1Coríntios Panorâmico

1 CORÍNTIOS

 

Apresenta Jesus Cristo, Senhor Nosso

 

O nome “Senhor” tem lugar proeminente neste livro (1:31; 2:8, 16; 3:20; 4:4; 5:4, 5; 6:13; etc.). Este fato tem profunda significação, porque muito da confusão que penetrou na igreja de Corinto se deveu ao fato de os crentes deixarem de reconhecer Jesus Cristo como Senhor,

Escavações de arqueólogos estão revivendo Corinto. Era a cidade mais importante da Grécia nos dias de Paulo. Sua riqueza era fabulosa. Os homens passavam o tempo em torneios e discursos. Luxo, dissipação e imoralidade pública predominavam entre a população industrial e marítima dessa cidade. Corinto atraía grande número de forasteiros do Oriente e do Ocidente, seus deuses eram deuses de prazer e luxúria. Além disso havia muita cultura e arte. A cidade possuía muitos centros de estudos linguísticos e escolas de filosofia.

Como na maior parte das cidades, havia ali uma grande colônia de judeus de elevado padrão moral e que praticavam fielmente sua religião. Mas a cidade era o centro de um culto degradante a Vênus.

 

Em Atos 18, vemos como o Evangelho alcançou essa cidade corrupta, O apóstolo Paulo, então com cerca de cinquenta anos, em trajes de operário, entrou na movimentada metrópole e percorreu suas ruas em busca de uma oficina em que pudesse ganhar a vida. Não havia cartazes anunciando a chegada de um evangelista mundialmente famoso. Este artesão chegou ali e começou a fazer tendas. Naquela época, essa era uma indústria importante, como o é hoje a construção civil. Paulo associou-se a Áquila e Priscila, dois prósperos fabricantes de tendas, Ele sempre pode prover o seu próprio sustento, ganhando o bastante para levar avante a sua obra missionária. Ele realizou um maravilhoso trabalho durante o ano e meio que passou em Corinto. Começou falando nas sinagogas a congregações mistas de judeus e gregos.

 

A primeira carta de Paulo aos Coríntios é um livro difícil de esboçar, mas trata de assuntos maravilhosos. Porque em tudo fostes enriquecidos nele (1:5). Em Romanos, Paulo diz que foi por Cristo que obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes (Romanos 5:2). Seguem-se então essas riquezas da graça em Cristo Jesus, nosso Tudo em todos. 1 Coríntios trata da conduta cristã.

 

 

CORREÇÕES NA CONDUTA CRISTÃ (1 Coríntios 1-11)

A maravilhosa igreja de Corinto, a joia brilhante na coroa do trabalho de Paulo, estava talhando. Tudo porque o mundanismo (carnalidade) da cidade se introduzira em seu meio. Era importante que a igreja entrasse em Corinto, mas era desastroso que Corinto tivesse entrado na igreja. É um belíssimo espetáculo ver-se um navio sendo lançado ao mar, mas é uma visão trágica, a do mar entrando no navio. A igreja de Cristo deve agir como luz num lugar escuro, mas ai dela quando a corrupção do mundo a invade.

 

Certos costumes comuns naquela cidade pervertida logo pene­traram na igreja. Surgiram divisões entre os seus membros; cristãos que levavam outros cristãos perante a justiça do mundo; o procedimento de muitos na mesa do Senhor era vergonhoso; na igreja, as mulheres já não observavam os padrões de modéstia; havia discussões entre os membros da igreja sobre o casamento e os dons espirituais. Finalmente, a igreja escreveu a Paulo sobre essa coisas, pedindo sua orientação. As duas cartas aos coríntios foram escritas para responder às suas indagações.

Depois da saudação de praxe (1:1-3), Paulo refere-se à volta de nosso Senhor Jesus Cristo (1:7, 8). Logo em seguida, entra no assunto do fracasso da igreja, sobre o qual fora informado. A fonte da sua informação ele no-la dá em 1:11.

