Lição 9 – Jesus, a Ressurreição e a Vida

JESUS, A RESSURREIÇÃO E A VIDA

EM ÁUDIO

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Querido professor, utilize esta lição para mostrar aos alunos que Jesus amava Maria, Marta e Lázaro, mas que isso não ausentou a morte da casa deles. Estamos falando de uma família enlutada que era plenamente amada por Jesus para esclarecer que aqueles que são amados por Jesus também podem ser afligidos (Jo 11.5). Isso ensina que não devemos relacionar o amor de Deus por nós com as circunstâncias que estamos vivendo, pois, esse amor está muito mais voltado àquilo que ele já fez, que foi nos amar quando ainda éramos pecadores, em estado de morte, do que com aquilo que está fazendo ou irá fazer por nós e em nós.  Mas também, destaque que Jesus chegou à enlutada Betânia e ordenou que houvesse vida!

 

PALAVRAS-CHAVE

Amizade • Atitude • Ressurreição

 

 

OBJETIVOS

  • Entender que os amigos de Jesus também podem ser afligidos.
  • Acreditar que estar aos pés de Jesus é o melhor lugar.
  • Crer para ver a glória de Deus.

 

 

PARA COMEÇAR A AULA

Sonde na classe se há alguém que já se sentiu decepcionado por ter a expectativa frustrada em crer que Jesus faria alguma coisa que Ele não fez. Após as experiências compartilhadas, volte a atenção ao texto em apreço, mencionando a postura de Marta e Maria ao receberem, em meio ao luto, o Jesus que havia dito que a doença não era para morte. Pois elas, ainda naquela situação, não perderam a convicção que se Jesus estivesse ali o milagre teria ocorrido. Isso ensina-nos que não devemos deixar de crer que Jesus tem uma palavra de vida para qualquer ocasião (Jo 11.21,32).

 

 

RESPOSTAS

1)        F

2)        V

3)        V

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Até mesmo quando os perversos pensam que estão laborando contra Jesus para destruí-lo, na verdade estão apenas cumprindo o eterno propósito de Deus, uma vez que os planos de Deus não podem ser frustrados.

A “profecia” de Caifás levou o Sinédrio a pensar que, se a segurança da nação poderia ser garantida pela morte de um homem, então a necessidade de que tal pessoa morresse resultava de um raciocínio prudente. Nesse caso, ele morrería pelo povo. Seu raciocínio foi: sigam Jesus, e a nação perecerá; matem Jesus, e a nação será salva. Conclusão: Jesus deve morrer. Por ironia da História, o exato oposto ia acontecer: quando os judeus mataram Jesus, eles selaram seu destino. Os romanos vieram, de fato, e destruíram a cidade (com seu templo] e a nação. Caifás deu um significado às suas palavras; Deus deu outro.

Nessa mesma linha de pensamento, Charles Erdman diz que a profecia inconsciente se cumpriu, mas completamente ao revés de como Caifás imaginara. A morte de Jesus resultou na destruição, pelos romanos, do próprio Estado que Caifás desejou salvar e igualmente na garantia de bênçãos universais, mediante Jesus, com as quais aquele sumo sacerdote nunca sonhou. As palavras de Caifás serviram como incentivo para a conspiração mais cruel que este mundo já viu. Resolveram matar Jesus.  William Hendriksen é enfático ao falar sobre o tema:

Que Caifás era um bruto, um crápula manipulador que não conhecia o significado de retidão e justiça, e que fazia tudo do jeito que ele queria e a qualquer custo, está claro nas passagens nas quais ele é mencionado (Mt 26.3,57; Lc 3.2; Jo 11.49; 18.13,14,24,28; At 4.6).

Ele não hesitava em derramar sangue inocente. Ele era, também, hipócrita, pois no final do julgamento, no exato momento em que pensou ter encontrado uma base sólida para a condenação de Cristo, rasgou suas vestes como se fosse tomado de profunda tristeza!

Livro: “João: As Glórias do Filho de Deus” (Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos Ltda, 2015, São Paulo-SP, págs. 309-310).

 

LIÇÃO 9 – JESUS, A RESSURREIÇÃO EA VIDA

 

TEXTO ÁUREO

Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? Jo 11.40

 

VERDADE PRÁTICA

Quem crê em Jesus, ainda que morra viverá

 

Estudada em 02 de junho de 2019    

           

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Jo 11.470 que estamos fazendo?

