Lição 12 – Ester 9 – Os Judeus Triunfam Sobre os Inimigos

LIÇÃO 12 – ESTER 9 – OS JUDEUS TRIUNFAM SOBRE OS INIMIGOS

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 9 há 32 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 9.1-19 (5 a 7 min.).

Enfim, chegou o dia em que os judeus seriam exterminados por determinação do decreto de Hamã, tendo sido aquele dia escolhido através do lançamento de sortes. No entanto, depois que a rainha Ester intercedeu junto ao rei, alcançou favor e graça do soberano, que até então sequer tinha conhecimento de que o cumprimento do decreto afetaria a sua própria casa. O rei desconhecia que sua rainha fazia parte do grupo condenado à morte.
E Deus agiu “nos bastidores”, fazendo com que tudo acontecesse no momento oportuno. O rei ficou tão impressionado com a traição de Hamã que mandou executá-lo sumariamente. Porém, a situação dos judeus não estava resolvida ainda., até que o próprio rei sugeriu, em resposta à intercessão de Ester, que um novo decreto fosse baixado dando aos judeus o direito de se defender. Eles poderiam matar quem pretendia matá-los.

 

OBJETIVOS
• Esclarecer que os judeus agiram em legítima defesa, destruindo os seus inimigos.
• Compreender que Ester agiu visando a preservação do seu povo.
• Entender a importância do livramento comemorado pelos judeus.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Fale sobre a situação das pessoas condenadas à morte que recebem indulto no último momento. Impossível imaginar a reação desses condenados que são libertos no instante em que perderam toda a esperança de salvação da circunstância na qual estão envolvidos. Mas a providência de Deus é infalível e Ele tem os recursos para cada situação, em cada época.
Os judeus estavam perplexos com o que lhes reservara o decreto do rei, mas a mão invisível do Todo-Poderoso teceu os fios de forma que a tristeza e luto se transformassem em alegria e comemoração.

 

RESPOSTAS
1) A sua sobrevivência.
2) Setenta e cinco mil e oitocentos mortos.
3) Foram dois dias de comemoração.

 

LEITURA ADICIONAL
O livro de Ester é, como temos visto, construído ao redor de uma grande reviravolta de destinos. Se Ester é uma tragédia ou uma comédia depende da perspectiva de cada um. Para Hamã e seus aliados é uma grande tragédia, já que todos os seus esquemas para triunfar sobre os odiados judeus dão em nada. Para Ester, Mordecai e a comunidade do povo de Deus, contudo, é uma comédia em todos os aspectos, com a transformação do desastre iminente numa situação na qual cada pessoa pode viver feliz para sempre e rir dos antigos temores.
O tema da reviravolta se torna explícito já no primeiro versículo de Ester 9: “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam” (Et 9.1). Finalmente, chegou o dia decisivo para a comunidade judaica no império persa no décimo terceiro dia de adar. Os editos conflitantes de Hamã e de Mordecai, contra e a favor do povo de Deus, entraram em vigor, levantando a questão sobre qual edito sairia vitorioso. O escritor não mantém o suspense por muito tempo. Pelo contrário, ele nos diz desde o início como o dia terminou: a situação foi invertida. Aqueles que tinham esperança de dominar e destruir os judeus foram eles mesmos destruídos. O suspense foi deliberadamente eliminado para que o escritor pudesse enfatizar o ponto principal do capítulo: ocorreu uma reviravolta no destino do povo de Deus. O fim da história mostra aqueles que estavam impotentes, os judeus, tendo o total controle, dominando seus inimigos no mesmo dia em que esses haviam alimentado a esperança de dominá-los.
Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016, p.115,116).

 

Estudada em 19 de setembro de 2021

 

Leitura Bíblica Para Estudo Et 9.1-19

 

Texto Áureo
“Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susã, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram.” Et 9.15

 

Verdade Prática
Deus estava com Seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando os poderes terrenos estavam operando para matá-los e destruí-los.

 

INTRODUÇÃO

 

I. INIMIGOS MORTOS Et 9.1-10
1. Legítima defesa Et 9.1
2. Popularidade de Mordecai Et 9.4
3. Luta pela vida e não por riqueza Et 9.10

 

II. MORTES EM SUSÃ Et 9.11-15
1. O rei recebe o relatório Et 9.12
2. Mortos os filhos de Hamã Et 9.13
3. Ester renova sua petição Et 9.13

 

III. CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO Et 9.16-21
1. O sossego após a luta Et 9.16
2. Dois dias de celebração Et 9.17
3. Celebração até hoje Et 9.21

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 305 – 225

 

INTRODUÇÃO
Finalmente chegou o grande dia da vingança, no décimo terceiro dia do décimo segundo mês de 473 a.C. O segundo decreto havia neutralizado os efeitos do primeiro, publicado por influência de Hamã, que assinalara aquele mesmo dia para o genocídio e para o saque da comunidade judaica. Portanto, estava em operação a providência de Deus, sendo esse o tema central do livro de Ester.