Os homens haviam perdido Deus de vista. Três espécies de egoísmo os haviam cegado:

Admiradores de si mesmos, seu intelecto se tinha pervertido.

Obstinados, sua consciência tinha sido obscurecida.

Indulgentes consigo mesmos, suas paixões os haviam dominado.

Paulo fala primeiro em divisões e grupos. Nada destrói mais a vida de uma igreja do que a política de partidos.

O espírito grego de partidos tinha entrado na igreja, dividindo-a em quatro grupos, cada qual procurando dominar. Seus nomes aparecem em 1:12. Paulo, Apoio e Pedro (Cefas) eram grupos que tinham o nome dos seus mestres prediletos. O partido de Cristo se apegava a esse nome, como se ele não pertencesse a todos na igreja.

A dissensão quanto a guias religiosos revelava que a igreja de Corinto havia perdido o alvo. Hã um só Guia na igreja. Esse Guia e centro é Cristo. Se a igreja se desviar desse centro, perde o rumo em tudo o mais. O Cristianismo tem de ser Cristocêntrico. Somente assim terá poder. As “boas novas” são o próprio Cristo. Ele não só foi o portador da mensagem de Deus; ele próprio foi a mensagem de Deus. Os coríntios tinham perdido o equilíbrio. Paulo, Pedro e

Apoio eram homens bons, todavia não eram divinos. Quantos hoje preferem seguir guias religiosos a seguir o próprio Cristo! Para mim o viver é Cristo (Filipenses 1:21),

Só Jesus Cristo pode acabar com as divisões (1:13). Todo olhar, todo coração e todo espírito devem voltar-se para uma pessoa, Jesus Cristo, nosso Salvador. Paulo diz aos coríntios: ”Esse espírito faccioso e pecado. Vocês podem seguir um simples homem, na esperança de que ele lhes dê vida? Esse homem foi crucificado por você? Confiar no que o homem diz é insensatez. Os homens nada veem na cruz de Cristo. Somente ele tem todo o poder e sabedoria de Deus,”

Jovens e velhos igualmente seguem a Cristo até a cruz e depois tropeçam no sangue do Sacrifício. Foi isso que os judeus e os gregos dos dias de Paulo fizeram. Vamos remover a cruz do Evangelho, porque os homens não gostam dela? Se o fizermos, estaremos removendo o único meio de salvação do mundo. Devemos pregar a Cristo crucificado.

 

A CRUZ

Escândalo para os judeus — algo com que os judeus não podiam se conformar (1:23). Eles não podiam compreender como essa de­monstração de fraqueza podia ser fonte de poder. Para eles um homem morrendo numa cruz não parecia muito um Salvador. Os escribas e fariseus desdenhosamente se afastavam da cruz. Para eles ela significava fracasso. Os judeus precisavam sinais de poder. Exigiam algo que pudessem ver e apalpar. O Messias tinha de ser um príncipe, um operador de milagres. Muitos crentes são assim hoje. Adoram o sucesso tanto quanto os judeus de outrora. Desprezam a fraqueza e admiram a força. Essas pessoas dizem que os homens de ciência tendem a tropeçar na cruz, porque não podem explicar como o sangue de um Homem pode tirar a mancha do pecado,

Loucura para os gregos. Os gregos olhavam com desdém essa religião sem base científica, ensinada num recanto atrasado do mundo, como Nazaré, pelo filho de um carpinteiro, que nunca estudara em Atenas ou em Roma. Os gregos idolatravam os intelectuais. Mas Deus nunca desprezou as coisas humildes.

Ou a cruz é o “poder de Deus77 ou é “loucura77. Se é loucura, então você pensa que ela não tem condições de fazer-lhe nenhum bem. Mas ouça! Isso condena você, não a cruz!

Ninguém jamais deixa a cruz na mesma condição em que se aproximou dela. Ou a pessoa a aceita ou a rejeita. Se aceitá-la,

torna-se filho de Deus (João 1:12); se rejeitá-la, está perdido (Joãc 3:36).

