Lição 7 – O Propósito de Deus Para os Filhos
Destaque que a geração de filhos é um dos propósitos estabelecidos e abençoados por Deus, quando criou a família (Gn 1.28). E os pais não podem fugir das responsabilidades para com seus filhos, pois Deus colocou-os sob o cuidado e dependência deles. Essa é uma verdade que pode ser facilmente constatada, inclusive entre muitos animais ditos irracionais.
Convém destacar que os pais são responsáveis pela orientação, proteção, cuidado e provisão dos filhos, ajudando-os a se tornarem capazes de cumprirem sua missão na Terra.
Diferentemente do que ensinam os humanistas, filhos são bênçãos de Deus, portanto, não podem ser descartados sob nenhum pretexto egoísta (aborto, abandono etc.). Filhos são uma grande responsabilidade, da qual Deus certamente pedirá contas, mas também são consolo, alegria e segurança.
PALAVRAS-CHAVE
Filhos • Propósito • Herança • Obediência
OBJETIVOS
- Reconhecer que os filhos são bênçãos na vida de um casal.
- Conhecer as responsabilidades dos pais em relação aos filhos.
- identificar os deveres dos filhos em relação aos pais.
PARA COMEÇAR A AULA
Inicie a aula pontuando que, de qualquer modo, todos somos filhos e filhas. E alguns têm filhos e filhas. Ou seja, não dá para evitar o assunto desta lição.
Por isso, convém perguntar: Teria Deus algum propósito em relação aos filhos e filhas? Como estamos respondendo a esse propósito? O que falta para sermos bons filhos e filhas?
Liste o que os alunos apresentarem como respostas, destacando as principais. Feito isso, haverá uma boa base para apresentar todo o conteúdo da lição. Boa aula!
RESPOSTAS
1) Efésios 6.1
2) Dando o exemplo (Jo 13.15).
3) Ajudam a alcançar o alvo e a garantir a vitória.
LEITURA COMPLEMENTAR
O PADRÃO DIVINO PARA OS FILHOS (Ef 6.1)
Como há padrões divinos para marido e mulher, há também para os filhos, e esses dizem respeito ao dever de honrar, respeitar, obedecer, a serem agradecidos para com os pais, como evidência da dignidade de filhos.
Deus colocou os filhos sob os cuidados e dependência dos pais. Estes são responsáveis pelos filhinhos, para orientá-los, prepará-los, protegê-los e ajudá-los a se tornarem fortes, física, intelectual e espiritualmente. Aos filhos convém aceitarem a orientação e ensinamento dos pais.
Para felicidade do lar e para o bem dos filhos as Escrituras recomendam a estes que honrem aos pais. Este mandamento tem deveres específicos dos filhos para com os pais. As criancinhas têm mais direitos do que deveres, mas desde cedo devem ser ensinadas a respeitar os pais e obedecer-lhes. Por que honrar aos pais?
1. Porque é mandamento de Deus. “Honra o teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Este preceito divino é reforçado pelo Senhor Jesus em Mateus 15.3-9 e Marcos 7.6-13. Jesus insistiu no ensino de que honrar a Deus implica também em honrar aos pais e que aquele que não honrar aos pais tampouco estará honrando a Deus.
Enumeremos mais duas razões para honrar aos nossos pais: primeiro, pela sua posição natural, como nossos protetores, que nos dirigem e providenciam tudo para nós; segundo, por causa do seu amor por nós e pelo bem que nos fazem
2. Porque é mandamento com promessa. “Honra a teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá” (Êx 20.12). Paulo se refere ao quinto mandamento, observando “que é o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6.2). A prosperidade e a longevidade são bênçãos prometidas aos que honram os pais.
Há, na Bíblia, fartos exemplos de abundantes bênçãos àqueles que souberam honrar a seus pais, como também do fracasso dos que procederam em contrário. Tanto registra a maldição que veio a Cão, o filho de Noé que zombou do pai, como destaca as ricas bênçãos de Deus a José do Egito, que foi generoso para com seu pai (Gn 9.20-27; 45.9-15); Davi que foi obediente e soube honrar a seu pai, a despeito do ódio e da perseguição de Saul, foi abençoado por Deus, prosperou e triunfou maravilhosamente (1Sm 16.20-23; 18.9.15).
