Lição 6 – Hebreus 8 e 9: Cristo, Sacerdote e Sacrifício Perfeitos

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Hebreus 8 e 9 há 13 e 28 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Hebreus 9.11-28 (5 a 7 min.). 

No capítulo 8, o autor faz um contraste entre a Antiga e a Nova Aliança inaugurada por Cristo, concluindo, então, que Ele é mediador de uma superior aliança.
O capítulo 9 nos dá uma visão do tabernáculo do Antigo Testamento, onde ministravam os sacerdotes levitas e de seis objetos encontrados ali. Embora belos e impressionantes em seus detalhes, não garantiam ao pecador nenhum acesso a Deus.
Em seguida trace um contraste entre o que Cristo fez e onde ministra, apresentando sete fatos que nos levam à conclusão de que, por meio de Cristo, temos verdadeiro acesso à presença de Deus. Temos um melhor sacerdote e um melhor santuário (v.11); um melhor sacrifício, um método melhor e uma bênção melhor (v.12); uma melhor garantia e um melhor resultado (vv. 13-14).

 

OBJETIVOS
• Entender o serviço do Ministro do santuário.
• Conhecer acerca do Tabernáculo celestial.
• Elencar os privilégios da Nova Aliança.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Seria interessante que os alunos confeccionassem uma maquete do tabernáculo, usando qualquer material como cera, acrílico, papelão, madeira, isopor etc. Seria um trabalho a ser executado durante a semana e apresentado no início da aula. Pode-se até pensar em um concurso para premiar a classe que fizer a melhor maquete.
Não havendo essas possibilidades, que sejam apresentados os slides, cartazes e gráficos contendo apresentação do Tabernáculo.

 

RESPOSTAS
1) Celestial.
2) Santo dos Santos.
3) Gratidão.

 

Lição 6 – Hebreus 8 e 9: Cristo, Sacerdote e Sacrifício Perfeitos

 

LEITURA ADICIONAL
A superioridade de Cristo (8.1,2)
Quanto à superioridade de Cristo, algumas características merecem destaque. Em primeiro lugar, a dignidade superior de sua pessoa (8.1). “Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote…” A expressão tal sumo sacerdote faz referência ao que o autor acabou de dizer sobre Jesus, ou seja, sua dignidade e a glória de sua pessoa. Ele é santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e mais sublime que os céus (7.26). Os sacerdotes da ordem levítica eram homens imperfeitos, realizando sacrifícios imperfeitos, em favor de homens imperfeitos. Mas Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é perfeito, ofereceu um sacrifício perfeito, a fim de aperfeiçoar para sempre homens imperfeitos.
Em segundo lugar, a dignidade superior de sua posição (8.1)…. que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus. Na ordem levítica, um sacerdote não podia exercer a realeza nem o rei podia assumir o papel de sacerdote. Altar e trono estavam separados. Jesus, segundo a ordem de Melquisedeque, é tanto rei como sacerdote. Como Sacerdote, ele ofereceu a si mesmo na cruz, como o sacrifício perfeito, e, como Rei, ele foi exaltado, entronizado e está à destra da Majestade nos céus. (…) Jesus penetrou os céus (4.14), foi feito mais alto do que os céus (7.26) e assentou-se à destra do trono da Majestade nos céus (8.1). (…) Do seu trono nos céus, ele reina com autoridade para levar a efeito a salvação operada sobre a terra. O livro de Apocalipse, em particular, descreve Deus como assentado no trono (4.2,10; 5.1,7,13; 6.16; 7.10,15; 19.4; 21.5) e Jesus como compartilhando esse trono (1.4,5; 3.21; 7.15-17; 12.5). O trono de Deus e o santuário (o verdadeiro tabernáculo) colocam o Rei e o Sumo Sacerdote juntos no mesmo lugar.
Em terceiro lugar, a dignidade superior de seu ministério (8.2). Como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem.
Os sacerdotes da tribo de Levi ministravam numa tenda feita pelo homem, um tabernáculo terreno, sombra do verdadeiro tabernáculo celestial, erigido por Deus, e não pelo homem (9.24). Deus deu a Moisés uma cópia do tabernáculo verdadeiro (Êx 25.9,40; 26.30). A cópia estava na terra; mas o verdadeiro tabernáculo está no céu. O tabernáculo e o trono estão interligados. O profeta Isaías diz que viu o SENHOR assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo (Is 6.1). Nenhum sacerdote jamais foi exaltado à destra de Deus nem se assentou no trono à mão direita de Deus Pai.
Livro: Hebreus, A Superioridade de Cristo (Hernandes Dias Lopes. São Paulo, Hagnos, 2018, pgs. 110-111).

