ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Hebreus 13 há 25 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Hebreus 13.1-25 (5 a 7 min.).
Chegamos ao fim do estudo de Hebreus. Ao longo da carta, o autor demonstrou a superioridade de Cristo; explanou a importância do Seu sacrifício para nos aproximar da presença de Deus mediante a fé.
No capítulo final, o autor fala obre o aspecto prático desta fé e como ela deve influenciar o nosso comportamento, principalmente quanto ao nosso relacionamento com o próximo e o quanto nossas atitudes mostram que realmente nos importamos com ele. Por fim, o autor destaca a importância de seguir o exemplo daqueles que guardaram a fé antes de nós, ao mesmo tempo em que honramos e respeitamos os nossos líderes no presente, sem jamais tirar os olhos do nosso Grande Pastor, Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé.
OBJETIVOS:
– Destacar as virtudes da Igreja.
– Relembrar acerca dos deveres da Igreja.
– Exaltar o Senhor da Igreja.
PARA COMEÇAR A AULA
Nesta última aula sobre a carta aos Hebreus, faça algumas perguntas importantes aos alunos para ver o quanto foi fixado do conteúdo ministrado. Pergunte-lhes, por exemplo, o que acharam da carta aos Hebreus; qual o capítulo que mais chamou a atenção; qual o personagem dentre os heróis da fé com o qual mais se identificam. Ao final da aula, peça a alguns dos alunos que resumam a carta aos Hebreus em poucas palavras.
RESPOSTAS
1. Filadélfia.
2 O matrimônio.
3. Nosso Senhor Jesus Cristo.
LEITURA ADICIONAL
O AUTOR ESTÁ CONCLUINDO sua epístola e, nessa parte final, mostra como o verdadeiro cristianismo pode ser conhecido de forma prática. A sã doutrina sempre desemboca em vida transformada. A teologia é mãe da ética. O que cremos determina o que fazemos. Warren Wiersbe diz, acertadamente, que na Bíblia não há divisão entre doutrina e dever, entre revelação e responsabilidade. Elas caminham sempre juntas. Quais são as características de uma vida transformada? Uma vida transformada é conhecida por sua conduta exemplar (13.1-6). O autor destaca três áreas em que devemos demonstrar nosso testemunho como cristãos: no trato com o nosso próximo, no relacionamento conjugal e na maneira como lidamos com o dinheiro. Um cristão é alguém que cuida do próximo, respeita o cônjuge e se contenta com o que tem. Examinemos essas três áreas. Em primeiro lugar, em relação ao próximo (13.1-3). Nosso amor a Deus deve ser provado por nosso amor ao próximo. O apóstolo João afirma: Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1Jo 4.20). Aquilo em que cremos precisa influenciar aquilo que praticamos. O autor destaca três áreas da nossa atitude exemplar em relação ao próximo: Primeiro, amor fraternal (13.1). Seja constante o amor fraternal. A palavra amor usada aqui não é ágape, mas philadelphia, “amor de irmão de sangue”. Eles já tinham mostrado esse amor no passado, servindo aos santos e tendo compaixão pelos irmãos afligidos (6.10; 10.33,34). (…) Isso porque a igreja não é uma organização nem um clube, mas uma fraternidade. Calvino chega a dizer: “Não podemos ser cristãos sem que sejamos irmãos”. De que forma se manifesta o amor philadelphia? Amamos nossos irmãos de sangue como amamos a nós mesmos. Nosso amor por eles não é apenas por causa de seus méritos, mas apesar de seus deméritos; não apenas por causa de suas virtudes, mas a despeito de suas fraquezas. O amor philadelphia precisa ser constante, e não apenas em algumas ocasiões ou circunstâncias especiais. É oportuna a recomendação de Raymond Brown: “O amor cristão não deve se degenerar em mera emoção piedosa, mas deve ser expresso em contínuo cuidado prático”. Por isso, Calvino alerta: “Nada evapora mais facilmente do que o amor, quando cada um pensa de si mesmo mais do que convém e quando pensa menos nos outros do que deveria”.
