ÊXODO 35 A 40: O TABERNÁCULO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Êxodo 35 a 40 há 214 versos, no total. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Êxodo 40.16-38 (5 a 7 min.).
Professor(a), a lição nos mostra como o tabernáculo simboliza um futuro em que Jesus habitaria no meio de nós e realizaria seu próprio sacrifício. Hoje, a igreja é tabernáculo espiritual no meio do deserto do mundo. Não precisamos mais de sangue, mas nosso candelabro deve permanecer aceso até que Jesus – a luz perfeita – retorne. Quantos podem contribuir para que nossas candeias não se apaguem? Pergunte a cada um como pretende contribuir para que sua congregação seja uma tocha no mundo.
OBJETIVOS
- Entender o propósito do Tabernáculo
- Explicar as peças do Tabernáculo.
- Saber que o Tabernáculo era uma figura.
PARA COMEÇAR A AULA
A paz, professor(a)! Ao determinar a construção do Tabernáculo segundo um modelo específico, o próprio Deus anunciava a salvação que nos chegaria, conforme prometido, através de um Homem feito santuário e sacrifício perfeitos. Jesus tornou-se morada de Deus no meio de nós (Is 7.14). Isso nos mostra que a história é cumprimento das etapas da Redenção. Portanto, a volta de Jesus para estabelecimento do seu governo no mundo também se cumprirá. Maranata! “Venha a nós o vosso reino”. Assim como os rituais foram ordenados por Deus, também Cristo veio ao mundo e viveu de modo a cumprir um sacrifício único, perfeito e vicário. Vivamos com Jesus para que sejamos purificados por seu sangue.
RESPOSTAS
F
V
V
LEITURA ADICIONAL
As vestes dos sacerdotes eram ricas e esplêndidas. A Igreja, em sua infância, foi ensinada a esperar as boas coisas vindouras; porém, a sua substância é Cristo e a graça do Evangelho. Cristo é o nosso supremo sumo sacerdote. Quando Ele empreendeu a obra da nossa redenção, vestiu-se com a roupa de trabalho, adornou-se com os dons e a graça do Espírito Santo, cingiu-se com a resolução para realizar a obra, encarregou-se de todo o Israel espiritual de Deus, colocou-o sobre o seu coração, gravou-o na palma de suas mãos, e apresentou-o ao seu Pai. E Ele se coroou com santidade ao Senhor, consagrando toda a sua obra, de maneira completa, em honra à santidade de seu Pai. Os verdadeiros crentes são sacerdotes espirituais. O linho fino com o qual toda a sua roupa de serviço deve ser confeccionada, são as atitudes justas dos santos (Ap 19.8).
O tabernáculo era um tipo ou um emblema de Jesus Cristo. Assim como o Altíssimo habitava visivelmente no santuário, sobre a arca, também Ele residiu na natureza humana e no tabernáculo de seu amado Filho; em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9). O tabernáculo era um símbolo de cada cristão verdadeiro. Na alma de todo verdadeiro seguidor do Salvador, habita o Pai, que é o objeto de sua adoração, e o autor de suas bênçãos. O tabernáculo também tipifica “a Igreja do Redentor”. O menor e o maior, igualmente, são queridos, através do amor do Pai, livremente exercido por meio da fé em Cristo.
O tabernáculo era um tipo e emblema do “Templo celestial” (Ap 21.3). Então, qual será o esplendor de sua manifestação, quando for retirada a nuvem e os seus fiéis adoradores o virem assim como Ele é!
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (Editora CPAD, 2004).
Estudada em 4 de setembro de 2022
LIÇÃO 10: ÊXODO 35 a 40: O TABERNÁCULO
Texto Áureo
“E tudo fez Moisés segundo o Senhor lhe havia ordenado; assim o fez.”
Êx 40.16
Verdade Prática
O Tabernáculo simbolizava a habitação terrestre de Deus no meio de Israel.
