Lição 10 – Ester 7 – Hamã é Desmascarado e Enforcado

LIÇÃO 10 – ESTER 7 – HAMÃ É DESMASCARADO E ENFORCADO

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 7 há 10 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 7.1-10 (5 a 7 min).

Observe que, no segundo banquete, Hamã está se sentindo mais poderoso do que o usual, orgulhoso por ter chamado a atenção da rainha. Então, Ester conta ao rei que o plano de Hamã é contra os judeus, o que significa que ela e Mordecai morreriam no extermínio. O rei fica furioso. A vida de sua própria rainha estava em perigo por conta de uma conspiração de um de seus homens de confiança. Hamã ficou perturbado, pois, em seu plano maligno para assassinar seu inimigo, sem perceber, ele colocou a vida da própria rainha em risco. A ira do rei aumenta ainda mais pelo fato de que, na noite anterior, ele fora lembrado de que Mordecai o avisara de uma trama de assassinato e nunca foi recompensado. O rei ordena que Hamã seja enforcado e promove Mordecai ao posto que ficou vago. A grande ironia é que Hamã acabou morrendo na forca que ele mesmo havia construído.

 

OBJETIVOS
• Conhecer a petição surpreendente da rainha Ester.
• Identificar o inimigo que pretendia erradicar os judeus do reino da Pérsia.
• Compreender que a sobrevivência dos judeus decorre do cuidado providencial de Deus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Inicie esta lição falando sobre a importância de se aproveitar a oportunidade, na hora certa. Ester já havia deixado o rei curioso, pois desafiara as leis dos medos e persas, alcançou o favor do rei e ainda não apresentara seu pedido. Mas, no momento exato, ela surpreendeu tanto o rei como Hamã, que era convidado para o banquete, onde seu próprio ardil seria desmascarado. Na oportunidade, Ester revelou sua etnia e pediu por sua vida e pela vida do seu povo, pois estavam condenados ao extermínio, pela sanha maligna do mau Hamã. Ela soube aproveitar o momento exato para fazer sua petição.

 

RESPOSTAS 
1) Traição ao rei Assuero.
2) Ficou apavorado.
3) A forca.

 

LEITURA ADICIONAL
O envolvimento de Zeres na situação aflitiva do seu marido sugere que este casamento ia muito além do que o de Ester com o rei jamais poderia ir, e intensifica a tragédia do que deve seguir-se. Agora que tudo está dando errado para Hamã, os seus conselheiros pessoais dão a aparência de não terem nada a ver com o método de ação que Hamã havia seguido.
Se Mordecai… é da descendência dos judeus dá a entender que eles não conheciam este detalhe, enquanto que Hamã havia chamado de “judeu Mordecai” (5.13). Este é apenas o primeiro passo para isolar Hamã, agora que ele está em dificuldades. Já começaste a cair… não prevalecerás contra ele… certamente cairás diante dele. Por trás deste frio consolo parece estar uma sabedoria folclórica comumente aceita, talvez proverbial. A maneira pela qual o povo judeu havia sobrevivido a deportações e preservado a sua identidade não passara despercebida, e este fato por si mesmo testificava acerca do poder do seu Deus (cf. Êx 38.23). A libertação do indivíduo, Mordecai, da maneira como acontecia, precisava ser vista como parte desse propósito mais amplo de Deus de dar glória ao Seu próprio nome e estabelecer o Seu reino. O fato de isso não ser acidente podia ser visto mediante a referência a Edom, uma nação de tamanho similar, que não sobrevivera à experiência babilônica, embora não tivesse sido deportada (Ml 1.2-5). A contínua sobrevivência dos judeus até aos dias de hoje também é um testemunho contínuo para o mundo de que o Senhor é grande, “além das fronteiras de Israel”.
Livro: Ester: introdução e comentário. Série Cultura Bíblica. (Baldwin, Joyce G. São Paulo: Vida Nova, 2011, p. 82).

