Lição 9 – Ester 5 e 6 – O Primeiro Banquete de Ester

LIÇÃO 9 – ESTER 5 E 6 – O PRIMEIRO BANQUETE DE ESTER

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.).

Enfatizar que Deus, durante a competição, fez com que Ester ganhasse o favor do rei para enfrentar este momento difícil que viria para todos os judeus. Interessante observar também que, quando o tempo de Ester entrar em ação chega, Deus novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por ter entrado na corte sem ser convidada.
Nesta visita ao rei, Ester convidou-lhe, e a Hamã, para um banquete que ela havia preparado naquele dia. Um outro banquete foi arranjado para o próximo dia. O tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a indignação de Hamã em relação a Mordecai era tanta que ele não esperaria até o dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de Deus não podem ser frustrados.

 

OBJETIVOS
• Identificar o agir providencial de Deus na vida de Ester.

• Entender como a arrogância, o orgulho e a vaidade podem levar a atos extremos.

• Constatar a providência divina até na insônia do rei.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Para começar sua aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e como isso foi providencial para o reconhecimento do que Mordecai havia feito pelo rei, uma vez que este não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com que o rei pedisse para que lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas, naquela noite, entre as muitas anotações, havia uma única que precisava ser lida; e, finalmente, foi esta a anotação lida. Após o rei saber que Mordecai não tinha sido ainda recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.

 

RESPOSTAS 
1) Hamã.
2) Enforcamento.
3) Honrá-lo.

 

Lição 9 – O Primeiro Banquete de Ester

 

LEITURA ADICIONAL
O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua vida havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai, surpreendendo-se ao descobrir que este não recebera qualquer recompensa. Resolve então que ele deverá ser premiado sem demora. […]. O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã (pois este se apresentara bem cedo a fim de obter uma audiência com o rei, na qual esperava conseguir autorização para enforcar Mordecai). O rei pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” Hamã, supondo presunçosamente ser ele mesmo o candidato a novas preferências, fica envaidecido e faz a seguinte proposta atraente:”… tragam-se as vestes reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real; entreguem-se as vestes e o cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei deseja honrar; levem-no a cavalo pela praça da cidade, e diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”. A proposta de Hamã evidencia sua ilimitada presunção, sua sede doentia de louvor dos homens e sua ideia mesquinha de grandeza. Seu coração bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma em meio à adulação de seus semelhantes. Então, ele ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mordecai… Quê? Fazer isso ao judeu Mordecai? Será que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É verdade. O rei falou e deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu orgulho se derrete. É como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração. Por alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, estupefato diante de seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de exaltar Mordecai justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.
Livro: Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidlow. São Paulo: Vida Nova, 1993, p.279,280).

 

Estudada em 29 de agosto de 2021

 

LIÇÃO 9 – ESTER 5 e 6 – O PRIMEIRO BANQUETE DE ESTER

 

Leitura Bíblica Para Estudo Ester 5.1-5; 6.12-14

 

Texto Áureo
“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro”.

 

Verdade Prática
Enquanto esperamos, Deus não trabalha apenas em nosso coração, mas, igualmente, no de outros, renovando as forças a todo o momento.

 

INTRODUÇÃO

I. ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1. Ester vai falar com o rei Et 5.3
2. O primeiro banquete Et 5.5
3. A petição de Ester Et 5.8


II. A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1. O bom-humor de Hamã Et 5.9
2. A ira de Hamã contra Mordecai Et 5.9b
3. Hamã planeja vingança Et 5.14


II. HUMILHAÇÃO DE HAMÃ Et 6.1-14

1. Ajuda de Mordecai lembrada Et 6.2
2. Mordecai honrado Et 6.11
3. Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 58 – 205

 

INTRODUÇÃO
Após jejuar três dias, Ester colocou suas melhores roupas para comparecer perante o rei, pois conhecia sua natureza impulsiva. Deus a acompanhou e o monarca estendeu para ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o que ela desejasse.
Por que ela não pediu ao rei, no primeiro momento, o que ela desejava realmente? Talvez por querer confrontar Hamã com sua maldade de uma forma estratégica e em um lugar no qual ele não tivesse escapatória. Talvez Ester agisse de acordo com a melhor tradição do seu povo: confrontar Hamã face a face, em vez de falar pelas costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um banquete.

