Lição 12 – Tiago 3 e 4: Como Controlar a Língua e Resistir ao diabo

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Tiago 3 e 4 há 18 e 17 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Tiago 3.1-18 (5 a 7 min.).

Professor(a), esta lição nos ensina a dupla ação das palavras, seja para a edificação da fé, seja para a condenação dos irmãos. Sejamos prudentes no uso das palavras, a boca do cristão não deve amaldiçoar nem destruir os que caminham na fé; antes devemos aconselhar, ensinar e abençoar. Mostre aos irmãos que nossos comportamentos devem ser coerentes com o que ensinamos, pois os que não dão exemplo cultivam uma sabedoria terrena de onde nascem as disputas e discórdias motivadas por vaidade e inveja. O crente deve submeter-se a Deus, não desejar os aplausos humanos; ser servo paciente dos irmãos, como Jesus ensinou, e não ceder às propostas fáceis do diabo que nos tornam arrogantes e prepotentes.

 

 

OBJETIVOS
• Alertar acerca dos cuidados com a língua.
• Destacar a sabedoria que vem do alto.
• Exortar quanto à fragilidade dos projetos humanos.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Comece provocando uma reflexão sobre a pessoa de Cristo. Nosso Senhor nunca quis para si as glórias humanas, Ele não cedeu às tentações do diabo nem quis se tornar um líder político ou religioso. Ao invés disso, humilhou-se até a morte. Tudo Ele obedeceu segundo a vontade do Pai e dando exemplo de tudo o que a lei e os profetas haviam anunciado a seu respeito. Nenhum comportamento de Jesus foi diferente do que Ele ensinou. Temos cultivado a mesma sabedoria, humildade e submissão a Deus?

 

 

RESPOSTAS
1) Arrasta.
2) Terrena, animal e demoníaca.
3) Bênçãos.

 

 

Lição 12 – Tiago 3 e 4: Como Controlar a Língua e Resistir ao diabo

 

LEITURA ADICIONAL
Sabedoria, a falsa e a verdadeira (3.13-18)
Tiago volta ao tema da sabedoria que ele já mencionou em 1.5. Ele começa ao destacar que a verdadeira sabedoria não é somente intelectual; ela é demonstrada por um bom procedimento (“mediante condigno proceder”, ARA) e é marcada por mansidão (Mt 5.5; 11.28), e não por orgulho. Nisso, Tiago está em harmonia com o saudável ensino bíblico (Jó 28.28; SI 25.9), mas ele está em rota de colisão com muita sabedoria mundana. Sabedoria e entendimento (v. 13) estão ligados aqui, como com frequência nas Escrituras. “A segunda palavra expressa conhecimento pessoal e, portanto, experiência”. O contrário da mansidão da sabedoria é inveja amarga e ambição egoísta (v. 14). Cf. G1 5.19- 23. Se essas coisas nos caracterizam, mesmo que nos vangloriemos da nossa sabedoria, toda a nossa vida é uma negação da verdade revelada em jesus (Ef 4.21). A falsa sabedoria é terrena; não é espiritual, mas demoníaca (v. 15). Em vez de “não é espiritual”, a RV traz “sensual”; a ARC traz “animal”; e, em vez de “demoníaca”, a ARC traz “diabólica”. Em outras palavras, pertence à terra, e não ao céu (1Co 15.48); à natureza, e não ao Espírito (1Co 2.14; 15.44-46; Jd 19); e aos demônios, e não a Deus (1Tm 4.1). O v. 16 dá provas da afirmação anterior (1Co 14.33). Mas a verdadeira sabedoria é divina em sua origem, e ela é antes de tudo pura; depois, pacífica (v. 17). E pura na sua essência e, por consequência, na sua expressão é pacífica (Pv 3.17), amável, “paciente”, compreensiva (“tratável”, ARA), cheia de misericórdia e de bons frutos (contraste com 3.8), Tiago 4.5 imparcial e sincera. Se tomarmos “misericórdia” e “bons frutos” juntos, temos “Os Sete Pilares da Sabedoria” (Pv 9.1). v. 18. O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores’. O “fruto da justiça”, às vezes, é interpretado como sendo o “produto da justiça” (Is 32.17; Rm 6.20-22), mas parece harmonizar melhor com o contexto se interpretarmos a expressão aqui como “o fruto que é justiça”, e assim o versículo é o complemento de 1.20. As palavras são uma ampliação de “pacífico” e “bons frutos” no v. 17. Alguns comentaristas associam “justiça” a “paz” (cf. Sl 85.10), e alguns trazem “pelos” em vez de “para os” (v. nota textual da NVI). Pv 11.30; Am 6.12; Mt 5.9; Fp 1.11; Hb 12.11. Moffatt traz “Os pacificadores que semeiam em paz colhem justiça”.
Livro: Comentário bíblico NVI Antigo e Novo Testamentos (Editor geral F. F. BRUCE)