Paulo não pregou um Cristo conquistador, ou um Cristo filósofo, mas Cristo crucificado, Cristo, o humilde. Leia o que Paulo diz em 1 Coríntios 2:2. Paulo lembra que suas palavras vão ser provadas no fogo (3:13). Conhecer a Cristo crucificado é o maior dos conhecimentos.

O MINISTRO

Uma das objeções a Paulo era que sua pregação era muito simples. Ele respondeu que não podia pregar-lhes de outra maneira, porque não passavam de crianças em Cristo. Não podiam suportar outro alimento senão leite. A prova da infantilidade deles (camalidade) eram as divisões existentes entre eles (3:1-4).

Paulo lembra que o ministro não é o diretor de uma escola ou de uma seita rival, como os filósofos gregos. Ele é servo de Deus, não mestre de homens. Ele sempre se chamava servo do Senhor Jesus Cristo. O serviço cristão só é aceitável a Deus quando feito no espírito de Cristo e para a sua glória.

Cada um de nós representa quatro pessoas — a que o mundo conhece, a que nossos amigos conhecem, a que nós mesmos conhecemos, e a que Deus conhece. Paulo descreve este fato no capítulo 4. Há três tribunais diante dos quais compareceremos:

O dos homens ………………………………….                     1 Coríntios 4:3

O da nossa consciência  ___________ 1 Coríntios 4:3

O de Jesus Cristo   ……………………  1 Coríntios 4:4

Não dependa do julgamento dos homens. O mundo julga nosso caráter por um único ato. As vozes da crítica podem ser fortes, mas se você subir até o alto da montanha com Deus, verá o tumulto do povo, mas não ouvirá suas vozes.

Cuidado com o juízo de um amigo, porque poderá ter uma opinião muito favorável a seu respeito. Gostamos de acreditar em tudo de bom que dizem de nós, mas ficamos ressentidos com a crítica desfavorável,

Paulo diz: Nem eu tão pouco julgo a mim mesmo (4:3). Cuidado quando comparecer diante do tribunal de sua própria consciência. Quando ela disser: “Pode fazer isso’3 é sempre bom ir a Jesus Cristo e perguntar-lhe: “Posso fazê-lo?” E difícil sermos honestos com nós mesmos. Ninguém deve julgar em causa própria, por mais sincero que seja.

Paulo declara que se submete a um único julgamento — um que está sempre certo. Quem mc julga éo Senhor (4:4). Sou seu mordomo

e é a ele que tenho de prestar contas. Do seu julgamento não posso escapar. Seu olhar sereno está fixo em mim.

O louvor que vem dele é verdadeiro. Se ele disser: Bem está, servo bom e fiel, que mais importa?

 

CORRUPÇÃO NA IGREJA

Na carta aos Romanos, o tema de Paulo é a justiça de Deus. Em

Coríntios, ele o expande para incluir a vida de justiça do crente. Como crentes, devemos praticar em nossa vida aquilo que cremos no coração. Professar a vida cristã é coisa séria. Se rebaixarmos o padrão que Cristo estabeleceu, falhamos em nosso testemunho perante o mundo. Você é uma carta aberta e lida por todos os homens. Que espécie de Evangelho é o “Evangelho segundo você”?

Não permita que sua vida se aproxime tanto das coisas duvidosas que um dia você venha a escorregar. Se você cair, outros cairão com você. Vigie seu testemunho.

A justiça provém de Deus, mas precisa ser demonstrada em nosso viver diário. A justiça é de Cristo, e para Cristo. “Que faria Jesus?” é a pergunta que devemos fazer em relação a tudo o que é duvidoso. Cristo em vós é o segredo e o caminho da vida.