 

I. INIMIGOS MORTOS (Et 9.1-10)

1. Legítima defesa (Et 9.1)
“No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam ”
Os judeus agiram em legítima defesa contra os que tentaram se aproveitar do primeiro edito promulgado por Hamã, mas não confiscaram as propriedades de seus adversários. Uma das chaves da história é que as “coisas podem virar ao contrário”. O que os inimigos queriam fazer contra os judeus, foi feito contra eles mesmos. A alegria que deveria vir a seus inimigos foi dada aos judeus. Deus jamais é mencionado no livro, mas Sua providência está em vista. E, em vez de precisar suportar a mortandade sem qualquer meio de defesa, a nova legislação permitia que os judeus lutassem contra os que os atacassem e os matassem. O fato de ter acontecido esta surpreendente mudança nas circunstâncias inspirava temor.

 

2. Popularidade de Mordecai (Et 9.4)
“Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele se ia tornando mais e mais poderoso”.
Além do medo dos judeus, havia também o temor de Mordecai entre os líderes, que fez com que estes ajudassem o povo judeu. Podem ter feito isso para se proteger politicamente, em vista do poder e da popularidade que Mordecai possuía.
É interessante observar que quase tão misteriosa quanto o temor dos judeus, foi a popularidade do novo primeiro-ministro. Por que será que ele fora guindado tão rapidamente a uma posição tão poderosa na política mundial? E por que será que o povo estava preparado para confiar nele como líder? Uma influência sobrenatural parece estar nas entrelinhas, aumentando as tendências naturais de adoração dos heróis e reforçando o interesse próprio. Mordecai lidou com toda a situação com sabedoria.

 

3. Luta pela vida e não por riqueza (Et 9.10)
“Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e destruição; e fizeram dos seus inimigos o que bem quiseram.”
Embora os bens dos inimigos resultantes do saque tivessem sido concedidos aos judeus, o autor evidentemente quer ressaltar que eles estavam lutando pela sobrevivência, e não por lucros materiais. Os judeus não eram os agressores, mas estavam se defendendo dos seus inimigos. Portanto, os judeus não estavam atrás de dinheiro. Eles não saquearam as casas e propriedades daqueles a quem mataram, nem mesmo dos dez filhos de Hamã.
Segundo o Targum (paráfrase do Antigo Testamento), os judeus usaram espadas, lanças e cacetes, bem como quaisquer outras armas que pudessem ter em mãos. Os homens encobriam os olhos para não ver os golpes que terminavam com eles. Mulheres lamentavam-se e choravam. Na verdade, era uma vingança cruel. Mas os judeus estavam defendendo o direito à vida e, nesta luta, como eram minoria, não havia alternativa senão fazer aos outros o que estes desejaram fazer com eles.

 

II. MORTES EM SUSÃ (Et 9.11-15)

1. O rei recebe o relatório (Et 9.12)
“Na cidadela de Susã, mataram e destruíram os judeus a quinhentos homens e os dez filhos de Hamã; nas mais províncias do rei, que terão eles feito? Qual é, pois, a tua
petição? E se te dará. Ou que é que desejas ainda? E se cumprirá”
Um auxiliar levou ao conhecimento do rei o número total dos que foram mortos. É evidente que ele requereu esse ato, com o propósito de apresentar os “resultados” a Ester, cujo favor procurava e cujos desejos ele queria satisfazer. O rei recebeu o relato da matança. Por quaisquer padrões, perder quinhentos homens em um dia era apavorante, e há uma horrível inferência no cálculo feito pelo rei do número total de pessoas mortas no resto das províncias, pois se fizeram isso em Susã, imaginem como deve ter sido no resto das províncias!

 

2. Mortos os filhos de Hamã (Et 9.13)
”Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.”
Além da matança das quinhentas pessoas mencionadas, os dez filhos de Hamã foram mortos, e o autor sacro registra os nomes deles todos, a fim de que possamos perceber quão grande triunfo ocorreu: “como também a Parsandata, a Dalfom, a Aspata, a Porata, a Adalia, a Aridata, a Farmasta, a Arisai, a Aridai e a Vaizatá, que eram os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus; porém no despojo não tocaram” (Et 9.7-10). Foram mortos com golpes de espada. O Targum relata que Hamã tinha mais de 200 filhos e, considerando que todos os poderosos da época tinham amplos haréns, isso provavelmente está certo. No entanto, parece viável que os dez filhos seletos de Hamã eram todos filhos de sua esposa Zeres (Et 5.10.14). Fora ela quem encorajara os preparativos para a morte de Mordecai.

