Lição 8 – O Sol Parou

LIÇÃO 8 – JOSUÉ 10 – O SOL PAROU

Caro mestre, você está diante de um grande desafio científico e teológico. Nesse momento, você precisa estar disponível a estudar e ouvir todas as possibilidades de explicação fundamentadas em questões filológicas (estudo global de uma língua), entre outras pertinentes ao texto de Josué 10. Contudo as chances de satisfazer uma mente meramente científica não é o propósito do texto. Dessa forma, olhe para a chuva de pedras (v.11), as palavras de ousadia de Josué (v.12) e o dia prolongado (v.13), percebendo-os como um momento no qual o próprio Deus decidiu lutar por Israel. Esse é o real significado dessa narrativa, levando em consideração que não havia nada que Josué pudesse fazer para fazer chover pedras dos céus nem para materializar sua palavra, tampouco para acrescentar um segundo àquele dia.

 

OBJETIVOS
• Perceber a importância ter uma fé consistente.
• Entender que Deus está sempre no controle de tudo.
• Mostrar que ações radicais às vezes são necessárias.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Inicie esta aula deixando claro que o texto em apreço fala de uma única batalha, embora, muitas vezes, alguém faça essa leitura e entenda que são três guerras diferentes. Contudo, não é isso que acontece, pois os primeiros versículos (v. 1-27) narram a batalha como um todo; e a parte final do texto (v.28-42) relata isso de modo mais específico. Perceba esse fato ao ver que os nomes dos reis são repetidos no começo e no final do capítulo, em cuja narrativa primeiro Josué mata os reis, e depois, sai conquistando suas terras. Após isso, siga o esboço da lição em apreço.

 

RESPOSTAS
1) Certo.
2) Errado.
3) Certo.

 

LEITURA ADICIONAL
A estratégia dos amorreus (10.1-5).
O relato que chegou até Adoni-Zedeque compara Ai e Jericó como as duas cidades sobre as quais Israel não apenas saiu bem sucedido, mas que também consagrou ao interdito (hrm).361. A atenção concentra-se no líder da coalizão. Assim como seu nome é mencionado, o mesmo acontece com os líderes de cada uma das cidades. A ameaça diz respeito à pessoa de Adoni-Zedeque bem como a seus bens. Existe um contraste entre a atitude de Israel com Jericó e Ai e o tratamento que dispensa a Gibeão.362. Os gibeonitas fizeram paz com os israelitas, uma oração que não apenas antecipa a mesma expressão na mensagem de Adoni-Zedeque a seus aliados, mas também sugere uma atitude de bem-estar que é o oposto da consagração ao interdito experimentada pelas outras duas cidades. Dessa forma o relatório a Adoni-Zedeque compreende o alcance da natureza da ameaça representada por Israel, uma ameaça que exige uma decisão. Ou Adoni-Zedeque se opõe à invasão determinada por Deus e, dessa maneira, enfrenta o mesmo juízo que caiu sobre Jericó e Ai, ou faz paz com Israel, unindo-se a Israel e ao Deus de Israel e, portanto, encontra um jeito de viver no meio de Israel, mesmo que numa posição de servidão.
Israel controlava o altiplano benjamita, o entroncamento entre a região montanhosa e o deserto judaísta. Isso dava acesso à planície costeira e às planícies a oeste, por meio do desfiladeiro de Bete-Horom. Ameaçados com a perda desse centro estratégico, os inimigos do sul se aconselharam e atacaram Gibeão. A proximidade entre Gibeão e Jerusalém significava que a ameaça israelita agora havia chegado às fronteiras de Adoni-Zedeque. Além disso, a posição estratégica ocupada pelos gibeonitas juntamente com a derrota de Betel e Ai puseram o estratégico planalto benjamita sob controle total de Israel no norte e no centro. Apenas a parte sul da região ainda pertencia ao rei de Jerusalém. Gibeão, pelo visto um antigo aliado, havia desertado para o inimigo. Quatro orações descrevem a força de Gibeão. (1) Gibeão era cidade grande… Era uma cidade grande como Nínive (Jn 3.3). (2) Era como uma das cidades reais.  A expressão “cidade real” é utilizada para descrever Gate como a residência do líder filisteu, Aquis (1Sm 27.5).
Livro: “Josué, introdução e comentário” (Richard Hess. Editora Vida Nova, Págs. 165 – 166)

 

LIÇÃO 8 JOSUÉ 10 – O SOL PAROU

Texto Áureo
“E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.” Js 10.13.

