Lição 1 – Gênesis 1: O Início de Tudo
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Gênesis 1 há 31 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Gênesis 1-2.1 (5 a 7 min.).
Caro(a) professor(a), neste primeiro encontro concentre-se na compreensão do livro de Gênesis como princípio da revelação divina. Segundo a tradição judaica, Deus revelou a Moisés as maravilhas da Sua criação e os primeiros acontecimentos da vida humana para que os hebreus abandonassem a idolatria que haviam aprendido no cativeiro egípcio. Concentre sua aula no propósito de destacar a grandiosidade e a perfeição do Criador, bem como a beleza da criação. Mostre aos alunos que tudo foi criado segundo o propósito original de Deus e que nenhuma existência pode criar a si mesma. Para o cristão, a ciência é uma pequena confirmação do poder e da glória de Deus, mas de forma alguma pode negá-lo.
OBJETIVOS
• Ressaltar a importância do livro de Gênesis.
• Conscientizar os alunos da missão do homem de zelar pela criação de Deus.
• Encorajar os alunos a glorificarem o Criador por Suas obras.
PARA COMEÇAR A AULA
Professor(a), comece sua aula propondo que cada aluno cite uma grande realização humana. A seguir, destaque que cada realização citada só passou a existir a partir das perfeitas criações de Deus – terra, luz, água, calor – sem as quais nada pode ser feito por mãos humanas. O motivo é muito simples: o próprio homem é criatura e deve sua vida e suas capacidades ao Criador. Lembre aos alunos que nada foi criado quando cada um deles citou obras humanas, mas pela Palavra de Deus tudo foi criado.
RESPOSTAS
1) V
2) V
3) F
Lição 1 – Gênesis 1: O Início de Tudo
LEITURA ADICIONAL
Observe que, no princípio, não havia algo desejável para se ver, pois o mundo estava informe e vazio; era confusão e desolação. De modo similar, a obra da graça na alma é uma nova criação; e em uma alma sem a graça, que não nasceu de novo, existe desordem, confusão e toda a má obra está vazia de todo o bem, porque está sem Deus, é escura, está em trevas; este é o nosso estado por natureza, até que a graça do Todo-Poderoso realize em nós uma mudança. Disse Deus: “Haja luz”; Ele a quis, e imediatamente houve luz. Que poder existe na Palavra de Deus! Na nova criação, a primeira coisa que é levada à alma é a luz: o Espírito Santo opera na vontade e nos afetos iluminando o entendimento. Aqueles que por causa do pecado estavam em trevas, pela graça encontraram luz no Senhor. As trevas estariam sempre sobre o homem caído se o Filho de Deus não tivesse vindo para dar-nos o entendimento, conforme registra 1 João 5.20. Deus aprovou a luz que Ele mesmo desejou. Deus separou a luz das trevas, pois que comunhão tem a luz com as trevas? No céu há perfeita luz e nenhuma escuridão; no inferno, a escuridão é absoluta e não há sequer um raio de luz, o dia e a noite pertencem ao Senhor; utilizemos então ambos para a sua honra, cada dia no trabalho para Ele, descansando nEle a cada noite e meditando diariamente em sua lei.
A terra estava desolada; porém, através de uma só palavra, encheu-se das riquezas de Deus; essas riquezas continuam pertencendo a Ele. Ainda que seja permitido ao homem utilizá-las, elas pertencem a Deus e devem ser empregadas para o seu serviço e honra.
Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (4ª ed – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pp. 2-3).
Estudada em 2 de janeiro de 2022
Lição 1 – Gênesis 1: O Início de Tudo
Leitura Bíblica Para Estudo Gênesis 1.1 – 2.1
Texto Áureo
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Gn 1.1
Verdade Prática
O mundo não é obra do acaso, nem de um poder impessoal. Deus é o seu Criador.
