Lição 2: Juízes 4 e 5: Débora, a 4ª Juíza de Israel

LIÇÃO 2: JUÍZES 4 e 5: DÉBORA, A 4ª JUÍZA DE ISRAEL

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Juízes 4 e 5 há 24 e 31 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Juízes 4.1-21 (5 a 7 min).

 

Olá, professor(a)! Esta lição estuda a genuína liderança de Débora à frente de Israel. A fim de servir com dedicação, ela assumiu uma atitude de quem zela pela vontade de Deus e salvação dos irmãos. Num tempo em que ainda não se falava do empoderamento feminino, Débora foi esposa e juíza, simultaneamente, sem tomar os afazeres domésticos como responsabilidade menor. Obedecendo a Deus, fez de sua liderança pública e privada um serviço para os propósitos divinos. Do mesmo modo, Baraque reconheceu a liderança feminina a ponto de segui-la. Ambos, homens e mulheres, devem convergir para a vontade de Deus e benefício dos irmãos.

 

OBJETIVOS
• Cooperar com o Reino de Deus;
• Assumir responsabilidades na igreja de Jesus;
• Servir primeiro aos propósitos de Deus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Esta é uma aula para tratarmos da nossa disponibilidade para servirmos uns aos outros. Professor(a), não deixe a aula seguir o rumo do autoelogio, pois não podemos esquecer a advertência de Jesus de que o maior no Seu Reino deve ser o servo de todos. Como Débora, o líder é quem serve a ponto de assumir responsabilidades para o bem de outros e para o interesse da vontade de Deus. Além disso, por tudo que fazemos em obediência, demos glória a Deus sem jamais nos envaidecermos.

 

RESPOSTAS
1) Baraque (Jz 4.8).
2) Jael( Jz 4 17-22).
3) Gratidão a Deus por Sua misericórdia e justiça

 

LEITURA ADICIONAL
À época da crise, Débora já se havia firmado como profetisa e juíza, na esfera não-militar; na verdade, teria sido a demonstração de qualidades carismáticas nesta esfera que, com toda certeza, induziu as tribos a procurarem sua ajuda. A convocação e o desafio que ela lança a Baraque são em nome de Javé, o nome distintivo do Deus de Israel. A ordem a Baraque foi: “Vai. e leva gente ao monte Tabor” […] A falta de alegria com que Baraque atendeu ao desafio é compreensível, humanamente falando, porque a disparidade entre as forças oponentes era considerável. É bom observar que Baraque, em sua hesitação, tem excelentes companheiros, no Antigo Testamento.

Moisés, até mesmo no final de seu encontro com Deus, na sarça ardente, demonstrou extraordinária falta de entusiasmo para aceitar a chamada divina (Êx 4:13) […] e Jeremias protestou, por causa de sua pouca idade (Jr 1:16). Os grandes homens percebem sua pequenez e inadequação, ao serem chamados pelo Senhor para realizar uma grande tarefa; contudo, a chamada divina nunca vem só: é sempre acompanhada pela provisão divina. […] Baraque exigiu a presença de Débora, como condição para aceitar a tarefa, e na aceitação dela há uma pista para o descontentamento da heroína quanto à atitude do comandante: ela afirmou que a obra de uma mulher eclipsaria qualquer honra devida a ele. É natural atribuir-se esta posição de honra a Débora, porque a posteridade, ao olhar para trás, a veria como a força impulsora que levou Israel ao livramento.
Livro: Juízes e Rute – Introdução e comentários (Artur E. Cundall e Leon Morris. Série Cultura Bíblica: Editora Nova Vida).

 

 

Leitura Bíblica Com Todos: Juízes 4.1-21

Texto Áureo
“E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Jz 4.4”

 

Verdade Prática
A liderança não é um fim em si mesmo, mas um meio de servir a Deus e ao próximo.

