Lição 4: Marcos 5: A Autoridade do Servo

LIÇÃO 4: MARCOS 5: A AUTORIDADE DO SERVO

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Marcos 5 há 43 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Marcos 5.2143 (5 a 7 min.).

Caro(a) professor(a), nesta lição reafirmamos a certeza de que a soberania de Jesus sobre toda atividade espiritual é o que nos liberta do maligno. A cena da libertação de um homem seguida da possessão de uma vara de porcos nos faz pensar se também nós não estamos cuidando mais do nosso patrimônio do que da nossa salvação. Que seria de nós sem Jesus? Que poderíamos fazer por nós mesmos ou por nossas famílias sem Jesus? Jairo e a hemorrágica encontraram graça quando confessaram que o Cristo era sua única esperança. Precisamos aprender a nos esvaziar de nós mesmos para vermos as maravilhas de Jesus se manifestarem na nossa vida pessoal e na vida coletiva da Igreja.

 

OBJETIVOS
• Compreender que a fé exige renúncia a si mesmo.

• Confessar fé exclusiva em Jesus Cristo.

• Testemunhar o poder de Jesus sobre a morte.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Professor, leve seus alunos a examinarem seus corações. Se o centro da sua adoração é o seu sofrimento ou o sofrimento do seu ente querido, então você está cultuando a si mesmo ou a outra pessoa. Se nada acontece é porque nenhum de nós tem poder. Somente quando o homem confessa sua impotência é que o caminho fica livre para Jesus manifestar Sua glória. Jairo e a mulher hemorrágica depositaram fé incondicional em Jesus. Temos examinado nossos corações?

 

RESPOSTAS
1) Cerca de seis mil soldados.

2) 12 anos (Mc 5.25).

3) A força do amor.

 

LEITURA ADICIONAL
“Você acha estranho que, ao chegar à casa de Jairo, Jesus tenha dito que a menina estava apenas dormindo? Os relatos paralelos dos Evangelhos de Mateus e Lucas deixam claro que Jesus compreendia que ela estava morta. Ela não estava apenas quase morta; ela estava inteiramente morta. Então, por que Jesus fala que ela estava dormindo? A resposta está naquilo que Jesus faz em seguida. Lembre-se, Jesus senta-se ao lado da menina, toma a mão dela e lhe diz duas palavras. A primeira é Talitá. Literalmente, significa menina, mas isso não capta o sentido do que ele estava dizendo. Ele estava usando um diminutivo, uma forma carinhosa de se referir à menina. Uma vez que é um diminutivo que uma mãe usaria em relação à sua filha, é provável que a melhor tradução para essa palavra seja ‘meu amorzinho’. A segunda palavra que Jesus diz é cumi, que significa ‘levanta’. Não significa ‘ressuscita’; significa somente ‘levanta’. Jesus está fazendo exatamente o que os pais dessa menina fariam em uma ensolarada manhã de domingo. Ele senta, segura a mão da menina e diz: ‘Meu amorzinho, é hora de levantar’. E ela se levanta. Jesus está enfrentando a morte, o inimigo mais implacável e inexorável da raça humana, e o poder dele é tão grande que ele segura essa menina pela mão e gentilmente a traz para o mundo dos vivos. (…) as palavras e os atos de Jesus não são somente poderosos; são também repletos de amor”.
Livro: A Cruz do Rei (KELLER, Timothy. Tradução de Marisa Lopes. São Paulo: Vida Nova, 2012, p. 88).

 

Estudada em 23 de outubro de 2022

 

LIÇÃO 4 – MARCOS 5: A AUTORIDADE DO SERVO

 

Texto Áureo
“E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre”

 

Verdade Prática
Jesus triunfa frente a qualquer inimigo. Mesmo a morte não tem poder para detê-lo.

