Lição 12 – Efésios 6 – Preparados para Vencer a Guerra Espiritual

LIÇÃO 12 – EFÉSIOS 6 – PREPARADOS PARA VENCER A GUERRA ESPIRITUAL

ORIENTAÇÃO  PEDAGÓGICA
Em Efésios 6 há 24 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Efésios 6.1-24 (5 a 7 min.).

Na primeira parte do capítulo 6 de Efésios, Paulo realiza ensinos específicos a grupos de pessoas da igreja: filhos, patrões, servos. A partir do versículo 10 desse texto, ele dirige-se a todos, dizendo inicialmente: “Sede fortalecidos no Senhor”. Essa frase, que na língua portuguesa é imperativa, no grego está na voz passiva; ou seja, indica que o sujeito está sofrendo a ação, e o verbo faz o papel de sujeito. Os crentes efésios, os quais são o sujeito nessa construção em apreço, sofrem a ação de serem fortalecidos pelo Senhor e pela força do seu poder, que é o que o verbo indica. Dessa forma, a força que lhes era necessária na guerra espiritual, à qual enfrentavam, não podia ser gerada por homens, mas pelo Senhor.

 

OBJETIVOS
• Cultivar a harmonia familiar entre pais e filhos.
• Promover relações saudáveis entre servos e patrões.
• Cingir-se da armadura de Deus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Evidencie, nesta aula, que o mundo espiritual é real. Logo, vivemos uma guerra diuturna; e nesta, só obteremos vitória mediante uma armadura disponibilizada por Deus, como afirma o versículo 13: “Vesti-vos da armadura de Deus”.
Expressões como: “ficar de pé” e “resistir”, no texto, são consequências desta afirmação que está no versículo 13: “E havendo feito tudo”, o que significa ter se revestido completamente da armadura que Deus disponibiliza a nós.
Boa aula!

 

RESPOSTAS 

1) V
2) F
3) V

 

 

LEITURA ADICIONAL
Paulo encerra suas exortações descrevendo a situação atual dos cristãos: em vista de ataques diabólicos externos e internos, cabe alcançar uma postura firme em Cristo. Para isso, o Senhor coloca à disposição de Sua Igreja a armadura completa da fé: a obra de Deus em Jesus Cristo protege os crentes de forma cabal. Somente sua fidelidade, justiça e salvação, de fato, tornam viável que se possa perseverar diante da realidade do mal que se mostra superpoderoso. Essa proteção deve ser vestida e utilizada pela fé. Na verdade, a linguagem figurada “bélica” aponta, com razão, para a seriedade do confronto. No entanto, o que é transmitido nessa peleja é o Evangelho da paz. Nela se luta com a palavra de Deus como espada do Espírito. Essa palavra é a “palavra da verdade”, o “Evangelho da redenção” (Ef 1.13), que abre o “acesso ao Pai” (Ef 2.18). A despeito de todas as resistências, a poderosa palavra do Evangelho continuará sendo disseminada. Isso deve ser fomentado pela perseverante intercessão dos leitores em favor de seu apóstolo.
Livro: Carta aos Efésios, Filipenses e Colossenses: Comentário Esperança
(Eberhard Hahn, Werner de Boor, Esperança, 2006, Pg. 86).

 

Estudada em 20 de junho de 2021

 

LIÇÃ0 12 – EFÉSIOS 6 – PREPARADOS PARA VENCER A GUERRA ESPIRITUAL

 

Leitura Bíblica Para Estudo: Efésios 6.1-24

 

Texto Áureo
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.” Ef 6.10

 

Verdade Prática
Nenhuma vitória alcançaremos se não for pela ação da Palavra no poder do Espírito Santo em nossas vidas.

 

Hinos da Harpa: 212 – 165

 

INTRODUÇÃO

I. RELAÇÃO FILHOS E PAIS Ef 6.1-4
1. Filhos, obedeçam aos pais Ef 6.1,2
2. Honrar gera recompensa Ef 6.3
3. Pais, abençoem seus filhos Ef 6.4

 

II. SERVOS E SENHORES Ef 6.5-9
1. Orientações aos servos Ef 6.5
2. Servindo como ao Senhor Ef 6.7
3. Orientações aos patrões Ef 6.9

 

III. GUERRA ESPIRITUAL Ef 6.10-24
1. O inimigo número um Ef 6.11
2. Principados e potestades Ef 6.12
3. Toda a armadura de Deus Ef 6.13

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

INTRODUÇÃO

Neste capítulo, Paulo dá continuidade à questão da família e aborda as relações de trabalho, e aponta as armaduras que nos habilitam para a guerra no mundo espiritual. Há muito aprendizado nesta última parte da Carta aos Efésios.

