram a Jesus?

3) Segundo Lucas, o que é uma testemunha?

 

 

COMENTÁRIOS:

24.1 As mulheres levaram especiarias ao sepulcro assim como nós levaríamos flores, em sinal de amor e respeito. Após a morte de Jesus, na sexta-feira, aquelas mulheres foram para casa e guardaram o sábado como a lei exigia: do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado, antes de reunirem suas especiarias e perfumes e retornarem ao sepulcro.

24.1-9 – Os dois anjos, “dois varões com vestes resplandecentes”, perguntaram às mulheres por que elas procuravam no sepulcro alguém que estava vivo. Frequentemente, encontramo-nos com pessoas que procuram Deus entre os mortos. Estudam a Bíblia como um mero documento histórico e vão à igreja como quem vai homenagear os mortos. Mas Jesus não está entre os tais; Ele vive e reina no coração dos cristãos; é a cabeça de sua Igreja! Você procura Jesus entre os vivos? Espera que Ele seja ativo no mundo e na Igreja? Procure sinais de seu poder, eles estão ao seu redor.

24.4 Nas versões do Evangelho de Mateus e de João, aprendemos que esses “dois varões com vestes resplandecentes” eram anjos; eles apareciam às pessoas em semelhança de homens.

24.6.7 – Os anjos lembraram as mulheres de que Jesus havia predito com precisão tudo o que lhe aconteceu (9.22,44; 18.31-33).

24.6.7 – A ressurreição de Jesus é o fato principal da história cristã. Por ela, a Igreja é edificada; sem ressurreição, não existiria igreja cristã alguma, hoje. A ressurreição de Jesus é inigualável. Outras religiões têm sistemas éticos fortes, conceitos sobre o paraíso e a vida após a morte, várias escrituras sagradas. Mas somente o cristianismo tem um Deus que se tornou humano, que literalmente morreu por seu povo e ressuscitou com poder e glória para governar a sua Igreja para sempre. Por que a ressurreição é um fato tão importante? (1) Por Cristo ter ressuscitado dos mortos, sabemos que o Reino dos céus foi expandido na terra. A partir de então, nosso mundo está dirigido para a redenção, não para o desastre. O maravilhoso poder de Deus está em ação destruindo o pecado, criando novas vidas e nos preparando para a segunda vinda de Jesus. (2) Por causa da ressurreição, sabemos que a morte foi vencida, e nós também ressuscitaremos dos mortos, para vivermos para sempre com Cristo. (3) A ressurreição dá autoridade para o testemunho da igreja ao mundo. Olhe para os primeiros sermões evangelistas no livro de Atos: a mensagem mais importante dos apóstolos era a proclamação de que Jesus Cristo ressuscitou. (4) A ressurreição dá significado à Ceia do Senhor, um cerimonial da Igreja. Como os seguidores de Jesus na estrada de Emaús, partimos o pão com nosso Senhor ressuscitado, que veio salvar-nos com poder. (5) A ressurreição nos ajuda a encontrar significado até em uma grande tragédia. Não importa o que nos aconteça, enquanto caminharmos com o Senhor, a ressurreição nos dará esperança para o futuro. (6) A ressurreição nos assegura que Cristo está vivo e governa o seu Reino. Ele não é uma lenda; está vivo e é real! (7) O poder de Deus que trouxe Jesus de volta dos mortos está disponível para nós, de forma que podemos viver para Ele em um mundo mau.

Os cristãos podem parecer muito diferentes uns dos outros e podem defender convicções extensamente variadas sobre política, estilo de vida e até teologia. Mas uma convicção central une e inspira a todos os verdadeiros cristãos: Jesus Cristo ressuscitou dos mortos!

24.11.12 – As pessoas que ouvem falar da ressurreição pela primeira vez podem precisar de algum tempo para compreender este fato surpreendente. Como os discípulos. podem passar por quatro diferentes fases. (1) A princípio, podem pensar que se trata de um conto de fadas, impossível de acreditar. (2) Como Pedro, podem verificar os fatos, mas ainda ficarem confusas sobre o que aconteceu. (3) Somente quando encontrarem Jesus pessoalmente poderão aceitar o fato da ressurreição. (4) Então, quando se comprometerem com Ele e dedicarem sua vida para servi-lo. começarão a entender completamente a realidade da presença dEle em sua vida.

24.12 – De acordo com o texto em João 20.3,4, um outro discípulo correu para o sepulcro com Pedro; certamente era João, o 4º escritor do Evangelho.