Livro: Hebreus, A Superioridade de Cristo (Hernandes Dias Lopes. São Paulo, Hagnos, 2018, pgs. 179-180).
LIÇÃO 10: HEBREUS 13: DEVERES SOCIAIS E ESPIRITUAIS DA IGREJA
Texto Áureo:
“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.” Hb 13.7
Verdade Prática
Somos chamados para servir a Jesus e ao próximo com amor e alegria.
Estudada em 5 de junho de 2022
Leitura Bíblica Para Estudo: Hebreus 13.1-25
INTRODUÇÃO
I. DEVERES SOCIAIS DA IGREJA Hb 13.1-6
1. Amor fraternal Hb 13.1
2. Hospitalidade e encarcerados Hb 13.2,3
3. A honra ao matrimônio Hb 13.4
II. DEVERES ESPIRITUAIS DA IGREJA Hb 13.7-18
1. Lembrar dos pastores Hb 13.7,17
2. Obedecer aos pastores Hb 13.17
3. Orar pelos pastores Hb 13. 18
III. JESUS CRISTO É O MESMO Hb 13.19-25
1. Jesus é o mesmo Hb 13.8
2. O Grande Pastor das ovelhas Hb 13.20
3. A Ele seja a glória sempre Hb 13.21
APLICAÇÃO PESSOAL
Hinos da Harpa: 93 – 89
INTRODUÇÃO
Na conclusão desta carta, o escritor traz muitos conselhos, votos e saudações finais. Ele fala de amor fraternal, de hospitalidade, de matrimônio, de obediência.
I. DEVERES SOCIAIS DA IGREJA (Hb 13.1-6)
1. O Amor fraternal (Hb 13.1)
“Seja constante o amor fraternal.”
Neste momento em que o autor está concluindo sua epístola, onde fará diversas recomendações à igreja, o mesmo começa com o alerta: Permaneça o amor fraternal. Ou seja, continuem na amizade fraterna, seja constante entre vós o amor fraternal, continuem a amar uns aos outros como irmãos. Mesmo diante das perseguições imperiais e das lutas, com amor fraternal, eles venceriam juntos.
Vale lembrar que o Senhor Jesus, após três anos andando e ensinando seus discípulos, na última reunião ministerial diz: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos.” (Jo 15.15). Onde há amor fraternal, amizade, haverá lealdade, fidelidade e prosperidade ministerial e espiritual. Portanto, se perdermos outras coisas, permaneça o amor fraternal.
2. Hospitalidade e encarcerados (Hb 13.2,3)
“Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus-tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados.”
O escritor de Hebreus aconselha os seus leitores a estenderem o amor para todos os homens. Ao estranho, ao viajante, ao prisioneiro e ao sofredor. Na verdade, são exortações para se cumprir o mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
Os viajantes dependiam de moradores dos locais por onde passavam para fornecer-lhes abrigo e hospitalidade. O escritor os exorta a se importarem com seus semelhantes que necessitavam temporariamente de um teto. Ele menciona o caso de Abraão, Ló, Gideão e os pais de Sansão, que acolheram anjos (Gn 18.1-15; 19.1- 22; Jz 6.11-23; 13.3-21).
“Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles.”
Jesus refere-se a isso em seu discurso sobre as ovelhas e os bodes: “Eu estava preso e me visitastes” (Mt 25.39,43). Os prisioneiros, então, tinham de ser lembrados, caso contrário passariam fome, sede, frio e solidão. Mostrar a eles o amor de Cristo, ministrando às necessidades deles!
A última exortação é para lembrarem-se das pessoas que são maltratadas. Maus tratos se referem ao sofrimento físico: “como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fosseis os maltratados”.
3. A honra ao matrimônio (Hb 13.4)
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mancha; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.”
Por último, num mundo saturado com sexo, o cristão parece estar vivendo fora da realidade. Mas não é verdade. Quando Deus criou homem e a mulher, ele colocou as regras das relações conjugais.