 

Texto Áureo
“Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se perante ti, ó rei, achei favor, e se bem parecer ao rei, dê-se-me por minha petição a minha vida, e, pelo meu desejo, a vida do meu povo.” Et 7.3

 

Verdade Prática
Diante da ameaça de morte que pairava sobre a vida dos judeus, só o rei poderia salvá-los.

 

Estudada em 5 de setembro de 2021

 

Leitura Bíblica Para Estudo Ester 7.1-10

 

INTRODUÇÃO

I. ESTER FAZ SUA PETIÇÃO Et 7.1-4
1. A curiosidade do rei Et 7.2
2. A surpreendente resposta de Ester Et 7.3
3. Fomos vendidos, eu e o meu povo Et 7.4

 

II. HAMÃ DESMASCARADO Et 7.5-7
1.0 adversário e inimigo Et 7.5

2. O adversário ficou aturdido Et 7.6
3. Tentativa de salvar a vida Et 7.7

 

III. HAMÃ É ENFORCADO Et 7.8-10
1. Pedindo por sua vida Et 7.8
2. Denunciado pelo eunuco Et 7.9
3. Enforcamento Et 7.10

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 258 – 535

 

INTRODUÇÃO
Podemos inferir que o rei mal podia conter a sua curiosidade para saber qual seria a petição que a rainha Ester lhe dirigiria no banquete, que havia sido preparado com essa finalidade. E, quando abordada, Ester desnuda a sua alma e seu coração diante do rei, pois ela e seu povo, os judeus, estavam sendo vítimas de uma trama diabólica, visando a exterminá-los do reino.

 

I. ESTER FAZ SUA PETIÇÃO (Et 7.1-4)

1. A curiosidade do rei (Et 7.2)
“No segundo dia, durante o banquete do vinho, disse o rei a Ester: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. Que desejas? Cumprir-se-á ainda que seja metade do reino.”
Hamã ainda estava se recuperado da humilhação sofrida, quando chegaram os mensageiros do rei chamando-o para o banquete com Assuero e Ester. Os persas eram conhecidos por seus banquetes fabulosos, frívolos e desregrados. E Hamã presumia que aquele teria um desfecho inusitado.
Desde que se apresentou ao rei e alcançou o seu favor, Ester estava protelando o pedido que lhe faria, na intenção de só fazê-lo quando o momento fosse extremamente favorável. E, enquanto o banquete prosseguia, no segundo dia, o rei expressa sua curiosidade mal contida ao perguntar a Ester: “Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. Que desejas? Cumprir-se-á ainda que seja metade do reino.”

 

2. A surpreendente resposta de Ester (Et 7.3)
“Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se perante ti, ó rei, achei favor, e se bem parecer ao rei, dê-se-me por minha petição a minha vida, e, pelo meu desejo, a vida do meu povo.”
Como há um tempo determinado para todas as coisas, assim também o tempo para Ester apresentar a sua petição ao rei finalmente chegara.
O pedido da rainha baseava-se em uma urgente necessidade, e não em algum capricho feminino. Ester referiu-se ao favor que havia obtido diante do rei, não somente aparecendo para atrair a atenção dele, com vistas a dar início ao banquete, mas também através de todo o seu relacionamento com o rei. Ela tinha cumprido zelosamente seus deveres e privilégios como esposa preferida. Portanto, se a conduta dela havia merecido favor real, então o que ela estava pedindo era a vida, tanto para si como para o seu povo, pois todos os judeus estavam sob a pena de morte que Hamã fora capaz de incluir em um decreto real. A sorte dos judeus dependia da sorte de Ester.