 

Estudada em 8 de maio de 2022

 

LIÇÃO 6: HEBREUS 8 e 9: CRISTO, SACERDOTE E SACRIFÍCIO PERFEITOS

Texto Áureo
“Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.” Hb 9.28

 

Verdade Prática
Cristo é ao mesmo tempo nosso sacerdote compassivo e o sacrifício definitivo pela remissão dos nossos pecados.

 

Leitura Bíblica Para Estudo:  Hebreus 9.11 -28

 

INTRODUÇÃO

 

I. O SACERDOTE Hb 8.1-13
1. Sacerdote celestial Hb 8.1
2. Mediador de uma melhor aliança Hb 8.6
3. Uma Aliança Perfeita Hb 8.10

 

II. O TABERNÁCULO Hb 9.1-6
1. Tabernáculo da Velha Aliança Hb 9.1
2. Móveis do tabernáculo Hb 9.2-5
3. Áreas restritas Hb 9.6-10

 

III. AS LITURGIAS E SACRIFÍCIOS Hb 9.7-28
1. A lei dos ritos e sacrifícios Hb 9.1
2. Os sacrifícios Hb 9.7
3. Cristo, sacerdote e sacrifício Hb 9.11-28

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 192 – 292

 

INTRODUÇÃO
O escritor de Hebreus nos convida a entrar no Tabernáculo para que possamos compreender a superioridade da Nova Aliança em relação à Antiga. A superioridade do sacrifício de Cristo em relação aos sacrifícios do Antigo Testamento. A excelência do Sacerdócio de Cristo em relação ao sacerdócio de Arão. A eternidade do tabernáculo celeste em relação à temporalidade do tabernáculo terrestre.

 

I. O SACERDOTE (Hb 8.1-13)

1. Sacerdote celestial (Hb 8.1)
“Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus.”
Com sua morte sacrificial, Jesus completou sua obra expiatória na terra (tabernáculo terreno). Com sua ascensão, ele entrou na presença de Deus (o santuário celestial) e sentou-se à direita de Deus. O escritor de Hebreus diz: Jesus “serve no santuário, o verdadeiro tabernáculo construído por Deus e não pelo homem.”
Os ministros da Antiga Aliança eram consagrados para exercer o sacerdócio, se vestiam de linho, ofereciam sacrifício por si e depois pelo povo, mesmo assim cometiam falhas, a exemplo de Nadabe e Abiú que ofereceram fogo estranho perante o Senhor e como consequência, morreram, o próprio Arão murmurou juntamente com Miriã. Eli era conivente com os pecados de seus filhos.
O Sumo Sacerdote, Jesus, não cometeu pecado e é Ministro do Santuário Celestial. João o viu andando entre os sete castiçais de ouro, acendendo as lamparinas e ministrando sobre a sua Igreja. Jesus está servindo no santuário. Seu ministério no santuário celestial é superior ao serviço sacerdotal na terra (8.5,6) porque Ele é o único Sumo Sacerdote que já subiu aos céus, o ÚNICO mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5). Somente Ele nos conecta com o Pai, pois está assentado à destra do trono da Majestade nos céus, intercedendo por nós.