 

INTRODUÇÃO

 

I. LIDERANÇA EFICAZ Jz 4.4-9
1. Como mulher Jz 4.4
2. Como juíza Jz 4.5
3. Como profetisa Jz 4.7

 

II. LIDERANDO À VITÓRIA

1. Mobilizando um exército Jz 4.1 o
2. Lutando contra o inimigo Jz 4.15
3. Dividindo o protagonismo Jz 4.21

 

III. LIDERANDO COM GRATIDÃO Jz 5.1-32
1. Um cântico de gratidão Jz 5.2
2. Agradecida ao Senhor Jz 5.3
3. Agradecida a Baraque Jz 5.12

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Lição 2 – Juízes 4 e 5: Débora, a 4ª Juíza de Israel

 

Hinos da Harpa: 225 – 370

 

INTRODUÇÃO
Os israelitas novamente se rebelam contra Deus, e são entregues nas mãos de Jabim, rei de Canaã (Jz 4.1,2). A opressão durou vinte anos e, então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e ele levantou Débora e Baraque para os libertar da opressão cananita (Jz 4:3-10). E sossegou a terra quarenta anos.
Débora tinha todas as qualidades de uma verdadeira líder, ganhando destaque seu notável relacionamento com Deus. O discernimento e a confiança que Deus deu a esta mulher a colocaram em uma posição singular no Antigo Testamento. Débora está entre as mulheres notáveis da história Sua história mostra que ela não era sedenta por poder. Ela queria servir a Deus e ajudar o seu povo.

 

I. LIDERANÇA EFICAZ (Jz 4.4-9)
A vida de Débora nos desafia de várias maneiras: Seu exemplo de liderança nos lembra da necessidade de estarmos disponíveis para Deus e para o próximo. Ainda, encoraja-nos a dedicarmos nossos esforços àquilo que podemos fazer, ao invés de nos preocuparmos com o que não podemos fazer; incentiva-nos a buscar a sabedoria de Deus no exercício da liderança. A vida de Débora demonstra o quanto uma pessoa pode realizar quando é sensível à vontade de Deus e toma suas decisões baseada nela.

 

1. Como mulher (Jz 4.4)
Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.
A mulher foi criada para ser companheira e auxiliadora do marido (Gn 2.18). A Bíblia destaca a mulher como uma coluna do lar (Pv 14.1). Uma sociedade só é forte se o lar for bem estruturado e, para isso, são necessárias mulheres cientes do padrão estabelecido por Deus para elas.
Débora não foi negligente quanto às suas responsabilidades sociais como mulher e esposa, pois nunca permitiu que elas atrapalhassem seu ministério. Sua história mostra que Deus pode realizar grandes coisas por intermédio de pessoas que estejam dispostas a permitir que Ele as guie.

 

2. Como juíza (Jz 4.5)
Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo.
Débora tornou-se líder de Israel nos dias dos juízes. É uma das mulheres que mais se destacou em sua época. Chegou a essa posição durante um tempo em que os israelitas novamente ignoravam a Lei de Deus e viviam sob o domínio opressor do rei cananeu Jabim e de seu general Sísera (Jz 4.1,2).
Os dons de liderança de Débora conquistaram o respeito tanto de homens como de mulheres, mesmo que poucas mulheres tenham alcançado posição de liderança naquela época. Inclusive Baraque, o comandante militar das Tribos do Norte de Israel, buscou a ajuda de Débora e recusou-se a participar da batalha se a juíza estivesse ausente, tal era o nível de confiança dele na liderança de Débora.

 

3. Como profetisa (Jz 4.7)
E farei ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos.
Depois da morte de Eúde, o povo de Israel se desviou do Senhor e, por causa disso, Ele os entregou nas mãos de “Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor” (Jz 4.2) e este oprimiu Israel por vinte anos (Jz 4.3).
Nesta época, a “profetisa” Débora atendia debaixo de uma palmeira situada entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim, e para lá o povo se dirigia a fim de apresentar suas causas. Certo dia, Débora enviou uma mensagem divina a Baraque ordenando que ele reunisse no monte Tabor dez mil soldados das tribos de Naftali e Zebulom, pois o Senhor atrairia Sísera (comandante de Jabim) e seu exército para o rio Quisom e ali os entregaria em suas mãos (Jz 4.6,7).
Baraque concordou; porém, com a condição de que Débora o acompanhasse. Débora consentiu; mas informou que o prêmio da vitória (a morte de Sísera) seria tirado de suas mãos e transferido para uma mulher (Jz 4.17-22). Mais à frente, veremos que Débora não estava se referindo a si mesma e sim a Jael, mulher de Héber.
Os líderes sábios são raros. Eles realizam grandes coisas, mas não sozinhos, porque sabem como envolver as pessoas em torno de um propósito e aproveitar o potencial dos que seguem a sua liderança para alcançá-lo. Não precisam se envolver diretamente em cada detalhe, pois sabem inspirar e delegar tarefas às pessoas certas. Eles conseguem ver o quadro completo, que frequentemente escapa à observação dos que estão envolvidos em tarefas mais específicas.

