Lição 2 – Hebreus 1 e 2: Jesus é Superior aos Anjos

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Hebreus 1 e 2 há 14 e 18 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Hebreus 1.4-14 (5 a 7 min.).

Queridos professores, o capítulo 2 de Hebreus é a continuação da exaltação de Cristo sobre os anjos.
Vale ressaltar que somente no século XIII que Estêvão Langton, arcebispo de Canterbury, introduziu o sistema que agora conhecemos como capítulos da Bíblia. Os versículos foram adicionados bem mais tarde pelo impressor Estêvão, em sua edição do Novo Testamento grego, em 1551.
Diante do exposto, devemos considerar que a carta era um único rolo de pergaminho ou papiro sem as divisões atuais. Portanto, para entender o capítulo 2 devemos relembrar as menções feitas aos anjos no capítulo 1.
Será de grande valia para o professor consultar livros de teologia sistemática sobre o tema Angelologia, para enriquecer a aula.

 

OBJETIVOS
• Exortar acerca da responsabilidade do Cristão.
• Exaltar a pessoa de Cristo em relação aos anjos.
• Explicar a humildade de Cristo ao tornar-se homem.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA
Os anjos são espíritos ministradores a serviço da Igreja, mas ao longo dos séculos muitas distorções teológicas ocorreram por falta de conhecimento da Palavra.
Enquanto muitos exaltam, prestam cultos e idolatram os anjos, outros desprezam a existência e a atuação dos mesmos em nossos dias.
Pergunte aos alunos se já ouviram ou leram acerca de seitas que idolatram os anjos, ou acerca de outras seitas que afirmam que Jesus não é Deus, mas apenas um Anjo ou mais especificamente o Arcanjo Miguel.

 

RESPOSTAS
1) Por causa do Seu nome e da Sua exaltação.
2) Miguel.
3) Adorar a Deus; servir os salvos.

 

LEITURA ADICIONAL
A primeira seção [do capítulo 2] (v. 5-9), que esboça a necessidade da salvação e os meios pelos quais ela é atingida, se torna mais inteligível se é conectada com 1.14. Anjos são enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação (1.14); Não foi a anjos que ele sujeitou o mundo que há de v ir (2.5). Nessas palavras, o autor está dizendo que apesar do que pode ter sido uma política de ação temporária (…), não era o propósito de Deus dar aos anjos soberania sobre seu “sistema moral, organizado” (…). Essa soberania, ele reservou somente para o homem, como mostra tão claramente o uso de SI 8 (observe a forma casual em que ele introduz sua citação, lit. “alguém testemunhou em algum lugar”, sugerindo que para o autor de Hebreus a ferramenta é insignificante; na verdade, foi Deus quem falou): Tu […] o coroaste (o homem, o filho do homem) de glória e de honra; tudo sujeitaste debaixo dos seus pés (v.7b,8). Isto então é o ideal divino (cf. Gn 1.26-28): o homem deve governar; o filho do homem que foi feito somente “por um pouco[…] menor do que Deus” (SI 8.5, ARA), foi destinado a ser soberano, e nada deve existir que não esteja debaixo dos seus pés (v. 8). É nesse ponto, no entanto, que a necessidade de salvação se torna completamente clara, pois não vemos que todas as coisas estão sujeitas ao homem (v. 8b). O alvo de Deus para o homem não está sendo atingido. Contudo, os propósitos divinos não podem ser frustrados. O v. 9 revela que Deus proveu o meio para a salvação. Ele encontrou um caminho de trazer o homem de volta ao seu lugar de soberania: Jesus, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, é agora coroado de honra e de glória. [Observação: Aqui pela primeira vez temos a menção do nome “Jesus”. É uma designação favorita, usada 13 vezes pelo autor de Hebreus em sua carta.] (…) A expressão “feito menor do que os anjos”, significa, provavelmente, pouco mais do que o Eterno se tornou humano, pois se deve perceber que essa expressão foi tomada por empréstimo de SI 8 (citado anteriormente), e é o único que diz alguma coisa acerca da natureza do homem. Por isso, quando o autor de Hebreus afirma que Jesus foi feito menor do que os anjos, ele está simplesmente dizendo, por meio da fraseologia bíblica, que o Filho de Deus se tornou encarnado como homem, que . ele assumiu a posição de homem. Mas essa é uma declaração tremendamente importante, mesmo assim, pois no seu pensamento foi somente nesse ato de auto identificação com a raça humana que pela graça de Deus ele foi capacitado para que experimentasse a morte (v. 9).
Livro: Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento (Bruce, F. F. São Paulo: Vida, 2008).