Terça – Jo 11.48 Devemos crer em Jesus

Quarta – Jo 11.49,50 Jesus morreu por todos

Quinta – Jo 11.51-53 Somos um só corpo

Sexta – Jo 11.54 Passe tempo com as pessoas

Sábado – Jo 11.55 Busque a purificação

 

 

LEITURA BÍBLICA

João 11.39-43

39       Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias.

40       Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?

41       Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste.

42       Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.

43       E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!

Leitura completa: Jo 11.1-46

 

Hinos da Harpa: 183 -139

 

 

JESUS, A RESSURREIÇÃO EA VIDA

INTRODUÇÃO

 

II. A AMIZADE COM JESUS

  1. Amigo doente e morto Jo 11.3
  2. Jesus, a ressurreição e a vida Jo 11.4-5
  3. Uma demora surpreendente Jo 11.6

 

 

II. ATITUDES DE MARTA E MARIA 

  1. A atitude de Marta Jo 11.20-21
  2. A atitude de Maria Jo 11.32
  3. A atitude de Jesus Jo 11.34

 

 

III.       A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

  1. Tirai a pedra Jo 11.38,39
  2. Se creres verás a glória Jo 11.40-42
  3. Um milagre extraordinário Jo 11.43-48

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

 

INTRODUÇÃO

Este é o sétimo, o último e o maior dos milagres públicos operados por Jesus e registrados neste Evangelho. Foi realizado na última semana antes de Jesus ser preso e morto na cruz.

 

I. A AMIZADE COM JESUS

No meio do deserto de hostilidades enfrentado por Jesus em Jerusalém, havia um oásis em Betânia: a amizade de Marta, Maria e Lázaro.

  1. Amigo doente e morto (Jo 11.3). Lázaro, irmão de Marta e Maria, estava gravemente enfermo. Marta e Maria enviam um mensageiro a Jesus pedindo ajuda. Apenas lhe informam que aquele a quem Jesus ama está enfermo. Nada mais era necessário acrescentar. A distância entre Betânia e o lugar onde Jesus estava era de mais de 32 quilômetros. Levava um dia de viagem. O mensageiro gastou um dia para chegar até Jesus. Logo que o mensageiro saiu de Betânia, Lázaro morreu. Quando deu a notícia a Jesus, Lázaro já estava morto e sepultado. Jesus demora mais dois dias. E gasta outro dia para chegar. Daí, quando chegou, Lázaro já estava sepultado havia quatro dias.

O amor de Jesus por Lázaro não manteve longe de sua vida a doença e as dificuldades. Algumas lições podem ser aprendidas com esse episódio:

  1. a) As crises são inevitáveis. Lázaro, mesmo sendo amigo de Jesus, ficou doente.
  2. b) As crises podem aumentar. Lázaro piorou e chegou a morrer. Há momentos em que somos bombardeados por problemas que escapam ao nosso controle
  3. c) As crises produzem angústia. Quando a enfermidade chega na nossa casa, ficamos profundamente angustiados. Nessas horas, nossa dor aumenta, pois nossa expectativa era receber um milagre, e este não chega. Jesus, a ressurreição e a vida (Jo 11.4-5). A resposta de Jesus em 11.4 parece enigmática: Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.

O que ele está dizendo é que a essa enfermidade não se seguiria um triunfo ininterrupto da morte; antes, ela seria um motivo para a manifestação da glória de Deus, na vitória da ressurreição e da vida. O amor de Jesus por Lázaro e suas irmas não impediu que eles passassem pelo vale da morte, mas lhe. trouxe vitória sobre a morte.

  1. Uma demora surpreendente (Jo 11.6). Como conciliar a nossa necessidade com a demora de Jesus? (11.6,39). Em vez de mudai Sua agenda para socorrer Lázaro, Jesus ficou ainda mais dois dias onde estava. Em vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado. Marta precisou lidar não apenas com a doença do irmão, mas também com a demora de Jesus.

Como conciliar o amor de Jesus com o nosso sofrimento?