 

3. Ester renova sua petição (Et 9.13)
“Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.”
A rainha foi presenteada com outra “carta branca” e não demonstrou nenhum sinal de enfraquecimento em sua busca de adversários locais. Até então as baixas haviam ocorrido na acrópole, na cidadela de Susã, em oposição à cidade, onde devia se encontrar a maioria da população.
O pedido de Ester é que outro dia fosse dado em que toda resistência ali fosse anulada, e que os corpos dos dez filhos de Hamã fossem expostos publicamente em forcas, como meio de intimidação, como havia acontecido com os corpos de Saul e seus filhos (1Sm 31.8-12).
O pedido para que os filhos de Hamã fossem pendurados em “forca” correspondia a pedir para que os corpos fossem mostrados em público, relembrando que assim Hamã havia planejado matar Mordecai. Além do que, a exposição pública do inimigo morto era uma prática comum no antigo Oriente Próximo.
O rei promulgou o decreto. Podemos inferir que permaneciam na cidade tropas encarregadas de executar o edito original. Só organizando os seus homens e arman- do-os, a resistência poderia ser eficaz. E no dia catorze do mês de adar a última ação defensiva foi levada a efeito, e foi assegurada a libertação judaica do edito de Hamã. “Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susã, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram”(Et 9.15). Assim, Susã foi expurgada de todos os inimigos dos judeus.

 

 

III. CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO (Et 9.16-21)

1. O sossego após a luta (Et 9.16)
“Também os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram, e se dispuseram para defender a vida, e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos que os odiavam; porém no despojo não tocaram.”

O livro de Ester não tem a pretensão de ser um tratado ético, em vez disso, ele sublinha a perseguição experimentada pelos judeus em meio a nações pagãs e nos lembra que Deus permanece comprometido em preservar Seu povo. Lutando por suas vidas, os judeus tiveram sossego dos seus inimigos matando um total de 75.80O oponentes que certamente os teriam eliminado. Mais uma vez, qualquer tentativa de obter vantagens materiais com base nesse incidente foi frustrada.
Apesar das críticas, os judeus mostraram-se moralmente corretos. O decreto original de Hamã determinava extermínio de homens, mulheres e crianças e permitia a pilhagem. As forças defensivas dos judeus mataram somente homens e não efetuaram a pilhagem. Aqueles mortos eram inimigos conhecidos.

 

2. Dois dias de celebração (Et 9.17)
“Sucedeu isto no dia treze do mês de adar; no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes e de alegria.”

É bem possível que o decreto de Hamã tivesse incendiado a hostilidade contra os judeus. Muitos dos inimigos dos judeus provavelmente tiveram a esperança de destruí-los e saqueá-los, mas foram completamente derrotados. Estes versículos fazem um resumo dos dias de livramento dos judeus. Em Susã, eles tiveram dois dias de lutas e depois descansaram e comemoraram no décimo quinto dia do mês de adar (correspondente ao nosso período de fevereiro a março). Os judeus do restante das províncias persas lutaram por um dia e jejuaram no décimo quarto dia do mês. “Os judeus, porém, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze e o fizeram dia de banquetes e de alegria” (Et 9.18).
A liberação motivou regozijo, daí a instituição de um feriado no décimo quarto dia do mês de adar, celebrado com banquetes, um dos temas constantes do livro. Não havia festividades durante os últimos cinco meses do calendário hebraico (outubro a março). No meio do último mês do ano seria bem-vinda uma razão para se regozijar, depois do inverno. O jejum e a lamentação eram reservados para outros dias.

 

3. Celebração até hoje (Et 9.21)
“ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos,”
Aqui o relato da instituição da festa em questão indica a diferença da sua comemoração entre a data da festa em Susã e a observada nos outros lugares. A razão para a diferença foi atribuída pelo pedido ulterior de Ester ao rei (Et 9.13). Consequentemente, Susã precisava observar o décimo quinto dia de adar como feriado, enquanto em todos os outros lugares se observava o décimo quarto. Da mesma forma que em festividades comunitárias, havia uma troca de presentes, porções dos banquetes. Um compartilhamento generoso expressava alegria e, ao mesmo tempo, a aumentava, em assegurar que ninguém ficava dela excluída por causa de pobreza. A narrativa subentende a solidariedade das comunidades judaicas; embora estivessem espalhadas por todo o império, elas conservaram a sua identidade e se regozijaram juntas em sua experiência comum de libertação.
Desta forma, uma conspiração que pretendia destruí-las resultou em uma festa que ajudou a unidas e a mantê-las como um único povo. Além disso, deu origem a uma das maiores festas judaicas: o dia do Purim, celebrado obrigatória e efusivamente todos os anos, até aos dias de hoje.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Deus estava com Seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando poderes terrenos estavam operando para os matar e destruir.

 

RESPONDA:

1) Qual o motivo real da luta dos judeus contra os seus inimigos?

2) Qual o resultado de número de mortos pela mão dos judeus?

3) Por quantos dias os judeus comemoraram a vitória sobre seus inimigos?