 

Texto Áureo
“Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” Hb 1.14

 

Verdade Prática
O Filho é superior aos anjos, contudo, fez-se menor para nos salvar.

 

Estudada em 10 de abril de 2022

 

Leitura Bíblica Para Estudo Hebreus 1.4-14

 

INTRODUÇÃO

 

I. O FILHO É SUPERIOR AOS ANJOS Hb 1.4-13
1. Por causa do Seu nome Hb 1.4
2. Por causa da Sua natureza Hb 1.8
3. Por causa da Sua exaltação Hb 1.13

 

II. CLASSIFICAÇÃO DE ANJOS
1. Querubins
2. Serafins
3. Arcanjo

 

III. MISSÃO DOS ANJOS Hb 1.6-14
1. Adorar Hb 1.6
2. Cumprir os propósitos de Deus Hb 1.14
3. Servir os salvos Hb 1.14

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 252 – 124

 

INTRODUÇÃO
Considerando o grande interesse que os judeus tinham pelos anjos o autor aos Hebreus vai demonstrar a superioridade de Jesus em relação a eles, provando assim que, uma vez que a Lei foi trazida por anjos e Cristo é superior aos mesmos, a revelação que Ele trouxe também é superior à lei. Por que voltar ao Judaísmo se o evangelho é superior?

 

I. O FILHO É SUPERIOR AOS ANJOS (Hb 1.4-13)
Anjos são seres espirituais e pessoais criados por Deus. Eles possuem capacidades morais e intelectuais e estão à disposição de Deus para cumprirem os seus propósitos.

1. Por causa do Seu nome (Hb 1.4)
“Tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.”

Mesmo que os anjos sejam, num certo sentido, seres mais elevados que o homem, eles não são de maneira alguma superiores ao Filho, porque “ele herdou” um nome que é superior ao deles.
Até este momento o Filho não foi apresentado pelo nome, seja como Jesus ou como Cristo o que ocorre só a partir de Hebreus 2.9. O nome do Filho aqui não se refere a um nome pessoal específico, mas à sua designação como Filho unigênito de Deus, o Filho único. Isso subentende um tipo de relacionamento ímpar, mais estreito e íntimo, o qual nenhum dos anjos jamais teve ou terá. Eles até podem ser chamados “filhos de Deus” (Jó 1.6; 38.7), “poderosos” (Sl 29.1) ou “santos” (Sl 89.6), mas permanecem seres criados, em contraste com o Filho unigênito, que é Criador deles.
A pergunta retórica em Hebreus 1.5 comprova a tese do autor. Citando os Salmos, ele demonstra a extensão dessa superioridade exatamente por causa do relacionamento inigualável do Filho com o Pai.

 

2. Por causa da Sua natureza (Hb 1.8)
“Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino.”
Como excelente conhecedor que era do Antigo Testamento o autor aos Hebreus apresenta uma lista de sete citações veterotestamentárias. Já vimos uma delas, agora ele apresenta outra demonstrando a natureza singular do filho: “O teu trono, ó Deus é para todo o sempre…” (Sl 45.6).
O filho é superior aos anjos não apenas pelo seu relacionamento com o Pai, mas porque sua natureza é completamente diferente. Enquanto os anjos são criaturas, Ele é o criador. Enquanto os anjos tiveram um começo, o Filho é eterno. Anjos são servidores, o Filho é Senhor. Anjos adoram, Jesus é adorado. Anjos anunciaram sua concepção (Lc 1.26-27); seu nascimento (Lc 2.9-11); trouxeram-lhe comida (Mt 4.11); confortaram-no (Lc 24.4).

