Lição 2 – Josué 2 – Os Espias e Raabe

Em Josué 2 há 24 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Josué 2. 1-24 (5 a 7 minutos).

A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Como foi abordado na lição anterior, um tema pilar no Evangelho é a graça. Como esta é uma situação em que a graça é manifestada, quão evidente esse tema é no capítulo 2 de Josué.

Explore também temas seculares no decorrer da história, como no caso da ética situacional ocorrida com Raabe, em sua mentira para salvar os espias. Destaque e procure resolver o problema tendo em mente que nenhuma situação deve promover a quebra dos mandamentos do Senhor.

Enfoque também o princípio ético de que não convém dizer ao inimigo a verdade, se isto vier a causar sua morte ou a destruição de um propósito divino (Veja 1Sm 16.1-3; Js 2.4-6).

 

OBJETIVOS

  • Aprender como o cristão deve andar no mundo.
  • Valorizar a prudência.
  • Glorificar a Deus pela salvação.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Provoque seus alunos sobre as situações presentes em que nossa fé é posta à prova, mostrando o quão delicado é precisar ter prudência em certas situações.

Aborde quantas vezes pecamos em diversas situações que põem “nossa” ética à prova.

Mostre os alunos como Deus foi gracioso com Raabe, uma meretriz. Aplique o mesmo princípio ao fato de como Ele também nos salvou.

 

RESPOSTAS

1)        F

2)        V

3)        V

 

Lição 2 – Os Espias e Raabe

LEITURA ADICIONAL

Raabe e a missão dos espiões (2.1-24)

A história de Raabe tem vários objetivos em Josué. A partir da perspectiva do contexto literário, proporciona uma ideia sobre os cananeus, da mesma forma como o capítulo 1 fez com os israelitas. Tal como no capítulo 1, uma personagem em particular recebe destaque. Nesse sentido, Raabe equivale a Josué como aquela que é fiel entre o seu povo, a qual é escolhida para levá-los à salvação ou, pelo menos, oferecê-la àqueles que estão interessados. Josué 2 também antecipa a conquista de Jericó no capítulo 6. No contexto mais amplo do Pentateuco são óbvios os vínculos com Números 13-14 e Deuteronômio 1 e o desastrado envio, a partir de Cades-Barneia, do grupamento de reconhecimento. Em contraste no relato de Josué 2, o papel de Josué é acentuado como aquele que segue a Deus e lidera o povo. Assim sendo, Josué 2 justifica as qualidades de Josué como um líder interessado no povo, pois ele reúne dados de inteligência antes de conduzi-los a território hostil. Também descreve como Josué dá a Raabe e sua família uma oportunidade de livrarem a si mesmos da destruição iminente. Finalmente, Josué 2 declara uma teologia da missão de Israel. Isso é detalhado nos dois mais longos monólogos da história: a confissão e o pedido de Raabe (v. 9-13) e a promessa condicional do grupamento de reconhecimento (v. 17-20). Juntos esses monólogos fornecem a justificativa para a guerra, o provimento de livramento mediante misericórdia e as expectativas de Israel.

Livro: “Josué, introdução e comentário” (Richard Hess. Editora Vida Nova, Págs. 74, 75)

 

Estudada em 10 de janeiro de 2021

 

LIÇÃO 2  – JOSUÉ 2 – OS ESPIAS E RAABE

 

Texto Áureo

“De Sitim enviou Josué, filho de Num, dois homens, secretamente, como espias, dizendo: Andai e observai a terra e Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e pousaram ali.” Js 2.1

 

Verdade Prática

Deus cumpre Suas promessas, ainda que não compreendamos a forma, circunstâncias e pessoas envolvidas.

 

Leitura Bíblica Para Estudo Josué 2.1 -24

 

INTRODUÇÃO

I. ESPIAS ENVIADOS A JERICÓ Js 2.1,23

  1. Só dois espias Js 2.1a
  2. Observar a terra e Jericó Js 2.1b
  3. Prudência Js 2.23

II. A PROSTITUTA RAABE Js 2.1-11

  1. A casa de Raabe Js 2.1c
  2. Espias protegidos Js 2.6
  3. O medo em Jericó Js 2.11

III. MARAVILHOSA GRAÇA Js 2.12-24

  1. Pedido de Raabe Js 2.12
  2. Cordão escarlata Js 2.18
  3. Relatório cheio de fé Js 2.24

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 298 – 418

 

INTRODUÇÃO

O capítulo 2 apresenta o povo em situação muito semelhante à da geração anterior, dos seus pais que saíram do Egito. Este é um ponto crucial na jornada desta “nova geração” de israelitas, porque eles precisam decidir se seguirão adiante em fé ou cederão ao medo, recusando-se a avançar.

