Lição 13 – Trabalhando e Orando por um Brasil Melhor

Lição 13 – Trabalhando e Orando por um Brasil Melhor

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Chegamos à última lição. Glória a Deus! Esse é um bom momento para refletirmos sobre tudo o que aprendemos por meio das lições aqui estudadas. Aqui cabe, inclusive, uma rodada de perguntas subjetivas sobre o que os alunos aprenderam durante esse trimestre.

Após esta série de lições sobre cidadania e responsabilidade social, nos ocorre a seguinte pergunta: E agora, o que faremos? É bem provável que alguns alunos, dado a riqueza dos temas diversos que foram abordados em toda a revista, se proponham a responder com convicção acerca do que aprenderam.

Aproveite esse momento para compartilhar com eles da sua alegria pelo encerramento do estudo deste tema tão importante e suas expectativas com o início do novo assunto, contando com a presença sempre louvável de cada aluno. Glória a Deus!

 

ESTA LIÇÃO EM ÁUDIO

 

OBJETIVOS

  • Realçar a firmeza de nossas convicções como sustento da prática de fé.
  • Definir em que medida e como se vive a fé cristã em lugares estratégicos.
  • Realçar de que forma os cristãos podem ser preparados para o serviço no mundo.

 

PARA COMEÇARA AULA

Aproveite a oportunidade de congratular-se com seus alunos pela conclusão dessa revista que trouxe a lume a questão sobre Cidadania e Responsabilidade Social da Igreja.

Motive-os a que se envolvam com as missões sociais de seu templo e descubram a melhor maneira de ajudar para que todos possam cumprir seu papel como cooperadores que são. Cite algumas dessas missões tais como: missão de construção, missão contra a fome etc.

 

PALAVRAS-CHAVE

Fé • Convicção • Preparação • Mobilização • Prática

 

RESPOSTAS DAS PERGUNTAS

1)        RESPOSTA PESSOAL

2)        Sem mobilização não chegamos a lugar algum.

3)        Era médico.

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR

O apóstolo Paulo define a espiritualidade, em Romanos 12.1, como um sacrifício vivo no altar de Deus. É prestar culto ao Criador.

É mais do que simplesmente a prática litúrgica, a compenetração piedosa, a celebração comunitária nas reuniões da igreja. É entrega plena do ser – espírito, alma e corpo – ao serviço do Altíssimo. É certeza de que tudo quanto se faz – inclusive na política – o é para Deus, sob a perspectiva da adoração consciente em todas as coisas, mesmo naquelas aparentemente sem importância alguma. Bem dizia o pastor e teólogo assembleiano João de Oliveira: “adora-se” ao Senhor até no ato de remover uma casca de banana da calçada, pois o gesto impede que alguém criado à imagem e semelhança de Deus, ao passar por ali, venha a “acidentar-se”.

Assim, a espiritualidade não é estanque, compartimentada, para ser vivida apenas numa dimensão. Ela engloba toda a vida. Não há como estabelecer, do ponto de vista da verdade teológica, qualquer linha divisória entre o sagrado e o secular.

Livro: “Visão Cristã sobre Política” (COUTO, Geremias. Editora Visão Cristã, Campi-na Grande, PB, 2015, pp. 51,52).

 

 

LIÇÃO 13 – TRABALHANDO E ORANDO POR UM BRASIL MELHOR

 

TEXTO ÁUREO

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16

 

VERDADE PRÁTICA

Vocacionados, equipados e conscientes, é nosso dever tornar a nossa fé viva e atuante nas esferas em que pudermos cumprir os propósitos de Deus na sociedade.

 

Estudada em 30 de dezembro de 2018

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Jo 15.12-15 A santa vocação para amar

Terça – Mt 24.45-47 A santa vocação para servir

Quarta – Pv 11.25 A santa vocação para a generosidade

Quinta – 2Co 8.7-12 A santa vocação para contribuir

Sexta – Lc 18.1-7 A santa vocação para orar

Sábado – At 11.28-30 A santa vocação para o socorro

 

LEITURA BÍBLICA

Mateus 5.13-16

13       Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.

14       Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;

15       nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.

16       Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.

 

Hinos da Harpa: 225 – 633

 

TRABALHANDO E ORANDO POR UM BRASIL MELHOR

 

ORGANIZAÇÃO DESTA LIÇÃO:

 

INTRODUÇÃO

I. MANTENDO NOSSAS CONVICÇÕES

  1. Defendendo o que cremos 1Pe 3.15
  2. Vivendo o que cremos Mt 5.16
  3. Propondo uma agenda positiva 2Tm 1.12

 

 

II. VIVENDO A FÉ EM LUGARES ESTRATÉGICOS

  1. Saindo das quatro paredes Mt 5.13-15
  2. ConscientIzação do nosso papel Tg 4.17
  3. Nossa mobilização 1Co 3.9

 

III.     PREPARANDO CRISTÃOS

  1. Profissionalização Cl 4.14
  2. Apoio aos vocacionados 1Co 7.20
  3. Acompanhamento Gl 6.2

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO

Após estudarmos esta série de lições, é muito natural que surja em nossa mente a pergunta: E agora, o que faremos, além do trabalho e oração, para tornar o nosso Brasil melhor? Não podemos ficar só no terreno da teorização. A Escritura é incisiva quando nos adverte para que não sejamos apenas ouvintes, mas tomemos a atitude de trazer para a prática de vida os princípios que ela nos garante (Tg 1.22).