 

3. Por causa da Sua exaltação (113)
“Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?”
A resposta à pergunta é tão óbvia que se faz desnecessária. O escritor sagrado estabelece um contraste inequívoco entre o Filho entronizado e os anjos ministradores. A função deles (de todos) é eminentemente de serviço, enquanto a função do Filho como servo foi temporária. O fato do Filho ter sido exaltado mostra que sua missão foi completada, ao passo que a dos anjos é permanente e nunca serão entronizados. Nenhum anjo, por mais exaltado que fosse jamais foi apresentado sentando-se na presença de Deus, muito menos na sua mão direita. O Filho tem trono eterno, um cetro de justiça e um reino universal. Anjos não têm nada disso, ao contrário são seus súditos.
Essa exaltação do Filho será mencionada por Pedro em seu sermão no dia de Pentecostes relacionando-a com a autoridade de derramar o Espírito Santo, privilégio que jamais anjo nenhum teve ou terá: “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.” (Atos 2.33).
Ser escolhido por um rei para assentar-se à sua mão direita é a maior honra que alguém poderia esperar receber. Esse é o lugar que Jesus recebeu quando completou sua obra salvadora. João e Tiago, os filhos de Zebedeu, almejaram assentar-se à direita e o outro à esquerda de Jesus (Mt 20.21).

 

 

II. CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
A palavra anjo significa “mensageiro”. A Bíblia não declara com exatidão quando eles foram criados. Isso não é relevante, mas sim o fato de serem criaturas de Deus. Provavelmente foram criados todos juntos, pois não podem procriar (Mt 22.30). Além dos anjos em sentido geral, a Bíblia revela certas classes deles: Querubins, Serafins e Arcanjo.  “Anjo do Senhor” é consenso tratar-se de uma Teofania, ou seja, uma manifestação de Deus e não de uma categoria angelical.

 

1. Querubins
O hebraico é “qerub“. “Querubim” é plural (o plural em hebraico se faz com “im” e não com “s”). Eles impediam o retorno ao Jardim do Éden (Gn 3.24). Dois deles estavam representados sobre o propiciatório, que era a tampa da arca do Senhor (Êx 25.17-20; Hb 9:5). Parece ser sua função proteger lugares e objetos sagrados. Eram destinados a revelar o poder, a majestade, a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus (Ez 10.1-4).

 

2. Serafins
O hebraico é seraf, derivado de “saraph” que significa “queimar, consumir com fogo”. Os Serafins são os anjos em fogo. “Seres ardentes” seria uma boa definição. São mencionados apenas em Isaías 6.2,6. São representados simbolicamente em forma humana com seis asas cobrindo o rosto, os pés e duas prontas para execução das ordens do Senhor. Permanecem servidores em torno do trono do Deus Poderoso, cantam louvores e proclamam a santidade de Deus. A proximidade destes seres ao Deus Santo os faz arder em fogo. São seres em constante adoração a Deus. Eles repetem constantemente que Deus é santo. A ideia do texto não é três vezes santo, como querem alguns, mas infinitamente santo. E um recurso literário, indicando um tipo de ênfase.

 

3. Arcanjo
O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas escrituras (1Ts .4.16; Jd 9). Significa primeiro, principal, anjo maioral. Miguel é o único a ser chamado de arcanjo e aparece comandando seus anjos (Ap 12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10:13,21; 12.1). A maneira pela qual Gabriel é mencionado também indica que ele é um anjo maioral, de classe muito elevada. Ele está diante da presença de Deus (Lc 1:19) e a ele são confiadas as mensagens de mais elevada importância relacionadas ao reino de Deus (Dn 8.16; 9.21). Apesar de a Bíblia denominar apenas Miguel como arcanjo, a teologia judaica considera Gabriel como arcanjo. Os arcanjos são seres ligados a momentos muitos especiais e decisivos. Sua voz será ouvida por ocasião do arrebata- mento (1Ts 4.16).