  1. a) Marta e Maria fizeram a coisa certa na hora da aflição. Buscaram ajuda em Jesus;
  2. b) Elas buscaram ajuda na base certa. Basearam-se no amor de Jesus por Lázaro, e não no amor de Lázaro por Jesus. Hoje dizemos: “Jesus, aquele a quem amas está com câncer. Jesus, aquele a quem amas está se divorciando? Jesus, aquele a quem amas está desempregado”.

Jesus poderia ter impedido que Lázaro ficasse doente e também poderia tê-lo curado a distância. Ele já havia curado o filho do oficial do rei a distância (4.46-54). Por que não curou seu amigo a quem amava? A atitude de Jesus parece contradizer o Seu amor. Alguns judeus não puderam conciliar o amor de Cristo com o sofrimento da família de Betânia (11.37). Eles pensaram que amor e sofrimento não podiam andar juntos. O fato de sermos amados por Jesus não nos dá imunidades especiais.

 

 

II. ATITUDES DE MARTA, MARIA E JESUS

O ensino essencial de todo esse episódio está contido na promessa de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (11.25,26).

  1. A atitude de Marta (Jo 11.20-21). Marta vai ao encontro de Jesus com uma declaração: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. (11.21,22). Quando Marta se encontra com Jesus, foi seu coração que falou através de seus lábios. Marta lamenta a demora, mas crê que Jesus, em resposta à oração a Deus, pode reverter a situação. Vale destacar que Marta ainda não tem plena consciência de que Jesus é o próprio Deus. Marta crê no Jesus que poderia ter evitado a morte (11.21), ou seja, intervindo no passado. Marta crê no Jesus que ressuscitará os mortos no último dia (11.23,24), ou seja, agindo no futuro. Mas Marta não crê que Jesus possa fazer um milagre agora, no presente. Marta vacila entre a fé (11.22) e a lógica (11.24).

Somos assim também. Não temos dúvida de que Jesus realizou prodígios no passado. Não temos dúvida de que ele fará coisas extraordinárias no futuro, no fim do mundo. Mas nossa dificuldade é crer que Ele opera ainda hoje com o mesmo poder. O grande erro do “Ah, se fosse diferente” de Marta foi omitir o poder presente do Cristo vivo. Marta vivia no passado ou no futuro. Mas é no presente que o tempo toca a eternidade.

 

  1. A atitude de Maria (Jo 11.32). Marta se retira e comunica a Maria: O mestre chegou e te chama (11.28). Apressadamente, ela também sai ao encontro de Jesus, fazendo a mesma declaração de sua irmã: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido (11.32). Maria se prostra aos pés de Jesus e chora. Maria aparece apenas três vezes no Evangelho. Nas três vezes, ela está aos pés do Senhor. Na primeira vez, estava aos pés do Senhor para aprender (Lc 10.39). Dessa feita, está aos pés do Senhor para chorar (11.32,33). Finalmente, ela está aos pés do Senhor para agradecer (12.3).
  1. A atitude de Jesus (Jo 11.34). Jesus perguntou aos judeus onde haviam sepultado Lázaro. Eles conclamaram Jesus a vir e ver. Jesus chorou (11.35), demonstrando Sua plena humanidade e Sua imensa simpatia. De fato, Jesus amava a Lázaro. Outros, porém, objetaram, dizendo que Ele poderia ter evitado a morte de Lázaro (11.37). Jesus se identifica com a nossa dor (11.35). Aquele que cura as nossas chagas é ferido conosco. Os gregos pensavam que Deus era um ser solitário, sem paixão e sem compaixão. O choro de Jesus foi uma espécie de quebra de paradigma na crença dos gregos acerca de Deus. Jesus se importa com você e com sua dor. Ele não é o Deus morto, pregado numa cruz, Ele é o Deus Emanuel. Sofre por você, se importa com você e se identifica com você em sua dor. Jesus sabe o que é a dor da solidão, pois nas horas mais difíceis ele estava só. Foi deixado só no Getsêmani e na cruz. Jesus sabe o que é a dor da perseguição, pois foi caçado por Herodes, vigiado pelos fariseus, odiado pelos escribas e entregue pelos sacerdotes. Jesus sabe o que é a dor da humilhação, pois foi preso, espancado, cuspido, deixado nu, pregado na cruz como um criminoso.

 

 

III. A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

Jesus não apenas sente os nossos dramas, mas também tem poder para resolvê-los.