Leitura Bíblica Para Estudo: Êxodo 40.16-38
INTRODUÇÃO
A PREPARAÇÃO Êx 35 e 36
Deus supre os recursos Êx 35.29
Deus supre a mão de obra Êx 36.1a
Deus entrega o projeto Êx 36.1b
A PARTE INTERNA Êx 37.1-25
A arca e o propiciatório Êx 37.1
A mesa e o candelabro Êx 37.17
O altar do incenso Êx 37.25
A PARTE EXTERNA Êx 38 a 40
O altar do holocausto e a bacia Êx 38.1
O átrio Êx 38.9
A consagração Êx 40.34
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 262 – 235
Lição 10 – Êxodo 35 a 40: O Tabernáculo
INTRODUÇÃO
Sendo Deus um ser pessoal e relacionai sempre esteve nos seus propósitos se relacionar com os seres humanos. O Tabernáculo era seu endereço durante a peregrinação no deserto. Mais tarde foi o templo e finalmente em Cristo Ele morou entre nós e um dia nós moraremos com Ele.
I. A PREPARAÇÃO (Êx 35 e 36)
O Tabernáculo não desceu pronto do céu. Os israelitas receberam o privilégio de construí-lo. E Deus supriu tudo o que seria necessário para a sua construção.
1. Deus supre os recursos (Êx 35.29)
“Os filhos de Israel trouxeram oferta voluntária ao Senhor.”
Chama a atenção o aspecto voluntário destas contribuições. Isso foi solicitado em 35.5 e cumpriu- -se aqui. Quem não quisesse não precisava participar. A voluntariedade dos contribuintes era uma condição para a construção do Tabernáculo.
O povo respondeu tão prontamente à necessidade que, em 36.6, por ordem de Moisés, eles foram orientados a interromper suas ofertas porque o que fora recolhido já era mais do que suficiente. Há dois ensinamentos aqui: a) O primeiro é a atitude do povo de Deus agindo liberal e espontaneamente com alegria na alma; b) O segundo é a transparência por parte de quem administrava. Às vezes a falta dela atrapalha e dificulta o avanço da obra. Moisés poderia dizer: “Deixem que o povo traga, o que sobrar usaremos para outra atividade, afinal as necessidades são muitas.” Mas Moisés não agiu assim. Havia um projeto específico e o que chegou já bastava. Chega. Aqui vemos uma generosidade tão abundante que precisou ser contida (“o povo traz muito mais do que é necessário” 36.5). Impressionante!
2. Deus supre a mão de obra (Êx 36.1a)
“Assim, trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e todo homem hábil a quem o Senhor dera habilidade e inteligência para saberem fazer toda obra para o serviço do santuário…”
Deus escolheu e capacitou pessoas específicas para que todo o projeto do Tabernáculo fosse feito exatamente conforme a sua vontade. A obra é de Deus e Ele sempre chamará e capacitará pessoas para usar soberanamente. O Tabernáculo precisava ser feito com desvelo e primor, então Deus derramou o Espírito de habilidade, sabedoria e inteligência sobre toda uma equipe liderada por dois obreiros especiais chamados nominalmente por Deus: Bezalel e Aoliabe.
Três coisas se destacam aqui: a) Primeiro, a escolha soberana de Deus. A tarefa da construção era para aqueles que Deus chamou; b) Segundo, a capacitação do Espírito para aqueles que liderarão a construção do Tabernáculo; c) Terceiro, Moisés não faz ou constrói nada. Ele supervisiona, inspeciona e sanciona. Que maravilhoso quando o povo de Deus trabalha em equipe, parceria e respeito mútuo.
3. Deus entrega o projeto (Êx 36.1b)
“…segundo tudo o que o Senhor havia ordenado.”
O projeto do Tabernáculo foi entregue a Moisés. Tudo tinha que ser feito conforme o modelo mostrado a ele (25.9,40; 40.16). Nada poderia ser alterado ou modificado daquilo que Moisés viu. Deus não deu a ele liberdade imaginativa para bolar o projeto do jeito que achasse melhor, antes foi taxativo: “Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40).
Deus especificou precisamente como tudo deveria ser feito. Não era um prédio qualquer, era uma “morada” para Deus. Por esse motivo, quando tudo terminou Moisés precisou inspecionar e aprovar (40.39).
II. A PARTE INTERNA (Êx 37.1-25)
Grosso modo, o Tabernáculo era composto de duas partes: uma externa e outra interna. Essa última era dividida entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo também chamado de Santo dos Santos.
1. A arca e o propiciatório (Êx37.1)
“Fez também Bezalel a arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio era o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura, e, de um côvado e meio, a altura.”