 

 

III. MISSÃO DOS ANJOS (Hb 1.6-14)
Lamentavelmente, o misticismo moderno tem atrapalhado a correta compreensão do que sejam os anjos. Eles não podem ser manipulados a bel prazer por pessoas supostamente “ungidas”. Anjos obedecem ordens divinas e não dos homens.
O estado servil dos anjos é enfatizado pelo escritor. Eles são como os ventos e os relâmpagos, que são parte da criação de Deus e completamente obedientes a Deus. O texto de Hebreus 1.7 compara os anjos aos ventos e às chamas de fogo para indicar que embora façam obras poderosas, eles permanecem como humildes servos.

As principais missões dos anjos são:
1. Adorar (Hb 1.6)
“E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.”
Não somente o Filho é maior que os anjos, mas ele é adorado pelos anjos”.
O Filho é o criador dos anjos, e Deus ordena a essas criaturas que honrem o seu Filho. Eles adoraram a Deus na criação (Jó 38.7), em Isaías 6.3 os Serafins clamavam uns aos outros dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”. Poucas vezes a Bíblia repete algo três vezes seguidas. Mencionar algo três vezes é elevá-lo ao grau superlativo. Apenas esta vez um atributo de Deus é mencionado três vezes seguidas.

Quando Cristo foi introduzido no mundo, a ordem foi: “E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6). O ministério da adoração permanecerá pela eternidade, onde anjos e os remidos o adorarão pelos séculos dos séculos.
Anjos adoram, não são adorados. Adoração, culto e orações a anjos são práticas condenadas por Deus. Os anjos não são dignos de adoração, mas sim agentes da providência divina.

 

2. Cumprir os propósitos de Deus (Hb 1.14)
“Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?”
Eles executam toda e qualquer ordem vinda de Deus. Apesar de serem poderosos e capazes de entender muitas coisas, os anjos, 1) Não são oniscientes, 2) Não são onipresentes, 3) Não são onipotentes, 4) Não podem pregar o evangelho, pois, essa nobre tarefa Deus outorgou à sua Igreja (1Pe 1.12).
Não devemos subestimar o ministério dos anjos. Além de proteger os filhos de Deus, eles são usados para livramentos especiais. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34.7). Uma das atribuições angelicais está ligada a livramento e proteção.

 

3. Servir os salvos (Hb 1.14)
“Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?”
Eles ficam de prontidão, permanente prontos para obedecer às ordens de Deus e servir os “que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14).
Neste versículo conclusivo do capítulo 1, o escritor propõe uma questão retórica que aguarda uma resposta positiva. “Os anjos não são espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?” A resposta é: Sim, todos são. Ao contrário das respostas às questões dos versos 5 e 13, cujas respostas são negativas. A expressão “todos eles” também merece especial atenção. Todos eles inclui todas as categorias angelicais. Eles não tiram férias, não descansam e não dormem. Que consolo para nós!
Os anjos não são uma raça, mais um batalhão, um exército. Constituem uma inumerável multidão, pois João relata em Apocalipse que ele “ouviu a voz de muitos anjos, de milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap 5.11).
São muitas as manifestações de anjos no Antigo Testamento e também no Novo Testamento. Nos dias atuais, eles continuam se manifestando em cumprimento às ordens de Deus a serviço do seu povo para livrar, proteger e ajudar.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Os Anjos são considerados importantes na transmissão da mensagem divina. Sendo Jesus superior a eles, quais as consequências de rejeitarmos Sua mensagem?

 

RESPONDA:

2) Conforme a lição, mencione duas razões pelas quais Jesus é superior aos anjos

2) Qual o único arcanjo mencionado nas Escrituras?

3) Mencione duas funções dos anjos estudadas na lição.

 

 

 

COMENTÁRIOS:

 

3.1 Este versiculo teria sido especialmente significativo para os cristaos judeus. Para os judeus, a autoridade humana mais elevada era o sumo sacerdote. Para os cristaos primitivos, as autoridades humanas mais elevadas eram os mensageiros de Deus,

os apostolos. Jesus. Mensageiro de Deus e Sumo Sacerdote, e a maior autoridade da Igreja.

