Lição 5 – Mateus 10 e 11: A Chamada para a Obra

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Mateus 10 e 11 há 42 e 30 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ma­teus 10.1-15 (5 a 7 min.).


OBJETIVOS

  • Compreender que a Igreja é investida de poder espiritual con­tra o mal.
  • Compreender que a Igreja não deve se conformar às ideolo­gias, mas ao Evangelho.
  • Compreender que o Reino espiritual não exige instrução, mas humildade.


Querido(a) professor(a), agora vamos aprender como o Messias confia aos seus discípulos a tare­fa de anunciar e expandir o seu Reino. Sua perfeita aplicação da Lei (lição 3) e seus sinais eviden­tes de governo espiritual (lição 4) reuniram muitos discípulos que agora são chamados a assumir o Seu caráter missionário e proféti­co, tornando-se Suas testemunhas fiéis. Enviados aos judeus e a toda a humanidade, nós somos os discí­pulos de hoje. A Igreja precisa vi­ver sua comissão messiânica com fidelidade, orientada pelo que o Mestre ensinou, a fim de combater o mal pelo poder do Evangelho, o qual tomamos como única regra de fé e de vida.
Estamos mesmo vivendo como o Mestre nos ensinou?

 

PARA COMEÇAR A AULA

Professor(a), organize grupos chamados CASAMENTO; TRABA­LHO; ESCOLA; MINISTÉRIO; NAMO­RO e AMIZADE, por exemplo. Ex­plique a lição estudada, peça a cada grupo que pense como devemos ser fiéis ao nosso chamado em cada papel que desempenhamos diariamente. Oriente que levem em consideração os desafios que enfrentaremos, pois o próprio Jesus nos ensinou que muitas vezes não seríamos aceitos. Como ser discípulo em todos os lugares, ensi­nando o Evangelho com autoridade e cautela a fim de resistirmos ao mal?

 

 

RESPOSTAS

1)        Seguir a Cristo e ser sal e luz para o mundo.

2)        Dirigir-se às ovelhas perdidas da casa de Israel

3)        Aos seus discípulos.

 

LEITURA ADICIONAL
Os discípulos não criaram a mensagem; apenas a entregaram. Não levaram aos homens sua opinião, mas o evangelho do reino. Essa mensagem deveria ser pregada aos ouvidos e aos olhos. Eles deveriam pregar a proximidade do reino, curar os enfermos, ressuscitar os mortos e libertar os endemoninhados. A cura e a libertação fazem parte do evangelho. O Messias veio para libertar os cativos. Ele se manifestou para libertar os oprimidos do diabo e desfazer suas obras.

Os discípulos não deveriam levar excesso de bagagem, mas apenas o suficiente para a jornada. Jesus não promete a eles luxo, mas o suficiente. Promete a eles não conforto, mas alimento. A obra é urgente, e o foco não está no conforto dos enviados, mas nas necessidades das pessoas que precisam ser alcançadas. Os obreiros devem concentrar suas atenções na tarefa em andamento, e não nos preparativos minuciosos. Deviam viajar sem carga, para poderem ir mais rápido e mais longe. Jesus não promete aos evangelistas luxo nem fausto, mas provisão adequada. O pregador cujas afeições estão centradas no dinheiro, em vestes, diversões e busca de prazeres evidentemente está compreendendo mal a sua vocação.
Os apóstolos deveriam confiar no provedor, e não na provisão. Eles não deveriam levar ouro, prata, cobre, túnica extra, alforje ou dinheiro. Deviam confiar na provisão divina enquanto faziam a obra. Jesus estava lhes mostrando que o trabalhador é digno do seu salário. Jesus queria que eles fossem adequadamente supridos, mas não a ponto de cessarem de viver pela fé.
Livro: Mateus: Jesus, o Rei dos reis. (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2019, pp. 332-333).