24.13ss A princípio, os dois discípulos que retornavam a Emaús não perceberam a importância do maior acontecimento da História, porque estavam muito concentrados em suas decepções e problemas. De fato, não reconheceram Jesus enquanto caminhava ao lado deles. Para agravar o problema, estavam na direção errada, longe da comunhão dos cristãos em Jerusalém. É provável que sintamos a falta de Jesus e nos afastemos da força encontrada em outros cristãos ao nos preocuparmos com nossas pequenas esperanças e nossos planos frustrados. Somente quando procurarmos Jesus em nosso meio, experimentaremos o poder e a ajuda que Ele pode trazer-nos!

24.18 A notícia sobre a crucificação de Jesus havia se espalhado por toda Jerusalém. Por ser a semana da Páscoa, peregrinos judeus de todas as partes do Império Romano que visitavam a cidade sabiam sobre a morte de Jesus; este não foi um acontecimento pequeno e insignificante que afetou apenas os discípulos; toda a nação ficou interessada.

24.21 – Esses discípulos a caminho de Emaús contavam com Jesus para redimir Israel, libertando a nação do jugo de seus inimigos.
A maioria dos judeus acreditava que as profecias do AT apontavam para um Messias que seria o líder militar e político da nação; não perceberam que Ele tinha vindo para redimir as pessoas da escravidão do pecado. Por esta razão, quando Jesus morreu, perderam toda a esperança. Não entenderam que sua morte oferecia a maior esperança possível!

24.24 – Esses seguidores de Jesus sabiam que o sepulcro estava vazio, mas não entenderam que Jesus havia ressuscitado, e ficaram cheios de tristeza. Apesar do testemunho das mulheres, verificado por alguns dos discípulos, e das profecias bíblicas sobre a ressurreição, eles ainda não acreditavam. Hoje, a ressurreição ainda surpreende as pessoas. Apesar de mais de dois mil anos de evidências e testemunhos, muitas pessoas se recusam a crer. O que mais é necessário? Para aqueles discípulos, foi necessário que Jesus aparecesse vivo no meio deles. Hoje, para muitas pessoas, é necessária a presença viva de cristãos.

24.25 – Por que Jesus chamou aqueles discípulos de néscios? Embora conhecessem bem as profecias bíblicas, falharam em entender que o sofrimento de Cristo era o caminho para a glória. Não podiam entender por que Deus não interveio para salvar Jesus da cruz. Estavam tão admirados com o mundo, com o poder político e militar, que estavam cegos para os valores do Reino de Deus, como, por exemplo, o de que os últimos serão os primeiros, que a vida surge da morte. O mundo não mudou seus valores. O Servo Sofredor não é mais popular hoje do que era há mais de dois mil anos. Mas nós não temos apenas o testemunho dos profetas do AT, temos o testemunho dos apóstolos do NT e a história da Igreja cristã, que testemunha a vitória de Jesus Cristo sobre a morte. Confrontaremos os valores da nossa cultura e colocaremos a nossa fé em Jesus Cristo ou continuaremos a ignorar tolamente as Boas Novas?

24.25-27 – Depois de os dois seguidores explicarem a sua tristeza e confusão, Jesus respondeu citando as Escrituras e aplicando-as a seu ministério. Quando estivermos confusos pelas perguntas ou problemas, também poderemos encontrar o supremo auxílio nas Escrituras. Se nós, como aqueles dois discípulos, não entendermos o que Deus por meio da sua Palavra quer dizer a nós, podemos procurar outros cristãos que conheçam a Bíblia e que tenham a sabedoria necessária para aplicá-la à nossa situação.

24.27 – Jesus apresentou aos discípulos o AT. Ele deve ter começado com o texto que fala sobre a semente da mulher, prometida em Gênesis 3.15, e passado pela descrição do Servo Sofredor, em Isaías 53: o traspassado; em Zacarias 12.10; e o mensageiro da aliança, em Malaquias 3.1. Cristo permeia toda a Bíblia; é o tema central que liga todos os textos sagrados. Além dos textos que citamos acima, é possível que as várias passagens a seguir tenham sido mencionadas quando encontrou os discípulos no caminho para Emaús: Gênesis 3.12; Salmos 22: 69; 110: Isaías 53; Jeremias 31; Zacarias 9; 13: Malaquias 3.