 

2. Mediador de uma melhor aliança (Hb 8.6)
“Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.”
O primeiro concerto foi instituído por Moisés, o segundo concerto foi Instituído por Cristo, o primeiro concerto contemplava a nação de Israel, o segundo concerto contempla a todos. O primeiro concerto era limitado, o segundo concerto é ilimitado; o primeiro concerto era terreno, o segundo concerto é celestial; o primeiro concerto era temporal, o segundo concerto é eterno. O antigo concerto envelheceu. A Antiga Aliança era restritiva; foi feita com Israel, o povo especial de Deus. A nova aliança engloba todas as nações; todos os que creem em Jesus Cristo são sua “propriedade particular”.

 

3. Uma Aliança Perfeita (Hb 8.10)
“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

O autor da epístola mostra a fraqueza da primeira aliança: não estava na mente nem escrita no coração das pessoas! Na primeira aliança, Moisés e Arão juntamente com os sacerdotes levitas, tinham as tábuas da lei e ensinavam primeiramente através da tradição oral e posteriormente os escribas se encarregaram de copiar e preservar os pergaminhos sagrados, mas na Nova Aliança, Deus promete colocar a sua Lei em nosso entendimento e escrever em nossos corações (Hb 8.11).
Esse novo pacto não depende dos méritos humanos, não depende dos muitos sacrifícios, não depende da nossa religiosidade, mas depende exclusivamente da graça de Deus, “Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e suas prevaricações não me lembrarei mais” (Hb 8.13).

 

II. O TABERNÁCULO (Hb 9.1-6)

1. Tabernáculo da Velha Aliança (Hb 9.1)
“Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre.”
Temos que admitir que Moisés foi um homem privilegiado, pois pôde contemplar o tabernáculo original durante o jejum de 40 dias e Deus manda que ele construa um santuário terreno “de acordo com o modelo que te mostrei no monte” (Êx 25.40). Temos que admitir que Bezalel foi também um homem privilegiado, pois recebeu sabedoria divina para fazer o tabernáculo conforme o modelo que Moisés lhe apresentou. Apesar da manifestação da glória de Deus no tabernáculo, ele era apenas uma réplica do verdadeiro que foi visto por João na Ilha de Patmos (Ap 11.19).

 

2. Móveis do tabernáculo (Hb 9.2-5)
“Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar; por trás do segundo véu, se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos” (Hb 9.2-3).
As informações para a construção do tabernáculo e dos móveis do seu interior encontram-se, principalmente nas passagens de Êxodo 16, 25, 26 e 30 e de Números 17. “Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente” (Hb 9.5). Como percebemos, não é propósito do escritor pormenorizar mais este assunto.

 

3. Áreas restritas (Hb 9.6-10)
“Mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo” (Hb 9.7).

Da descrição do tabernáculo e dos móveis do santuário, o autor passa à explicação dos deveres dos sacerdotes e do sumo sacerdote. Ele observa que “os sacerdotes entravam regularmente na sala exterior para executarem seu ministério”. No entanto, como os sacerdotes não podiam ir além do Santo Lugar, eles não tinham acesso a Deus. Esse privilégio era dado somente ao sumo sacerdote.
Só o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, ainda assim, observando as seguintes restrições: ele deveria ir sozinho; apenas uma vez por ano, no dia expiação; sempre portando sangue para oferecer primeiro como oferta pelos seus próprios pecados e de sua família. Só depois disso aspergia sangue sobre o propiciatório, como oferta pelos pecados do povo.
O caminho que levava à presença de Deus ainda não estava aberto durante a época da Antiga Aliança. O véu do templo impedia o acesso a Deus. Isso significa que o povo não podia entrar no tabernáculo; somente os sacerdotes entravam no santuário exterior para executar suas obrigações. Os sacerdotes, por sua vez, eram proibidos de aparecer diante de Deus no Santo dos Santos; somente o sumo sacerdote o poderia fazer, como representante do povo e dos sacerdotes, uma vez ao ano.