Hinos da Harpa: 526 – 124
INTRODUÇÃO
I. OBJETIVOS DO LIVRO DE GÊNESIS Gn 2 1-17
1. Mostrar a origem das coisas Gn 2.4
2. Reorientar a visão de mundo Gn 2.9
3. Mostrar a razão de certas leis Gn 2.17
II. O CRIADOR Gn 1.1
1. É auto existente Gn 1.1
2. É transcendente Gn 1.1
3. É Todo-poderoso Gn 1.1
III. A CRIAÇÃO Gn 1.1-31
1. Obra de Deus Gn 1.1
2. Pela Palavra de Deus Gn 1.3
3. Fruto da vontade de Deus Gn 1.31
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
O livro de Gênesis apresenta três grandes divisões: do capítulo 1 ao 11, a história dos primórdios; do 12 ao 36, a história dos patriarcas do povo hebreu; e do 37 ao 50, a ida da família eleita para o Egito.
É consenso entre os judeus que Moisés é o autor não apenas de Gênesis, mas de todo o Pentateuco, excetuando-se, evidentemente, a parte final de Deuteronômio, que fala da sua morte.
I. OBJETIVOS DO LIVRO DE GÊNESIS (Gn 2.1-17)
O livro de Gênesis é para a Bíblia o que os alicerces são para uma casa.
1. Mostrar a origem das coisas (Gn 2.4)
“Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou.”
Imaginemos: como seriam as Escrituras sem o livro de Gênesis ou o de Apocalipse? Se o segundo mostra a consumação e nos tranquiliza dizendo como tudo terminará, o primeiro nos revela como foi o começo de tudo. Gênesis é o livro das origens. O nome hebraico do livro deriva da sua primeira palavra, “Bêreshit” (“No princípio”). Reshit, “princípio”, significa, literalmente, “cabeça”. O livro é o princípio, a cabeça da revelação. O título em português, “Gênesis”, vem do grego Geneseos, que significa “nascimento”.
Esse livro é fundamental no cânon sagrado. Sem ele, não apenas não saberíamos como foi o início de tudo, mas também aquilo que vem depois não faria o menor sentido.
2. Reorientar a visão de mundo (Gn 2.9)
“Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”
Após Moisés sair com o povo do cativeiro, eles precisavam ser instruídos nos caminhos de Deus. Devemos lembrar que Israel viveu 400 anos como escravo numa nação pagã. Os egípcios adoravam muitos deuses e isso afetou profundamente a cosmovisão dos descendentes de Abraão.
Ao dar essa revelação, Deus queria que seu povo olhasse o mundo, não como os egípcios olhavam, atribuindo tudo a divindades sem vida, ou adorando a criação em vez do Criador. Nesse sentido o livro de Gênesis reorienta toda visão e compreensão dos hebreus sobre quem é Deus e como Ele é distinto da Sua criação.
O livro de Gênesis não possui uma linguagem científica, pois trata-se de uma revelação divina. Isso não significa, evidentemente, que ele contraria a ciência. Como já foi dito: a ciência devidamente estabelecida e a Bíblia, corretamente interpretada, nunca se contradizem, pois possuem o mesmo Autor.
3. Mostrar a razão de certas leis (Gn 2.17)
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Gênesis também serve a esse propósito. Por exemplo: “por que ser fiel no casamento?” Gênesis responde: porque Deus só criou um homem e uma mulher e disse a estes que deveriam ser uma só carne. Não foram criados dois homens para uma mulher, nem criadas duas mulheres para um homem. “Por que não se pode matar?” Porque Deus criou e zela pela vida. Ele tem poder sobre a vida e sobre a morte, não sendo lícito aos homens decidirem sobre quem deve viver ou morrer.
“Por que não podemos adorar imagens? Ou adorar a criação, como os egípcios e outros povos fazem?” Porque Deus é Espírito e é o Criador de tudo, não podendo ser confundido com Sua criação. E assim, muitas outras questões básicas (como a origem do pecado) têm em Gênesis sua resposta.
II. O CRIADOR (Gn 1.1)
Aceitar que há um Criador é uma questão de inteligência e honestidade. Aceitar quem é esse ser Criador, essa é uma questão de fé.
1. É auto existente (Gn 1.1)
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Não há nenhuma preocupação por parte do autor sagrado em explicar a origem de Deus, apenas em apresentá-lo. Isso porque Deus sempre existiu, é eterno, auto existente e incriado. Ao contrário da criação, Ele não teve início. Como diz com clareza o Salmo 90.2: “Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.” Em outras palavras, aqui está sendo dito que nunca houve um tempo em que Deus não existisse.