Certo membro da igreja de Corinto havia se casado com a madrasta, o que era considerado imoral, mesmo entre os pagãos, quanto mais pelos cristãos. Paulo os repreendeu por estarem cheios de orgulho, apesar desse escândalo na igreja. Ele insiste em que nio tolerem o mal em seu meio, uma vez que se chamam cristãos. Como o fermento leveda toda a massa, também um espírito mau contamina toda a igreja. Ela deve excluir do seu seio o culpado para demonstrar que não tolera o pecado (5:13). Â disciplina na igreja deve ser feita com pesar e simpatia, e não com ira, orgulho ou vingança (5:2).

Em seguida, Paulo faz uma aplicação pessoal, útil para a nossa vida. Por isso celebremos a festa . . . com os asm os da sinceridade e da verdade. Muitas vezes é bastante difícil fazer um auto-exame, mas ele é muito importante.

Não sabeis é a expressão usada por Paulo. Sua fé baseava-se em fatos* Ele queria saber das coisas. Sublinhe os “não sabeis” do capítulo 6. O que é que devemos saber?

Primeiro, Paulo declara que, embora seja necessário ao crente, às vezes, ir a juízo, os crentes nunca devem contender e depois levar a contenda a um tribunal mundano. Jsso dá uma impressão terrível aos de fora! Quando agimos assim, estamos dizendo: “Nós, como

crentes, somos corno os outros. Queremos as coisas a nosso modo. Somos cobiçosos e tão ambiciosos dos nossos próprios direitos como vocês/’ Paulo pergunta: “Vocês ousam fazer isso?”

À seguir Paulo dá-nos uma descrição dos crentes de Corinto em 6:9, 10, como costumavam ser antes. Mas no versículo 11, vemos o que a graça de Deus fez na vida deles.

Cristo pp^ u um grande preço para nos comprar, e o seu propósito é tornar-nos semelhantes a ele (9:19, 20).

Se os nossos corpos foram remidos pelo Senhor Jesus Cristo, já nio pertencem a nós, mas Aquele que nos comprou com seu precioso sangue. Porque fostes comprados por preço.

Deus costumava ter um templo para o seu povo; agora ele tem um povo para seu templo. Quando alguém entra num templo, assume uma atitude reverente porque se compenetra de que entrou num santuário. Mas ficará esquecido de que o verdadeiro santuário, em que Cristo habita, é o seu corpo? Fomos ensinados, quando crianças, a ser reverentes na igreja por ser a casa de Deus. Quão mais impor ante é nos lembrarmos de que o nosso corpo é a habitação dele e que não devemos fazer nada que o entristeça!

LIBERDADE E NÃO LIBERTINAGEM

A Palavra de Deus não estabelece regrinhas de conduta para nós, nem nos diz exatamente o que devemos fazer ou não, antes estabelece princípios pelos quais o crente deve orientar-se. Alguém disse que a liberdade cristã não significa o direito de fazermos o que queremos e, sim, o que devemos, Paulo o coloca nestes termos: Todas m coisas me são lícitas, mas nem iodas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (6:12).

Certo homem vinha descendo pela rua, balançando os braços, e sem querer bateu no rosto de um pedestre. Furioso, o pedestre quis bater nele também. O primeiro protestou: “Escute, nio estamos num país de liberdade? Não posso fazer minha ginástica na rua?” “Sim”, respondeu o ofendido, “mas lembre-se de que a sua liberdade acaba onde o meu nariz começa.”

Tenhamos isso em mente sempre com relação á nossa conduta. Se a sua liberdade está prejudicando alguém, ela está indo longe demais.

Posso fazer o que quero mas preciso certificar-me de que o que quero agrada a Cristo. O que faço é um exemplo para OS outros e pode prejudicá-los ou ajudá-los. Não só devo perguntar: “Será que a minha ação vai prejudicar o meu irmão mais fraco?” mas

também: “Esta minha ação glorifica a Deus?