 

3. Fomos vendidos, eu e o meu povo (Et 7.4)
“Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez; se ainda como servos e como servas nos tivessem vendido, calar-me-ia, porque o inimigo não merece que eu moleste o rei.”
Após a introdução comum para o ambiente palaciano, o pedido de Ester é dramático e sucinto, talvez refletindo o seu nervosismo e aflição. Ester não somente desmascara Hamã, mas também revela a sua própria etnia, identificando-se com o seu povo. “Fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez; se ainda como servos e como servas nos tivessem vendido, calar-me-ia, porque o inimigo não merece que eu moleste o rei” (Et 7.4). Essas palavras se referem à oferta de Hamã de dar ao rei dez mil talentos de prata para pagar as despesas de execução da comunidade judaica, persuadindo-o, assim, a dar sua permissão para o inominável ato que seria praticado.
Se a comunidade judaica tivesse sido vendida à escravidão, o rei teria perdido seus serviços, ou seja, sofreriam considerável perda. Tal perda seria maior que a perda que os judeus sofreriam por tornarem-se escravos, todavia tendo a vida preservada, o que já seria muito mal. Mas quando estava em jogo a morte de uma comunidade inteira, ela precisou fazer o que estava ao seu alcance para intervir.

 

 

II. HAMÃ DESMASCARADO (Et 7.5-7)

1. O adversário e inimigo (Et 7.5)
” Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?”

Após ouvir o pedido de Ester pela preservação da sua vida e da vida do seu povo, o rei ficou furioso e disse à rainha Ester: “Quem é esse e onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?” (Et 7.5). Embora Ester tivesse tido o cuidado de não fazer qualquer referência a Hamã, o rei quer saber quem é responsável pela conspiração para destruir a sua rainha, e, agitadamente, pergunta onde está o homem que teve a audácia de fazer tal coisa. “O adversário e inimigo é este mau Hamã…” (Et 7.6). Mais uma vez, o rei deu lugar à raiva repentina e descontrolada, levantou-se do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio.

 

2. O adversário ficou aturdido (Et 7.6)
“Respondeu Ester: O adversário e inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.”
Da maneira como Ester colocou a situação, Hamã é um traidor do rei tanto quanto inimigo dos judeus. Enquanto aponta para este mau Hamã, ela sente o seu triunfo e nota a perturbação de Hamã. O adversário, inimigo dos judeus e do rei, era aquele “ímpio Hamã, sentado ali”, segundo Ester, apontando o dedo para o traidor. Hamã caiu em terror, trêmulo e apavorado.
As palavras de Ester ao rei tinham aberto os olhos dele também, porque ele não conhecia a nacionalidade de Ester. A compreensão de que, inadvertidamente, ele ameaçara a vida da rainha era um golpe mortal sobre a sua humilhação anterior. Ela, por sua parte, revelou que era judia, mas ainda não sabia como o rei receberia esta informação. Só que, no momento a revelação de Ester caiu como uma bomba e, furioso, o rei abandonou a cena do banquete e saiu para o jardim do palácio.
Provavelmente, chamaria guardas para aprisionar Hamã, pois a justiça era rápida naqueles dias. Talvez o rei tivesse saído envergonhado do lugar, pois ele havia sido enganado pelo primeiro ministro. Hamã sentiu que não sobreviveria àquela noite. “Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha” (Et 7.6b).

 

3. Tentativa de salvar a vida (Et 7.7)
“O rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; Hamã, porém, ficou para rogar por sua vida à rainha Ester, pois viu que o mal contra ele já estava determinado pelo rei.”
O rei estava furioso e saíra por alguns instantes para esfriar a cabeça e controlar sua ira. Sem importar a razão exata que levou o rei a sair do salão do banquete, o ato deixou Ester e Hamã sozinhos. O homem aproveitou a situação e tentou usar isso como oportunidade de salvar a sua vida. Ele sabia que o rei haveria de executá-lo, e somente Ester poderia intervir em favor dele.
A saída do rei deu a Hamã a oportunidade de fazer uma última tentativa para escapar do perigo alarmante em que estava. Tendo calculado que não tinha chance de obter misericórdia da parte do rei, ele decidiu rogar por sua vida a uma pessoa cuja vida ele ameaçara, um membro do povo judaico: a rainha Ester, pois viu que o mal contra ele já estava determinado pelo rei.