Mas não tente entender isso apenas com a razão. Como alguém pode não ter início? Nós somos criaturas lineares. Temos passado, presente e futuro. Isso, porém, é irrelevante para Deus. Por isso, a Moisés Ele se revela como o eterno “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). O verbo ser aqui é muito importante, pois revela que Deus vive eternamente. Ele está fora do tempo, não tendo passado nem futuro.
Por definição é impossível que alguma coisa crie a si mesma. O conceito de autocriação é uma contradição de termos, uma afirmação sem nexo. Nada pode ser autocriado. Nem mesmo o próprio Deus pode criar a si mesmo. Para que Deus pudesse criar a si mesmo, teria de existir antes de si mesmo. O que não faz o menor sentido.
2. É transcendente (Gn 1.1)
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Deus existe independentemente da Sua criação. Quando dizemos que Deus é transcendente, queremos dizer que Ele é totalmente distinto e vai além de Sua criação. A palavra distinto, neste caso, é sinônimo de transcendente. Não devemos fazer comparações terrenas para tentar compreender Deus, porque nada existe comparável a Ele. Daí Deus proibir a confecção de qualquer tipo de imagem ou figuras para tentar representá-lo (Êx 20.4 e 5).
Isso posto, coloca-se por terra a ideia de Panteísmo, ou seja, Deus não pode nunca ser confundido com Sua criação. A Bíblia refuta o Panteísmo e ensina uma radical distinção entre o Criador e a criação.
3. É Todo-poderoso (Gn 1.1)
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Deus criou os céus e a terra. O verbo hebraico é barah. Todas as ocorrências deste verbo no Antigo Testamento apontam para Deus como sujeito. Portanto, sua utilização nunca é relacionada ao homem. “Deus” é tradução de Elohim, uma forma plural seguida de um verbo no singular. A raiz de Elohim é El que significa “ser forte; ser poderoso; aquele que manifesta o Seu poder criando”. Ele é o Todo-poderoso. Deus nunca perdeu ou conheceu o empate. Ele é o campeão invicto do universo. As Escrituras deixam claro que Ele apenas não pode negar-se a si mesmo (2Tm 2.13); não pode mentir (Tt 1.2) nem fazer aquilo que negaria Sua natureza. Onipotência deve ser entendida sob a perspectiva de que Deus pode tudo o que o amor pode, ou seja, Deus pode tudo aquilo que está em consonância com sua natureza.
Para o cristão, a onipotência de Deus é uma grande fonte de conforto. Sabemos que o mesmo poder que Deus demonstrou ao criar o universo está à disposição Dele para assegurar nossa salvação. Ele mostrou Seu poder sobre a morte por meio da ressurreição de Cristo. Não existe uma única molécula independente, solta no universo, ou qualquer coalizão que possa resistir ou comprometer os planos de Deus.
III. A CRIAÇÃO (Gn 1.1-31)
A criação é perfeita demais para ser fruto do acaso ou de uma simples explosão. Quando olhamos à nossa volta, vemos um teatro da revelação divina.
1. Obra de Deus (Gn 1.1)
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
Gênesis começa com a expressão “no princípio, criou Deus…”. Com isso, deixa bem claro que o sujeito da criação é Deus. A ciência diz que nossa galáxia possui mais de 100 bilhões de estrelas, e que o Sol fica a 240 trilhões de quilômetros do centro da nossa galáxia. Se a distância entre a Terra e o Sol fosse alterada em apenas 2%, a vida seria impossível.
A nossa galáxia é apenas uma de, ao menos, um bilhão de outras. A mais próxima galáxia da nossa fica a 30 milhões de anos-luz. Isso significa que se o ser humano pudesse viajar à velocidade da luz (300.000 Km por segundo) e vivesse o suficiente, ele precisaria de 30 milhões de anos para lá chegar. Quando voltamos os olhos para essa imensidão, enchemo-nos de espanto e genuína adoração ao Senhor.