 

3.1-6 – O autor usa diferentes figuras para explicar o relacionamento de Jesus com os crentes Ele e: (1) o Mensageiro de Deus. a quem devemos ouvir; (2) o nosso Sumo Sacerdote, através de quem vamos a Deus. o Pai; e (3) o administrador da casa de Deus (“sobre a sua propria casa”), a quem devemos obedecer. A Biblia esta repleta de diferentes nomes e figuras para Jesus Cristo, e cada um revela algo mais sobre a sua natureza e

ministerio. O que estas ilustracoes lhe ensinam sobre seu relacionamento com Cristo?

 

3.2.3 – Para o povo judeu, Moises era um grande heroi; ele liderou seus antepassados, os israelitas, levando-os da escravidão egípcia a fronteira da Terra Prometida. Tambem escreveu os cinco primeiros livros do AT, e foi o profeta atraves de quem Deus entregou a Lei; portanto. Moises foi o maior profeta nas Escrituras. Mas Jesus, como a figura central da fe, e digno de maior honra do que Moises, que foi apenas um servo humano. Jesus e mais do que humano; Ele e o proprio Deus (1.3). Assim como Moises libertou o povo de Israel da escravidao egipcia, Cristo nos libertou da escravidao do pecado. Por que se conformar

com Moises, pergunta o autor de Hebreus. Quando voce pode ter Jesus Cristo, que e o soberano Senhor que designou Moises?

 

3.5 – Moises foi fiel ao chamado de Deus não so para libertar Israel, mas tambem para preparar o caminho para o Messias (“para testemunho das coisas que se haviam de anunciar”). Todos os crentes do AT tambem cooperaram na preparacao do caminho. Deste modo, conhecer o AT e a melhor base para entender o NT. Ao ler o AT. vemos:

(1) como Deus usou pessoas para realizar os seus propositos.

(2) como Deus usou eventos e personalidades para ilustrar verdades importantes.

(3) como, atraves dos profetas, Deus anunciou o Messias, e

(4) como, atraves do sistema de sacrifícios, Deus preparou as pessoas para entenderem a obra do Messias. Se incluir o AT em sua leitura regular da Biblia, o NT se tornara mais claro e mais significativo para voce.

 

3.6 Por Cristo viver em nos como crentes, podemos permanecer corajosos e esperancosos ate o final. Nao somos salvos apenas por sermos firmes e constantes em nossa fe, mas a nossa

Portanto, “como diz o Espirito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, nao endurecais o vosso coracao, como na provocacao, no dia da tentacao no deserto, onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras.

 

10 Por isso, mc indignei contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coracao e não conheceram os meus caminhos.

 

11 Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.

 

12 Vede, irmaos, que nunca haja em qualquer de vos um coracao mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

 

13 Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vos se endureca pelo engano do pecado.

 

14 Porque nos tomamos participantes de Cristo, se ‘retivermos firmemente o princípio da nossa confiança ate ao fim.

 

15 Enquanto se diz: ‘Hoje. se ouvirdes a sua voz, não endurecais o vosso coracao, como na provocacao.

 

coragem e esperanca revelam que a nossa fe e real. Sem esta fidelidade perseverante, poderiamos ser facilmente levados pelos ventos da tentacao, pelos falsos ensinos ou pela perseguicao

 

3.7-15 – Em muitas passagens, a Biblia Sagrada nos adverte a nao “endurecermos” o nosso coracao. Isto significa que nao devemos nos colocar obstinadamente contra Deus. de forma a não sermos mais capazes de nos voltarmos a Ele para recebermos perdao. Os israelitas endureceram seu coracao quando desobedeceram a ordem que Deus lhes havia dado de conquistar a Terra Prometida (ver Nm 13; 14; 20; e SI 95). Tenha o cuidado de obedecer a Palavra de Deus. e nao permita que seu coracao se torne endurecido.