 

LIÇÃO 5 – MATEUS 10 e 11: A CHAMADA PARA A OBRA

 

Texto Áureo
“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades.” Mt 10.1

 

Verdade Prática
O Senhor chama, trabalhadores para a sua obra, e lhes dá autoridade, conhecimento e refrigério para suportar o trabalho e as cargas do caminho.

 

Estudada em 31 de outubro de 2021

 

Leitura Bíblica Para Estudo Mateus 10.1-15

 

INTRODUÇÃO

 

I. O CHAMADO Mt 10.1-8
1. Chamado dos discípulos Mt 10.1
2. Escolha dos apóstolos Mt 10.2-4
3. A autoridade Mt 10.7-8

 

II. AS INSTRUÇÕES Mt 10.5-42
1. Roteiro e hospedagem Mt 10.5
2. Alertas e estímulos Mt 10.16
3. As recompensas Mt 10.42

 

III. VINDE A MIM CANSADOS E OPRIMIDOS Mt 11.1 -30
1. As cidades impenitentes Mt 11.21
2. Revelaste aos pequeninos Mt 11.25
3. Vinde cansados e oprimidos Mt 11.28

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 127-132

 

Lição 5 – Mateus 10 e 11: A Chamada para a Obra

 

INTRODUÇÃO
O Senhor já tinha chamado alguns para serem seus discípulos, como André, Pedro, Tiago e João (Mt 4.18-22) e Mateus (Mt 9.9). Nesta lição, estudaremos a escolha dos doze apóstolos. Jesus alertou que a seara – o campo de trabalho – é grande e são poucos os trabalhadores (Mt 9.37), sendo necessário que a Igreja ore, para que Deus envie trabalhadores.

 

ASSUNTOS EXCLUSIVOS DE MATEUS
10.16-42 Admoestações, estímulos, dificuldades e recompensas
11.25-30 Vinde a mim

 

I. O CHAMADO (Mt 10.1 -8)

1. Chamado dos discípulos (Mt 10.1)
“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades.”

Ao recrutar os primeiros discípulos, Jesus falou-lhes que seriam pescadores de homens (Mt 4.19). O discípulo é aquele que é seguidor de Cristo, portanto deve agir para que as relações humanas sejam prazerosas espiritualmente e para iluminar o mundo, a fim de que as trevas (o pecado) desapareçam. Do contrário, não servirá para nada (Mt 5.13-16).
Em Mateus 8.18-22, jesus pôs à prova os que o estavam seguindo, mostrando-lhes que deveriam, em qualquer situação, dar prioridade a Ele. Depois de definir os princípios de vida nos quais deveriam se basear, e de demonstrar, Ele mesmo, o seu poder, realizando os milagres característicos de Seu reino, o Senhor afirmou que a seara é grande e são poucos os trabalhadores (Mt 9.37). A obra de Deus (o Reino dos Céus) precisa de trabalhadores (v. 38). A seguir, Jesus escolheu, dentre os seus discípulos, doze deles, para o trabalho de apóstolo e proferiu Seu segundo grande discurso.
O Reino dos Céus tem uma autoridade suprema (Jesus), tem princípios nos quais se baseia e que devem ser seguidos, mas organiza-se através das pessoas salvas, os discípulos, dentre os quais são escolhidos aqueles que vão trabalhar na liderança, para que o poder seja compartilhado entre os homens.

 

2. Escolha dos apóstolos (Mt 10.2-4)
“Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.”
Mateus menciona apenas os doze, mas outros também foram chamados para trabalhar no Reino dos Céus, como os setenta, mencionados por Lucas (10.1-12). Trata-se de organização do reino, para proclamar o Evangelho. Ao que parece, Mateus estava voltado a mostrar, neste aspecto, a passagem da Antiga para a Nova Aliança, dos doze patriarcas das tribos de Israel para os doze apóstolos da Igreja. O Messias alcançaria as nações ao proclamar o Evangelho aos gentios através dessa nova organização: a Igreja. O conjunto dos apóstolos, nominados em Mateus 10.2-4 terá grande relevância na eternidade (Ap 21.14 e Mt 19.28).