 

III. HAMÃ É ENFORCADO (Et 7.8-10)

1. Pedindo por sua vida (Et 7.8)
“Tornando o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído sobre o divã em que se achava Ester. Então, disse o rei: Acaso, teria ele querido forçar a rainha perante mim, na minha casa? Tendo o rei dito estas palavras, cobriram o rosto de Hamã.”

Na ausência do rei Assuero, Hamã se lança sobre o assento onde Ester estava reclinada. Era um costume persa se reclinar durante uma refeição. Se Hamã tivesse seguido o protocolo do harém, teria deixado a presença de Ester e ido junto com o rei.
No antigo Oriente Próximo, era um gesto comum de contrição segurar os pés ou até mesmo beijá-los, mas tal comportamento era absolutamente inapropriado em relação a uma mulher no harém real, quanto mais à própria rainha! Tendo em vista a grande rigidez do protocolo do harém, ainda que Hamã houvesse apenas se ajoelhado diante de Ester, sem qualquer contato físico, o rei provavelmente teria interpretado o comportamento de Hamã com a mesma suspeita.
Retornando o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, pensou em voz alta que Hamã teria querido forçar a rainha. Foi quando cobriram o rosto de Hamã (Et 7.8). Presume-se que ele estivesse agarrando-se a ela, implorando seu perdão. Mas ao flagrar essa cena injuriosa, o rei expressara: será que Hamã pretende violar a rainha? A visão da cena enfureceu ainda mais o rei e, assim que ele falou, logo a guarda real prendeu Hamã. É possível que os eunucos tenham vindo fazer isso. Ter a sua face coberta significava estar condenado à morte.

 

2. Denunciado pelo eunuco (Et 7.9)
“Então, disse Harbona, um dos eunucos que serviam o rei: Eis que existe junto à casa de Hamã a forca de cinquenta côvados de altura que ele preparou para Mordecai, que falara em defesa do rei. Então, disse o rei: Enforcai-o nela.”

Harbona revela a sincera opinião a respeito de Hamã, corrente entre os eunucos do rei, quando chama a atenção para a forca preparada para a execução do homem responsável por ter salvado a vida do rei. O rei aproveitou-se da sugestão implícita. Há uma certa ironia na exata elaboração de justiça, pois Hamã viu “o feitiço voltar-se contra o feiticeiro”. Como o rei foi rápido em sua decisão, o período de vida de Hamã definitivamente tinha terminado.
Harbona sugeriu não somente um meio de execução imediata de Hamã, mas confirmou a justiça dessa decisão ao ressaltar que Hamã tivera a intenção de enforcar Mordecai, o homem que salvara a vida do rei. Tal sugestão pareceu ao rei como justiça ideal, e o destino de Hamã estava definido.

 

3. Enforcamento (Et 7.10)
“Enforcaram, pois, Hamã na forca que ele tinha preparado para Mordecai. Então, o furor do rei se aplacou”.
Além de conspirar contra o povo da rainha e abordá-la de modo inapropriado, Hamã também planejou matar Mordecai, um servo fiel que havia frustrado uma conspiração para assassinar o rei. Assim, o rei considerou Hamã um traidor. A execução de Hamã na forca preparada por ele para Mordecai é, sem dúvida, mais uma das impressionantes histórias do livro de Ester.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Hamã jamais poderia suspeitar que aquele banquete, para o qual havia sido convidado pela rainha Ester, fosse trazer à tona todo o plano maligno que ele arquitetara contra os judeus. Ele foi enforcado na mesma forca que preparara para o judeu Mordecai, deixando clara a providência de Deus e a lei da semeadura.

 

RESPONDA:

1) Qual acusação de Ester contra Hamã?

2) Qual a reação de Hamã diante de Ester?

3) Qual o veredicto do rei Assuero contra Hamã?