 

Estudada em 19 de junho de 2022

 

Leitura Bíblica Para Estudo Tiago 3.1-18

 

Texto Áureo
“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.” Tg 3.6

 

Verdade Prática
Quem ouve conselhos se torna sábi0.

 

INTRODUÇÃO

I. OS CUIDADOS COM A LÍNGUA Tg 3.1-12
1. O duro juízo para os mestres Tg 3.1
2. A língua é como um fogo Tg 3.6
3. A dupla função da língua Tg 3.10

 

II. A SABEDORIA DO ALTO Tg 3.13-18
1. A verdadeira sabedoria Tg 3.13
2. A sabedoria terrena Tg 3.15
3. A sabedoria que vem do alto Tg 3.17

 

III. RESISTINDO AO DIABO Tg 4.1-17
1. A origem das disputas Tg 4.1
2. Colocando O diabo para correr Tg 4.7
3. Se Deus quiser Tg 4.13

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 77 – 88

 

INTRODUÇÃO
Seguindo os ensinamentos desse manual da fé, cresceremos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo.
Nesta lição estudaremos temas de grande relevância para a igreja: o tropeço na palavra, o poder da língua, a sabedoria que vem de Deus, como devemos resistir às paixões e desejos que causam intrigas, como resistir ao diabo, como tratar os irmãos, a fragilidade dos projetos humanos, etc.

 

I. OS CUIDADOS COM A LÍNGUA (Tg 3.1-12)

1. O duro juízo para os mestres (Tg 3.1)
“Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber mai0r juízo.”
Tiago está seguindo a mesma linha de pensamento dos capítulos anteri0res onde ele orientou ouvir mais e falar menos. Aqui o apóstolo faz um alerta que serve tanto para aqueles que são mestres como para aqueles que se dizem mestres, sem terem recebido de Deus tal dom. Certo pensador disse: “Seja senhor do seu silêncio para não ser escravo de suas palavras”.
A quem muito é dado muito é cobrado. Por isso, o juízo é mai0r sobre aquele que ensina. Devemos medir as palavras para que elas não se voltem contra nós.
Daí a conclusão de que “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Aquele que ensina e faz-se exemplo daquilo que ensina não tropeça nas suas palavras e, para o apóstolo Tiago, é um varão perfeito.

 

2. A língua é como um fogo (Tg 3.6)
“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.”
Uma música popular dizia que “palavras são navalhas”. De fato, as palavras podem trazer vida e podem matar. Elas não são apenas navalhas, podem ser flechas, pedras, espadas, setas, dardos inflamados que ferem e podem matar.
Elias, um profeta cheio de autoridade, enfrenta 850 profetas de Baal e Aserá, mas uma palavra de Jezabel quase mata o homem de Deus. Ele dispensou o seu moço, fugiu para o deserto, se prostrou e pediu a morte (1Rs 19.2-4).
Uma calúnia destrói casamentos, destrói amizades, destrói ministéri0s. A difamação pode levar pessoas à depressão e até ao suicídi0. Em Provérbi0s 26.20 está escrito: “Sem lenha, o fogo se apagará; e, não havendo maldizente, cessará a contenda.”
Que Deus nos livre dos caluniadores, dos difamadores, dos maldizentes, pois a língua possui veneno mortal.