Não é difícil vermos que a perfeição da criação revela a grandeza do Criador. Assim como o desenho aponta para o desenhista; assim como a existência do relógio, com toda sua eficácia e precisão, exige que reconheçamos a existência de um talentoso relojoeiro, toda a ordem, beleza e detalhes da criação não seriam possíveis sem uma mente poderosa e superior por trás de tudo. O projeto da criação é eficiente e perfeito demais para ter existido sozinho. Como atribuir toda essa lógica ao acaso fortuito?
2. Pela Palavra de Deus (Gn 1.3)
“Disse Deus: Haja luz; e houve luz.”
Temos a irrefutável verdade bíblica de que tudo foi criado pela Palavra de Deus (Hb 11.3). Não havia nenhuma matéria preexistente quando Deus a criou. Só havia Ele. Então, em Seu soberano querer, Deus decide criar o mundo. Ele não precisava criá-lo. Deus não depende de nada, exceto de si mesmo. Então, o meio, a “matéria prima” que Deus usa para criar, é a Sua Palavra, apenas a Sua Palavra.
Deus cria desde o nada. O ser humano é bastante criativo, todavia, tudo que criamos é produto de outras matérias-primas. Deus, no entanto, não precisa de nada para criar, apenas da Sua Palavra. Imagine um mundo sem oxigênio, carbono, hidrogênio, espaço, tempo etc. Assim era até que, num dado instante, Deus disse: “Haja”. E tudo passou a ser. Nada havia antes de Ele ordenar.
Temos dificuldade de compreender isso porque uma mente finita por certo terá dificuldades de compreender um ser infinito. Por isso, o autor de Hebreus ensina que isso precisa ser aceito pela fé (Hb 11.3). Crer que o mundo se autogerou, além de ser uma incongruência, exigiria mais fé do que simplesmente crer no relato bíblico. Fiquemos com ele.
3. Fruto da graciosa vontade de Deus (Gn 1.31)
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”
Deus não precisava criar o mundo. Ele não estava solitário ou sozinho e nunca foi nem será refém de nada nem de ninguém. Ele existe eternamente em três pessoas divinas, sem necessidade de nada além de si mesmo. Portanto, a criação é fruto da Sua soberana e graciosa vontade.
Deus planejou cada detalhe da criação. Ela obedece a um plano perfeito e pré-ordenado, pois Deus é organizado e inteligentemente superior. Não seria possível toda ordem e beleza da criação surgirem de uma fonte impessoal. Do impessoal poderia advir o pessoal? Não! A Bíblia não é um tratado sobre ciência, mas a revelação de Deus aos homens, mostrando-lhes como se relacionar com Ele, o que não significa dizer que o relato da criação seja anticientífico, mas, sim, que é teológico.
APLICAÇÃO PESSOAL
Para o cristão fiel, crer que o mundo veio da mente e das mãos de Deus proporciona descanso e revela que há propósito e sentido na criação.
RESPONDA
Marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas abaixo:
1) O livro de Gênesis nos ajuda não apenas mostrando a origem de tudo, mas também trazendo sentido àquilo que vem depois.
2) A criação funciona como um espelho e um teatro, revelando a glória e a majestade divinas.
3) O materialista está certo ao afirmar que nada faz sentido e não há valor moral na criação.
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COMENTÁRIOS
Lição 1 – Gênesis 1 – O Início de Tudo – Comentários
O PRINCÍPIO – A Bíblia não discute o tema da evolução. Pelo contrário, seu parecer afirma que Deus criou o mundo. A visão Bíblica da criação não entra em conflito com a ciência, mas sim com a teoria de um princípio sem um Criador.
Cristãos igualmente comprometidos e sinceros têm discutido sobre a criação e chegado a diferentes conclusões. É claro que isto é esperado, pois, as provas são muito antigas e, devido as devastações das eras, bem fragmentadas. Os estudantes da Bíblia e da ciência devem evitar polarizações. E preciso cuidado para não fazer a Bíblia dizer o que ela não diz. Da mesma forma, o estudante da ciência não deve fazer a ciência dizer o que ela não diz.