 

Verdade Prática
Deus fará o impossível para entregar a vitória completa àqueles que o amam e o obedecem.

 

Estudada em 21 de fevereiro de 2021

 

Leitura Bíblica Para Estudo Josué 10.1-27

 

INTRODUÇÃO

 

I. ALIADOS EM PERIGO Js 10.4-8
1. Cinco reinos contra Gibeão Js 10.5
2. Gibeão pede socorro Js 10.6
3. Josué socorre os aliados Js 10.8

 

II. SOL E LUA PARAM Js 10.11-13
1. Chuva de pedras Js 10.11
2. Palavra de ousadia Js 10.12
3. O Sol e a Lua pararam Js 10.13

 

III. GRANDES BATALHAS Js 10.21-42
1. Integridade Js 10.21
2. Transmitindo a bênção Js 10.25
3. Deus faz a diferença Js 10.42

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 124-58

 

INTRODUÇÃO
Este capítulo é um dos mais extraordinários de Josué. Vamos relembrar três milagres esplendorosos que ocorreram em um só dia: a chuva de pedras, o sol e a lua parados no céu, e a vitória de Israel sobre cinco nações.

 

I. ALIADOS EM PERIGO (Js. 10.4-8)

1. Cinco reinos contra Gibeão (Js 10.5)
“Então, se ajuntaram e subiram cinco reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis e o rei de Eglom, eles e todas as suas tropas; e se acamparam junto a Gibeão e pelejaram contra ela.”
Os gibeonitas faziam parte do povo cananeu (habitantes de Canaã) e estavam sujeitos ao mesmo destino dos demais reinos, ao enfrentar os exércitos de Israel. Porém, conseguiram um acordo de paz e, descobertos, aceitaram a condição de servirem ao povo de Israel.
Os demais reinos dos cananeus, liderados por Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, decidiram atacar os gibeonitas por entenderem que seu acordo de paz foi uma traição ao seu próprio povo. E então, formaram uma coalizão de cinco reinos para destruir Gibeão.
Um paralelo distante, referente à nossa vida espiritual, pode ser traçado, quando alguém toma a decisão de servir a Deus e abre mão da cultura de seus familiares ou amigos mais próximos. A indignação e revolta chegam ao ponto de a própria família se voltar contra quem está tomando uma posição espiritual diferente da maioria.

 

2. Gibeão pede socorro (Js 10.6)
“Os homens de Gibeão mandaram dizer a Josué, no arraial de Gilgal: Não retires as tuas mãos de teus servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos,”
Testemunhando do novo pacto com o povo de Israel, os gibeonitas não recorreram às suas origens, tampouco à sua força, para enfrentar seus opositores. Sabendo da aliança firmada, enviaram mensageiros até Josué para que ele os ajudasse a não perecerem nas mãos de seus próprios “irmãos”.
Essa atitude demonstra a verdadeira intenção dos gibeonitas em se aliançar com os filhos de Israel, pois se as atitudes nesse momento demonstrassem alguma traição ao povo de Israel, como atraí-los para uma emboscada, certamente a consequência seria gravíssima.

 

 

3. Josué socorre os aliados (Js 10.8)
“Disse o SENHOR a Josué: Não os temas, porque nas tuas mãos os entreguei; nenhum deles te poderá resistir.”‘
Eis uma ocasião que mostra qual o padrão de Deus para tratar as alianças. Pela visão humana, ao contrário, certamente essa situação em que os gibeonitas se encontravam seria a oportunidade perfeita para uma vingança, pela mentira em que fizeram os líderes de Israel acreditar.
Caso Josué e seus homens permitissem que os reis cananeus atacassem os gibeonitas, não apenas estariam causando a morte deles, mas ainda estariam se livrando de uma aliança inadequada. Porém, dessa vez eles consultam ao Senhor, e recebem ordens para avançar e livrar os gibeonitas dos exércitos cananeus. E assim o fizeram, com muita disposição, e de forma maravilhosa conseguiram uma grande vitória.