 

3. A dupla função da língua (Tg 3.10)
De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim.”
Manoel Neres de Alencar (in memoriam), porteiro da Assembléia de Deus em Salvador na Bahia, um homem honrado, pai de 9 filhos, em muita instrução, com apenas n segundo ano primári0, leu a Bíblia toda 3 vezes e ensinava para os seus filhos, o seguinte: A BOCA QUE MALDIZ, POR QUE NÃO BENDIZ ?
Quando lemos as lindas histórias da Bíblia Sagrada, percebemos o quanto era importante a ministração da bênção e o quanto é perigosa uma palavra de maldição.
Faraó era um homem ímpi0, mas a Bíblia diz que quando Jacó chegou no Egito, ele abençoou Faraó duas vezes. Na chegada e na saída (Gn 47.7,10).
Deus não permitiu que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, ui e. transformou a maldição em benção. (Ne 13.2) Vale lembrar que a promessa de Deus para Abraão foi: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gn 12.3).
Aqueles que usam a língua para amaldiçoar atraem maldição para si, porém, os que usam a língua para abençoar, atraem bênçãos. Portanto, usemos nossa língua para abençoar nossa nação, nossos líderes, nossa família, etc.

 

II. A SABEDORIA QUE VEM DO ALTO (Tg 3.13-18)

1. A verdadeira sabedoria (Tg 3.13)
“Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras.”
A verdadeira sabedoria vem lá do alto e é evidenciada através do testemunho chamado aqui de “condigno proceder”, ou seja, de acordo com o mérito, proporci0nal ao serviço cristão realizado, vivendo honradamente com humildade. Aquele que tem a sabedoria do alto prova isso através das boas ações praticadas.
Tiago alerta que alguns se acham sábi0s, porém têm os corações chei0s de inveja, chei0s de amargura e sentimento facci0so. A inveja mata, a amargura oprime e faz adoecer a alma, o sentimento facci0so divide amigos, família e ministérios, mas quem tem a sabedoria que vem lá do alto transmite vida, trás libertação aos oprimidos e é pacificador.

 

2. A sabedoria terrena (Tg 3.15)
“Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca.”

Tiago destaca três características acerca da sabedoria que não vem do alto: a) Terrena. Não vem
de cima, não vem do alto, não vem do céu, não vem de Deus, não vem da Bíblia, vem exclusivamente da carne e dos sentimentos humanos, b) Animal. Não é espiritual, não é guiada pelo Espírito Santo, pode até alegrar a alma, mas não alegra nem edifica o espírito, o homem interi0r, c) Demoníaca. O apóstolo Paulo alertou que nos últimos dias, muitos dariam ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demôni0s (1Tm 4.1). O apóstolo Pedro orienta os pastores a servirem à igreja como exemplo ao rebanho e não como “dominadores” ou “pequenos deuses (1Pe 5.3).
Onde há inveja e sentimento facci0so, tem confusão e toda espécie de coisas ruins (v-16). Deus não opera em lugares nem em corações dominados por esses sentimentos ruins. Onde o Espírito de Deus está há liberdade. (2Co 3.17)

 

3. A sabedoria que vem do alto (Tg 3.17) ,
“A sabedoria, porem, ia do alto e, primeiramente, pura; depois, pacifica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.”
Devemos buscar a sabedoria que vem lá do alto, ela é. a) Pura. A palavra em grego é “hagnos”, semelhante a “hágios , que significa santo, limpo, perfeito, inocente, b) Pacífica. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. (Mt 5.9). Promova paz e não guerra! c) Indulgente. Manso, brando, gentil, complacente, compreensivo, tolerante, d) Tratável. Acessível, comunicativo. Igreja é lugar de comunhão e de comunicação. Comunique-se, se conecte (Rm 12.13) e) Plena de misericórdia. Cheia de compaixão. f) Plena de bons frutos. Os dons podem demonstrar carisma, mas o fruto revela o caráter, g) Imparcial. Sem fazer acepção de pessoas, h) Sem fingimentos. Ou seja, sem hipocrisia. Sem disfarces, sem máscaras. O amor seja não fingido” (Rm 12.9 ARC).
Quem possui a sabedoria lá do alto produz frutos de justiça, semeia e exercita a paz. Peça a Deus esta sabedoria que vem lá do alto.