 

3. A autoridade (Mt 10.7-8)
“e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o Reino dos Céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai”.
Ao chamar os doze apóstolos, o Senhor, que já lhes tinha demonstrado o seu poder em Mateus 8 e 9, dá-lhes autoridade (Mt 10.1) para expulsar os demônios e para curar toda sorte de doenças e enfermidades. Como se falou, Jesus chamou outros setenta, dando-lhes também essa autoridade (Lc 10.9).
Na sequência da chamada, Jesus enviou os doze, e posteriormente os setenta, para o campo missionário, no intuito de que exercessem a autoridade que lhes foi confiada.
Os enviados receberam a comissão de pregar o Evangelho, anunciando que está próximo o Reino dos Céus, e autoridade para curar os enfermos, ressuscitar mortos, purificar leprosos e expelir demônios (Mt 10.7-8).

 

II. AS INSTRUÇÕES (Mt 10.5-42)

1. Roteiro e hospedagem (Mt 10.5)
“A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos.”

O Senhor definiu que os enviados se dirigissem às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6). Por certo, Cristo estava dando oportunidade para que Israel o reconhecesse como Messias (Jo 1.12).
Jesus nos ensina, hoje, a buscar Nele (At 13.2) a orientação para as missões locais, nacionais e internacionais: onde, quando, quem e como fazer? Ele planejou e nos chama a fazer o mesmo.
Ademais, os enviados, devem ser despojados e não cobrar pela obra realizada: “de graça recebestes (de Cristo), de graça dai” (Mt 10.8). Além disso, o Evangelho deve ser praticado com simplicidade, não para ostentação (v. 9-10): nada de ouro, nem de prata, nem bolsas sofisticadas, nem roupas finas e calçados em excesso. Certamente, o Senhor providenciará o sustento (Mt 10.10) e o que for necessário, movendo os corações e a liderança do ministério que recebe o enviado.
Ao se hospedar, não se deve fazer exigências, mas adequar-se ao que for ofertado, devendo-se permanecer, na localidade, com a mesma pessoa que recebe o enviado, abençoando aquele que acolhe (Mt 10.11).

 

2. Alertas e estímulos (Mt 10.16)
“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.”
O Senhor preveniu os seus enviados de que iriam para o meio de lobos, e, por isso, fossem prudentes e símplices (Mt 10.16). Avisou-lhes que haveria perseguição, traições e pessoas que não suportariam a sua obra (vv. 17-21). No entanto, estimulou-lhes. Segundo Ele, o Espírito Santo lhes daria a Palavra para que eles dissessem o que teriam de dizer. A perseverança, diante da tribulação lhes traria salvação e, se necessário, deveriam partir para outra localidade mais receptiva (vv. 14,19,20,22 e 23).
Ao tratar dos estímulos e das dificuldades, Mateus traz ensinamentos não encontrados nos demais evangelhos. O discípulo chamado não deve pretender superar o Mestre, mas ser como Ele. Não deve temer o homem, nem as potestades, mas temer e confiar no Senhor, que tem contados até mesmo os fios de cabelo de seus discípulos. Jesus cuida dos Seus, que devem agir confessando-o publicamente, para que Ele continue intercedendo em seu favor diante do Pai. O discípulo chamado deve amar mais a Deus do que a qualquer pessoa (vv. 24-38).

 

3. As recompensas (Mt 10.42)
“E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.”
O tema em foco é encontrado somente em Mateus. Aquele que se dedica ao Senhor aqui na terra acha a verdadeira vida, pois as recompensas virão tanto para os trabalhadores – os enviados – como para os que os ajudam. Recebê-los é como acolher a Cristo (v. 39,40). Dar guarida a um profeta traz ao cooperador galardão de profeta; o que abençoa o justo recebe galardão de justo (v. 41). Mesmo um copo de água fria dado a um discípulo de Cristo enseja recompensa. Todo e qualquer esforço em favor do reino será recompensado (1Co 15.58; Gl 6.9).