 

III. AS LITURGIAS E SACRIFÍCIOS (Hb 9.7-28)

I.  A lei dos ritos e sacrifícios (Hb 9.1)
“Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre.”

A Lei de Moisés era cerimonialista. Esses rituais estão prescritos no Pentateuco, em especial no livro de Levítico. O Antigo Testamento ensina que essas obrigações eram: queimar incenso a cada manhã e a cada noite (Ex 30.7.8); supervisionar as lâmpadas do candelabro “de noite até a manhã” (Êx 27.21) e; substituir os doze pães da mesa a cada sábado (Lv 24.8.9).
Em Hebreus 9.10, o escritor usa uma expressão que define bem essa liturgia: ABLUÇÕES, (Batismos ou lavagens). Existiam numerosas leis sobre lavagens: lavagens para o sumo sacerdote, lavagens para os sacerdotes, lavagens para os levitas, lavagens para os leprosos e pessoas imundas, lavagem de roupas e vasos.

 

2. Os sacrifícios (Hb 9.7)
“Mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo.”
Na Antiga Aliança, alguns sacrifícios eram repetidos diariamente, outros eram realizados em dias específicos e outros apenas uma vez por ano. Todos esses sacrifícios apontavam para o sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Os sacrifícios podem ser categorizados como voluntários ou obrigatórios.

Os sacrifícios voluntários são:
a] Holocausto. Consistia na queima de um novilho ou pássaro sem defeito como expiação pelo pecado não intencional.

b] Oferta dos manjares. Oferta na qual o fruto do campo era oferecido na forma de um bolo ou pão assado. O propósito era expressar gratidão em reconhecimento da provisão de Deus.

c] Sacrifício pacífico. Consistia em qualquer animal imaculado e / ou vários grãos ou pães. Este era um sacrifício de ação de graças e comunhão seguido por uma refeição compartilhada.

Os sacrifícios obrigatórios são:
a] Oferta pelo pecado. Com o propósito de expiar o pecado e purificar da corrupção. De acordo com a condição econômica poderia ser imolado um novilho, um bode, uma cabra, uma pomba ou 1/10 de efa de farinha.

b] Oferta pela culpa. Praticada como expiação por pecados não intencionais que exigiam reembolso à parte ofendida seguida desse sacrifício de um novilho. O Antigo Testamento já mostrava que a verdadeira vontade de Deus não era se deleitar em sacrifícios de animais: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1Sm 15.22).

 

3. Cristo, sacerdote e sacrifício (Hb 9.11-28)
“Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hb 9.12).
Com Sua morte o Filho abriu o caminho para Deus. Quando Jesus morreu na cruz do Calvário, “a cortina do templo se rasgou de cima a baixo” (Mt 27.51; Mc 15.38), significando que a separação entre Deus e o homem havia terminado. O homem ganhou acesso a Deus. As últimas palavras de Jesus na Cruz foram: “Está consumado!” (Jo 19.30).
O amor de Deus não anula a Sua justiça. O homem é um pecador que, por causa do pecado, está condenado diante de Deus. Com seu próprio livre-arbítrio, Cristo tomou o lugar do homem pecador e pagou a pena por ele. Ao derramar Seu próprio sangue, Cristo esforçou-se para conseguir a redenção eterna, isto é, para “trazer salvação para aqueles que estão esperando por ele” (Hb 9.28).

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Vigie e guarde-se do pecado para que, diariamente, você possa se apresentar em oração ao Sumo e Eterno Sacerdote como oferta agradável.

 

RESPONDA

1) O primeiro Concerto era terreno, o segundo é ____________

2) Somente o sumo sacerdote podia, uma vez por ano, adentrar no ___________________

3) A oferta dos manjares tinha o propósito de expressar a _____________pela provisão de Deus.