  1. Tirai a pedra (Jo 11.38,39). O mesmo Jesus que levantou Lázaro da morte poderia ter rolado a pedra do seu túmulo. Mas rolar a pedra era uma obra que os homens poderiam lazer, e esta Jesus ordenou que fosse feita. Jesus não exclui a participação humana em sua intervenção milagrosa (1.39,40,44). A ordem é cIara: “Tirai a pedra”. Só Jesus tem o poder para ressuscitar um morto. Isso Ele faz. Mas tirar a pedra e desatar o homem que está enfaixado, isso as pessoas podem fazer, e Ele

ordena que façam. Jesus chama a Lázaro da sepultura. Lázaro, mesmo morto, pôde ouvir a voz de Jesus. No dia final, na segunda vinda de Cristo, os mortos também ouvirão a Sua voz e sairão do túmulo (5.28,29).

 

  1. Se creres verás a glória (Jo 11.40-42). Jesus corrige Marta e, ao mesmo tempo, a encoraja a crer. A fé vê o que os olhos humanos não conseguem enxergar. Jesus disse: “Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?”. Jesus quer não apenas que encontremos a solução, mas que nos tornemos a solução. Em vez de duvidar, questionar e lamentar, Marta deveria crer.

Jesus dá graças ao Pai porque Sua oração já tinha sido ouvida. O milagre consolidará a fé dos discípulos e despertará a cartada final da incredulidade. Ao mesmo tempo que tiraram a pedra e olharam para dentro do túmulo, Jesus olhou para cima e orou (11.41). Ao enfrentar o mau cheiro de um túmulo aberto, Jesus orou.

 

  1. Um milagre extraordinário (Jo 11.43-48). A voz de Jesus é poderosa. Até um morto a escuta e obedece. Lázaro ouve, atende e sai da caverna da morte. Ele sai todo enfaixado, coberto de mortalha. Jesus ordena que o desatem e o deixem ir.

Jesus tinha dois propósitos bem claros com esse extraordinário milagre:

  1. a) Manifestação da glória de Deus (11.4). Tudo o que Jesus ensinou e fez mirava a glória de Deus. A glória do Pai era o seu maior projeto de vida. Ele veio revelar o Pai. Veio para mostrar como é o coração de Deus. Ele nunca fugiu desse ideal. A morte de Lázaro foi uma oportunidade para que o Pai fosse glorificado.
  2. b) Despertamento da fé (11.15,42,45). Os milagres de Cristo sempre tiveram um propósito pedagógico de revelar verdades espirituais. Quando multiplicou os pães, queria ensinar que ele é o pão da vida. Quando curou o cego de nascença, queria ensinar que ele é a luz do mundo. Quando ressuscitou Lázaro, queria ensinar que ele é a ressurreição e a vida.

Como resultado, muitos judeus que viram Jesus operar este milagre creram Nele, ao mesmo tempo que passou a haver uma orquestração nos bastidores para levá-lo à morte. Os membros do Sinédrio pensaram que eles é que estavam no controle da situação, orquestrando a prisão de Jesus. Mas isso fazia parte do plano de Deus. Estava na agenda do Pai (Jo 11.47-57).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Jesus sabe o que é a dor da enfermidade, pois tomou sobre si a nossa dor e a nossa enfermidade. Jesus sabe o que é a dor da morte, pois suportou a morte para arrancar o aguilhão da morte e nos trazer a ressurreição. Ele sabe. Continue crendo.

 

 

RESPONDA

Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:

1)        (          ) O fato de Lázaro, irmão de Maria e Marta, ficar doente revela que a amizade de Jesus por ele não era tão profunda assim.

2)        (          ) A declaração de Marta quando vai ao encontro de Jesus revela uma ponta de decepção e, ao mesmo tempo, uma grande demonstração de fé

3)        (          ) Aprendemos que um dos propósitos de Jesus ao ressuscitar Lázaro era manifestar a glória de Deus.

 

 

VOCABULÁRIO

  • Mortalha: pano ou vestimenta com que se envolve o cadáver de pessoa que será sepultada.
  • Paradigma: um exemplo que serve como modelo; padrão.
  • Sinédrio: assembleia judia de anciãos da classe dominante nas funções políticas, religiosas, legislativas, jurisdicionais e educacionais.