Lição 2 – Mateus 3 e 4: Batismo e Tentação de Jesus

LIÇÃO 2 – MATEUS 3 e 4: BATISMO E TENTAÇÃO DE JESUS

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Mateus 3 e 4 há 17 e 25 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Mateus 3.13 – 4.17 (5 a 7 min.).

Amado(a) professor(a), nesta lição seus alunos devem entender que o ministério de Jesus é restaurador e definitivo. Sua aula deve levá-los a entender que, mesmo sem pecado, o Messias deixou-se batizar para realizar o plano divino de restauração. Mais ainda, estimule seus alunos a perceber que Jesus assumiu um ministério, ou seja, um serviço, atendendo ao propósito de resgatar a humanidade das trevas para a Luz. Pergunte aos seus alunos: pode o mundo encontrar luz longe de Jesus? A quem cabe anunciar a Luz que novamente há de se manifestar visivelmente? Sob a unção do Espírito Santo, a Igreja – corpo espiritual do Messias – resiste a Satanás pelo manuseio sábio e inspirado das Escrituras.

 

 

OBJETIVOS
• Compreender que o batismo exige renúncia às trevas e serviço em favor do Reino.

• Testemunhar a vitória da Luz sobre as trevas pelo poder das Escrituras.

• Compreender que cabe à Igreja dar testemunho missionário de conversão.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Faça um pequeno exercício de memória com seus alunos: como você se preparou para o batismo? Desde o batismo, como sua vida foi transformada? Mostre que só pelo poder do Espírito e pela vivência das escrituras atravessamos desertos e vencemos as trevas. Na lição anterior você ensinou que a Luz veio ao mundo, agora ensine que a Luz se fez conhecida para que ninguém pereça nas trevas. Como batizados e convertidos, devemos testemunhar a Luz para que todos encontrem e adorem o verdadeiro Messias.

 

 

RESPOSTAS 

1) Ao profeta Elias.
2) O status de Cristo como Filho de Deus.
3) Ao norte da planície de Genesaré.

 

Texto Áureo
“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mt 3.17

Verdade Prática
Os que estão nas trevas do pecado ou na região da sombra da morte, separados de Deus, são salvos por intermédio de Jesus Cristo.

 

Estudada em 10 de outubro de 2021

 

Leitura Bíblica Para Estudo: Mateus 3.13-4.17

 

INTRODUÇÃO

I. JOÃO BATIZA JESUS Mt 3.1-17
1. João Batista Mt 3.3
2. O anúncio do Messias Mt 3.11
3. O batismo de Jesus Mt 3.13

 

II. A TENTAÇÃO Mt 4.1-11
1. Se és Filho de Deus Mt 4.3
2. A importância das Escrituras Mt 4.4
3. Ele venceu a tentação Mt 4.11

 

III. O INÍCIO NA GALILEIA Mt 4.12-25
1. O retorno para a Galileia Mt 4.12
2. O início do ministério Mt 4.17
3. A luz onde havia trevas Mt 4.23

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 447 – 20
 

 

INTRODUÇÃO
O Messias inicia, com cerca de trinta anos, o seu ministério, que foi antecedido de grande impacto profético em Israel para anunciá-lo, cabendo a João Batista esta tarefa. Em Jesus foi ratificada a palavra profética e Nele se confirmou todo o propósito do Pai. Após, foi tentado, venceu e iniciou a execução do plano de salvação traçado em favor da humanidade.

 

ASSUNTO EXCLUSIVO DE MATEUS
A mudança de Jesus para Cafarnaum

 

I. JOÃO BATIZA JESUS (Mt 3.1-17)

1. João Batista (Mt 3.3)
“Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama do deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.”
Para o início do ministério do Messias, Israel precisou ser impactado profeticamente. João Batista profetiza arrependimento de pecados a todos e que o Reino dos Céus se aproxima (Mt 3.2). Trata-se da preparação para o início ministerial do Messias, que já estava entre eles (Is 40.3; Ml 3.1). Para isso, Deus levantou um profeta que não usava finas vestes nem tinha flexibilidade com o pecado.
João foi, até Jesus Cristo nascer, o maior dos nascidos de mulher, o maior dos profetas (Mt 11.11).
Em João, cumpriu-se a profecia de que era necessário que Elias viesse primeiro (Mt 11.14 e 17.12-13; Ml 4.5). Na Bíblia, não há ninguém tão parecido com Elias quanto João, que veio ao mundo com a unção profética e o modo de ser do profeta Elias: desapegado das coisas materiais, inflexível quanto ao pecado e cheio do poder de Deus para ministrar a Palavra profética a Israel.