Essas regras não foram invalidadas. Deus quer que Seu povo torne Seu mandamento conhecido na sociedade na qual Ele os colocou.
Os apóstolos enfrentaram um mundo sexualmente pervertido quando eles começaram a pregar o Evangelho da salvação. Eles fielmente pregaram e ensinaram as regras para uma vida integral. Esta é uma das razões pelas quais nós lemos tanto sobre casamento no Novo Testamento, pois a Palavra de Deus transformou a sociedade no século primeiro. Ela o fará de novo em nossa era.
O amor pelo próximo flui mais eficazmente do lar no qual o marido e a esposa se amam e se respeitam reciprocamente. Quando um casamento é honrado no lar, o amor emana para a sociedade. Guarde o ensino bíblico e viva uma vida pura e completa, rejeitando a ideologia de gênero e mantendo a ideologia de Gênesis.
II. DEVERES ESPIRITUAIS DA IGREJA (Hb 13.7-18)
Lembrar dos pastores (Hb 13.7,17)
“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram…. Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”
O autor destaca alguns cuidados especiais que a igreja deve ter com relação à sua liderança. O primeiro desses cuidados é lembrar-se dos seus guias, ou pastores, ou condutores. Lembrar é honrar, lembrar é respeitar, lembrar é reverenciar, lembrar também é imitar.
Enquanto alguns pensam: “o pastor não se lembra de mim”, a Bíblia está recomendando a lembrar dos vossos pastores. Enquanto outros pensam: “o pastor não aceita minhas ideias”, a bíblia está recomendando a imitar os vossos pastores.
Obedecer aos pastores (Hb 13.17)
“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.”
Aqueles que conhecem a Palavra, aqueles que são leais, que são verdadeiros discípulos e imitadores dos seus pastores, terão a bênção de Deus e serão bem sucedidos.
Os crentes hebreus são exortados à obediência, e também são exortados a entender que os líderes da igreja não são chefes, mas homens ou mulheres escolhidos pelo Senhor, com zelo pelas ovelhas. A desobediência traz dores e gemidos. Certa igreja trouxe tantos problemas para Paulo que o fez escrever: “Meus filhinhos, por quem sinto de novo, dores de parto” (Gl 4.19, NTLH).
Sejamos obedientes e submissos para que nossos pastores exerçam o ministério com alegria. A desobediência é uma das características da corrupção extrema dos últimos tempos (2Tm 3.2).
3. Orar pelos pastores (Hb 13.18)
“Orai por nós, pois estamos persuadidos de termos boa consciência, desejando em todas as coisas viver condignamente.”
O inimigo das nossas almas conhece todas as estratégias de guerra. Ele sabe que se ferir o pastor, as ovelhas serão dispersas. Os líderes eclesiásticos sofrem ataques constantes, são vítimas de calúnias, desprezo, difamação, etc, às vezes precisam de um amigo para desabafar. Pastores precisam de intercessores fiéis para serem ajudados na difícil tarefa de cuidar da noiva do cordeiro.
O apóstolo Paulo tinha um amigo por nome Onesíforo que o visitava na cadeia e muitas vezes o recreou. (2Tm 1.16). Ele não se envergonhou da prisão de Paulo. No auge do ministério surgem muitos amigos, mas na hora da angústia somente os verdadeiros amigos ficarão.
Foi inserido em nossa cultura eclesiástica que os pastores devem orar por todos. Mas a Bíblia nos ensina a orar uns pelos outros e o escritor de Hebreus exorta a orarmos pelos nossos pastores. A igreja será o espelho do seu líder. Se o pastor estiver bem, a igreja estará bem. Orai pelos vossos pastores.
III. JESUS CRISTO É O MESMO (Hb 13.19-25)
1. Jesus é o mesmo (Hb 13.8)
“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.”
A carta aos Hebreus começa exaltando o Filho e termina exaltando o Filho. Após afirmar que Ele é superior aos anjos, Ele é superior a Moisés, Ele é superior a Arão, Ele é o Sumo Sacerdote perfeito, Ele é o autor e consumador da fé, agora o autor está concluindo ressaltando sua divindade e sua Eternidade.