 

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COMENTÁRIOS: 

8.4 – Sob o antigo sistema judaico, os sacerdotes eram escolhidos somente dentre a tribo de Levi, e os sacrifícios eram oferecidos diariamente no altar para o perdão dos pecados (ver 7.12-14). Este sistema não teria permitido que Jesus fosse um sacerdote, porque Ele era da tribo de Judá. Mas seu sacrifício perfeito pôs fim a necessidade de outros sacerdotes e sacrifícios.

O uso do tempo presente, “havendo ainda sacerdotes que oferecem dons”, indica que este livro foi escrito antes de 70 d.C., quando o Templo em Jerusalém foi destruído, finalizando, deste modo, os sacrifícios, dado por Deus. Era um padrão da realidade espiritual do sacrifício de Cristo e, deste modo, antecipava a realidade futura. Não há nenhum no céu do qual o terrestre seja uma cópia; antes o Tabernáculo terrestre era uma expressão dos princípios eternos e teológicos. Como o Templo em Jerusalém ainda não havia sido destruído, usar seu sistema de adoração como um exemplo causaria um grande impacto sobre este público original.

8.8-12 – Esta passagem é uma citação de Jeremias 31.31-34, que compara a nova aliança com a antiga. A antiga aliança era a aliança da lei entre Deus e Israel. O novo e o melhor caminho e a aliança da graça – a oferta de Cristo para perdoar os nossos pecados e nos levar a Deus através de sua morte sacrifical. Esta aliança é nova em extensão — vai além de Israel e Judá para incluir todas as nações gentílicas. É nova na aplicação porque está escrita em nosso coração e em nossa mente. Oferece um novo caminho para o perdão, não através de sacrifício animal, mas através da fé. Você já entrou nesta nova aliança e começou a andar pelo caminho melhor?

8.10 – Se o nosso coração não estiver mudado, seguir as regras de Deus será algo desagradável e difícil. Iremos nos rebelar quando nos for dito como devemos viver. O Espirito Santo, porém, nos dá uma nova vontade, ajudando-nos a desejar obedecer a Deus (ver Fp 2.12,13). Com um novo coração, consideramos que servir a Deus é a nossa maior alegria.

8.10,11 – Sob a nova aliança de Deus, a sua lei passa a estar dentro de nós. Não é mais um conjunto exterior de regras e princípios.  O Espirito Santo nos lembra das palavras de Cristo, ativa a nossa consciência, influencia os nossos motivos e desejos, e nos faz querer obedecer, Agora, fazer a vontade de Deus é algo que desejamos com todo o nosso coração e mente.

9.6-8 – O sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos (9.3), o recinto mais interior do tabernáculo. um dia a cada ano para fazer expiação pelos pecados da nação. O Santo dos Santos era um cômodo pequeno que continha a Arca da Aliança (uma arca revestida de ouro contendo as tábuas de pedra originais em que os Dez Mandamentos foram escritos, um vaso de maná, e a vara de Arão) O topo da Arca servia como a “tampa da expiação” (o altar) no qual o sangue seria espargido pelo sumo sacerdote no Dia da Expiação Para os judeus, o Santo dos Santos era o local mais sagrado na terra, e somente o sumo sacerdote podia entrar ali. Os outros sacerdotes e as pessoas comuns eram proibidos de entrar neste recinto. Seu único acesso a Deus era através do sumo sacerdote, que ofereceria um sacrifício e usaria o sangue do animal para fazer expiação, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos pecados do povo (ver também 10.19).


9.10
– O povo deveria guardar as leis relativas à alimentação, e as leis cerimoniais de limpeza do AT, até que Cristo trouxesse o novo e melhor caminho a Deus.

9.12 – Esta ilustração vem dos rituais do Dia da Expiação, descritos em Levítico 16. Através de sua própria morte. Cristo nos livrou para sempre da escravidão do pecado.