 

I. ESTER ALCANÇA O FAVOR (Et 5.1-8)

1. Ester vai falar com o rei (Et 5.3)
“Então, lhe disse o rei: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.”
Depois que Mordecai convenceu Ester a tentar intervir em favor dos judeus, por meio de uma entrevista pessoal com o rei, Ester estava em uma situação crítica, pois não havia sido chamada à presença do rei nos últimos trinta dias. Passados, portanto, os dias do jejum por ela solicitado, ela se vestiu da maneira mais atraente possível, colocou-se no pátio interno do palácio, em frente ao salão do rei; e se colocou no lugar onde o rei pudesse vê-la e chamá-la. Sabendo que Ester devia ter tido um motivo incomum para atrever-se a se aproximar dele, ela acaba alcançando graça aos seus olhos.
Novamente, a providência de Deus é demonstrada pela reação do rei a Ester. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro” (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei estendeu-lhe o cetro de ouro, e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3).
Diante da explosão de generosidade do rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o rei e Hamã para um banquete que preparara especialmente para eles.

 

2. O primeiro banquete (Et 5.5)
“Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendamos ao que Ester deseja. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado.”

Observemos a prudência de Ester no trato com o rei. Ela não se apresentou a ele intercedendo imediatamente pelo seu povo, porque sentiu que aquele não era o momento nem o lugar adequado. Talvez ela tenha preferido um lugar mais reservado para fazer o seu pedido. Mas, naquela oportunidade, ela convidou o rei e Hamã para irem a seu banquete naquele mesmo dia. “Respondeu Ester: Se bem te parecer, venha o rei e Hamã, hoje, ao banquete que eu preparei ao rei. Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendamos ao que Ester deseja. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado, disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. Que desejas? Cumprir-se-á, ainda que seja metade do reino” (Et 5.4-6).
Assim, antes de pedir o que queria, Ester preparou um banquete para o rei Assuero e para Hamã, cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual era o estado de espírito do rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que dissesse o que desejava, mas Ester simplesmente convidou o rei e Hamã para outro banquete, a ser realizado na noite seguinte. Era um lance arriscado convidar Hamã para o banquete, como único conviva do casal real; contudo, isto estava em plena concordância com a recente promoção desse homem, levada a efeito pelo rei.

 

3. A petição de Ester (Et 5.8)
“Se achei favor perante o rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a petição e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar amanhã, e, então, farei segundo o rei me concede.”
Os dias de jejum coletivo, acompanhado de oração, haviam dado a Ester uma sabedoria do alto e uma confiança que não lhe era característica. Ela chegara até a preparar a refeição, crendo que o resultado da sua ousada iniciativa seria favorável.
Oferecendo publicamente duas vezes cumprir o que Ester desejasse, até mesmo metade do reino, a resposta dela foi cautelosa e mansa, atributos que ela sabia que o rei valorizava numa mulher: “Se achei favor perante o rei, e se bem parecer ao rei […]” (Et 5.8). Isto fez o rei se sentir no total controle da situação. O rei não tinha como se esquivar do convite da rainha, pois o propósito do banquete era para revelar o pedido dela. E, nesse arriscado jogo, Ester estava fazendo tudo o que estava ao seu alcance para aumentar as chances de sucesso.

 

 

II. A VAIDADE DE HAMÃ (Et 5.9-14)

1. O bom-humor de Hamã (Et 5.9)
“Então, saiu Hamã, naquele dia, alegre e de bom ânimo; quando viu, porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mordecai.”
Hamã alcançou tanto prestígio aos olhos do rei, que veio a tornar-se o primeiro ministro do reino. O rei chegou a ordenar que todos se inclinassem perante ele. Portanto, era o homem de influência e confiança do rei. Ao pedir ao rei que Hamã o acompanhasse no segundo banquete que ofereceria, Ester queria assegurar-se do seu favor e, ao mesmo tempo, garantir a presença de Hamã quando expusesse o plano perverso dele. Hamã teria então de calar-se. Não poderia negar a veracidade da acusação, nem ousaria contradizer a rainha na presença do rei. E Hamã saiu alegre e disposto, sem saber o que lhe esperava (Et 5.9a).