É, portanto, bastante lógico e necessário reiterar alguns pontos e pensar sobre que caminhos doravante seguir para que a nossa presença seja como a presença da luz: relevante e transformadora no mundo.

I. MANTENDO NOSSAS CONVICÇÕES

  1. Defendendo o que cremos. Em primeiro lugar, precisamos aprender a fazer a defesa de nossas convicções. É o que chamamos de atitude apologética. Em outras palavras, expor a luz no meio das trevas (Jo 3.19). É a capacidade de mostrar que a fé cristã não é um amontoado de pensamentos soltos, sem nexo e sem sentido, só para apaziguar o sentido de religiosidade inerente ao ser humano. Ao contrário, ela é a única que tem lógica, coerência e consistência com a existência humana (1Pe 3.15).

Nenhuma outra cosmovisão responde aos anseios do homem pós-moderno. Todas o abandonam no momento em que mais precisa de esperança. Todas lhe deixam como opção apenas o nada e coisa alguma, enquanto a cosmovisão cristã lhe traz segurança em Cristo e se estabelece numa sequência de quatro pontos que melhor explicam a existência e a condição humana: criação, queda, redenção e restauração.

  1. Vivendo o que cremos. O que é a verdadeira espiritualidade? O apóstolo Paulo define a espiritualidade em Romanos 12.1 como um sacrifício vivo no altar de Deus. É prestar culto ao Criador. É mais do que simplesmente a prática litúrgica, a compenetração piedosa, a celebração coletiva nas reuniões da Igreja. É entrega plena do ser – espírito, alma e corpo – ao serviço do Altíssimo. É certeza de que tudo quanto se faz o é para Deus sob a perspectiva da adoração consciente em todas as coisas, mesmo naquelas aparentemente sem importância alguma (1Co 10.31).

É importante enfatizar este ponto porque muitos confundem a verdadeira espiritualidade com manifestações de alegria, um coração efusivo ou expressões cultuais muitas vezes marcadas pelo exagero. Não é que pessoas espirituais tenham de ser tristes, cabisbaixas, indiferentes ou amorfas. Elas podem e devem ter expressões de júbilo. É uma forma de demonstrar alegria agradecida pelo que o Senhor lhes fez. Mas a verdadeira espiritualidade vai além. Ela desce para o chão da vida em atos que revelam a natureza do coração transformado (Mt 5.16; Jo 3.21).

  1. Propondo uma agenda positiva. Chamo de agenda positiva, temas relevantes à cosmovisão cristã, que precisam ser retomados ou assumidos de forma direta pela Igreja, como algo pelo qual precisamos lutar em todos os níveis de nossa presença na sociedade. Não somos um gueto. Não vivemos num apartheid, submissos a um regime de segregação social, embora, como já estudamos na Lição 4 (pg. 26), nos tentem empurrar para o “pavimento de cima”, como se este não tivesse qualquer conexão com o “pavimento de baixo”.

Mas também isso não significa que temos de sair lançando flechas a esmo, em qualquer direção, sem saber o que temos na aljava. Paulo tinha plena convicção de sua fé. “Eu sei em quem tenho crido”, afirmou (2Tm 1.12).

Creio que algumas perguntas nos ajudam em nosso direcionamento:

1)  Pelo que estamos lutando?

2) Qual é a essência da nossa relevância e a natureza de nossas convicções?

3) Por que queremos educadores cristãos em posições estratégicas?

4)  Qual a importância que os cristãos ajam como tais aonde quer que estejam?

5) Por que votamos em políticos cristãos para ocuparem funções eletivas nos diversos níveis de poder público?

Não é de qualquer modo. É com seriedade.

 

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2)

 

II. VIVENDO A FÉ EM LUGARES ESTRATÉGICOS
 

  1. Saindo das quatro paredes. A partir do momento em que definimos nossa agenda – sabemos o que queremos e para onde ir – devemos ter em mente que só conseguiremos exercer influência, se pensarmos em como ocupar, como servos do Deus vivo, os espaços estratégicos onde se definem os caminhos da nação.

Não me refiro apenas aos cargos políticos, pois há muitas outras áreas nas quais os crentes podem atuar – e bem – em favor de toda a sociedade para que o mal, pelo menos, seja detido pela presença do sal que preserva fora do saleiro e da luz que afasta as trevas fora da caixa fechada (Mt 5.13-15).