CASAMENTO

Paulo comenta sobre o casamento do crente, Entre os filósofos judeus e gregos havia surgido uma controvérsia sobre a importân­cia do casamento. Paulo queria a igreja isenta de escândalos, daí suas palavras em 7:2. A pureza da sociedade depende do conceito que ela tem do casamento. Alguns membros da igreja procuravam desencorajar o casamento, e outros achavam que, quando alguém se convertia, devia divorciar-se do cônjuge pagão. Mas Paulo foi sábio. Ele conhecia a corrupção de Corinto e, por isso, aconselhou que todo homem tivesse sua própria esposa e toda mulher tivesse seu próprio marido. Ele não achava que o crente devia divorciar-se do cônjuge paglío» Disse-lhes que era bem possível que o crente levasse o cônjuge não-crenfe a Cristo (7:16),

Assinale I Coríntios 7:9 e 13 em sua Bíblia. Medite nesses versículos, Eles dizem muito da nossa responsabilidade, como crentes, para com os que não o são.

A CEIA DO SENHOR

Paulo apresenta um registro cuidadoso de como se iniciou a celebração da Ceia do Senhor e, em seguida, fala do seu \ alor.

Ela foi instituída na noite em que Cristo foi traído,

E celebrada em memória do seu amor imperecível pelos seus seguidores.

E um símbolo do seu corpo que foi quebrado por eles (10:16).

E uma nova aliança em seu sangue.

É um. penhor da sua volta (11:26).

Devemos ser cuidadosos para que não comamos nem bebamos de maneira indigna. Examine-se o homem a si mesmo, e nunca participe da santa ceia sem um exame íntimo e sem profunda gratidão a Cristo.

Fazei isíof todas as vezes que o beberdesf em memória de mim (11:25). Cristo quer que nos lembremos dele! Pense nele quando chegar à sua mesa, ele anseia por seu amor.

Era costume da igreja de Corinto fazer uma refeição relacionada com a Ceia do Senhor. Cada um trazia o seu próprio alimento. Muitas vezes isto levava a excessos entre os ricos, enquanto os pobres não tinham nada. Daí resulta va uma observância indigna da Ceia do Senhor. Paulo lembra-lhes a profunda significação espiritual dessa Ceia e do escândalo que o comportamento deles causava.

Ele encerra a exortação com estas palavras: Quanto às demais coisas, eu as ordenarei quando foi ter convosco (11:34). Havia outras coisas para serem corrigidas, mas ele vai agora continuar com suas instruções.

INSTRUÇÕES QUANTO À CONDUTA CRISTÃ (1 Coríntios 12­16)

Em 1 Coríntios 12, Paulo trata dos dons que o Espírito Santo dá aos crentes. Nos versículos 1 a 3 ele laia da mudança que se havia operado na vida dos cristãos de Corinto, quando abandonaram os ídolos mortos e passaram a adorar o Cristo vivo* Para que crescessem na vida cristã, o Senhor lhes deu os dons do Espírito (12:4-7). O Espírito Santo é o doador dos dons espirituais (12:8-11), Ninguém pode ensinar as Escrituras se o Espírito Santo não lhe der sabedoria. Devemos orar “no Espirito” e cantar aceitavelmente a Deus “no Espírito”. Quando vemos um crente bem sucedido, dizemos: “Como ele é bem dotado”; mas na verdade ele recebeu muitos dons do Espírito.

Muitos, nos dias de Paulo, estavam dando grande importância aos dons espirituais que ele menciona. Ambicionavam os dons mais ostensivos, como o de falar em línguas.

Os crentes de Corinto estavam usando esses dons como um fim em si mesmos. Muita gente boje, como os coríntios de outrora, vivem pedindo o poder do Espírito. Esquecem-se de que todos os dons que Deus dá, foram ciados para que Cristo seja exaltado e outros sejam abençoados. Se Deus me dá um dom qualquer, ele não o faz a fim de que eu chame a atenção para mim mesmo, mas para que esse dom, através de mim, seja uma bênção para outros. Deus deu os nove dons mencionados em 1 Coríntios 12 para ajudar no estabelecimento da nova igreja, mas eles estavam sendo usados para satisfazer o seu orgulho. Paulo mostra que o propósito dos dons é a edificação da igreja (1 Coríntios 12); para serem usados com amor (1 Coríntios 13); e que o valor deles seria medido por sua utilidade na igreja.

