Lição 13 – Planos e Saudação Final

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Parabéns, inestimável professor! Chegamos à última lição de mais um trimestre. Conclua esta revista, percebendo que o Capítulo 16 do texto em estudo sucede a uma orientação sobre morte e ressurreição Mas, de repente, Paulo trocou de assunto e começou a falar em dinheiro, o que mostra que tantos assuntos escatológicos, a exemplo da última lição, bem como assuntos sobre dons e tantos outros tratados nesta revista, são tão importantes quanto a contribuição.
Paulo trabalhava para não ser um peso às igrejas, no entanto, ele nunca foi relutante em falar a respeito de ofertas para atender às necessidades da obra e do povo do Deus.

 

EM ÁUDIO

 

PALAVRAS-CHAVE
Caridade • Amor • Renúncia

 

OBJETIVOS
• Entender o valor da caridade entre os irmãos.
• Saber que o Evangelho genuíno pode “abrir portas” e gerar contenda com o inferno.
• Incentivar os valores cristãos como: amor, igualdade e renúncia.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Começamos e vamos terminar estas lições interrogando a nossa classe! Pergunte: Quem já desejou que Deus abençoasse os projetos da igreja local? Pergunte também: É melhor dizer: “Deus abençoe” ou “Deus me use para abençoar sua obra”? Deus é espírito, e quando ele quer abençoar algo, comumente, Ele escolhe um corpo e usa-o para ser um instrumento de bênçãos. Ou seja, Ele quer usar as nossas mãos ou nosso esforço para abençoar os projetos da Sua obra.
As ofertas não se limitaram à Lei de Moisés, mas caminharam com a igreja primitiva e devem permanecer com a igreja até Jesus voltar.

 

RESPOSTAS
1) A igreja em Jerusalém.
2) Sob a permissão do Senhor.
3) O Senhor vem.

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Para ilustrar o texto
As comunidades cristãs são mantidas ao longo de gerações por uma sucessão de líderes semelhantes a Cristo. Bíblia: 2Timóteo 2.2. As instruções de Paulo a Timóteo em 2Timóteo 2.2 (que ecoam Êx 18.21) indicam claramente que o processo de discipular, avaliar, incumbir e liberar novos líderes para trabalhar é o sistema correto de transmitir liderança e autoridade dentro da igreja de Cristo. Vemos outra imagem dessa realidade quando Paulo se despede dos presbíteros efésios em Atos 20.13-38. A fé cristã é um chamado para todas as épocas da vida; a opção de nos aposentarmos cedo de nosso trabalho cristão nunca será uma opção.
Citação: Oliver Wendell Holmes. Certa vez, Holmes afirmou: “Os homens não param de brincar porque envelhecem; eles envelhecem porque param de brincar”. O mesmo se aplica aos cristãos no tocante a seu chamado e a sua vocação: cristãos idosos não se afastam de sua missão e de seu propósito no reino porque estão cansados e deprimidos; ficam cansados e deprimidos quando se afastam de sua missão e de seu propósito no reino.
Livro: “1 Coríntios” (Preben Vang. Série Comentário Expositivo. Editora Vida Nova – SP. 2018. pág 235).

 

 

LIÇÃO 13 – PLANOS E SAUDAÇÃO FINAL – 1 CORÍNTIOS 16

Texto Áureo
“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.”
1Co 16.13

 

Verdade Prática
A vida cristã cheia de fé e boas obras é a mais eficaz pregação do Evangelho.

 

Estudada em 27 de setembro de 2020

 

Esboço da Lição

INTRODUÇÃO

I. O VALOR DA SOLIDARIEDADE

1. Ajuda à igreja em Jerusalém 1Co 16.7-3
2. A urgência da ordem 1Co 16.1
3. O primeiro dia 1Co 16.2-4

 

II. OS PROJETOS DE PAULO 1Co 16.14

1. Irei, porém, ter convosco 1Co 76.5,6
2. Longo tempo em Corinto e Éfeso 1Co 16.7-8
3. Uma porta grande se abriu 1Co 16.9-13

 

III. PLANOS E INSTRUÇÃO FINAL 1Co 16.13-24
1. Vigiar e permanecer firme 1Co 16.13
2. Fazer tudo com amor 1Co 76.74
3. Ósculo santo e Maranata 1Co 16.20-24

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 449 – 107

INTRODUÇÃO
Na terceira viagem missionária cie Paulo, ele se empenhou em coletar o máximo de doações para os considerados pobres entre os santos da igreja-mãe em Jerusalém. O gesto foi realizado para aliviar a necessidade e o sofrimento. A realidade é que o apóstolo Paulo estava amadurecendo nas igrejas formadas por ele o valor pessoal da coleta e solidariedade entre os cristãos.

I. O VALOR DA SOLIDARIEDADE (1Co 16.1-4)
A comunidade dos discípulos de Jesus não pode deixar de lado questões relacionadas à obra de caridade. A ênfase na salvação de almas não pode servir como desculpa para fecharmos os olhos à realidade ao nosso redor, principalmente quando os nossos próprios irmãos na fé estão passando por necessidades.
Um fator primordial a ser salientado é que a caridade pode não ter relevância na Salvação do homem, porém é um inequívoco resultado e uma verdadeira evidência da salvação.