Para abordarmos as peças do Tabernáculo seguiremos a ordem do relato bíblico que começa com a arca e o propiciatório, certamente por serem as mais sagradas de todas as mobílias do Tabernáculo. A arca media aproximadamente 1,10 metros de comprimento e 70 centímetros de largura e 70 centímetros de altura. Ela continha as tábuas da lei, a vara de Arão florescida e um pote com maná. Era o único móvel no Santo dos Santos.
A arca simbolizava a própria presença e santidade de Deus, por isso mesmo nunca podia ser tocada ou manuseada levianamente. Para carregá-la havia dois varais, os quais nunca podiam ser removidos (24.14). Isso tudo mostra a grande importância da santidade divina. Era feita de madeira de acácia e revestida de ouro por dentro e por fora. Essa mistura de material comum (madeira) e de material precioso (ouro) fazia uma conjunção maravilhosa, ou seja, algo corriqueiro e comum, unido a algo incomum e valiosíssimo. Isso apontava para Cristo que possuía uma natureza comum (humana) e outra divina (algo raríssimo e extraordinário).
O propiciatório, também feito de ouro, era a cobertura da arca formando assim duas peças acopladas. Nele, no Dia da Expiação, era aspergido pelo sumo sacerdote o sangue de uma animal para perdão dos pecados. Por essa razão também era chamado de “trono da misericórdia”.
2. A mesa e o candelabro (Êx 37.17)
“Fez também o candelabro de ouro puro; de ouro batido o fez; o seu pedestal, a sua hástea, os seus cálices, as suas maçanetas e as suas flores formavam com ele uma só peça.”
Nas passagens correlatas, a mesa é sempre o segundo item mencionado na mobília do Tabernáculo. O nome completo do item é “mesa do pão da proposição” (25.30). Também era feita de madeira de acácia e coberta com ouro puro. Possuía a mesma altura da arca (70 cm), mas apenas 88 centímetros de comprimento e 44 de largura. Sobre ela os sacerdotes colocavam pães frescos todos os sábados. O pão, diferente do paganismo, não era para Deus comer. Mostrava que ele supriria o seu povo, por isso eram 12 pães. Um para cada tribo, simbolizando que a provisão divina nunca faltaria ao povo de Israel. Haveria pães para todos.
O Candelabro ou Menorah, em hebraico, é um castiçal com uma coluna do centro da qual saem seis hastes, totalizando sete braços. Era de ouro puro e batido. Na extensão de cada braço havia uma cavidade onde era depositado o azeite junto ao pavio. Possuía um peso aproximado de 35 quilos
(Êx 25:39). O castiçal junto com a mesa ficava posicionado dentro do Santo Lugar e era a única peça que iluminava o espaço, pois não havia janelas no Tabernáculo. Deveria ficar continuamente aceso, o que exigia manutenção constante e como já foi dito, indicava que havia alguém em casa. Ao passar próximo ao Tabernáculo e ver a luz acesa, o povo saberia que Deus estava lá. O Candelabro apontava claramente para Cristo que é a luz do mundo (Jo 8.12).
3. O altar do incenso (Êx 37.25)
“Fez de madeira de acácia o altar do incenso; tinha um côvado de comprimento, e um de largura (era quadrado), e dois de altura; os chifres formavam uma só peça com ele.”
Era outra peça do Santo Lugar. Tinha cerca de meio metro de cada lado e um metro de altura, com pontas em forma de chifres, nos quatro cantos. O incenso era queimado de manhã e à tardinha todos os dias (30.7 e 8). Era também chamado de “altar de ouro” (Êx. 39.38), sendo assim distinguido do outro altar, maior e de bronze, que ficava no meio do átrio descoberto. Somente os sacerdotes adentravam ao Santo Lugar onde, além do altar do incenso, também ficava a mesa dos pães e o candelabro.
A fumaça do incenso, subindo constantemente do altar, simbolizava as orações do povo de Deus subindo constantemente diante do Senhor (SL 141.2; Lc 1.10; Ap 5.8; Ap 8.3-4).
III. A PARTE EXTERNA (Êx 38 a 40)
O Tabernáculo não era um lugar de reunião, como o espaço físico de uma igreja. Era uma tenda portátil onde cada uma de suas peças simbolizava e apontava para algum aspecto de Cristo e sua obra.