 

 

II. SOL E LUA PARAM (Js 10.11-13)

1. Chuva de pedras (Js 10.11)
“Sucedeu que, fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, fez o SENHOR cair do céu sobre eles grandes pedras, até Azeca, e morreram.”
Ao ter conhecimento da situação dos gibeonitas, Josué e todo o povo de guerra de Israel subiram de seu acampamento até ao local da batalha e surpreenderam os exércitos cananeus com uma grande ofensiva militar; e assim, conseguiram livrar os gibeonitas de um possível extermínio pelas mãos de seus próprios compatriotas.
As condições de batalha de Israel eram muito inferiores à das forças inimigas, porém o Deus de Israel lutava as suas guerras e as vencia. Cabia aos guerreiros agirem com fé e coragem para tomarem posse de cada vitória.
Nessa batalha, Deus agiu sobrenaturalmente. Primeiramente, confundindo os exércitos cananeus que, percebendo o contra-ataque de Josué, fugiram em busca de suas cidades fortificadas; segundo, Deus faz chover grandes pedras, que foram mais letais que o ataque dos soldados de Israel. Tudo isso serve como sinal de que a vitória, de fato, vem do Senhor.

 

2. Palavra de ousadia (Js 10.12)
“Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom.”
Esta batalha não estava nos planos de Josué, pois se tratava de um socorro aos aliados gibeonitas, os quais foram atacados justamente por terem um acordo de paz com Israel.
Tal liberalidade em ajudar a um aliado se transformou em uma grande oportunidade de antecipar o enfrentamento dos reis da região sul de Canaã, que em algum momento haveriam de entrar em confronto com os exércitos de Israel. Devido à intervenção divina, o numeroso exército cananeu estava confuso, fugindo disperso e muito desgastado por causa das grandes pedras que Deus havia enviado.
No entanto, o dia estava se findando, e as batalhas não poderiam continuar durante a noite, devido a escuridão que impossibilitaria a identificação do inimigo. Por isso, Josué ousadamente invoca ao Senhor e dá ordem ao Sol e à Lua para que o dia se prolongasse e a vitória fosse completa.

 

3. O Sol e a Lua pararam (Js 10.13)
“E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.”
Imagine a cena diante de Josué: as tropas inimigas fugindo dos soldados de Israel; uma chuva de pedras os vitimando; o Sol começando a se pôr no mar Mediterrâneo. A noite interromperia esta batalha, e não haveria tempo para a vitória definitiva. Então, Josué fez algo sem precedentes: pediu a Deus que prolongasse a luz do dia. Ele ordena aos luminares Sol e Lua que se detenham, que parem. De sorte que: “Não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, tendo o SENHOR, assim, atendido à voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel” (Js 10.14).
As pessoas que acreditam no Deus onipotente não têm dificuldade em aceitar esse grande milagre. Onipotente significa “Todo-poderoso” e, se Deus é Todo-poderoso, então Ele pode deter o sol, a lua ou a terra. O certo é que Deus fez algo para dar a Israel uma vitória completa e decisiva.
O Sol realmente parou em relação à Terra, o que significa que o planeta diminuiu a velocidade e parou sua rotação? Isso é certamente o que o texto parece dizer. Mas os problemas físicos associados ao milagre são tão grandes que os estudiosos conservadores e os mais liberais têm procurado alternativas variadas, entre as quais, menciono duas:
1) Josué percebeu a noite chegando e a oportunidade de vencer todos aqueles povos e pediu força a Deus. Deus respondeu, ao renovar tanto a força dos soldados dele que foram capazes de lutar o equivalente a um dia de batalha em menos da metade do tempo necessário. Foi como se (ou realmente parecesse a eles) o dia tivesse sido prolongado.
2) Deus apenas prolongou as horas da luz do sol de alguma maneira. Como acontece com os dias mais prolongados de verão, ou os dias no verão no Polo Norte quando o sol não se põe.
O fato é que houve um grande milagre, tendo Deus feito a terra parar os seus movimentos em relação ao sol por quase um dia.
Nada é grande demais para Deus. Fico feliz que você creia no Deus grande que faz milagres. Glória a Deus!