 

2. O anúncio do Messias (Mt3.11)
“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”

O profeta apregoava a chegada do Reino dos Céus e de seu Messias, quanto a quem João dizia não ser digno de levar as sandálias e que seria poderoso para batizar com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11). Já de começo está anunciado o Pentecostes e a ação de Jesus batizando seu povo com o Espírito Santo e com fogo.
O poder do Messias anunciado por João prosseguirá para sempre. Ele separará o trigo da palha, deixando a eira limpa (Sl 1.4; Is 5.24). A palha será queimada em fogo inextinguível, o que representa o julgamento final, em que haverá a separação eterna dos que não se arrependerem e não reconhecerem a Cristo (Mt 3.12). O Reino dos Céus será integrado pelos que se arrependerem (trigo).

 

3. O Batismo de Jesus (Mt3.13)
“Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, afim de que João o batizasse.”
A palavra batismo vem do grego e significa submergir, no intuito de alcançar a limpeza espiritual e física. No batismo de João, para arrependimento de pecados. João Batista – João “o batizador” – tentou dissuadir Jesus, quando este foi até o Jordão para ser batizado pelo profeta. João sugeriu ser batizado por Cristo, mas o Senhor disse que convinha cumprir toda a justiça (Mt 3.15). Jesus não tinha pecados, mas estava humildemente representando o conjunto dos pecadores, que necessitavam de confissão e arrependimento de pecados, agindo e fazendo justiça em favor do ser humano – apontando para a remissão de pecados na sua morte.
Após o batismo de Jesus, a presença do Espírito Santo em forma corpórea de pomba (visível) e a voz do Pai confirmam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O Espírito Santo desce sobre Jesus e, ato contínuo, o Pai declara a Jesus como seu Filho (Mt 3.16-17). Trata-se da unção e reconhecimento para o início do ministério público do Messias.

 

 

II. A TENTAÇÃO (Mt 4.1-11)

1. Se és Filho de Deus (Mt 4.3)
“Então, o tentador, aproximando- se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.”

A tentação de Jesus, por satanás, desafiara o status de Cristo como Filho de Deus. O diabo usara, para isso, a expressão: “se és Filho de Deus…” (Mt 4.3,6). O Pai afirmara no batismo, testemunhado por João Batista, que Jesus é o seu Filho. Satanás leva Jesus, ao ser tentado, a testar sua filiação ao Pai.
Para implantar o Reino dos Céus, Jesus teria que ser, como Messias, o servo sofredor, aspecto esquecido pelos judeus, mas bem presente nas Escrituras: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz” (Is 42.1a). O sofrimento suportado na tentação ressalta este aspecto do Messias, característica de seu ministério, acentuado através da sua morte, para perdoar os pecados do ser humano.

 

2. A importância das Escrituras (Mt 4.4)
“Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.”
Jesus venceu o diabo com a Palavra de Deus em sua integridade, rejeitando as afirmações do inimigo, que falava com palavras soltas. Não conhecer as escrituras é um perigo, não só para incrédulos, mas também para crentes em Jesus. O Senhor rebateu a cada uma das tentações do diabo, que citou trechos da Escritura fora do contexto e do sistema bíblico. Interpretar e aplicar a Bíblia exige contextualização e compreensão do texto à luz de toda a Palavra, que iluminará, trará fé e poder para vencer o inimigo (Mt 4.10-11; Rm 10.17).
Memorizar as Escrituras é fundamental, daí crescer no coração da Igreja, hoje, tal necessidade, que é suprida por movimento bem caracterizado em que os crentes estão a ler, estudar e copiar a Bíblia em seu todo.

 

3. Ele venceu a tentação (Mt 4.11)
“Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.”
Em seguida ao anúncio de seu ministério, Cristo teve que ser provado – tentado. A comparação com personagem e episódios do Antigo Testamento é inevitável. Adão foi tentado no Éden, um lugar tranquilo e sem dificuldades. Ao ser tentado, bastava-lhe obedecer (Gn 3). Apesar de todas as condições favoráveis, pecou, repassando para as gerações futuras as consequências de sua queda.
Israel, no deserto, foi provado, e, mesmo já tendo tido demonstrações dos cuidados de Deus em seu favor, ao invés de buscar a Deus, reivindicou pão, água e murmurou contra Deus (Nm 21.5). Por quarenta anos, esteve provado, morrendo praticamente todos os que saíram do Egito no deserto, sem entrar na terra da promessa.
Jesus Cristo, no deserto por 40 dias, em condições inóspitas, jejuando de dia e de noite, resistiu ao diabo, que o tentou em todos os sentidos, oferecendo-lhe comida, sucesso e poder secular. Jesus rejeitou tais ofertas. Ainda que em condições inóspitas, Jesus obedeceu a Deus. Ele atravessou o deserto e dele saiu para conquistar a “Terra da Promessa” (os céus) em favor de seu povo. Ele venceu e nos capacita a vencer a tentação.
E não é demais lembrar que Jesus estava cheio do Espírito Santo, que foi o Espírito que o levou ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Isso nos mostra que não estamos isentos de sermos tentados mas, se estivermos dirigidos e cheios do Espírito Santo venceremos todas as tentações, tal como Jesus, guiados pela Bíblia e pelo Espírito Santo.