 

3.11 O repouso de Deus tem varios significados nas Escrituras:

(1) o setimo dia da criacao e o sabado semanal que comemorava este evento (Gn 2.2; Hb 4.4-9);

(2) a Terra Prometida de Canaa (Dt 12.8-12; SI 95);

(3) a paz com Deus agora, por causa do nosso relacionamento com Cristo atraves da fe (Mt 11.28; Hb 4.1.3.8-11); e (4) a nossa futura vida eterna com Cristo (Hb 4.8-11).

Todos estes significados eram provavelmente familiares aos eitores cristaos judeus de Hebreus.

3.12-14 – Nosso coração se aparta do Deus vivo quando nos recusamos obstinadamente a crer nEle. Se persistirmos em nossa incredulidade. Deus por fim nos deixara sozinhos em nosso pecado.  Mas Deus pode nos dar um novo coração, novos desejos e um novo animo (Ez 36.22-27). Para evitar ter um coração incrédulo, é necessário permanecermos em comunhão com outros crentes, falarmos diariamente sobre a nossa fe, estarmos cientes de quão enganoso e o pecado (ele atrai, mas também destrói), e nos encorajarmos mutuamente demonstrando amor e preocupação.

 

3.15-19 – Os israelitas falharam em entrar na Terra Prometida porque nao creram na proteção de Deus, e nao creram que Deus os ajudaria a vencer os gigantes da terra (ver Nm 1 — 15).

Entao Deus os enviou ao deserto para vagar por 40 anos. Esta foi uma alternativa infeliz para a maravilhosa dadiva que o Senhor havia planejado para eles. A falta de confiança em Deus

sempre nos impede do receber todas as bençãos que Ele deseja

nos dar.

4.1-3 – Alguns dos cristãos judeus que receberam esta carta podem ter estado prestes a retornar de seu descanso prometido em Cristo, da mesma maneira que nos dias de Moisés o povo retornou da Terra Prometida. Em ambos os casos, as dificuldades do momento presente obscureceram a realidade da promessa de Deus, e o povo duvidou que Deus cumpriria as suas promessas. Quando confiamos em nossos próprios esforços em vez de confiarmos no poder de Cristo, também corremos o risco de retornar ao mundo. Nossos esforços nunca são adequados; somente Cristo pode nos ajudar a vencer as dificuldades.

 

4.2 – Os israelitas dos dias de Moises ilustram um problema enfrentado por muitos daqueles que lotam as nossas igrejas hoje. Conhecem muito a respeito de Cristo, mas não o conhecem pessoalmente – não combinam seu conhecimento com a fé. Deixe que as Boas Novas de Cristo beneficiem a sua vida. Creia nEle e então aja de acordo com aquilo que conhece. Confie em Cristo e faça aquilo que Ele diz.

 

4.4 – Deus descansou no sétimo dia, não porque estivesse cansado. mas para indicar a conclusão da criação. O mundo estava perfeito, e Deus estava bastante satisfeito com ele. Este repouso e uma prévia de nossa alegria eterna quando a criação será renovada e restaurada, toda marca do pecado será removida, e quando o mundo será novamente perfeito. Nosso sábado de descanso em Cristo começa quando confiamos que Ele completara a sua boa e perfeita obra em nós.

 

4.6,7 – Deus tinha dado aos israelitas a oportunidade de entrar

em Canaa, mas eles desobedeceram e falharam em entrar (Nm

13—14). Agora Deus nos oferece a oportunidade de entrar em

seu descanso final – Ele nos convida a vir a Cristo. Para entrar

em seu descanso, voce deve crer que Deus tem este relacionamento

em mente para voce; deve deixar de tentar criar um repouso

particular; deve confiar que Cristo lhe concede esta

bencao; e deve determinar obedece-lo. Hoje e o melhor dia para

encontrar a paz com Deus. Amanha pode ser muito tarde.

4.8-11 – Deus quer que entremos em seu descanso. Para os israelitas

dos dias de Moises, este descanso era o descanso terreno

que seria encontrado na Terra Prometida. Para os cristaos,

e a paz com Deus agora, e mais adiante a vida eterna em uma

nova terra. Nao precisamos esperar pela proxima vida para

desfrutar do descanso e da paz de Deus; podemos te-los diariamente,

agora! Nosso descanso diario no Senhor nao terminara

com a morte, mas se tornara um descanso eterno no lugar

que Cristo esta preparando para nos (Jo 14 . 1 -4 ).