24.33,34 – Paulo também mencionou que Jesus apareceu a Pedro quando este estava sozinho (1Co 15.5). Esta ocasião não é descrita no Evangelho. Jesus mostrou uma preocupação individual com Pedro, porque este se sentia completamente indigno depois de negar seu Senhor. Mas Pedro se arrependeu e Jesus se aproximou dele e o perdoou. Logo, Deus usaria Pedro para edificar a Igreja de Cristo (está nos catorze primeiros capítulos de Atos), visão ou um fantasma; os discípulos tocaram o Mestre e ele ingeriu alimentos. Mas o corpo de Jesus não era um corpo humano restaurado, como o de Lázaro (Jo 11), porque Ele podia aparecer e desaparecer. O corpo ressurreto de Jesus era imortal. Este e o tipo de corpo que nós receberemos na ressurreição (ver 1Co 15.42-50).

24.44 – Muitos dias podem ter decorrido entre os acontecimentos descritos nos vv. 43 e 44, porque Jesus e seus discípulos viajaram para a Galileia e retornaram a Jerusalém antes da ascensão de Cristo aos céus (Mt 28.16; Jo 21). Em seu segundo livro, Atos dos Apóstolos, Lucas deixou claro que Jesus, após sua ressurreição, passou 40 dias com seus discípulos antes de ascender aos céus.

24.44-46 – A frase “na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” demonstra que todo o AT aponta para o Messias. Por exemplo, sua função como profeta foi predita em Deuteronômio 18.15-20; seus sofrimentos foram profetizados em Salmos 22 e em Isaías 53; sua ressurreição, especificamente em Salmos 16.9-11 e em Isaías 53.10,11.

24.45 – Jesus abriu o entendimento daquelas pessoas para entenderem as Escrituras. O Espírito Santo ainda faz isto, quando estudamos a Bíblia Sagrada. Você já procurou compreender uma passagem bíblica aparentemente difícil? Além de ler passagens que se encontram próximas a esta, perguntar a outras pessoas e consultar obras de referência, ore para que o Espírito Santo abra a sua mente para que você a entenda, dando-lhe o discernimento necessário para colocar a Palavra de Deus em prática em sua vida.

24.47 – Lucas escreveu para o mundo de língua grega. Ele queria que os gentios soubessem que a mensagem de Cristo sobre o amor e o perdão de Deus atingisse todo o mundo. Jamais devemos ignorar a propagação mundial das Boas Novas de Cristo. Deus quer que o mundo todo ouça as Boas Novas da salvação.

24.50-53 – Enquanto os discípulos o observavam, Jesus começou a subir em direção ao céu, e logo perderam-no de vista. Deve ter sido surpreendente ver Jesus partir, mas os discípulos sabiam que Ele manteria a sua promessa de enviar o Espirito Santo para estar com cada um deles. Este mesmo Jesus, que viveu com os discípulos, morreu, foi sepultado e ressuscitou dos mortos, nos ama e promete estar conosco para sempre. Podemos conhecê-lo melhor estudando as Escrituras, orando e permitindo que o Espírito Santo nos faça semelhantes a Ele!

24.51 – A presença física de Jesus deixou os discípulos quando Ele retornou ao céu (At 1.9), mas o Espírito Santo logo veio para confortá-los e capacitá-los para divulgarem as Boas Novas de salvação (At 2.1-4). Jesus está assentado á destra de Deus, onde tem toda a autoridade sobre o céu e a terra.

24.53 ESTA REVISTA ESTÁ TERMINANDO: O Evangelho segundo Lucas retrata Jesus como um Homem, cuja vida foi perfeitamente cumprida de acordo com o plano de Deus. Quando criança, Ele era obediente a seus pais e despertou grande admiração por parte dos líderes religiosos no Templo. Quando adulto, serviu a Deus e aos homens através de seu ministério de pregação da Palavra e cura; e, por fim, como um homem condenado à morte, sofreu sem reclamar. Este retrato de Jesus era bem adequado ao público grego de Lucas, que dava grande valor à conduta exemplar e ao crescimento pessoal; frequentemente os gregos discutiam sobre o significado da perfeição. Porém, tiveram dificuldade de entender a importância espiritual do mundo físico. Para eles, o espírito era sempre mais importante do que o físico. Para ajudá-los a entender o Homem Deus, que uniu a parte espiritual à física, Lucas enfatizou que Jesus não era um fantasma mas um ser humano real; Ele curou pessoas e alimentou-as, porque estava preocupado tanto com a saúde física como com o estado da alma de cada uma. Como crentes que vivem de acordo com o plano de Deus, também devemos obedecer ao nosso Senhor em todos os detalhes; devemos procurar levar a plenitude ao corpo e à alma das pessoas. Se outros quiserem saber como alcançar uma vida perfeita, poderemos guiá-los a Jesus!