 

Leitura Bíblica Para Estudo: Marcos 5.21-43

 

INTRODUÇÃO

 

I. AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS Mc 5.1-20
1. A ação de Satanás Mc 5.5
2. A ação da sociedade Mc 5.3
3. A ação de Jesus Mc 5.19

 

II. AUTORIDADE SOBRE AS DOENÇAS Mc 5.21-34
1. A condição da mulher Mc 5.26
2. A fé da mulher Mc 5.28
3. A cura da mulher Mc 5.29

 

III. AUTORIDADE SOBRE A MORTE Mc 5.3543
1. Contraste entre situações Mc 5.24
2. Continue crendo Mc 5.36
3. A força do amor Mc 5.41

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 116-65

 

INTRODUÇÃO
Jesus já havia demonstrado sua autoridade sobre a natureza (Mc 4.35-41). Agora, na sequência, Marcos aprofunda o assunto, registrando a eficácia da autoridade do Servo de Deus sobre demônios, doenças e, por fim, sobre a própria morte.

I. AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS (Mc 5.1-20)
Nessa cena, Warren Wiersbe vê três forças diferentes em ação: Satanás, a sociedade e Jesus.

1. A ação de Satanás (Mc 5.5)
Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras.

Após vencer uma terrível tempestade ao longo da travessia (Mc 4.35-41), Jesus chega ao lado leste do mar da Galileia, terra de gentios. Mas a oposição satânica é impiedosa: outra “tempestade” o aguarda. Desta feita, a fúria advirá de uma multidão de demônios.
De fato, Marcos relata com detalhes o horripilante resultado da ação do mal na vida humana: alijado de sua família e da sociedade, totalmente desprovido de dignidade, aquele homem vivia como uma besta fera enlouquecida: perambulava dia e noite pelos sepulcros e montes, ferindo-se com pedras e emitindo gritos infernais (v. 3-5).
O propósito do diabo será sempre roubar, matar e destruir (Jo 10.10), ou seja, implantar em nossas vidas caos, dor, tristeza e indignidade.

 

2. A ação da sociedade (Mc 5.3)
O qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo.

Tudo o que a sociedade poderia fazer por aquele homem possesso de demônios foi feito, mas sem resultados. As diversas tentativas de controlá-lo foram todas frustradas. Sua força era descomunal, espalhando terror e medo, de maneira que ninguém podia subjugá-lo (v. 3-5). Cadeias e grilhões eram-lhe como fios de algodão: despedaçavam-se com facilidade. A única opção foi abandoná-lo em sua triste condição degradante.
Força humana não tem poder para libertar almas aprisionadas por Satanás. Aqui, qualquer esforço, ainda que movido pela melhor das intenções, tocará apenas o superficial. Nesse campo, ouro e prata nada podem fazer. Somente Jesus é capaz de libertar o oprimido e tratar a verdadeira fonte do problema humano (At 3.6; Jo 8.36).

 

3. A ação de Jesus (Mc 5.19)
Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes

tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti.
A simples presença de Jesus anula toda a agressividade do possesso: ao invés de violência, rendição (v. 6-7). A inegável verdade, infelizmente recusada por muitos ainda hoje, é objeto de pública confissão até entre os espíritos imundos (Tg 2.19).
Jesus aproveita o momento para fazer revelações profundas. “Qual é o teu nome?” A resposta é surpreendente: “Legião é o meu nome, porque somos muitos” (v. 8). Ora, legião designava a maior unidade de tropas do exército romano: cerca de seis mil soldados. Tratava-se da mais poderosa e destrutiva arma de guerra da antiguidade. O diabo age sem dó nem piedade e, se puder, com o máximo de sua força (Mt 12.45).
O curioso atendimento ao pedido dos espíritos impuros — de serem transferidos a uma manada de porcos — objetiva ofertar-nos mais uma importante revelação: não apenas o interior do homem possesso estava em desordem, mas também o coração de toda aquela comunidade.
Afinal, mesmo diante da libertação miraculosa do outrora possesso, então visto em perfeito juízo e sentado aos pés de Jesus (v. 15), a população deu mais atenção para o prejuízo econômico advindo da perda dos animais que para a glória de Deus (v. 17). Inversão de valores também é sinal de desordem espiritual (Mt 6.33).
Apesar da forte resistência maligna, Jesus não mediu esforços para chegar até aquela terra, quebrar o poder do inimigo e ali implantar um missionário (v. 19-20; Lc 8.39).

 

II. AUTORIDADE SOBRE AS DOENÇAS (Mc 5.21-34)

1. A condição da mulher (Mc 5.26)
E muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior.
Outro cenário caótico irá testar a autoridade de Jesus. Agora, o Senhor é procurado por uma pessoa culturalmente desvalorizada (mulher), fisicamente debilitada (doente), economicamente arrasada (falida), emocionalmente frágil (frustrada), espiritualmente desfavorecida (impura) e socialmente rejeitada (abandonada).
Foram doze anos de uma terrível hemorragia, cujo tratamento arruinou suas finanças e destruiu sua autoestima, agravando ainda mais sua situação (v. 25-26). A problemática com o sangue lhe impôs também o afastamento de sua família e comunidade, porque considerada impura segundo a Lei Mosaica (Lv 15.25-27). Deplorável situação a dessa mulher: sequer seu nome é revelado.

 

2. A fé da mulher (Mc 5.28)
Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada.

Nada obstante a tragédia que vivia, essa mulher possuía algo especial: fé em Jesus (v. 27). Porém, para conquistar sua bênção, ela deveria romper a enorme multidão e conquistar a atenção de Jesus, que, na ocasião, estava inteiramente compromissado com a cura da filha de um homem influente da região (v. 22-24).
Ora, em si, essa já era uma missão impossível, especialmente quando atentamos para a dificuldade de sua execução, que implicava grande esforço físico (apesar da debilidade decorrente da hemorragia, disposição psicológica elogiável (apesar do histórico de frustrações de tentativas de cura e uma coragem diferenciada (além de tocar no próprio Jesus, inevitavelmente também tocaria nas pessoas da multidão).
A solução? Simples e audaciosa: em um último e desesperado esforço físico-emocional, a ideia era assumir todos os riscos, invadir a multidão, ganhar espaço pouco a pouco e, por trás, discretamente, apenas tocar nas vestes de Jesus (v. 28).

 

3. A cura da mulher (Mc 5.29)
E logo se lhe estancou a hemorragia e sentiu no corpo estar curada de seu flagelo.
Contrariando a todas as expectativas, a mulher do fluxo de sangue consegue cumprir à risca o seu plano e, ao tocar nas vestes de Jesus, recebe cura imediata (v. 29). Há um nítido contraste entre o poder de cura dos médicos que se debruçaram atentamente sobre o seu caso (sabedoria humana – v. 26) e o poder de Jesus, involuntariamente acionado. Expectativas religiosas de então também caem por terra: ao invés do toque da mulher transmitir impureza a Jesus, um incrível poder curativo foi transmitido de Jesus para ela.
“Quem me tocou nas vestes?” (v. 30). Impressiona a sensibilidade de Jesus: ora, em meio à caminhada, inúmeras pessoas o comprimiam (v. 24). Todavia, ainda assim é capaz de perceber os que lhe tocam diferente, porque movidos por espírito quebrantado e coração contrito (Sl 51.17).
Mas a cura física foi só o início de um processo mais profundo: aquela mulher – outrora doente, frustrada, abandonada e desvalorizada – libertou-se de seu mal, ganhou um testemunho poderoso, desenvolveu uma fé preciosa e ainda foi explicitamente acolhida na família de Deus (v. 34). Cura completa: física, emocional, social e espiritual.

 

III.AUTORIDADE SOBRE A MORTE (Mc 5.35-43)

1. Contraste entre situações (Mc 5.24)
Jesus foi com ele.
Contrastes dramáticos marcam Jairo e a mulher do fluxo de sangue. Ao contrário desta, Jairo detém grande prestígio social e religioso, com acesso direto a Jesus (v. 22). Ademais, ao invés dos doze anos de tristeza da mulher com hemorragia, Jairo vivenciara doze anos de alegria com sua filhinha, cuja vida agora estava por um fio por conta de uma terrível doença (v. 23 e 42). Não bastasse, Jesus acatou suas súplicas públicas e aceitou ir até sua casa para curar a criança (v. 23-24), ao passo que a mulher anelou apenas um discreto toque na roupa do Servo.
Todavia, apesar dessas vantagens pessoais e circunstanciais, Jairo precisou gerir com paciência suas emoções: enquanto sua filha sucumbia, ele teve de assistir a todo o profundo processo de cura da mulher anônima. O propósito? Jairo buscava simples cura, mas Jesus preparava algo maior: ressurreição. Era a vez da morte se sujeitar à sua autoridade.

 

2. Continue crendo (Mc 5.36)
Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente.

Jairo seria testado em sua fé com mais um doloroso conjunto de contrastes. De saída, à alegria pela cura da mulher com hemorragia se seguiu a tristeza pela notícia da morte de sua filha (v. 35). O tempo havia se esgotado…
Jesus foi negligente? Sua autoridade havia encontrado limites?
O Servo de Deus não perde tempo: olha nos olhos de Jairo e declara, com firmeza: “Não temas, crê somente” (v. 36). Ou seja: “Estou no controle de tudo, Jairo. Permaneça firme na sua fé. Confie em mim!”. Verdadeiramente, somos chamados a viver pela fé.
Retoma-se a marcha rumo à sua casa. Porém, quanto mais próximo do destino, mais evidente fica que sua filha estava mesmo morta: desespero e pranto era tudo o que se via (v. 38). Mas, de novo, Jesus ousa contrariar todos e, pacientemente, insiste: “A criança apenas dorme” (v. 39). Os presentes debocham (v. 40).

 

3. A força do amor (Mc 5.41)
Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te!

Jesus mantém no local apenas aqueles movidos por amor incondicional: os pais da criança e aqueles que abandonaram tudo para o acompanhar (v. 40). O Servo enfim entra no cômodo onde estava a menina. O embate atinge seu ápice: vida e morte estão frente a frente. Quem será o mais forte?
Esperava-se talvez um estrondoso embate cósmico. Gritos? Relâmpagos? Terra tremendo? Nada disso. Para vencer o último inimigo (1Co 15.26), Jesus se vale apenas da sutileza do Seu amor e poder. Tomando-lhe pela mão, calmamente diz à criança: “Menina, levanta-te!” (v. 41). Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar (v. 42). Eis a arma com que Jesus vence a morte: a força do Seu eterno amor e soberano poder.
O capítulo 5 de Marcos aponta para o triunfo da fé em Jesus e a consequente subjugação do diabo, das doenças e mesmo da morte.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos ser corajosos e abundantes na obra do Senhor.  A plena autoridade de Jesus nos céus e na terra é garantia de vitória para todo aquele que Nele confia.

 

RESPONDA
1) Segundo a lição, quantos soldados havia em uma legião (maior unidade de tropas do exército romano)?

2) Por quantos anos já perdurava a doença da mulher do fluxo de sangue?

3) Segundo a lição, qual arma Jesus usou para vencer a morte?

 

COMENTÁRIOS:
5.1,2 – Embora possamos não ter certeza da razão pela qual acontece a possessão demoníaca, sabemos que os espíritos malignos podem prejudicar uma pessoa, afastando-a de um relacionamento com Deus e com os semelhantes. Os demônios são perigosos, poderosos e destruidores. Embora seja importante reconhecer a atividade maligna, devemos evitar qualquer curiosidade a seu respeito e envolvimento com forças demoníacas ou ocultas, a fim de nos conservarmos distantes deles (Dt 18.10-12). Basta resistirmos ao Diabo e à sua influência, e ele fugirá de nós (Tg 4.7).

5 .9 – O espírito maligno disse que seu nome era Legião. Esta era a maior unidade do exército romano, formada por cerca de três a seis mil soldados. Obviamente, o homem estava possuído por muitos demônios.

5.10 Muitas vezes, Marcos enfatizou a luta sobrenatural entre Jesus e Satanás. O objetivo dos demônios era controlar os seres humanos em quem habitavam: o objetivo de Jesus era libertar as pessoas do pecado e do controle de Satanás. Os demônios sabiam que não tinham poder sobre Jesus, por isso. quando o viam, imploravam para não serem enviados para lugares distantes (o abismo, descrito em Lc 8.31). Então, pediram a Jesus que lhes concedesse entrar na vara de porcos (5.13): Ele permitiu, mas colocou um ponto final em sua obra destruidora na vida daquele homem e de muitas outras pessoas. Talvez Jesus tenha permitido que os demônios destruíssem os porcos para demonstrar que seu poder era muito superior a força destrutiva dos espíritos malignos. Ele poderia ter enviado todos os demônios para o inferno, mas não o fez. porque o dia do Juízo ainda não tinha chegado. No final, o diabo e todos os seus anjos serão enviados ao fogo eterno (Mt 25 41).

5.11 – De acordo com as leis no AT (Lv 11.7). os porcos eram considerados animais imundos. Isso quer dizer que não podiam ser comidos ou mesmo tocados por um judeu. Esse episódio aconteceu na região a sudeste do mar da Galileia. na terra dos gadarenos, que eram gentios: isso explica a criação de porcos ali.

5.17 Depois do maravilhoso milagre de salvar a vida de um homem, por que as pessoas queriam que Jesus se retirasse? Sem dúvida, temiam o seu poder sobrenatural. Talvez tenham pensado que a presença de Jesus implicaria a destruição de mais porcos, e preferiram desistir de Jesus a perder sua fonte de renda.

5.19 – Jesus pediu àquele homem que contasse a cura milagrosa aos familiares e amigos. Na maioria das vezes. Jesus pedia àqueles a quem curava que permanecessem calados. Por que essa diferença de atitude agora? Talvez (1) o homem possuído pelos demônios tivesse estado sozinho por muito tempo, tornando-se incapaz de falar: contar aos outros o que Jesus havia feito por ele seria uma prova de sua cura. (2) Gadara era uma região habitada por gentios, predominantemente pagã: é possível que Jesus não esperasse que grandes multidões o acompanhassem ou que líderes religiosos procurassem impedi-lo. (3) Ao enviar o homem para transmitir as Boas Novas. Jesus expandiria seu ministério aos gentios.

5.19.20 Aquele homem havia estado possuído por demônios, porém tornou-se um exemplo vivo do poder de Jesus. Ele quis acompanhar o Mestre, porém Jesus o mandou de volta ã sua casa. para contar sua história aos familiares e amigos. Se você já experimentou o poder de Jesus em sua vida como aquele homem, entusiasticamente contará as Boas Novas aos que o cercavam. Assim como comentamos com os outros sobre um médico que nos ajudou na cura de uma doença em nosso corpo, também devemos falar sobre Cristo, que nos cura do pecado.
5.20 Aquelas dez cidades estavam localizadas a sudeste do mar da Galileia. Cada uma possuía seu governo, eram independentes politicamente, mas formavam uma aliança com a finalidade de obter proteção mútua e mais oportunidades comerciais. Decápolis havia sido fundada, muitos séculos antes, pelos comerciantes gregos e imigrantes. Embora os judeus também vivessem nesta área. não representavam a maioria da população. Muitos habitantes dessas dez cidades seguiram a Jesus (Mt 4.25).

5.22 – Jesus cruzou o mar da Galileia e. provavelmente, desembarcou em Cafarnaum. Jairo era o líder da sinagoga local e responsável pelo culto, pelo funcionamento da escola semanal e pelos cuidados com o edifício. Muitos líderes das sinagogas mantinham estreitos laços com os fariseus. Por isso. é provável que alguns tivessem sido pressionados a negar apoio a Jesus. O fato de Jairo inclinar-se diante de Jesus era um significativo e corajoso ato de respeito e adoração.

5.25-34 Aquela mulher tinha uma doença aparentemente incurável, que lhe causava hemorragias constantes. Poderia ser um problema de origem hormonal ou uterina. que a tomava ritualmente impura (Lv 15.P5-27) e excluída da maioria dos contatos sociais. Ela queria desesperadamente que Jesus a curasse, mas sabia que seu fluxo de sangue, de acordo com as leis judaicas, tornaria Jesus impuro, caso ela o tocasse. Ainda assim, a mulher estendeu a mão com fé. tocou as vestes dEle e foi curada. Às vezes, pensamos que nossos problemas nos afastarão de Deus. Mas Ele está sempre pronto a nos ajudar. Nunca devemos deixar que nossos temores nos impeçam de nós aproximarmos dEle.

5.32-34 Jesus não se aborreceu porque aquela mulher tocou em suas vestes. Ele sabia quem o havia tocado, mas parou e fez esta pergunta a fim de ensinar à mulher algo sobre a fé. Embora a mulher tivesse sido curada ao tocá-lo, Jesus disse que a fé motivou a cura. A fé genuína envolve ação. Fé que não é colocada em prática, certamente não é fé.

5.35.36 – A crise de Jairo deixou-o confuso, temeroso e sem esperança. As palavras de Jesus a Jairo naquele momento difícil também servem para nós: ‘Não temas, crê somente”. Na presença de Jesus há esperança e promessas. A próxima vez que sentir-se desesperançado e temeroso, procure analisar seu problema do ponto de vista de Jesus. Ele é a fonte de toda esperança e de todas as promessas.

5.38 – Ruidosa lamentação e prantos eram tradicionais por ocasião da morte de uma pessoa. A falta destas cerimônias representava a suprema desgraça e desrespeito. Algumas pessoas, especialmente mulheres, faziam da lamentação uma profissão; eram pagas pela família da pessoa morta para prantear o falecido. No dia da morte, o corpo era transportado pelas ruas, seguido por pranteadores profissionais, membros da família e amigos.

5.39,40 – Aqueles que pranteavam riram quando Jesus disse: “A menina não está morta, mas dorme”. A menina havia falecido, porém Jesus usou a imagem do sono para indicar que a condição era temporária e que a vida e a saúde da menina seriam restauradas. Jesus suportou as ofensas da multidão, a fim de ensinar uma importante lição sobre manter a esperança e a confiança nEle. Atualmente, a maior parte das pessoas zomba das afirmações de Cristo, que lhe parecem ridículas. Quando você for depreciado por expressar sua fé em Jesus e a esperança na vida eterna, lembre-se de que os descrentes não enxergam as situações de acordo com a perspectiva de Deus.

5.41,42 – Jesus não só demonstrou ter grande poder, mas também mostrou uma imensa compaixão. O poder de Jesus sobre a natureza, sobre os espíritos malignos e sobre a morte era motivado pela compaixão; Jesus se compadeceu do homem possuído pelo demônio que vivia entre os túmulos, da mulher doente e da família da menina morta. Os rabinos da época consideraram que essas pessoas eram impuras, a refinada sociedade as evitava, mas Jesus estendeu sua mão e ajudou a Iodos aqueles que precisavam.

5.43 – Jesus disse aos pais da menina ressuscitada que não deveriam divulgar o milagre. Ele não queria isso. desejava que os fatos falassem por si, Jesus ainda tinha muito a realizar; não queria que as pessoas o seguissem apenas para ver seus milagres.