Cremos que Deus deu dons como o de cura, milagres e línguas, para servirem de “sinais” (12:12), a fim de provar ao mundo que Jesus era o verdadeiro Messias, e que os apóstolos tinham autoridade divina. Esses milagres, línguas, visões e sinais foram, dados a fim de colocarem o selo de autoridade sobre os apóstolos e sua pregação. Hoje devemos crer e andar pela fé. Devemos desejar os melhores dons da sabedoria, conhecimento e fé. Se for a vontade de Deus que tenhamos qualquer desses dons, ele no-los

ciará. O Espirito Santo distribui como íhcapraz, a cada um, individual­mente (12:11).

O modo de usarmos esses dons que o Espírito dá e bela mente apresentado em 1 Coríntios 13. Este capítulo é chamado o Hino do Amor. Dons sem amor valem muito pouco. Muitos falam de amor mas não vivem esse amor., E impossível nos amarmos uns aos outros, enquanto o amor de Cristo não habitar em nosso coração. Os homens parecem adorar a força física. Mas a História nos mostra que as vitórias da força não são duradouras.

AS COLUNAS DO EVANGELHO

Devia haver um grupo na igreja de Corinto que não cria na ressurreição dos mortos. Respondendo a estes, Paulo começa por apresentar uma declaração maravilhosa do que é o Evangelho, em 1 Coríntios 15:1-11. Paulo não tinha um novo Evangelho. Era o mesmo Evangelho antigo, apresentado em Gênesis, Êxodo e Levítico,

  1. Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras

(15:3).

  1. Foi sepultado (15:4).

3» Ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (15:4).

4, Foi visto por grande número de testemunhas 05:5, 6),

Se negarmos a ressurreição, estaremos negando uma das maiores verdades do Evangelho. A pregação será vã; a fé e a esperança também. Mais do que isso, o Evangelho não seria Evangelho de modo algum, pois estaríamos adorando um Cristo morto. Não existiríam “boas-novas” porque não havería nenhuma prova de que Deus aceitou a morte de Cristo como expiação por nossos pecados. Se um marinheiro, saltando n’água, para socorrer um homem que se afogava, também se afogasse, saberiamos que não tinha conseguido salvá-lo. Se Cristo não tivesse saído do túmulo, ele nio podería levantar ninguém do túmulo. O corpo de Cristo morreu, e foi esse corpo que ressurgiu, A sua alma tinha sido entregue nas mãos do Pai.

Porque Cristo vive, nós também viveremos. Onde está, 6 morte, a tua vitória? Onde está, 6 morte, o teu aguilhão?

Em 1 Coríntios 15 Paulo apresenta muitas provas da ressurreição de Cristo.

  1. Suas aparições — 15:5-8.
  2. Sua volta — 15:23
  3. Â ressurreição dos crentes — 15:22
  4. A derrota dos inimigos de Cristo — 15:25-28

5,   Seu remado glorioso ■— 15:24, 25

6,   Nossos corpos revestidos de imortalidade — 15:53, 54

VITAMINAS ESPIRITUAIS/DOSES MÍNIMAS DIÁRIAS

Domingo: DIVISÕES NA IGREJA 1 Coríntios 1:10-31 Segunda: SABEDORIA HUMANA 1 Coríntios 2:146 Terça: MUNDANISMO NA IGREJA 1 Coríntios 3:1-23 Quarta: IMORALIDADE NA IGREJA 1 Coríntios 5:143 Quinta: A CEIA DO SENHOR 1 Coríntios 11:1-34 Sexta: HINO AO AMOR 1 Coríntios 13:1-13 Sábado: A RESSURREIÇÃO 1 Coríntios 15:1-58