O aspecto mais importante desta discussão não e o processo, mas a origem da criação. O mundo não e produto da casualidade e probabilidade; Deus o criou.
A Bíblia não apenas nos diz que o mundo foi feito por Deus, mas também nos mostra quem é Deus. Ela revela a personalidade dEle, o seu caráter e o seu plano para a criação. Além disso, a Bíblia também revela o desejo mais profundo de Deus: relacionar-se com as pessoas que Ele criou.
Deus deu o último passo em direção a reconciliação conosco através da sua visita histórica ao planeta na Pessoa de seu Filho, Jesus Cristo. Podemos conhecer de maneira bem pessoal este Deus que criou o universo.
Os céus e a terra estão aqui. Nós estamos aqui. Deus criou tudo que vemos e experimentamos.
O livro de Gênesis se inicia assim: “No princípio, criou Deus os céus e a terra’’.
Aqui começamos a mais excitante e completa jornada imaginável. 1.1 A simples afirmação de que Deus criou os céus e a terra e um dos conceitos mais desafiadores que confrontam a mente moderna. A vasta galáxia em que vivemos gira a uma incrível velocidade de 788.410 quilômetros por hora. Porém, mesmo a esta alucinante velocidade, nossa galáxia ainda necessita de 200 milhões de anos para concluir uma única rotação. Além disso, existe mais de um bilhão de outras galáxias como a nossa no universo.
Alguns cientistas afirmam que o número de estrelas na criação é igual a todos os grãos de areia de todas as praias do mundo.
Ainda assim, este complexo mar de estrelas em movimento funciona com notável ordem e eficiência. Dizer que o universo “surgiu” ou “evoluiu” requer mais fé do que acreditar que Deus está por trás dessas estatísticas surpreendentes. Deus criou um universo maravilhoso.
Deus não precisava criar o universo; Ele escolheu criá-lo. Por que? Deus é amor, e o amor e melhor expressado em direção a algo ou alguém — assim, Deus criou o mundo e as pessoas como uma expressão do seu amor. Não devemos reduzir a criação de Deus a meros termos científicos. Lembre-se de que Deus criou o universo porque ama cada um de nós.
1.1 SS A história da criação muito nos ensina sobre Deus e nos mesmos. Primeiro aprendemos sobre Deus:
(1) Ele e criativo;
(2) como Criador, Ele é distinto da criação; (3) Ele é eterno e está no controle do mundo. E também aprendemos sobre nós mesmos: (1) uma vez que Deus escolheu nos criar, somos preciosos aos seus olhos; (2) somos mais importantes do que os animais. (Leia 1.28 para mais detalhes sobre nosso papel na ordem da criação.)
1.1 ss – Como exatamente Deus criou a terra? Este continua sendo um tema de grandes debates. Alguns atribuem o aparecimento do universo a uma explosão repentina. Outros dizem que Deus deu início ao processo e o universo evoluiu durante bilhões de anos. Quase todas as antigas religiões têm sua própria história para explicar a criação do universo. E quase todo cientista possui uma opinião sobre a origem do universo. Mas apenas a Bíblia mostra um único Deus supremo criando a terra por seu grande amor e dando às pessoas um lugar especial nela. Nunca saberemos todas as respostas sobre como Deus criou a terra, mas a Bíblia afirma diretamente que Deus a criou. Este fato. Por si só, valoriza e dignifica todas as pessoas.
1.2 A afirmação de que “a terra era sem forma e vazia” provê o cenário para a narrativa da criação que se segue. Durante o segundo e terceiro dia, Deus deu forma ao universo: nos três dias seguintes. Ele encheu a terra com seres viventes. As trevas foram dispersas no primeiro dia, quando Deus criou a luz.
1.2 – A imagem do Espirito de Deus movendo-se sobre a face da terra é semelhante a um pássaro-mãe cuidando dos seus filhotes e protegendo-os (ver Dt 32.11,12; Is 31.5). O Espírito de Deus estava envolvido ativamente na criação do mundo (ver Jo 33.4; Sl 104.30). O cuidado e a proteção de Deus ainda são uma realidade.