 

 

II. LIDERANDO À VITÓRIA (Jz 4.10-24)
O mais elevado chamado de um líder é ajudar outros líderes a atingirem o seu potencial. Débora ajudou Baraque a alcançar o propósito que lhe fora dado por Deus. Os verdadeiros líderes não consideram a si mesmos como insubstituíveis, nem suprimem o potencial de seus liderados. Ao contrário, dedicam-se a discipular pessoas e desenvolver outros líderes.

1. Mobilizando um exército (Jz 4.10)
Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes, e com ele subiram dez mil homens; e Débora também subiu com ele.
Baraque ficou conhecido como o comandante que foi à guerra em resposta ao chamado de Débora, para lutar contra Jabim, rei cananeu. Levou com ele voluntários de Zebulom e Naftali. Mesmo com o coração cheio de fé, Baraque deixou bem claro que só iria à batalha se a profetisa Débora acompanhasse a tropa de Israel (Hb 11.32).
Débora foi responsável por liderar o povo na batalha; mais que isso, ela os influenciou a viver por Deus e para Deus, depois da batalha terminada. Ela também era profetisa. Seu principal papel foi encorajar o povo a obedecer a Deus. Aqueles que lideram não devem esquecer da condição espiritual dos liderados (Dt 31.6; Js 1.1-9). Um líder genuíno se interessa pelas pessoas. Diante dessa perspectiva, o sucesso se apresenta apenas como uma consequência, jamais como um fim a ser perseguido.

 

2. Lutando contra o inimigo 024.15)
E o Senhor derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fugiu a pé.
Ter o Senhor como nosso aliado na batalha faz uma grande diferença (Jz 4.15; Êx 14.14). Isso fez com que o exército cananeu ficasse sem o seu líder. Desse modo, eles foram facilmente perseguidos e derrotados por Baraque e seus homens (Jz 4.15,16).
O restante do exército fugiu para Harosete. Isso indica a total destruição do exército cananeu e de todos os seus carros. Quando seguidores crescem na apreciação e confiança de um líder, passam a segui-lo porque assim desejam. Pessoas buscavam Débora pela sua influência e não pela imposição. A verdadeira liderança ocorre na liberdade.

 

3. Dividindo o protagonismo (Jz 4.21)
Então, Jael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele em profundo sono e mui exausto; e, assim, morreu.
Héber, o marido de Jael, era da tribo dos queneus, à qual pertencia o sogro de Moisés, portanto, eram aliados de Israel de longa data. Porém, naquela ocasião, as relações entre Héber e Jabim, o rei de Hazor, também eram pacíficas, razão pela qual o queneu permaneceu neutro na guerra (v. 17). Embora tudo indicasse a Sísera que ele estava do lado de Jabim e seus exércitos – é possível que o próprio Héber tenha denunciado que Israel havia subido ao monte Tabor (vv. 11,12) sua esposa preferiu ser fiel aos laços amistosos que uniam as tribos dos queneus e israelitas.
Não era costume que um homem adentrasse à tenda de uma mulher, por isso Sísera viu ali um bom esconderijo, onde passaria totalmente despercebido à caçada de Baraque. Com o tratamento que recebeu de Jael, o comandante adormeceu tranquilo, acreditando que escaparia ileso à derrota de seu exército.
As estacas costumavam segurar e esticar o tecido que revestia a tenda (Jz 4.21). As tendas eram levantadas e desarmadas pelas mulheres orientais, que fincavam as estacas com ajuda de um martelo. Por isso, era comum que Jael tivesse esses elementos à mão sem levantar qualquer desconfiança de que os usaria como armas.
Então, mansa e corajosamente, Jael dá cabo da vida de Sísera, cumprindo a profecia de Débora (v. 9). Em seguida, vai ao encontro de Baraque para anunciar o seu feito.
Baraque e Débora enalteceram Jael em seu cântico, dedicando vários versos a bendizê-la e narrar a sua proeza (Jz 5.24-27).