 

I. RELAÇÃO FILHOS E PAIS (Ef 6.1-4)
O lar cristão deve ser mais do que uma casa. Pais e filhos são “atores” que vão contracenar, sem ensaios e em plena realidade, a vida das relações em família. Casa é uma construção de cimento e tijolos; lar é uma construção de valores e princípios. Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio; lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão.

1. Filhos, obedeçam aos pais (Ef 6.1,2)
“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa).”
O primeiro pilar da relação de um bom filho e seus pais é a obediência. O termo quer dizer respeito, “estar sujeito a”. Então, biblicamente, aos pais é dado esse papel de liderar os filhos em todos os sentidos, mas sempre exercendo essa liderança com o amor que constrói. Existe, em nossos dias, uma crise de autoridade no seio das famílias, e o resultado é a falta de respeito pelos mais velhos. Uma total inversão de valores, na qual temos pais cada dia mais enfraquecidos, sendo meros objetos a satisfazer os caprichos de seus filhos e descendentes. É importante ressaltar que a desobediência aos pais faz parte da relação de pecados abomináveis elencados em Romanos 1.30. O segundo pilar da boa relação é a honra. O termo quer dizer, estimar, valorizar. Paulo, aqui, cita o texto de Êxodo 20.12, que é o mandamento para os filhos em relação aos pais. A honra é irmã da obediência. Os filhos devem honrar os pais, pelos menos, de duas formas:
1) Ouvindo os conselhos. Muitos filhos têm colhido amargos frutos, inclusive a morte, por deixarem de atentar para as palavras dos pais;
2) Cuidando dos seus pais, quando já fracos diante dos desafios da vida.

 

2. Honrar gera recompensa (Ef 6.3)
“Para que te vá bem e sejas de longa vida sobre a terra.”
A obediência e a honra para com os pais são coisas tão valorizadas por Deus que existe promessa de prosperidade e longa vida para aqueles que seguem esses princípios. A vida longa aqui prometida significa dizer que os que obedecem e honram aos seus pais experimentarão bênçãos da parte de Deus (Êx 20.12). Se não honrarmos nossos pais, não somente praticamos o que é errado e desonramos a Deus, mas também reduzimos a nossa vida, literalmente!

 

1. Pais, abençoem seus filhos (Ef 6.4)
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.”
Paulo recomenda aos pais que exerçam a liderança da família de forma equilibrada. A insubordinação dos filhos pode ser fruto tanto do radicalismo e impetuosidade como da omissão e fraqueza dos pais. O termo grego “parorgidzo” traduzido como “provocar a ira” tem relação com atos truculentos de muitos pais ao tratar as questões de família (Cl 3.21). Por fim, devemos dar aos filhos amor, carinho, afeto, ajuda, companheirismo, liberdade e disciplina (que significa impor limites). Relacionamento 6 uma via de mão dupla.
Se houver apenas advertência, os filhos ficam desanimados; se houver apenas estímulo, eles ficam mimados. Esse equilíbrio entre advertência e estímulo é fundamental para a educação dos filhos.

 

 

II. SERVOS E SENHORES (Ef 6.5-9)
A escravidão era uma triste realidade em todo o mundo romano. Uma vez que as famílias cristãs também possuíam escravos, o apóstolo orienta no sentido de disciplinar essa relação, agora, sob o prisma do amor cristão.

1. Orientações aos servos(Ef 6.5)
“Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo.”
O fundamental neste texto é a sinceridade do trabalhador no exercício de suas funções. Muitos escravos faziam parte da comunidade cristã, assim como seus senhores. Paulo os exorta a trabalhar com sinceridade como se o serviço estivesse sendo prestado a Deus (6,7).
O mesmo deve ocorrer hoje com os empregados. O bom funcionário deve orar pelos seus patrões e pela empresa, não falar mal, nem agir com desonestidade em benefício próprio. Isso não é coisa de cristão regenerado e cheio do Espírito Santo.

 

2. Servindo como ao Senhor (Ef 6.7)
“Servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens.”
Paulo ensina que os empregados sirvam aos seus patrões de boa vontade, como se estivessem servindo a Cristo.
Em última instância, servir a Cristo, e não aos homens. Receberemos nossa recompensa de Cristo, ainda que os homens não nos recompensem. Todo o bem que você fizer voltará a você (6.8). Deus é o galardoador. Também todo o mal que você fizer voltará a você. Essa regra da “colheita” funciona também em relação aos patrões no trato com servos, pois Deus não faz acepção de pessoas.

 

3. Orientações aos patrões (Ef 6.9)
“E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.”
Paulo ensina que a relação entre senhores e servos deve ser pautada pela respeitabilidade. O empregado deve trabalhar visando ao bem do patrão, e este deve primar pela valorização e bem-estar do funcionário. Na relação de comando e subordinação deve haver equilíbrio. No meio militar existe um “mandamento”, que diz: “Prometo tratar com respeito os superiores hierárquicos; e com bondade, o subordinado”. O amor cristão deve ser a sílaba tônica no relacionamento de trabalho, uma vez que Deus é o verdadeiro Senhor sobre tudo e todos.