4.11 – Se Jesus proporcionou o nosso descanso atraves da fe,

por que devemos fazer todo o possivel para entrar naquele repouso?

Esta nao e a luta de fazer o bem a fim de obter a salvacao.

nem e uma luta mistica para vencer o egoismo. Refere-se

a fazer todo o esforco para apreciar e se beneficiar daquilo que

Deus ja proporcionou A salvacao nao admite comodidade,

nem inercia; apropriar-se do dom que Deus oferece exige decisao

e compromisso.

4.12 – A Palavra de Deus nao e simplesmente uma colecao de

palavras que foram pronunciadas por Deus, um veiculo para comunicar

ideias; ela e viva. transforma vidas, e e dinamica a medida

que opera em nos. Com a precisao de corte do bisturi de um

cirurgiao, a Palavra de Deus revela quem somos e o que nao somos.

Ela penetra o centro de nossa vida moral e espiritual Discerne

o que esta dentro de nos, tanto c bem como o mal. As

exigencias da Palavra de Deus requerem decisoes. Nao devemos

apenas ouvir a Palavra; devemos permitir que ela molde a

nossa vida.

4.13- Nada pode ser escondido de Deus. Ele sabe tudo sobre

todos, em todos os lugares, e todas as coisas a nosso respeito

estao patentes aos seus olhos, que a tudo veem. Deus ve

tudo o que fazemos e sabe tudo o que pensamos. Ele esta conosco

mesmo quando estamos desapercebidos de sua presenca.

Ele nos ve ate mesmo quando tentamos nos esconder

dEle. Nao podemos ter segredos em relacao a Deus. E confortante

perceber que. embora nos conheca intimamente. Deus

ainda nos ame. 4.14 – Cristo e superior aos sacerdotes, e seu sacerdocio e superior

ao sacerdocio deles. Para os judeus, o sumo sacerdote

era a mais elevada autoridade religiosa na terra. Somente ele entrava

no Santo dos Santos no Templo, uma vez por ano, para fazer

expiacao pelos pecados de toda a nacao (Lv 16). Como o

Sumo Sacerdote, Jesus e o mediador entre Deus e nos. Como

representante da humanidade. Ele intercede por nos diante de

Deus. Como representante de Deus, Ele nos assegura o perdao

de Deus. Jesus tem mais autoridade do que os sumo sacerdotes

judeus porque e verdadeiramente Deus e verdadeiramente

homem. Diferentemente do sumo sacerdote, que pod a se apresentar

diante de Deus apenas uma vez por ano, Cristo esta sempre

a destra de Deus. intercedendo por nos. Ele esia sempre

disposto a nos ouvir quando oramos.

4.15 – Jesus e como nos porque experimentou uma grande variedade

de tentacoes ao longo de sua vida como um ser humano.

Podemos ser confortados sabendo que Jesus enfrentou tentacoes

— Ele pode se compadecer de nos. Podemos ser encorajados,

sabendo que Jesus enfrentou as tentacoes sem ceder ao

pecado. Ele nos mostra que nao temos que pecar, quando enfrentarmos

as iscas sedutoras da tentacao. Jesus e o unico ser

humano perfeito que ja viveu.

4.16 A oracao e o meio pelo qual nos aproximamos de Deus. e

devemos nos chegar a ele ‘‘com confianca”. Alguns cristaos se

aproximam de Deus humildemente com suas cabecas curvadas.

com medo de pedir-lhe que atenda as suas necessidades.

Outros oram de forma irreverente, sem pensar naquilo que estao

dizendo. Aproxime-se do Senhor com reverencia, porque Ele e o

seu Rei. Mas aproxime-se tambem com confianca, porque Ele o

seu Amigo e Conselheiro.