 

III. GRANDES BATALHAS (Js 10.21-42)

1. Integridade (Js 10.21)
“voltou todo o povo em paz ao acampamento a Josué, em Maquedá; não havendo ninguém que movesse a língua contra os filhos de Israel.”
Tempos de guerra são marcados por decisões difíceis, esforços sobre-humanos e resultados inesperados. Certamente o ambiente no meio de povo Judeu era de muita tensão, pois todos os dias necessitavam vencer novos e grandes desafios.
Depois de ver sinais e maravilhas da parte de Deus em seu favor, o que se destaca é a paz de espírito experimentada pelo povo e a integridade dos líderes de Israel. Historicamente, os líderes tinham que lidar com murmurações e desafios internos; mas, nesse momento, tamanha era a admiração que ninguém ousava “mover a língua” contra os filhos de Israel.
Sem dúvida um diferencial das vitórias alcançadas é um coração obediente e sem murmuração.

 

2. Transmitindo a bênção (Js 10.25)
“Então, Josué lhes disse: Não temais, nem vos atemorizeis; sede fortes e corajosos, porque assim fará o SENHOR a todos os vossos inimigos, contra os quais pelejardes.”
Dentre as lições aprendidas no livro de Josué, poderíamos até mesmo dedicar todas as atenções às virtudes do líder sucessor de Moisés que, de fato, exerce com louvor suas atribuições e recebe a devida honra da parte de Deus.
Agora, sabemos que nenhum líder consegue suas vitórias sozinho. Deus deu a oportunidade de Josué contar com grandes guerreiros que o apoiavam em suas batalhas. E ao subjugar os reis dos cananeus, Josué não toma para si o mérito, mas partilha a honra da vitória com seus capitães e transmite a mesma bênção que recebeu do próprio Deus.
“Ser forte e corajoso” — foi a ordem recebia no início de sua jornada. Agora, Josué compartilha dessa bênção com seus irmãos e nos dá uma importante lição: que aquilo que recebemos, devemos compartilhar. A mensagem que Deus nos deu deve avançar para todos ao nosso redor.

 

3. Deus faz a diferença (Js 10.42)
“E, de uma vez, tomou Josué todos estes reis e as suas terras, porquanto o SENHOR, Deus de Israel, pelejava por Israel.”
Conforme Deus havia prometido, não houve quem resistisse ao exército do Senhor. Foram muitas batalhas e muitas vitórias, um tempo necessário para que o povo de Israel desfrutasse da devida paz planejada por Deus dentro da terra prometida aos patriarcas.
Em todos os momentos, desde a entrada na terra prometida através do Rio Jordão, na derrubada da muralha de Jericó, do ajuste de conduta até vitória sobre Ai, nas maravilhas de ver as pedras caindo do céu até o Sol e a Lua pararem para que o povo pudesse vencer, sim, em todo o tempo, fica claro que o que faz a diferença para o sucesso de Josué é a presença poderosa do Deus de seus pais.
Assim, na vida de cada cristão, não haverá lutas ou provas que não possam ser superadas pela presença e orientação de Deus.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Quando lutamos com Deus do nosso lado e buscamos a Sua glória, podemos pedir e esperar a intervenção divina. Ele nos faz ver o invisível, ouvir o inaudível e crer no impossível. “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”.

 

 

RESPONDA

Marque certo ou errado.

1) Os demais reinos dos cananeus liderados por Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, decidiram atacar os gibeonitas por entenderem que seu acordo de paz foi uma traição ao seu próprio povo.

 

2) A batalha estava nos planos de Josué, pois se tratou de um socorro aos aliados gibeonitas que foram atacados justamente por terem um acordo de paz de Israel.

 

3) Sem dúvida, o que fez a diferença nas vitórias alcançadas foi a obediência a Deus de coração e a ausência de murmuração.