 

 

III. GUERRA ESPIRITUAL (Ef 6.10-24)
Como ministrado na primeira lição de Efésios, esta carta é um verdadeiro tratado de Eclesiologia. Paulo expõe diversos ensinamentos atinentes à peregrinação da Igreja como corpo de Cristo e propagadora do reino de Deus. Para encerrar a carta, o apóstolo fala aos crentes sobre o que hoje se chama de “guerra espiritual”, onde cada cristão e a Igreja, como um corpo, devem atuar impulsionados pela força do poder de Deus.

 

1. O inimigo número um (Ef 6.11)
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo.”
Satanás não tem interesse nenhum que creiamos em sua existência, mas a Palavra de Deus denuncia sua existência e atuação no mundo espiritual através de suas “ciladas”, o que significa seus “planos ou esquemas”.
Se o cristão desconhece, não acredita, ou ignora a atuação do príncipe das trevas, as chances de Satanás triunfar são enormes. Ele rebelou-se no céu, enfrentou Jesus no deserto e não hesitará em agredir a Igreja. Mas Jesus deu Sua garantia de que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja (Mt 16.18).

 

2. Principados e potestades (Ef 6.12)
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.
Neste versículo justifica porque a luta dos cristãos não pode ser conduzida com recursos humanos. Na medida em que os crentes se delimitam com as artimanhas do diabo, o confronto não acontece com e nem contra “carne e sangue”.
Como a batalha é espiritual, resta ao crente lutar com as armas espirituais contra os poderes espirituais. O ataque de Satanás é contra a nossa posição espiritual. Nossa luta “nos lugares celestiais” é para conservar a nossa posição em Cristo. Onde estiver um crente fiel, ali se tornará um campo de batalha.
“Principados e potestades” são dois tipos de ordens angelicais de Satanás que designam espíritos que exercem atividades de comando sobre outros demônios.

 

3. Toda a armadura de Deus (Ef 6.13)
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir ao dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.”
Toda batalha tem seu campo de ação e envolve todos os aspectos próprios de uma guerra, como: o lugar de combate, os inimigos, a estratégia, as armas de defesa e de ataque.
Paulo usa todo o seu conhecimento sobre a cultura romana para expor à Igreja os ensinamentos espirituais.

Dos versículos 13 a 18, são elencadas as armas que o crente precisa usar nos embates contra o reino das trevas:
a) O cinturão da verdade. Prendia a roupa do soldado e dava estabilidade; tem relação com a integridade do combatente (Is 11.5).
b) A couraça da justiça. Cobria o corpo do pescoço às coxas e protegia órgãos vitais; tem relação com retidão (Rm 6.13).
c) Os pés calçados no Evangelho. Uma espécie de bota que o soldado romano usava em combate; tem relação com a prontidão para pregar o Evangelho (Is 52.7).
d) O escudo da fé. Media 1.60 m de altura por 70 cm de largura e protegia o combatente contra os dardos de fogo lançados pelo inimigo; tem relação com a nossa defesa, em Deus, contra os dardos (ataques) fulminantes de Satanás através de pessoas ou outro meio (Pv 30.5).
e) O capacete da salvação. Era de bronze e protegia a cabeça do soldado; tem relação com a proteção de nossa mente (Rm 12.1,2).
f) A espada do Espírito. Em nossas lutas, o Espírito Santo usará a Palavra de Deus, que está em nós, contra as agressões contra a fé (2Tm 2.15).
Finalizando sua exposição sobre a batalha espiritual, Paulo fala da oração, que é a chave que faz funcionar todo o processo, abençoando a todos com a graça de nosso Senhor Jesus Cristo (18-24).
Triunfar em Cristo não é algo que fazemos, mas sim algo que somos. Esta é a grande diferença
entre a vitória em Cristo e a vitória no mundo: o vitorioso no mundo se alegra por algo que ele realizou; o cristão, porém, se alegra por quem ele é: filho de Deus e herdeiro do reino eterno de nosso Pai, Aba.
Nada pode nos separar do amor de Cristo, que sempre nos leva em triunfo(2Co 2.14; Rm 8.39). Como é precioso esse triunfo! Ainda que sejamos pressionados de todos os lados, a vitória é nossa.
Fortalecidos no Senhor, cheios do Espírito Santo, usando toda a armadura de Deus, orando e vigiando, permanecemos firmes até a vitória final.
E todo o povo de Deus diga: Amém!

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O triunfo em Cristo não é um acontecimento efêmero, é um estilo de vida disponível a todos que enfrentam as batalhas da vida equipados com as armas de Deus.

 

 

RESPONDA
Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.

1) O pilar da relação de um bom filho e os pais é a obediência.

2) Escravidão é prática aceitável no mundo inteiro.

3) O príncipe das trevas é real.