 

 

III. O INÍCIO NA GALILEIA (Mt 4.12-25)

1. O Retomo para a Galileia (Mt4.12)
“Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia.”

Mateus 4.12-17, relatando a mudança de Jesus de Nazaré para Cafarnaum, é assunto exclusivo de Mateus, trazendo riquezas de detalhes sobre o cumprimento da profecia bíblica de Isaías 9.1,2, na qual o profeta, chamando a região de Galileia dos gentios, afirmou que “o povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz” (Mt 4.16).
Com a prisão de João Batista (Mt 4.12), Jesus retornou das regiões da Judeia. A volta não se deu por Jesus estar com medo, mas porque a função do precursor do Messias tinha se cumprido, chegando o tempo do ministério do Cristo.
Jesus retornou para a Galileia e terminou por deixar a casa de seus pais em Nazaré, indo morar em Cafarnaum: “e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali;” (Mt 4.13), uma importante cidade da região, em especial para cumprir a profecia bíblica de Isaías (Is 9.1- 2). Cafarnaum se situava um pouco ao norte da planície de Genesaré – costa noroeste do Mar da Galileia, cidade na qual morava Pedro e em que, até hoje, é possível encontrar as ruínas da Sinagoga da cidade. Josefo registra que a Galileia tinha, aproximadamente, 112 por 64 quilômetros, com 204 localidades (cidades e vilarejos). Para percorrê-las, demorava-se cerca de três meses.

 

2.O início do ministério (Mt 4.17)
“Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus”
Na Galileia, Jesus chamou os primeiros discípulos: Pedro, André, Tiago e João (Mt 4.18-22), que eram pescadores. Com eles, o Senhor fez a sua primeira viagem em missão pela Galileia (Mt 4.23-25), ensinando nas sinagogas, pregan
do o Evangelho do reino e curando os enfermos.
Em razão dos milagres, Jesus tornou-se famoso até na Síria. Numerosas multidões da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e dalém Jordão passaram a segui-lo.
O ministério de Jesus consistia em ensinar, pregar (anunciar o Evangelho) e curar. O primeiro circuito da Galileia foi o cartão de visitas, a apresentação das credenciais do Messias, anunciando as boas novas para o estabelecimento do Reino dos Céus.

 

3. A luz onde havia trevas (Mt 4.23)
“Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.”

Jesus começou o seu ministério na desprezada Galileia, local em que as pessoas viviam em trevas, longe da Judeia e de Jerusalém, em que havia luz e vida cultural. Além de jazer em trevas, a Galileia vivia na sombra da morte (Mt 4.16), em que as trevas são ainda mais densas, na qual não havia tantos judeus como na Judeia e tinha uma população misturada, pela proximidade de regiões habitadas por gentios ou mesmo pela presença gentílica em seu meio, através de colonos (Galileia dos gentios), trazidos por governos anteriores.
Cumprindo-se a Palavra de Deus, em Isaías (9.1-2), com a vinda do Messias, resplandeceu, nessa região, a luz (Mt4.17), que raiou na Galileia dos gentios, o que aponta para a Grande Comissão de evangelizar todas as nações. Ao brilhar nos lugares com mais trevas, em que há mais pecado, a luz messiânica prevaleceu, trazendo cura. Nesse ambiente, o. Messias veio com salvação, através da graça, chamando não os justos (Mt 9.13), mas pecadores ao arrependimento.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
O Reino dos Céus já raiou. Jesus Cristo, o Messias, veio para trazer luz, para que todos vejam a salvação, e os que estão nas trevas do pecado, mortos espiritualmente, recebam a luz do mundo: Jesus.

 

RESPONDA
1) A que profeta do Antigo Testamento João Batista é comparado?

2) O que foi posta à prova na tentação de Cristo?

3) Onde estava situada a cidade de Cafarnaum?