 

III. RESISTINDO AO DIABO (Tg 4.1-17)

1. A origem das disputas (Tg 4.1)
“De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?”

Quais são os prazeres que mi­litam ou guerreiam em nós cau­sando contendas, guerras e pe­lejas? a) Cobiça e inveja. A Bíblia recomenda não ambicionar coisas altas, mas acomodar-se com as humildes (Rm 12.16). b) Maus de­sejos. Não pensam no bem do Rei­no de Deus, mas em seus próprios deleites, c) Amizade com o mundo. Deus é Santo e não admite mistu­ras. A luz não tem comunhão com as trevas.
O apóstolo Tiago dá a receita para nos livrarmos desses praze­res da carne: Lembrar que o Es­pírito Santo tem ciúmes de nós, humilhar-se, sujeitar-se a Deus, resistir ao diabo, chegar-se a Deus, limpar as mãos, purificar os corações, sentir as misérias, lamentar, chorar, não falar mal do irmão.

 

2. Como colocar o diabo para correr (Tg 4.7)
“Sujeitai-vos; portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.

Tiago nos orienta acerca de duas atitudes que farão o diabo “bater em retirada”:

a) SUJEITAR-SE A DEUS. Esse termo indica submissão total a Deus, estar sob obediência, estar totalmente rendido ao Senhor, sob o controle de Cristo. O conselho de Tiago está em perfeita harmo­nia com o escritor de Hebreus que disse: “Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?” (Hb 12:9).

b) RESISTIR AO DIABO. Resistir é lutar contra, resistir é opor-se ao diabo, resistir é não ceder, não aceitar suas sugestões. 0 rei Davi venceu muitas batalhas no lugar forte, no deserto, mas no palácio não resistiu e caiu. Adão estava no Éden, não resistiu e caiu, Jesus es­tava no deserto, resistiu e venceu. A Bíblia diz que após a resistência de Jesus usando a Palavra, o diabo se ausentou dele e vieram os an­jos e o serviram (Mt 4.11). Resista com a Palavra, resista confrontan­do suas propostas, ainda que es­sas propostas sejam supostamen­te bíblicas, pois o diabo disse: está escrito, mas Jesus disse: Também está escrito. Quem conhece a Pala­vra não se deixa levar pela conver­sa do diabo, mas com a autorida­de da Palavra e do nome de Jesus, coloca o mesmo pra correr. Resista com oração e jejum.

 

3. Se Deus quiser (Tg 4.13)
“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros.”
Tiago ensina que não sabemos o que sucederá amanhã, por isso não podemos ser presunçosos, arrogantes ou pretenci0sos. Somos comparados a uma neblina que aparece e é dissipada rapidamente. Os nossos projetos devem ser entregues ao Senhor para que Ele nos conduza em segurança. O ensinamento de Tiago foi tão forte que até hoje, quando somos indagados sobre a ida a algum lugar ou execução de alguma tarefa, geralmente dizemos: “Se Deus quiser”.
As pretensões arrogantes são consideradas pelo apóstolo Tiago como jactância maligna. Por isso
ele conclui esse assunto dizendo que “aquele que sabe fazer o bem e não faz, comete pecado” (v. 17).
Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos buscar a sabedoria que vem lá do alto, resistir ao diabo e sempre submeter a Deus os nossos projetos, dizendo: se Deus quiser.

 

RESPONDA
1) Complete: A palavra convence, mas o exemplo…

 

2) Quais as características da sabedoria que NÃO É do alto?

 

3) Os que usam a língua para abençoar atraem: