LIÇÃO 4 – MATEUS 8 e 9: OS MILAGRES DE JESUS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Mateus 8 e 9 há 34 e 38 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 9.18-38 (5 a 7 min.)
Caro(a) professor(a), na lição anterior vimos como Jesus ensinou aos homens a necessidade de O adorarmos incondicionalmente. Leve seus alunos a entender que o Messias age de modos diferentes e complementares: ao falar, Jesus mostra sua autoridade sobre a Lei; ao realizar curas, Ele mostra que tem autoridade espiritual para perdoar pecados e restaurar saúde física aos doentes. Os sermões e as curas são atos libertadores que devolvem luz espiritual aos doentes, endemoninhados e desesperados. Todos são atraídos à Luz que ao mundo se manifestou para nos salvar. Não importa a quanto tempo alguém padeça ou onde esteja, ao confessar sua fé no Messias será restaurado, liberto de suas dores e de seus pecados.
OBJETIVOS
• Compreender que o Reino se manifesta pela fé.
• Compreender que só Jesus pode extinguir o pecado e seus efeitos através da fé.
• Reconhecer que cabe à Igreja manifestar o Reino até que Jesus volte.
PARA COMEÇAR A AULA
Professor, esta é uma lição que favorece aulas interativas. Afinal, quem não tem um milagre para contar? Há irmãos cuja própria sobrevivência é mantida milagrosamente, seja pelas curas físicas ou pela restauração espiritual operada em suas famílias. Num tempo de apostasia, a própria Igreja resplandece pelo poder milagroso de Jesus. Observe que os ensinamentos e as curas se alternam, portanto, se ouvirmos e obedecermos às Palavras de Jesus conheceremos a fé que liberta e anuncia o Reino que receberemos por herança.
RESPOSTAS
1) A cura do servo do centurião.
2) Perdoou seus pecados.
3) Um espírito imundo.
LEITURA ADICIONAL
Jesus cura o paralítico (Mt 9.2)
Em primeiro lugar, a cura emocional (9.2). Jesus diz a esse homem: Tem bom ânimo… O paralítico tinha um desânimo crônico, mas seus amigos têm fé. Se dependesse dele, preferiria ter ficado prostrado em sua cama. Mas Jesus trata de seus sentimentos e cura-o emocionalmente.
Em segundo lugar, a cura psicológica (9.2). Jesus chama esse homem de filho. Esse homem rendido ao desânimo estava com as emoções amassadas e com um profundo senso de desvalor. Ele se sentia menos do que gente, apenas um peso morto para sua família. Jesus cura suas emoções e também seus traumas. Levanta sua autoestima, chamando-o de filho.
Em terceiro lugar, a cura espiritual (9.2). Jesus cura o paralítico espiritualmente, dizendo-lhe:
… estão perdoados os teus pecados. Só Deus perdoa pecados. Portanto, Jesus ao perdoar os pecados desse enfermo, está provando que não é blasfemador charlatão, mas o próprio Deus entre os homens.
[…] Visto ser aceito em geral que só Deus pode perdoar pecados (Is 43.23), o ponto de vista dos escribas de que Jesus cometera blasfêmia (9.3), ao declarar perdoados os pecados do paralítico, parecia irrefutável.
A única alternativa seria que Jesus fosse verdadeiramente Deus, conclusão que os escribas decidiram rejeitar. Jesus, percebendo seus pensamentos, propôs-lhes uma prova. Se aceitassem a premissa de que as enfermidades eram o resultado do pecado, se alguém tivesse o poder de curar, deveriam aceitar-lhe a autoridade para perdoar os pecados determinantes daquela enfermidade. É por isso que Jesus, então, lhes diz: Para que saibais que o filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados (9.6).
Livro: Mateus: Jesus, o Rei dos reis (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 284-285).
Estudada em 24 de outubro de 2021
Texto Áureo
“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades”. Mt 9.35
Verdade Prática
Jesus tem autoridade para perdoar pecados, expulsar demônios, curar toda enfermidade e ressuscitar mortos.
Leitura Bíblica Para Estudo Mateus 9.18-38
INTRODUÇÃO
I. MILAGRES PRESENCIAIS E À DISTÂNCIA Mt 8.1-15
1. A cura de um leproso Mt 8.3
2. A cura do criado de um centurião Mt 8.6
3. Acura da sogra de Pedro Mt 8.14
II. MILAGRES DE LIBERTAÇÃO E PERDÃO DE PECADOS Mt 8.28-9.22
1. A cura de dois endemoninhados gadarenos Mt 8.28
2. A cura do paralítico em Cafarnaum Mt 9.2
3. A cura da mulher com o fluxo de sangue Mt 9.20
III. MILAGRES SOBRE A MORTE, A CEGUEIRA E A MUDEZ Mt 9.23-34
1. A ressurreição da filha de Jairo Mt 9.25
2. A cura de dois cegos Mt 9.27
3. A cura de um mudo Mt 9.32
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 07 – 360
INTRODUÇÃO
No primeiro circuito da Galileia, Jesus já havia curado toda sorte de doenças e enfermidades no meio do povo (Mt 4.23). Mas Mateus não dá detalhes dos milagres, o que só passa a fazer nos capítulos 8 e 9, individualizando e possibilitando constatar a natureza do Messias, a extensão e profundidade do Seu poder de cura, libertação e de ressuscitar mortos; a dimensão prática da autoridade de Jesus, já que, em Mateus 7.29, a autoridade de Jesus, pela sua maneira de ensinar, foi enfocada.
ASSUNTOS EXCLUSIVOS DE MATEUS
9.27-31 A cura de dois cegos
9.32-34 A cura de um mudo endemoniado
9.35-38 A seara e os trabalhadores
I. MILAGRES PRESENCIAIS E À DISTÂNCIA (Mt 8.1-15)
Jesus curou de perto e de longe, curou enfermidades simples e complexas, curou perdoando pecados, libertou e ressuscitou. As curas confirmaram o ministério do Messias.
1. A cura de um leproso (Mt 8.3)
“E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra.”
A cura do leproso (Mt 8.1-4) mostra o poder de cura do Senhor sendo exercido sobre todo o corpo de um homem. A pessoa abençoada com o milagre estava coberta de lepra (Lc 5.12), ou seja, havia uma cobertura de lepra sobre a pele do corpo inteiro daquele homem. Foi totalmente sarada. A extensão da doença não limita o poder de Jesus.
Ao responder aos discípulos de João Batista (Mt 11.2-6), o Senhor disse-lhes, em suma, ser o Messias, já que os cegos viam, os coxos andavam, os leprosos eram purificados, os surdos ouviam, os mortos eram ressuscitados e aos pobres estava sendo pregado o evangelho. O Reino dos Céus chegou! Os milagres da natureza, extensão e profundidade dos realizados por Jesus eram provenientes do poder de Deus, através do Cristo. Os milagres, à luz das evidências da Escritura, e a fé levarão à certeza de estar na presença do Cristo e em seu reino espiritual.
2. A cura do criado de um centurião (Mt8.6)
“Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente.”
Um romano, que comandava cem soldados de Roma, estava com o seu criado paralítico na cama, sofrendo muito (Mt 8.6). Foi até Jesus e este assegurou que iria curá-lo, mas o centurião disse que não precisava, pois, no plano espiritual, Jesus tinha poder para ordenar a cura, sem precisar ir até a casa onde o enfermo estava. Jesus, então, realizou o milagre à distância.
Não há limitação geográfica para a realização de um milagre por Cristo. O seu poder alcança os que necessitam, estando estes perto ou longe. Além disso, o poder de Cristo não é apenas para os judeus, mas atende a romanos, gregos etc. (Gl 3.28}. Não há distinção. Todos podem ser abençoados, bastando ter fé. Em verdade, o Senhor ressaltou, na ocasião, que a fé daquele romano era maior do que a dos judeus. Ele creu na onipotência, onipresença e onisciência de Jesus, o Emanuel (Deus conosco – Mt 1.23).
3. A cura da sogra de Pedro (Mt8.14)
“Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre.”
O evangelho não conta a causa da febre da sogra de Pedro. Mateus informa que ela estava acamada e ardendo em febre, quando Jesus chegou na casa de Simão (Mt 8.14). O Senhor “tomou-a pela mão e a febre a deixou. Ela levantou e passou a servi-lo” (Mt 8.15). Independentemente da gravidade ou do nome da doença, o Senhor tem poder para curá-la. O que se espera dos beneficiados é que sejam gratos e passem, pelo menos a partir de então, a servir ao Senhor com a sua vida.
II. MILAGRES DE LIBERTAÇÃO E PERDÃO DE PECADOS (Mt 8.28-9.22)
1. A cura de dois endemoninha- dos gadarenos (Mt 8.28)
“Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho.”
Jesus, meramente com a palavra, expelia os demônios e curava todos os que estavam doentes (Mt 8.16}, cumprindo-se o profetizado por Isaías: “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores” (Mt 8.17 e Is 53.4).
O Senhor ordenava que houvesse obediência no plano espiritual: os anjos o serviam e os demônios o obedeciam e saíam. Na libertação dos dois endemoninha- dos gadarenos (Mt 8.28-34), que viviam nos sepulcros, eram furiosos e traziam terror às pessoas, os demônios reconheceram Jesus como o Filho de Deus e obedeceram a ordem do Senhor, retirando-se de suas vítimas. Jesus tem poder sobre as hostes infernais da maldade, que batem em retirada diante Dele. Se a cura necessária é decorrente da libertação espiritual, certamente o poder de Cristo irá expulsar todo o mal.
Nesse episódio, não importou que as pessoas de Gadara, não cressem; nem que elas, ao final.
pedissem para Jesus sair de sua terra. A misericórdia do Senhor é maior que tudo (Lm 3.22-23) e o milagre aconteceu.
2. A cura do paralítico em Cafarnaum (Mt 9.2)
“E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados”
O paralítico de Cafarnaum (Mt 9.1-8), antes de ser curado, foi perdoado, por Cristo, de seus pecados (v.2). Nesse caso, para ser curado, o paralítico precisou, antes, ser tratado do problema do pecado. Por ver a fé do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. Ao constatar a fé dos que estavam com ele, o Senhor realizou a cura.
O pecado somente é perdoado por Deus (Is 43.25;44.22), já que é contra o Senhor que é cometido (Sl 51.4). A onisciência de Jesus fez-lhe conhecer os pecados do paralítico e a sua fé, bem como a dos seus amigos; também, fez-lhe saber dos pensamentos maus dos escribas, de que Cristo havia blasfemado ao perdoar pecados (Mt 9.4). Jesus levou os escribas a se questionarem se Ele teria ou não autoridade para operar o maior milagre, que é perdoar pecados (Mt 1.23 – Ele é Emanuel), realizando o feito menor: fazer o paralítico levantar e andar (Mt 9.6).
As multidões, não os escribas, glorificaram a Deus que deu tal autoridade aos homens, através de Cristo (Mt 9.8). Irrompeu o reino de Deus na terra. Apesar dos escribas e de sua oposição, a fé do paralítico, e daqueles que o acompanhavam, no Filho de Deus foi suficiente para alcançar o milagre, a começar pelo perdão dos pecados (Sl 103.3).
3. A cura da mulher com o fluxo de sangue (Mt 9.20)
“E eis que uma mulher, que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia, veio por trás Dele e lhe tocou na orla da veste.”
Fiel aos seus propósitos de ensinar que Jesus é o Messias esperado pelos judeus, Mateus detalha que a mulher tocou não apenas nas vestimentas de Jesus, como está narrado em Marcos 5.28, mas na orla da veste (Mt 9.20).
Assim como os judeus praticantes de seu tempo, Jesus usava vestimentas com borlas costuradas nas pontas do manto (Nm 15.37-41; Dt 22.12), para lembrar a todos a obedecer os mandamentos. Orla e asa são a mesma palavra no hebraico. Havia a crença de que o Messias, em razão do profetizado por Malaquias 4.2, traria cura em suas asas (orlas): quem tocasse nas orlas das vestiduras do Cristo seria curado.
Ao tocar na orla da veste de Jesus, a mulher foi curada de uma hemorragia. Ao vê-la, Jesus disse: “a tua fé te salvou” (Mt 9.22). Não importa o tempo da duração da enfermidade, Jesus tem poder para curar. A cura da doença significou para aquela mulher a sua libertação de um mal que lhe fazia padecer há doze anos, separada da família, de seu povo e do culto a Deus. Assim eram segregadas as mulheres que tivessem fluxo de sangue.
III. MILAGRES SOBRE A MORTE, A CEGUEIRA E A MUDEZ (Mt 9.23-34)
1. A ressurreição da filha de Jairo (Mt 9.25)
“Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou.”
Jairo, chefe da sinagoga de Cafarnaum, havia solicitado a intervenção de Jesus, porque a sua filha havia falecido. A sua fé era diferente da do centurião. Ele precisou que Jesus fosse até a sua casa pessoalmente, para atender a sua necessidade. A sua filha tinha doze anos e ele presenciou, na caminhada com Cristo, uma mulher há doze anos doente ser curada, o que, certamente, fortaleceu a sua fé.
A presença dos flautistas, comum nos funerais dos judeus, registrada apenas por Mateus (9.23), era acompanhada de alvoroço, choro e desespero. Ao chegar, Jesus profetizou o milagre: “a menina só dorme” (Mt 9.24), mas as pessoas riram. Estavam a dizer que o operador de milagres chegou atrasado e estava indo longe nas suas pretensões. Todavia, o tempo é regido por Jesus. O poder do Senhor é maior que a morte. Os zombadores foram afastados da casa e poucos viram o milagre da ressurreição da filha de Jairo. A autoridade de Jesus independe de tempo – Ele é o Senhor do tempo, e prevalece sobre a morte.
2. A cura de dois cegos (Mt 9.27)
“Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi!”
Os cegos usaram a expressão “Filho de Davi”, terminologia messiânica, para se referir a Jesus. E a primeira vez que Jesus é chamado assim em público e este episódio somente é narrado por Mateus.
Jesus lhes perguntou se eles criam que Ele poderia curá-los. Eles responderam que sim. Jesus tocou-lhes os olhos e eles foram curados imediatamente, conforme a fé que demonstraram. Por certo, o foco deste milagre é a autoridade de Jesus, reclamada para ser exercida em favor dos cidadãos do Reino dos Céus, os quais têm a marca da fé: acreditam ser Jesus o Messias e o confessam publicamente. Jesus tem poder sobre a cegueira. Reconhecer a autoridade de Cristo é o caminho para a vitória.
3. A cura de um mudo (Mt 9.32)
“Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo endemoninhado.”
A mudez tem causas naturais – congênitas ou adquiridas. No episódio narrado somente por Mateus (9.32-34), havia um espírito maligno causando o problema na fala, que era, portanto, de ordem espiritual. Naquela situação, a pessoa trazida a Jesus estava sem liberdade de opinar, não manifestando sua fé em Cristo. Mateus, o único dos evangelistas que trata deste acontecimento, não comenta a respeito da fé de quem levou a pessoa até o Senhor. Jesus meramente libertou aquele homem. Foi, com esse milagre, que as multidões disseram: “Jamais se viu tal coisa em Israel” (Mt 9.33).
Através dos milagres, o Senhor revelou a sua glória; expressou a sua compaixão – levando sobre si as enfermidades; e manifestou um vislumbre do que virá na consumação dos tempos, no futuro reinado do Messias, com a restauração e a renovação da criação.
APLICAÇÃO PESSOAL
O Filho de Deus está em Seu trono nos céus regendo Seus filhos – Sua Igreja. Ele tem autoridade para perdoar pecados, realizar curas, libertações e operar maravilhas.
RESPONDA:
1) Cite um exemplo de milagre realizado por Cristo à distância.
2) O que fez Cristo ao paralítico de Cafarnaum antes de curá-lo?
3) O que causava a mudez de um homem citado em Mateus 9.32?