9.12-14
– Embora conheça a Cristo, você pode crer que tenha que trabalhar arduamente para se tornar suficientemente bom para Deus. Mas as regras e cerimônias nunca limparam o coração das pessoas. Somente pelo sangue de Jesus Cristo (1) temos nossa consciência limpa. (2) somos libertos do aguilhão da morte, e podemos viver para servir a Deus. e (3) somos libertos do poder do pecado. Se você estiver levando um fardo de culpa por estar pensando que não pode ser suficientemente bom para Deus, olhe novamente para a morte de Jesus e o que ela significa para você.  Cristo pode curar sua consciência e livrá-lo da frustração de tentar alcançar o favor de Deus como um pagamento por suas obras.


9.13,14
Quando o povo sacrificava animais, Deus considerava sua fé e obediência, limpava-o de seus pecados, e o tornava cerimonialmente aceitável de acordo com a lei do AT. Mas o sacrifício de Cristo transforma a nossa vida e o nosso coração e nos
torna interiormente limpos. Seu sacrifício e infinitamente mais eficaz do que o sacrifício de animais. Nenhuma barreira de pecado ou fraqueza de nossa parte e capaz de deter o seu perdão.

9.15 Nos dias do AT, as pessoas foram salvas através do sacrifício de Cristo, embora este sacrifício ainda não tivesse acontecido. Ao oferecer sacrifícios de animais inocentes, estavam antecipando a vinda de Cristo e sua morte peio pecado. Agora que Cristo tinha vindo e se tornado o sacrifício final e perfeito, não havia motivo para retornar ao sistema sacrifical.

9.22 – Por que o perdão exige o derramamento de sangue? Isto não é um decreto arbitrário por parte de um Deus sanguinário, como alguns têm sugerido. Não existe maior símbolo da vida do que o sangue; o sangue nos mantém vivos. Jesus derramou o seu sangue — deu a sua vida — pelos nossos pecados para que não tivéssemos que experimentar a morte espiritual, a separação eterna de Deus. Jesus é a fonte da vida, não da morte. Ele deu a sua própria vida para. em nosso lugar, pagar a nossa penalidade, para que pudéssemos viver. Depois de derramar o seu sangue por nós, Cristo ressuscitou dos mortos e proclamou a vitória sobre o pecado e a morte.

9.23 – De um modo que não entendemos completamente, o Tabernáculo terreno era uma cópia e um símbolo das realidades celestiais. Esta purificação das coisas celestiais pode ser melhor entendida como se referindo a obra espiritual de Cristo por nós no céu (ver nota 8.5).


9.24
– Entre as referências aos sacerdotes, aos tabernáculos, aos sacrifícios e a outras ideias pouco conhecidas por nós, chegamos à descrição de Cristo como nosso Advogado, o qual está a destra de Deus em nosso favor. Podemos pensar neste papel
desempenhado pelo próprio Senhor, e assim sermos encorajados.  Cristo está assentado a destra de Deus. e está a nosso favor. Ele é o nosso Senhor e Salvador. Ele não está lá para convencer ou lembrar a Deus de que os nossos pecados estão perdoados, mas apresenta tanto as nossas necessidades quanto o nosso serviço a Ele como uma oferta (ver 7.25).

9.24-28 Todas as pessoas morrem fisicamente, mas Cristo morreu para que não tivéssemos que morrer espiritualmente. Podemos ter uma confiança maravilhosa em sua obra salvadora por nós, que extingue o pecado — passado, presente e futuro. Ele perdoou o nosso pecado passado — quando morreu na cruz, sacrificou-se a si mesmo uma vez por todas (9.26); nos deu o Espirito Santo para nos ajudar a lidar com o pecado presente; apresenta-se por nós agora no céu como nosso Advogado (9.24); e promete voltar (9.28) e nos ressuscitar para a vida eterna em um mundo onde o pecado será banido.

9.26 – A “consumação dos séculos” se refere ao tempo da volta de Cristo a Terra, em cumprimento às profecias do AT. Cristo introduziu a nova era da graça e do perdão. Ainda estamos vivendo na “consumação dos séculos” O Dia do Senhor já começou, e estará completo por ocasião da volta de Cristo.