1. O altar do holocausto e a bacia (Êx 38.1)
“Fez também o altar do holocausto de madeira de acácia; de cinco côvados era o comprimento, e de cinco, a largura (era quadrado o altar), e de três côvados, a altura.”
O altar do holocausto era visível a todos e ficava na parte externa do Tabernáculo. Também era feito de madeira de acácia, mas o revestimento era de bronze. Era quadrado possuindo pouco mais de 2 metros no seu comprimento e na sua largura. A altura era próxima de 1,5 metros. Nesse altar eram oferecidos os animais.
Ninguém poderia se aproximar de Deus por seus próprios esforços, era necessário um sacrifício. Precisava derramamento de sangue. Então havia uma consciência clara na mente do povo de que, embora Deus habitasse entre eles, a aproximação não era simples pois esse Deus é santo e o homem pecador. O que fazer então? Oferecer um sacrifício substitutivo por meio de mediadores. O culto cristão hoje é desprovido de altar físico, pois não há mais sacrifícios a serem oferecidos. O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo já foi oferecido de uma vez por todas (Jo 1.29).
A bacia de bronze, ou pia de bronze, ficava entre o altar do holocausto e a entrada do Santo Lugar. Antes que o sacerdote se aproximasse do altar ou entrasse no santuário, ele deveria se lavar e purificar para só então poder ministrar apropriadamente (Êx 30.19-31). A lição é que, devido a sua santidade, ninguém pode se apresentar perante Deus de forma descuidada.
2. O átrio (Êx 38.9)
“Fez também o átrio ao lado meridional (que dá para o sul); as cortinas do átrio eram de linho fino retorcido, de cem côvados de comprimento.”
O Tabernáculo ficava no centro do acampamento tendo ao seu redor as habitações dos israelitas. A majestade e beleza do Tabernáculo com seus materiais do reino vegetal, animal e mineral revelava a grandeza e a glória do Deus de Israel. O átrio era a área externa ao redor do Tabernáculo. Uma cerca estabelecia seus limites. Essa cerca não era de arame ou madeira, mas de cortinas de linho fino retorcido tendo colunas de bronze para dar sustentação. O pátio todo era um retângulo de 75 metros de comprimento por 25 de largura, aproximadamente, tendo uma única entrada.
Resumidamente, o Tabernáculo possuía uma divisão tríplice: o pátio externo, o lugar santo e o lugar santíssimo. Curioso que o metal predominante na parte externa era o bronze enquanto na parte interna predominava o ouro, mostrando a excelência e a grandeza da santidade de Deus.
3. A consagração (Êx 40.34)
“Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.”
O livro de Êxodo é concluído com o levantamento e consagração do Tabernáculo. Há uma ênfase em todo o capítulo 39 e 40 no povo e em Moisés seguindo fielmente a vontade de Deus. A expressão “eles fizeram / ele fez exatamente como o Senhor ordenou a Moisés” nestes dois últimos capítulos ocorre 17 vezes. O ensinamento aqui é que a obra de Deus precisa ser feita do modo de Deus e para sua glória. Sugestivamente tudo é coroado com a presença e a glória de Deus (Êx 40.34).
Esse é o clímax do livro. A glória de um templo não é sua beleza arquitetônica ou sua riqueza material, mas a presença de Deus ali. Sem ela tudo será em vão. Sem a presença de Deus nossos cultos serão vazios, nossas músicas sem unção e nossas mensagens mortas. Em termos pessoais a lição é a mesma, nada tem valor se Deus não estiver presente.
APLICAÇÃO PESSOAL
Jesus é o Tabernáculo de Deus entre os homens. Nele, literal e historicamente, Deus esta conosco e nos convida para desfrutar da sua comunhão e segui-lo.
RESPONDA
Responda V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.
1. Moisés recebeu o projeto do Tabernáculo e com ele a liberdade de melhorar e aperfeiçoar o projeto do jeito que achasse melhor.
2. A arca simbolizava a própria presença e santidade de Deus, por isso mesmo nunca podia ser tocada ou manuseada levianamente.
3. O Tabernáculo era uma tenda portátil onde cada uma de suas peças simbolizava e apontava para algum aspecto de Cristo e Sua obra.