Livro: “O Padrão Divino para uma Família Feliz” (Estevam Ângelo de Souza. Editora: SlOGE, São Luís, págs. 127-128)
Estudada em 17 de maio de 2020.
LIÇÃO 7 – O PROPÓSlTO DE DEUS PARA OS FILHOS
TEXTO ÁUREO
“Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa)” Ef 6.2
VERDADE PRÁTICA
O relacionamento entre pais e filhos deve espelhar o nosso relacionamento com o Pai Celestial.
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Êx 20.12 Honrar os pais é mandamento
Terça – Gn 9.25 Desonrar os pais traz maldição
Quarta – Gn 22.2 O Senhor em primeiro lugar
Quinta – Gn 50.21 Bons filhos honram seus pais
Sexta – Pv 1.8 O filho ouve a instrução dos pais
Sábado – Sl 127.3 Filhos são herança do Senhor
LEITURA BÍBLICA
Efésios 6.1-7
1 Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),
3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.
4 E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.
5 Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na Sinceridade do vosso coração, como a Cristo,
6 não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;
7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens,
Hinos da Harpa; 241 – 259
INTRODUÇÃO
I. OS FILHOS SÃO BÊNÇÃOS
- Herança do Senhor Sl 127.3
- Galardão dos pais Sl 127.4,5
- Flechas Sl 127.4
II. CUIDADO DOS PAIS
- Intercessão Rm 8.34
- Ensino Dt 6.6
- Exemplo Jo 13.15
III. FILHOS HONRAM OS PAIS
- Honra aos pais Êx 20.12
- Obediência aos pais Ef 6.l
- Gratidão aos pais Gn 45.1-28
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Deus colocou os filhos sob o cuidado e dependência dos pais. Estes são responsáveis pelos filhos, para orientá-los, protegê-los e ajudá-los a fim de se tornarem fortes física, intelectual e espiritualmente.
Gerar filhos é um dos propósitos estabelecidos e abençoados por Deus, quando criou a família (Gn 1.28).
I. OS FILHOS SÃO BÊNÇÃOS
Os filhos são bênçãos de Deus, e Ele os dá como recompensa e alegria. São uma grande responsabilidade, mas também consolo e segurança, principalmente na velhice.
1. Herança do Senhor. Por definição, herança refere-se a um bem deixado por alguém a outrem. Os filhos são herança do Senhor, porque pertencem ao Senhor, antes de serem de seus pais. “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (Sl 127.3-5). E o Senhor, em Sua infinita bondade, faz dos pais herdeiros desta tão maravilhosa bênção. Não há outra razão mais importante pela qual os filhos devam ser consagrados a Deus após o nascimento; e fazê-lo é um reconhecimento de que os pais são mordomos de Deus em cuidar de tão grande tesouro (1Sm 1.27,28; Lc 2.22-24).
O mais interessante é que esta herança não é recebida quando alguém morre, mas quando alguém nasce, no caso o filho, que é dado graciosamente aos pais. Herança também fala de algo muito valioso, que precisa ser cuidado com muito amor, dedicação e perseverança, para que não se perca em tempo algum (Pv 22.6). Enxergar os filhos sobre esta ótica nos faz ver o quão preciso para Deus é a graça de poder gerar filhos.
2. Galardão dos pais. Embora muitas pesquisas apontem que criar um filho é um “investimento” dos mais caros que podem existir, gerar e criar filhos não é um fardo, nem um peso mensurado economicamente. Filhos são a recompensa dos pais, o seu galardão. Este é um prêmio ganho, não por merecimento, mas pela bondade e misericórdia de Deus (1Sm 1.19,20). Olhar os filhos como “recompensa” faz os pais entenderem que Deus os escolheu para receberem tão sublime distinção (Sl 113.9; Sl 127.4,5).
3. Flechas. Filhos são “como flechas na mão do valente” (Sl 127.4). Isso significa que os filhos são a garantia de que a luta pela família tem uma continuidade, e não somente isso, mas também uma indefectível possibilidade de vitória. Filhos não são “o alvo” de um casal, são a possibilidade de alcançar esse alvo, que é a consolidação e o sucesso da família.