5.4-6 – Esie capitulo enfatiza tanto a designacao divina de Cristo

quanto a sua humanidade. O escritor usa dois versiculos do AT

para mostrar a designacao divina de Cnsto: Salmos 2.7 e 110.4.

Na epoca em que este livro foi escrito, os romanos escolh am o

sumo sacerdote en Jerusalem. No AT. porem, Deus escolheu a

Arao. e somente os descendentes oeste poderiam ser sumos sacerdotes.

Cristo, como Arao, foi escolhido e chamado por Deus.

5.6 – Melquisedeque era um sacerdote de Salem (agora chamada

Jerusalem). Seu perfil se encontra em Genesis. A posicao de

Melquisedeque e explicada em Hebreus 7.

5.7 – Jesus estava em grande agonia quando se preparava para

enfrentar a morte (Lc 22.41-44). Embora tenha clamado a Deus,

pedindo o livramento, Jesus estava preparado para sofrer a humilhacao.

a separacao do Pai, e a morte a fim de fazer a vontade

de Deus. As vezes sofreremos tribulacoes, nao porque queiramos

sofrer, mas porque queremos obedecer a Deus. Que a obediencia

de Jesus o sustente e encoraje em tempos de tribulacao.

Voce podera enfrentar qualquer coisa se souber que Jesus

Cristo esta com voce.

5.7 – Voce ja se sentiu como se Deus nao ouvisse as suas oracoes?

Certifique-se de estar orando com reverente submissao,

disposto a fazer a vontade do Senhor. Deus responde a seus filhos

obedientes. 5.8 A vida humana de Jesus nao foi um texto que Ele seguiu

passivamente. Foi uma vida que E<e escolheu livremente (Jo

10.17,18). Foi um processo continuo de fazer a vontade de

Deus. u Pai, que era a sua propria vontade. Jesus escolheu obedecer.

embora a obediencia o levasse ao sofrimento e a morte

Por Jesus ter obedecido perfeitamente, mesmo sob grande pro

vacao, Ele pode nos ajudar a obedecer, nao importa quao dificil

a obediencia pareca ser

5.9 – Cristo sempre fei moralmente perfeito. Obedecendo. Ele

demonstrou a sua perfeicao a nos, nao a Deus ou a si mesmo.

Na Biblia sagrada, o termo ‘perfeito” (ou consumado) normalmente

significa totalidade ou maturidade. Compartilhando a nossa

experiencia de sofrimento. Cristo compartilhou completamente

a nossa experiencia humana. Ele e agora capaz de oferecer a salvacao

eterna aqueles que o obedecem. Veja a atitude de Cristo

ao tomar sua forma humana em Filipenses 2.5-11.

5.12,13 – Estes cristaos judeus eram imaturos. Alcjuns deles devem

ter ensmado a outros, porem ainda nao haviam aplicado os

fundamentos as suas proprias vidas. Estavam relutantes em se

afastar das velhas tradicoes, doutrinas estabelecidas, e da dis

cussao dos fundamentos. Nao poderiam entender o papel sumo

sacerdotal de Cnsto. a menos que deixassem sua posicao confortavel.

rompessem alguns de seus lacos judaicos, e parassem

de tentar misturar-se com sua cultura. O compromisso com

Cristo move as pessoas para fora de suas zonas de conforto.

5.12-14 – A fim de crescer, passando de cristaos infantis para

cristaos amadurecidos, devemos aprender o discernimento De

vemos treinar a nossa consciencia, nossos sentidos, nossa

mente, e nosso corpo para distinguir o bem do mal. Voce pode

reconhecer a tentacao antes que ela lhe prenda? Voce pode enxergar

a diferenca entre um uso correto e um uso errado das

Escrituras?

5.14 Nossa capacidade de nos oanquetearmos com o conhecimento

mais profundo de Deus (“alimento solido”) e determinada

pelo nosso crescimento espiritual. Frequentemente queremos o

banquete de Deus. antes de sermos espiritualmente capazes de

d geri-lo. A medida que voce crescer no Senhor, e colocar em

pratica aquilo que aprendeu, sua capacidade de entender tambem

crescera.