 

 

III. LIDERANDO COM GRATIDÃO (Jz 5.1-32)
Sempre que o louvor vinha em seu caminho, Débora atribuía o crédito a Deus. Ela não supervalorizou o próprio papel na batalha, mas fez questão de expressar sua gratidão a cada um que colaborou com a vitória, destacando seus feitos e sua importância para o resultado. Sua gratidão e humildade são um exemplo a ser imitado por todos os líderes.

 

1. Um cântico de gratidão (Jz 5.2)
Desde que os chefes se puseram à frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente, bendizei ao Senhor.
Através das Escrituras, os cânticos que os santos elevaram de todo coração ao Senhor eram um meio importante de expressar sua gratidão a Deus pelo seu poder redentor (Êx 15.1; 2Cr 20.2).
A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, são uma razão extraordinária para louvarmos ao Seu nome (Sl 96.1-3; 106.1,2; Lc 1.68-75); deste modo, louvamos a Deus pela Sua misericórdia, graça e amor imutáveis (Sl 57.9,10; Ef 1.6).
Débora nunca tentou levar o crédito pela vitória de Israel, mas reconheceu o esforço das pessoas que ajudaram a nação a vencer. Líderes respeitados não assumem todo crédito para si. Dão a outros o quanto podem. Até porque dificilmente alguém chega a algum lugar sozinho.

 

2. Agradecida ao Senhor (Jz 5.3)
Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes: eu, eu mesma cantarei ao Senhor; salmodiarei ao Senhor, Deus de Israel.

O cântico de Débora e Baraque é um cântico de gratidão e louvor a Deus pela Sua misericórdia e pelos Seus atos de justiça para com Israel (Jz 5.11).
Como poderia um exército de 10.000 homens derrotar um que tinha 900 carros de ferro e inúmeros soldados bem equipados? Deus colocou fé nos corações de 10.000 homens para que acreditassem que poderiam superar um grande exército bem armado. Esse foi um grande milagre, pois a vitória veio do Senhor (Jz 4.6-14; 5.13; Pv 21.31).

 

3. Agradecida a Baraque (Jz 5.12)
Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos os que te prenderam, tu, filho de Abinoão.

Baraque foi convidado por Débora, creu na mensagem profética (Jz 4.6-8) e, na força do Senhor, venceu os cananeus (Jz 5.13).
Débora demonstra sua aptidão para a liderança quando escolhe, encoraja, envia e acompanha Baraque na batalha contra os exércitos de Hazor.
Mas o seu caráter é estampado quando reconhece a importância do comandante para a vitória militar que tiveram. Novamente, Débora não lança mão da oportunidade de exaltar os próprios feitos. Seu nome aparece apenas uma vez na própria canção, e não para contar vantagem, mas apenas para descrever a forma com que expressaria sua gratidão: despertando para entoar uma canção.
Voltar de uma batalha exibindo os prisioneiros era uma glória que pertencia aos reis e comandantes militares. Débora, em reconhecimento e gratidão, faz questão que Baraque receba a honraria.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Não existe liderança sem liderados. Exercer uma liderança saudável e legítima passa por reconhecer a importância e o potencial de cada uma das pessoas que Deus colocou sob a nossa responsabilidade.

 

RESPONDA

1) Qual o nome do militar de Israel que rogou a ajuda de Débora?

2) Que outra mulher teve importante papel na vitória de Israel frente aos cananeus?

3) Segundo a lição, o que motivou o cântico de Débora e Baraque?