Assim como as flechas nas mãos de guerreiros muito hábeis foram capazes de assegurar conquistas de reinos inteiros, os filhos são potencialmente capazes de grandes feitos! Tudo vai depender, a princípio, de seus pais, os “guerreiros hábeis” que os “lançam” rumo ao alvo. Os pais são os responsáveis por “atirar” os filhos a um objetivo, ou seja, guiá-los no correto caminho que devem seguir (Pv 22.6). Mas assim como para um determinado alvo ser atingido com precisão era necessária toda uma preparação, tanto da flecha quanto do guerreiro que iria atirá-las, assim também pai e filhos devem se preparar para a façanha de suas vidas.
Pais têm que estar dispostos a atirar a flecha e filhos a deixar seus pais. É saudável, foi planejado assim.
II. CUIDADO DOS PAIS
Os pais são a referência mais importante que uma criança tem com o resto do mundo e, por isso, são fundamentais na formação do seu caráter. Dentre os muitos deveres e obrigações dos pais em relação aos filhos, gostaríamos de destacar três essenciais:
1. Intercessão. Semelhantemente ao Espírito, que intercede por nós junto ao Pai, é dever dos pais cristãos interceder pelos seus filhos (Rm 8.34). Por mais gratos e submissos, ou ingratos e rebeldes, não importa o que os filhos sejam, os pais jamais devem deixar de orar por eles, abençoando-os diante de Deus e da sociedade (Nm 6.23-26).
Os pais não podem descuidar da intercessão pelos filhos (Jó 1.5). E devem orar por eles antes mesmo que nasçam (1Sm 1.9-11).
2. Ensino. O ensino da Palavra de Deus é fundamental na formação do caráter e personalidade dos filhos. Mas para que o ensino em um lar cristão seja eficiente, é imperativo que a Palavra opere primeiro na vida dos pais (Dt 6.6; 32.46). Assim, podem transmitir a seus filhos de forma mais verdadeira, diária e continuamente, os valores espirituais eternos (Dt 6.7). Preferencialmente, os pais não devem transferir a tarefa do ensinar as “sagradas letras” aos filhos para outros, quer seja a escola ou a igreja, nem outro agente qualquer (2Tm 3.15). Pais que negligenciam tal preceito são cobrados por Deus (1Sm 3.13).
3. Exemplo. Dar o exemplo é uma das formas mais eficazes de educação (Jo 13.15). O comportamento dos pais afeta diretamente o comportamento dos filhos, pois estes inconscientemente se espelham nas figuras dos pais. Não pode haver incoerência no ensinamento dos pais, ou seja, estes não podem ensinar uma coisa e agirem de forma contrária (Mt 23.3; Rm 2.21-23). É como se diz: “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”.
III. FILHOS HONRAM OS PAIS
Os pais devem proteger e educar os filhos no conhecimento de Deus, enquanto os filhos devem respeitar, honrar e obedecer aos pais, sendo-lhes gratos e submissos.
1. Honra aos pais. Os filhos devem honrar aos pais porque isto é um mandamento de Deus: “Honra teu pai e tua mãe” (Êx 20.12). Este preceito divino foi reforçado pelo Senhor Jesus, que insistiu no ensino de que honrar a Deus implica também honrar aos pais, e que aquele que assim não procede, tampouco honra a Deus (Mt 15.3-9; Mc 7.6-13). Paulo enfatiza a honra devida aos pais, observando que este é o primeiro mandamento com promessa, e que a prosperidade e a longevidade são bênçãos prometidas aos filhos obedientes (Ef 6.1-3).