 

2. A ira de Hamã contra Mordecai (Et 5.9 b)
“… Quando viu, porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mordecai”.
Hamã alimentava um ódio mortal contra o judeu Mordecai e, consequentemente, todos os judeus estavam incluídos nesse sentimento fatídico. E quando, cheio de alegria e orgulho, pensando estar prestes a receber alguma honraria adicional da parte do rei – pois fora o único convidado para beber vinho com o rei e a rainha-, depara-se com Mordecai sentado na porta do rei. Este nem ao menos se levantou quando ele passava e sequer se prostrou diante dele, conforme exigiam os costumes orientais. Então, a ira de Hamã se acendeu sobremaneira.
O prazer de Hamã em participar do banquete da rainha se transforma em ódio, então ele se
queixa diante da família e amigos da humilhação que sente diante da provocação de Mordecai. A sua esposa e amigos alimentam esse ódio cruel, incentivando-o a arquitetar um plano “maquiavélico” que o livraria de uma vez por todas da presença nefasta do judeu.

 

3. Hamã planeja vingança (Et 5.14)
“Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei que nela enforquem Mordecai; então, entra alegre com o rei ao banquete. A sugestão foi bem-aceita por Hamã, que mandou levantar a forca”
Hamã era vaidoso, soberbo, arrogante e conteve sua ira ao passar perto de Mordecai e ser alvo novamente da insubordinação daquele.
Hamã, em sua sandice, se gabava à esposa e aos amigos das riquezas que possuía, dos filhos que tinha e de seu status no reino. Ter uma prole numerosa era considerado uma grande bênção entre os antigos povos semitas. Na Pérsia, o homem que tivesse mais filhos recebia presentes do rei em pessoa. Mas ele não estava satisfeito com tudo o que possuía, enquanto Mordecai estivesse atravessado no seu caminho: “Porém tudo isso não me satisfaz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à porta do rei” (Et 5.13).
Foi então que a mulher de Hamã, Zeres, expôs a sua grande e horrível ideia de abater Mordecai, enforcando-o incontinenti. No entanto, Deus estava soberanamente operando por trás até de um ato tão odioso, como o de levantar uma forca.

 

III. HUMILHAÇÃO DE HAMÃ (Et 6.1-14)

1. Ajuda de Mordecai lembrada (Et 6.2)
“Achou-se escrito que Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, os dois eunucos do rei, guardas da porta, que tinham procurado matar o rei Assuero.”
E depois do primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos, o rei não consegue dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve a respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai (Et 2.19-23). O rei surpreende-se ao descobrir que o benfeitor não recebera qualquer recompensa. Resolve então que este deveria ser premiado sem demora.
Já estava quase amanhecendo. O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã; este estava aguardando para ver o rei e conseguir autorização para enforcar Mordecai.

 

2. Mordecai honrado (Et 6.11)
“Hamã tomou as vestes e o cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou a cavalo pela praça da cidade, e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.”
O rei então pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” (Et 6.6). Imediatamente, Hamã dá a sua sugestão. De tão arrogante, Hamã pensou que o rei estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as honrarias que adoraria receber: um desfile real pela praça da cidade, para que todos vissem e ouvissem como o rei se agradava dele.
O rei aceitou, mas planejava dar esse galardão ao homem que Hamã julgava ser seu inimigo, embora o rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior de tudo foi Hamã ter sido encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente as honrarias ao homem para o qual fora requerer uma sentença de morte, para quem se atrevera a preparar a forca. Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se agradava dele. Era uma estonteante humilhação.
Ali estava o odiado Mordecai, que não se prostrava diante de Hamã, montando o cavalo real, com as vestes púrpuras, enquanto Hamã puxava o cavalo a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: “Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.

 

3. Mulher de Hamã prevê fracasso (Et 6.13)
“Contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele.”
Foi terrível contar todo o ocorrido, a humilhação era demasiada para suportar. Então, a esposa e os amigos de Hamã disseram-lhe que ele não prevaleceria, devido à ascendência judaica de Mordecai. (Et 6.13). Hamã ainda está se recuperando da humilhação quando chegam os mensageiros do rei chamando-o para o segundo banquete com Assuero e Ester (Et 6.14).

 

APLICAÇÃO PESSOAL
A providência divina é manifesta em Assuero que, no meio de sua insônia, decidiu ouvira leitura das crônicas reais onde ficou constatada a participação do judeu Mordecai na salvação da vida do rei, sem que recompensa alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.

 

RESPONDA
1) Quem a rainha Ester convidou para se assentar no banquete com o rei Assuero?

2) Que tipo de vingança a mulher de Hamã tramou contra Mordecai?

3) Qual foi a decisão do rei Assuero em favor de Mordecai?