I. ESPIAS ENVIADOS A JERICÓ (Js 2.1,23)

1. Só dois espias (Js 2.1a)

“De Sitim enviou Josué, filho de Num, dois homens, secretamente, como espias…”

Em Números 14.6-9,30 vemos um outro e diverso relato de envio de espias. Atente que são dois acontecimentos distintos, mas que têm várias similaridades. O primeiro acontece quarenta anos antes, quando Moisés enviou doze espias para reconhecer a terra, dos quais dez voltaram com um relatório muito negativo e dois voltaram com um relatório positivo. O relato negativo dos dez espias contaminou o coração de todo o povo e culminou com a recusa dos israelitas em seguir em frente. Agora, temos um segundo relato com envio de espias, capitaneado por Josué. Dois espias são enviados, e o relatório que trazem é positivo.

O relatório dos dois espias enviados por Josué faz uma clara alusão ao relatório dos dois espias outrora enviados por Moisés, cujas palavras eram de conquista. Vale a pena lembrar o nome dos dois espias enviados por Moisés: Josué e Calebe.

 

  1. Observar a terra e Jericó (Js 2.1b)

“…Andai e observai a terra e Jericó…”

O território para além do Jordão encontrava-se habitado por várias nações, todas mais poderosas e mais bem preparadas para a guerra que os israelitas.

Josué envia secretamente dois espias para observarem a terra e lhe trazerem um relatório de tudo o que vissem.

A conquista era de toda a terra, mas há um interesse especial de Josué em Jericó: “Observai a terra e Jericó”. Jericó estava estrategicamente localizada a aproximadamente 8 km após o Rio Jordão, e era um dos fortes mais formidáveis de toda a região. A conquista de Jericó teria vários desdobramentos, dentre eles o estabelecimento de uma base estratégica na entrada de Canaã e o efeito desmoralizador para os cananeus de perderem uma de suas principais fortificações.

 

  1. Prudência (Js 2.23)

“Assim, os dois homens voltaram, e desceram do monte, e passaram, e vieram a Josué, filho de Num, e lhe contaram tudo quanto lhes acontecera”

Deus não havia dado a promessa de conquista? Por que enviar espias? Será que Josué estava duvidando? Por que não ir adiante, crendo que tudo daria certo?

Josué havia recebido a promessa, mas não sabia como se daria o seu cumprimento ou como os inimigos seriam derrotados. A única coisa que sabia é que a vitória viria; isto demanda fé. Como um líder prudente e sábio, a exemplo de qualquer líder militar, ele precisava conhecer o cenário da batalha, como estavam as defesas do inimigo e, neste caso específico, como estava a motivação e o estado psicológico dos inimigos cananeus.

Muitas vezes, há uma linha tênue entre confiança e tolice, prudência e covardia. A fé na promessa de Deus não deve substituir, mas encorajar nossa diligência no uso dos meios apropriados.

 

 

II. A PROSTITUTA RAABE (Js 2.1-11)

1 A casa de Raabe (Js 2.1c)

“…E entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e pousaram ali”.

Os espias foram ao local onde havia menos probabilidade de serem descobertos, por se tratar de um local frequentemente visitado e um ambiente propício para coleta de informações. Embora fosse um lugar moralmente reprovável, não há nada que fira a moral daqueles homens. Na expressão “e entraram na casa”, do verso 1, não há referência a interesse de ordem sexual.

Provavelmente, a cidade toda estava em alerta com a presença dos israelitas ao seu redor, e era comum possíveis invasores enviarem espias. Eles foram reconhecidos, e a notícia chegou até o rei de Jericó, que mandou que Raabe entregasse os espias.

 

  1. Espias protegidos (Js2.6)

“Ela, porém, os fizera subir ao eirado e os escondera entre as canas do linho que havia disposto em ordem no eirado”.

Este texto descreve que, mesmo Raabe sendo cananeia e prostituta, creu no Deus de Israel e se alinhou com os desígnios Dele. Muitos ouviram do Deus de Israel, mas somente Raabe creu em Seus propósitos. Raabe esconde os espias para que não fossem capturados pelo rei de Jericó.

  1. O medo em Jericó (Js 2.11)

“Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra” (Js 2.11).