 

 

III. VINDE A MIM CANSADOS E OPRIMIDOS (Mt 11.1-30)

1. As cidades impenitentes (Mt 11.21)
“Ai de ti Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza.”
Jesus registrou que nas cidades em que pregou (Mt 11.1) faltou maior arrependimento (v. 20), embora tenha operado maravilhas, as quais mandou informar a João Batista (vv. 2-19). O Senhor assinalou que as pessoas não deram a atenção devida ao anúncio de João, e à pregação e realização de maravilhas por parte do Messias. O Senhor reclamou de não ter havido uma conversão coletiva, diante de todos os milagres realizados. Segundo Ele, eram cidades religiosas, mas não se arrependeram.
Cristo revela que se tivesse feito o mesmo em Tiro e Sidom, fora dos domínios de Israel, estas teriam se arrependido com pano de saco e cinza. A impenitência, ou seja, o não arrependimento, pesará contra aquelas cidades no dia do juízo final. Sodoma e Gomorra, que não viram o Salvador, terão menos rigor no julgamento (Mt 11.20-24).

 

2. Revelaste aos pequeninos (Mt 11.25)
“Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.”
O Senhor Jesus deu graças ao Pai, porque os pequeninos, seus discípulos enviados, receberam a revelação dos mistérios do Reino dos Céus – as verdades eternas. Os sábios, que não se tornarem humildes, não terão a verdadeira sabedoria, que vem de Deus, e permanecerão a ter apenas conhecimento das coisas da terra, não lhes sendo reveladas as celestiais.
O orgulho intelectual não permite que o Evangelho chegue ao coração de determinadas pessoas, impedindo que conheçam a Cristo, o que somente é possível através da verdadeira sabedoria, que se encontra na Palavra do Senhor, recebida por um coração quebrantado e contrito. Já os pequeninos, aqueles que, pela fé, conheceram a verdade sobre Cristo, são capazes de reconhecer e receber o Salvador. Eles têm a revelação dos céus (Mt. 11.25-27).

 

3. Vinde cansados e oprimidos (Mt 11.28)
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”
Aqueles que são enviados também desfrutam da promessa de ser aliviados de seu cansaço e de suas cargas na obra do Senhor. Toda a inimizade, rejeição, insucesso, excesso de responsabilidades, medo e incapacidade devem ser levadas a Deus. Ele dará descanso.
O enviado por Cristo, que por Ele foi redimido e escolhido dentre uma multidão de pessoas, deve tomar sobre si o jugo do Senhor. Deve, pois, ser subjugado a Cristo, sendo esse jugo suave: não traz ferimentos, mas uma boa sensação de ser dependente Dele e por Ele dirigido para o alvo. O discípulo não realiza seus próprios objetivos, mas os do reino. O jugo de Jesus traz liberdade do jugo da escravidão do maligno: o pecado. O enviado está ungido para trabalhar para o Senhor: é quem leva adiante a boa notícia do amor de Deus.
A pregação dos enviados deve ser bem clara e traz consequências positivas para os que a recebem. O Senhor promete alívio para todos os que vierem a Ele – não apenas para os trabalhadores da obra. Não importa como estejam os que vêm, se cansados, sobrecarregados, infelizes ou feridos. Aquele que se entrega ao Senhor Jesus aprende Dele, passa a compreender o que é e como ser manso e humilde de coração, o que trará descanso para a sua alma.
O jugo de Jesus é suave. Tudo o que Ele encarrega ao homem fazer é leve, já que Ele nos alivia dos fardos e nos dá condições de carregá-los ajudados por Ele (vv. 29-30).

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O Senhor nos chama para vivermos junto a Ele, seguindo-o, andando conforme a sua Palavra e fazendo a obra que nos confiou, com autoridade. Aqueles que assim fizerem encontrarão alívio para a sua alma.

 

RESPONDA

1) O que significa ser um discípulo?

2) Cite uma das instruções dadas por Cristo aos doze, quando os enviou a pregar.

3) A quem Cristo chama de pequeninos em Mateus 11.25?