  1. Mediante a conscientização do nosso papel. Insisto uma vez mais na necessidade de nossa conscientização. Todos nós precisamos ser multiplicadores desta mensagem. É preciso refutar a ideia da omissão, da não participação, e de que não temos responsabilidade alguma diante do descalabro [decadência) em que vive a nossa sociedade. Multiplicar a mensagem, eis a estratégia para que possamos, enfim, chegar a esses lugares para fazer uma salutar diferença [Tg 4.17).

Temos como hábito pensar que nada do que ocorre no mundo nos atinge. Vivemos numa suposta bolha. Mas, na verdade, somos diretamente afetados como cidadãos, não só em nossos direitos, mas também em nossos deveres. Mas muitos preferem a atitude do avestruz: enfiar a cabeça na areia, enquanto o corpo fica pelo lado de fora, pensando que dessa forma estarão protegidos contra todos esses ataques.

  1. Mediante a nossa mobilização. A multiplicação da mensagem leva automaticamente à mobilização. Sem mobilização não chegamos a lugar algum. Mobilizar para conscientizar, mobilizar para mudar, mobilizar para mostrar que podemos ter nas mãos, como cooperadores de Deus, os meios para influenciar positivamente a nossa sociedade (1Co 3.9).

Temos de nutrir o nosso coração com a bem-aventurada esperança, mas, ao mesmo tempo, entender que, enquanto no mundo, temos de estar mobilizados em Cristo, cada um cumprindo a sua vocação, para que o mal não prevaleça (Jo 17.15). Embora o coração cumpra no corpo papel relevante para o funcionamento do organismo, sozinho ele não faz nada. Há uma rede capilarizada de artérias e vasos sanguíneos, com o suporte dos pulmões, que lhe permite bombear sangue oxigenado para todas as células.

 

III. PREPARANDO CRISTÃOS PARA A TAREFA

  1. Profissionalização. É preciso, por conseguinte, levar os crentes a entenderem que o estudo e a profissionalização não se constituem em opção, mas numa necessidade para que esses espaços sejam ocupados. Como alguém pode, por exemplo, tornar-se uma peça-chave no organograma de uma secretaria de educação ou mesmo numa universidade, se não tiver preparo e competência? Como alguém pode crescer na carreira militar, se não se dispor ao estudo pertinente? Como alguém pode ser um bom cientista se não tem prazer em mergulhar a fundo no conhecimento?

Ou seja, a Igreja precisa motivar os seus membros para que se apeguem à Escritura, vivam uma vida de oração e estudem com afinco na área de sua vocação para que sejam relevantes, aonde quer que o Senhor os leve. Só para ilustrar, Lucas escreveu o Evangelho que leva o seu nome, bem como o livro de Atos. Ambos são chamados de obra lucana. Mas ele tinha uma profissão: era médico (Cl 4.14).

  1. Apoio aos vocacionados. Vale enfatizar que não teremos mão de obra qualificada, se continuarmos a preferir a ideia de que crente só serve para viver dentro dos templos, afastado do mundo, diferente do que disse Jesus em sua oração sacerdotal. Se quisermos um Brasil melhor, estimulemos aqueles que são vocacionados da melhor forma que pudermos e lutemos para que persistam até ao fim e sejam luz em cada fresta deste mundo, seja nos altos escalões, seja em funções especializadas, seja em atividades comuns, mas indispensáveis para o funcionamento do país (1Co 7.20).
  1. Acompanhamento. Ao mesmo tempo, como Igreja, devemos acompanhar cada um de nossos irmãos envolvidos em tantas tarefas pelo bem comum. Eles precisam de nossas orações, solidariedade, companheirismo e de suporte para que sejam orientados, quando se fizer necessário, a fim de que tenham compromisso verdadeiro com a fé que professam e os princípios que defendem (G1 6.2). Possam eles, sobretudo, ter a consciência de que prestam um serviço a Deus, e não simplesmente aos homens.

 

É preciso refutar a ideia da omissão, da não participação, e de que não temos responsabilidade alguma diante do descalabro em que vive a nossa sociedade.”

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Deus é o centro e a causa de todas as coisas, dando significado a tudo o que foi criado, principalmente o ser humano, que se constitui em Sua imagem e semelhança. Possamos então, à luz disso, estar comprometidos até o fim em viver e levar o Seu nome aos lugares aonde chegarem os nossos pés.

 

RESPONDA

1) Defina em uma frase o significado da verdadeira espiritualidade.

2) Em que sentido o corpo pode ilustrar a importância da mobilização?

3) Qual era a profissão do autor do Evangelho de Lucas e de Atos dos Apóstolos?

 

VOCABULÁRIO

  • Apartheid: regime de segregação social/racial implantado por décadas na África do Sul.
  • Cosmovisão: maneira de ver e entender o mundo e seu sistema.
  • Descalabro: estado de decadência, ruína.
  • Organograma: estrutura de uma organização social.