Enquanto os espias estavam escondidos na casa de Raabe, descobrimos que, desta vez, diferentemente da geração anterior, o medo está do lado cananeu, não do lado israelita, conforme nos indica o verso acima.

Os habitantes de Jericó estavam aterrorizados. Três vezes vemos expressões como “desmaiados” para descrever o estado emocional e o ânimo dos habitantes da cidade com tudo que ouviram a respeito do que Deus vinha fazendo por Israel desde o Mar Vermelho (Js 2.9-11).

Mental e emocionalmente eles já estavam derrotados. Deus já havia entregado a cidade na mão dos israelitas.

 

 

III. MARAVILHOSA GRAÇA (Js 2.12-24)

  1. Pedido de Raabe (Js 2.12)

” Agora, pois, jurai-me, vos peço, pelo SENHOR que, assim como usei de misericórdia para convosco, também dela usareis para com a casa de meu pai; e que me dareis um sinal certo”.

A obra de lealdade demonstrada por Raabe, escondendo os espias, gera uma resposta recíproca e igualmente solidária. Os espias oferecem proteção a Raabe que, por sua vez, não tem somente sua vida por valiosa, haja vista incluir neste “ato de redenção” toda a sua família.

Raabe despede os espias de volta a Josué e se mantém fiel ao seu juramento de não informar ao rei de Jericó, nem a qualquer outro da presença e intento dos espias ali. Seu silêncio seria a evidência de sua fé e boa vontade em relação ao povo de Deus e Seu propósito (Js 2.14).

 

  1. Cordão escarlata (Js 2.18′)

“Se, vindo nós à terra, não atares este cordão de fio de escarlata à janela por onde nos fizeste descer; e se não recolheres em casa contigo teu pai, e tua mãe, e teus irmãos, e a toda a família de teu pai.”

Como os portões da cidade estavam fechados por causa dos israelitas, a única rota de fuga era descendo pelas muralhas por uma corda. Fica evidente a vulnerabilidade dos espias e o papel preponderante e leal que Raabe desenvolve neste relato.

Ela prepara um “cordão escarlata”, ou corda vermelha, para que eles pudessem descer pelas muralhas. Esta mesma corda serviria para marcar a casa de Raabe, para que fosse poupada da repentina destruição e julgamento de Deus que viria através do povo israelita.

Todos que estivessem dentro da casa de Raabe, no momento do ataque de Josué, estariam a salvo.

 

  1. Relatório cheio de fé (Js 2.24)

“e disseram a Josué: Certamente, o SENHOR nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós”.

Enquanto os espias retornavam para o acampamento, onde estava Josué juntamente com todo o povo, a fidelidade de Raabe, mais uma vez, é posta à prova. Isto porque ela poderia frustrar a missão dos espias, revelando o verdadeiro intuito e paradeiro deles ao rei de Jericó. De fato, Raabe mantém o seu juramento; e Deus reafirma Sua promessa!

Os espias retornam e relatam a Josué tudo que viram, ouviram e, principalmente, como o medo já havia tomado conta de todo povo de Jericó. Josué conclui que Deus estava dando Jericó em suas mãos.

Assim sendo, o capítulo 2 justifica as qualidades de Josué como um líder prudente e interessado no povo, pois ele reúne dados de inteligência antes de conduzi-los a um território hostil. Também descreve como os espias deram a Raabe e sua família uma oportunidade de livrarem a si mesmos da destruição iminente.

A fidelidade de Deus, confirmando Suas promessas, fica estampada neste capítulo, inclusive envolvendo pessoas e circunstâncias improváveis, através da Sua maravilhosa graça e misericórdia.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 situações em que Deus nos deixa correr riscos para cumprir Seus propósitos. Ainda assim, nada tememos por saber que Ele é absolutamente fiel e está conosco.

 

RESPONDA

Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.

1)        Josué envia secretamente seis espias para observara terra e lhe trazerem um relatório do que veriam.

2)        Mesmo Raabe sendo cananeia e prostituta, seu livramento prova que a graça de Deus se estende a todos os que o reconhecem como Senhor.

3)        Como os portões da cidade estavam fechados, por causa dos israelitas, a única rota de fuga era descendo pelas muralhas por uma corda.

2 commentários

  1. Olá…
    será que poderiam publicar essas lições um, ou dois dias antes?
    Por ser lição nova, eu não encontro encontro em lugar algum.
    E preciso delas pra por nos slides que monto…