Neste mundo de mudanças tão rápidas, nada parece confiável e permanente. Os líderes vêm e vão. Um líder, no entanto, é imutável: Jesus Cristo. O autor diz: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre”. Tem-se pregado mais sermões sobre esse texto do que sobre qualquer outro de Hebreus.
Observe também a sequência do tempo: passado, presente e futuro. O termo ontem se relaciona à obra mediadora de Jesus na terra, proclamada e confirmada aos líderes por aqueles que o ouviram (3.3). A expressão hoje se refere à obra intercessória que Jesus realiza no céu, onde ele representa o crente na presença de Deus (Rm 11.34; Hb 7.25; 9.24). E as palavras para sempre pertencem ao sacerdócio de Cristo. Ele é sacerdote para sempre.
2. O Grande Pastor das ovelhas (Hb 13.20)
Ora, o Deus da paz, que tornou o trazer dentre os mortos a Jesus, Nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança.”
Numa ocasião em que a igreja estava passando por uma terrível perseguição, num momento em que o escritor já recomendou resistir até o sangue, se for preciso, na época das perseguições imperiais, o escritor ressalta que Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, mesmo governando sobre os céus e a terra, mesmo tendo as chaves da morte e do inferno, haver recebido todo poder nos céus e na terra, Ele tem tempo para nos apascentar, Ele cuida de nós, Ele promete estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
Neste tempo de supervalorização dos títulos eclesiásticos, onde muitos se acham donos da Igreja, é bom lembrar que o grande é Jesus. O maior é Jesus. A igreja é de Jesus. Os demais pastores cooperam com Ele, mas Ele é a Cabeça do corpo da Igreja. É Ele quem manda, quem comanda. Ele é o Grande Pastor das ovelhas que recompensará os que trabalharam com Ele cuidando das ovelhas (1Pe 5.4).
3. A Ele seja a glória sempre (Hb 13.21)
“Vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!”
Aperfeiçoar aqui, quer dizer completar integralmente, tornar completamente pronto, ajuste completo. Por isso em Hebreus 12.2 fomos orientados a olhar para Jesus que é o Autor e Consumador da nossa fé. Quando olhamos para o homem, nós falhamos, mas quando olhamos para Ele, somos aperfeiçoados.
Quando Deus disse a Abraão: “Anda em minha presença e sê perfeito”, estava dizendo, se você andar ao meu lado, olhar sempre para mim, me imitar e me obedecer, será parecido comigo, será perfeito.
Aquele que começou a boa obra em nós a aperfeiçoará até o dia final, e a forma que Deus torna o Seu povo perfeito é operando nele sempre a Sua boa, agradável e perfeita, vontade por Cristo Jesus, a quem seja a glória para todo sempre.
Observe: não há obra boa operada em nós a não ser que seja obra de Deus. Ele age em nós antes de sermos capazes para qualquer boa obra. Nenhuma coisa boa é operada em nós por Deus, a não ser por meio de Jesus Cristo.
Ele nos mostra Sua vontade e nos capacita para realizá-la; jamais nos atribui uma tarefa sem nos dar o poder de realizá-la. Com a visão, envia também o poder. Quando nos manda, Ele o faz armando-nos e equipando-nos com todo o necessário. Exatamente por isso, essa sublime doxologia, adoração, glorificação e eterna glória lhe é devida.
Ele é o autor da eterna aliança, a causa de todo o bem operado em nós e todas as boas obras feitas por nós. O próprio Deus opera em nós e nos equipa para fazer a Sua vontade por meio de Jesus Cristo. A Ele seja a glória para todo sempre. E todos dizemos: amém!
APLICAÇÃO PESSOAL
Nossa fé não pode se resumir à teoria. Manifeste a cada oportunidade a sua fé através da prática do amor cristão.
RESPONDA
1) Qual a palavra grega para amor fraternal?
2) Qual a instituição que deve ser venerada entre todas?
3) Quem é o grande Pastor das ovelhas?