1.3—2.7 – Em quanto tempo Deus criou o mundo? Há duas visões básicas sobre os dias da criação: (1) cada dia se constituía literalmente de um período de 24 horas; (2) cada dia representa um período indefinido de tempo (até mesmo milhões de anos).
A Bíblia não especifica a duração desses períodos de tempo. A questão real, no entanto, não é quanto tempo levou, mas como Deus criou. Ele criou a terra de forma sistemática (não criou as plantas antes da luz), e criou homem e mulher como seres únicos, capazes de comunicar-se com Ele. Nenhuma outra parte da criação possui este privilégio. Não importa em quanto tempo Deus fez o mundo, se em alguns dias ou alguns bilhões de anos; o importante e que Ele o criou exatamente como desejava.
1.6 A “expansão no meio das águas” foi a separação entre o mar e o nevoeiro dos céus.
1.25 – Deus viu que o seu trabalho era bom. Algumas vezes, as pessoas sentem culpa por passar um bom momento ou sentir-se bem em relação a um trabalho realizado. Isto não é certo. Assim como Deus sentiu-se bem com o seu trabalho, podemos nos alegrar com o nosso. Entretanto, não devemos estar satisfeitos com um trabalho realizado se Deus não o aprovou. O que você tem feito que agrade tanto a Deus quanto a você?
1.26 – “Façamos o homem a nossa imagem.” Por que Deus utiliza a forma plural? Um ponto de vista alega que esta é uma referência a Trindade — Deus, Jesus Cristo e o Espirito Santo todos um só Deus. Outra visão explica que a finalidade da palavra no plural e denotar majestade. Os reis tradicionalmente usam a forma plural ao referir-se a si mesmos. Em Jo 33.4 e Salmos 104.30. sabemos que o Espirito de Deus esteve presente na criação. Em Colossenses 1.16, vemos que Cristo, Filho de Deus, estava trabalhando na criação.
1.26 – Em que sentido fomos feitos a imagem de Deus? Obviamente Deus não nos criou exatamente como Ele, porque Deus não possui corpo físico. Em vez disso, somos reflexos da sua glória. Alguns pensam que nossa razão, criatividade, discurso ou autodeterminação são a imagem de Deus. Nunca seremos totalmente como Deus. pois Ele e o Criador supremo, porém temos a capacidade de refletir seu caráter através do amor, perdão, da paciência, bondade e fidelidade.
Saber que fomos criados a imagem cie Deus e compartilhar muitas de suas características prove uma base solida para a imagem própria. O autovalor do homem não está baseado em posses, conquistas, atrativos físicos ou aclamação pública. Ao contrário, está baseado no fato de ser criado a imagem de Deus. Porque fomos feitos a imagem dEle, podemos nos sentir bem a respeito de nós mesmos. Criticar ou depreciar o que somos e criticar o que Deus fez e as habilidades que Ele nos tem dado. Saber que você e uma pessoa de valor ajuda-o a amar a Deus. conhece-lo pessoalmente e prestar uma valiosa contribuição as pessoas ao seu redor.
1.27 – Deus fez ambos, homem e mulher, a sua imagem. Um não foi feito a imagem de Deus mais do que o outro. Desde o início, a Bíblia coloca tanto o homem quanto a mulher no pináculo da criação. O gênero não é exaltado, tampouco depreciado.
1.28 – “Dominai sobre” e uma ordem para que sejam exercidos absoluta autoridade e controle sobre alguma coisa. Deus tem a palavra final sobre a terra e exerce o seu poder com amor e cuidado. Quando Deus delegou um pouco de sua autoridade a raça humana, esperava que esta assumisse a responsabilidade sobre o meio ambiente e as outras criaturas que compartilham o planeta. Não podemos ser negligentes ou devastadores ao cumprir esta função. Deus foi muito cuidadoso ao criar o mundo.
1.31 – Deus viu que a sua criação era excelente em todos os aspectos. Você e parte da criação de Deus, e Ele gosta de você da maneira como o fez. Se em algum momento você sentir-se desvalorizado ou diminuído, lembre-se que Deus o criou por uma boa razão. Você tem valor aos seus olhos.