Há quatro maneiras principais de um filho honrar aos seus pais, que aqui destacamos:
a) Procurar agradar. Se é natural e justo os pais procurarem agradar aos filhos, estes também devem corresponder com gestos que revelem o seu afeto natural e o reconhecimento aos seus pais, por tê-los trazidos à vida e pelo cuidado para com eles, enquanto em tudo dependiam dos pais.
b) Demonstrar confiança. Duvidar da boa vontade dos pais pode ofendê-los e feri-los. Os filhos honram a seus pais quando demonstram confiança nos seus bons propósitos e a eles se submetem, confiantemente. Nisto estarão também seguindo o exemplo de Jesus, que, sendo Filho de Deus, obedeceu a seus pais terrestres (Lc 2.51). Filhos, atentem aos conselhos dos vossos pais na hora de escolher a pessoa com quem você vai se casar. Via de regra, quando pais têm restrições sérias, é porque você está prestes a cometer um erro.
c) Comportamento digno. “O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe” (Pv 10.1; 17.25). Neste sentido, há muitos grandes exemplos, inclusive da história contemporânea, da satisfação que têm tido muitos pais, pela grandeza dos filhos que se destacaram e se tornaram célebres na vida profissional, política, social e, sobretudo, na vida espiritual. Deus abençoa os filhos que honram a seus pais (Ef 6.1,2).
d) Ajudar nas necessidades. Há casos em que, a despeito da boa vontade em suprir a casa e dar a seus filhos todo o conforto, os pais não têm boas condições financeiras para tanto, e sentir-se-ão honrados se os filhos participarem da tarefa de manutenção da casa. Os filhos devem honrar aos pais, que deles necessitam, pois isto também significa honrar a Deus (Pv 3.9).
2. Obediência aos pais. Obediência é a qualidade que caracteriza o bom filho, o bom soldado, o bom empregado, e não há pessoa que não deva obediência a alguém. Se todos os filhos honrassem, respeitassem e obedecessem aos seus pais, submetendo-se a eles, provavelmente poucos se tornariam marginais e criminosos. Os filhos revelam sabedoria quando escolhem o caminho da obediência aos pais. Assim, tornam-se para eles motivo de orgulho, de alegria e não de preocupação e vergonha (Pv 10.1; Ef 6.1).
Deus considerou a desobediência, a rebelião e o desprezo dos filhos à autoridade de seus pais, um pecado digno de maldição. Esta é também uma das características dos tempos difíceis dos últimos dias preditos nas Escrituras (2Tm 3.1-4). Observe que entre os pecados dos homens pervertidos está incluído o de desobediência aos pais (Dt 21.18- 21; 27.16; Rm 1.30).
A obediência aos pais, além de ser uma obrigação, é também, uma virtude que caracteriza um bom filho. Pode ser ainda o meio de preservar o homem das severas correções da justiça. A obediência não deprime, enobrece. Exalta ao pequeno e ao grande. Por fim, a obediência dos filhos aos pais deve ser conforme o exemplo deixado por Cristo (Fp 2.6-8).
3. Gratidão aos pais. A Bíblia registra o brilhante exemplo de gratidão de José, filho de Jacó, evidenciado na maneira como socorreu a seu pai e toda a família na época em que se contrastavam a sua grandeza política e a escassez de sua parentela. Milhões de vezes o nome deste jovem tem sido mencionado pelos seus exemplos de filho bondoso. Repetidas vezes lemos em Gênesis: “O Senhor era com José”. Deus, mesmo através de adversidades várias, conduzia a José de vitória em vitória, transportando-o, por fim, do cárcere ao palácio de Faraó (Gn 39.1-23; 45.1-28).
A ingratidão dos filhos, ao contrário, fere e entristece. Davi, quando soube que Absalão se levantara contra ele, preparou-se para fugir (2Sm 15.15-30), Podemos ver, pelas palavras do próprio Davi, refletida a grande ternura de um pai, hesitante em oferecer resistência ao filho ingrato que buscava tirar-lhe a vida e usurpar-lhe o reino.
APLICAÇÃO PESSOAL
Um bom relacionamento entre pais e filhos é, sem dúvida, o que Deus espera das famílias. Um relacionamento de amor e cuidado dos pais para com seus filhos, com o respectivo retorno de honra, obediência e gratidão destes para com seus pais.
RESPONDA
1) Em qual passagem bíblica encontra-se o padrão divino para os filhos?
2) Cite uma das formas mais eficazes de educar que foi estudada nesta lição.
3) Explique o termo “flecha” mencionado em Salmos 127. 4.