 

1. Ajuda à igreja em Jerusalém (1Co 16.1-3).
“E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes” (1Co 16.3).
O profeta Ágabo profetizou uma “grande fome por todo mundo” (At 11.28). Ágabo era um profeta oriundo da região da Palestina que anteviu a perseguição e prisão de Paulo em Jerusalém (cf. At 21.10-11).
Esta fome foi registrada por historiadores como: Tácito, Suetônio e Flavio Josefo. Estes relataram que houve uma grande fome que assolou o leste do Mediterrâneo, por volta de 40 d.C.
Em meio a esse caos anunciado, Paulo ergue-se para incentivar os cristãos a realizar caridades e a serem solidários. Essa crise afetou grande parte das igrejas, e os irmãos menos afetados e que gozavam de melhores condições tinham o dever moral de ajudar os seus irmãos mais necessitados.

 

2. A urgência da ordem (1Co 16.1).
“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia.”
A urgência era tamanha que Paulo não só pede, ele praticamente ordena. Paulo sabia e reconhecia o valor da caridade. Paulo sabia o valor de ser ajudado por outrem. Por isso, tinha pressa para ajudar os outros. Esse gesto era incentivado e ensinado por Paulo e deveria ser espalhado por todas as igrejas.
Mesmo sendo uma “ordem” de Paulo, ninguém era obrigado a dar mais do que podia. A exigência e o estímulo da coleta de doações entre os cristãos era um modo de equilibrar as deficiências econômicas entre os crentes (2Co 8.13-15). É por este motivo que o povo de Corinto estava sendo motivado a ajudar os mais necessitados.

 

3. O primeiro dia (1Co 16.2-4).
“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1 Co 16.2).
Geralmente, no domingo, ou seja, o “primeiro dia da semana”, os fiéis se reuniam e ofereciam suas ofertas como forma de agradecimento (At 20.7).
Este dia era muito comemorado pelo acontecimento da ressurreição do Senhor. Por este e outros motivos, os cristãos daquela época se reuniam no primeiro dia da semana para adorar a Deus.
Paulo estava aproveitando o ensejo para sensibilizar o coração dos fiéis a doarem generosamente, conforme a prosperidade de cada um (v. 2). Observemos que é proporcional ao que tinham, segundo a prosperidade dada por Deus a cada um, nada aquém ou além disso.
Vemos também o cuidado e a transparência com a qual Paulo conduziria a oferta e a entregaria no destino certo, junto com pessoas confiáveis escolhidas pela própria igreja (v. 3,4).

 

“A fé verdadeira e viva, que o Espírito Santo coloca no coração, simplesmente não pode ser inoperante.”  Martinho Lutero

 

II. OS PROJETOS DE PAULO (1Co 16.5-12)

1. Irei, porém, ter convosco (1Co 16.5,6).
“Irei ter convosco por ocasião da minha passagem pela Macedônia, porque devo percorrer a Macedônia.”

Paulo havia projetado que depois de passar pela Macedônia iria à cidade de Corinto. Almejava passar um longo tempo com os cristãos daquela cidade. Isso porque sabia da necessidade deste povo. Porém, Paulo sabia que esta visita só poderia ocorrer mediante uma ressalva: “se o Senhor permitir” (v.7), demonstrando dependência total de Deus.

 

2. Longo tempo em Corinto e Éfeso (1Co 16.7-8).
“Porque não quero, agora, ver-vos apenas de passagem, pois espero permanecer convosco algum tempo, se o Senhor o permitir” (1Co 16.7).
A estada de Paulo em Corinto foi um período longo de dezoito meses (At 18.10,11), só superado pelo tempo que ficou em Éfeso, onde o apóstolo se demorou por três anos (At 20.31). Logo, isto lhe proporcionou um ministério profícuo e a oportunidade de efetuar um grande trabalho, o qual prosperou fazendo de Corinto um dos mais importantes centros cristãos da igreja primitiva. Com os cristãos de Corinto, Paulo manteve uma das mais efusivas relações epistolares, destinando a eles pelo menos três epístolas, uma das quais nos é desconhecida (1Co 5.9). A Ia carta aos Coríntios é a mais longa epístola de Paulo.
Foi em Corinto que Paulo escreveu a carta aos Romanos, 1ª e 2ª Tessalonicenses.

 

3. Uma porta grande se abriu (1Co 16.9).
“Porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários.”
“Uma porta grande” se refere aos grandes feitos de Deus através das viagens missionárias de Paulo, principal mente da terceira viagem (cf. At 19).
Um destes feitos está registrado em Atos 19, quando Paulo impôs as mãos sobre alguns dos moradores de Éfeso e estes foram batizados no Espírito Santo e falaram em outras línguas (At 19.6). Como parte do povo de Éfeso aceitara a Cristo como salvador, houve uma grande revolta dos adoradores da deusa Diana. Os ourives fabricantes de imagens foram esses grandes adversários que se levantaram contra Paulo e o Evangelho de Jesus que estava sendo anunciado na cidade de Éfeso (At 19.8-41).

 

 

III.PLANOS E INSTRUÇÃO FINAL (1Co 16.13-34)

1. Vigiar e permanecer firme (1Co 16.13).
“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.”
Paulo recomenda ao povo de Corinto que permaneça vigilante e firme. Nos tempos bíblicos o termo vigiar tinha muita relevância. A expressão “vigiar” significa literalmente “manter a luz acesa”. Jesus afirma que somos “a luz do mundo’ (Mt 5.14). E, nestes momentos difíceis, nos quais as trevas têm se alastrado por toda parte, temos que nos erguer como “luz” O prêmio por andar na luz é não ser pego de surpresa no dia da volta do Senhor (1Ts 5.4; Mt 25.6-13).
Outro conselho de Paulo foi para que o povo estivesse firme na fé. Alguns poderiam pensar: “Mas a fé não é algo abstrato? Como, pois, se firmar nela?” Não é bem assim. “A fé é o firme fundamento” (Hb 11.1, ARC), e o seu fundamento é o próprio Jesus (1Co 3.11).
É por isso que a fé, algumas vezes, manifesta-se como concreta, quando nossas ações transpiram nossa confiança Nele. Um exemplo disso ocorre quando Jesus vê os quatro homens que levavam um paralítico até Ele em Cafarnaum: ‘”Vendo-lhes a fé” (Mc 2.5). Jesus viu a fé daqueles homens pela atitude que estavam tomando, ao levar o seu amigo doente até Ele.
Será que, se Jesus olhar para as suas ações, poderá ver também a sua fé?

 

2. Fazer tudo com amor (1Co 16.14).
“Todos os vossos atos sejam feitos com amor.”
O amor é parte fundamental para o serviço na obra do Senhor. Nenhum serviço para Deus deve ser realizado por imposição ou qualquer outra motivação que não seja amor (1Co 16.14). O próprio Paulo já havia falado que “se não tivesse amor”, nada aproveitaria. (1Co 13.1).

 

3. Ósculo santo e Maranata (1Co 16.20-24).
“Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo” (1Co 16.20)
Nos dias atuais é comum saudarmos uns aos outros com aperto de mãos e abraços. Naqueles tempos, porém, o gesto comum de saudação era o “ósculo santo”, literalmente, um beijo no rosto (Lc 7.45).
Esse exemplo foi usado na parábola do “filho pródigo”. A Bíblia diz que o pai “correndo, o abraçou, e beijou” (Lc 15.20).
Atualmente nós usamos o aperto de mãos, dizendo: “A paz do Senhor!”.
“Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata! A graça do Senhor Jesus seja convosco. O meu amor seja com todos vós, em Cristo Jesus” (v. 22,23). Nas últimas palavras de Paulo, ele emprega o termo “Maranata’*. Este termo é de origem aramaica, e se traduz como: “O Senhor Vem”. Este termo está relacionado ao arrebatamento, o dia que Jesus virá para buscar a Sua igreja.
Ao grafar esta palavra, o apóstolo Paulo estava incentivando a igreja a viver uma vida de vigilância. O povo de Corinto não poderia viver uma vida descuidada e, ao mesmo tempo, esperar ser arrebatado e encontrar-se com o Senhor.
Há grande semelhança entre o final desta carta e as últimas palavras da Bíblia, no Apocalipse: “Maranata! Vem Senhor Jesus” (Ap 22. 20,21).
E assim, Paulo conclui a carta, assinando-a com seu próprio punho, e afirmando: Maranata! Ou seja: “Nós acreditamos que Jesus ressuscitou dentre os mortos e há de voltar”. Isto significa que o Evangelho mostra toda uma nova realidade de vitória sobre a morte e o pecado. Não é apenas o conselho moral ou uma receita para uma espiritualidade pessoal.
É por causa da ressurreição que temos razão para sermos unidos em torno de Jesus. É a razão pela qual temos motivação para a integridade sexual. É a fonte de energia para amar outras pessoas mais do que a nós mesmos e, em última análise, é a nossa esperança de vitória sobre o pecado e a morte.
E é sobre ver e viver cada parte da vida através das lentes desse Evangelho do Reino de Deus que a Ia carta aos Coríntios, lida e estudada por nós, fala! Amém! Maranata! Vem, Senhor Jesus!

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Somos incentivados a permanecer firmes em todo o tempo e, principalmente, quando a nossa fé e valores cristãos são desafiados ao interagirmos com o mundo. De qualquer modo, seja fiel ao Senhor Jesus e habilite-se ao prêmio da coroa da vida! Amém!

 

 

RESPONDA

1) Para qual Igreja Paulo organizou a coleta de uma oferta em Corinto?

2) Sob qual condição Paulo desejava visitar a Igreja em Corinto?

3) O que significa o termo “Maranata”?