LIÇAO 3 – Josué 3 e 4 – A Travessia do Jordão

Em Josué 3 e 4 há 17 e 24 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Josué 3.1-17 e 4.19-24 (5 a 7 minutos.

Deus tinha uma mensagem a dar a Israel e aos cananeus. Ele iria fazer “maravilhas”; isto é, algo para além da capacidade humana. Este é um termo que carrega a ideia de causar algo tão deslumbrante que é difícil compreender. Os milagres testemunham das obras de Deus.
O testemunho das pedras deveria ser uma ocasião para instigar a curiosidade dos filhos de Israel à fé; ou seja, um ambiente fortemente exalado pela mensagem de Deus deveria rodear as gerações mais novas.
Os pais deveriam ser capazes de traduzir escrituristicamente o que tudo aquilo significa, do grande milagre que Deus fez em cuidar do Seu povo.

 

OBJETIVOS
• Entender que antes dos milagres vem a preparação.
• Crer que Deus opera maravilhas.
• Inspira-nos a deixar um legado aos nossos filhos.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Caro mestre, mapeie nas Escrituras os grandes eventos, nos quais, por meio das sensações, Deus revelou muitas verdades ao seu povo. Por exemplo, cite o caso de Elias no monte Carmelo, que provara ser o Deus de Israel verdadeiro, em vez de Baal (1Rs 18.22-39).
Assim, mostre a importância de criar memoriais aos filhos para lembrá-los de quem é o Senhor e das obras de Suas mãos, tal como o cenário proposto no memorial das pedras.

 

RESPOSTAS
1) A Arca da Aliança.
2) Sobretudo, ao próprio Deus.
3) Registrar aos descendentes a benevolência de Deus.

 

Lição 3 – A Travessia do Jordão

 

LEITURA ADICIONAL
Arca da Aliança
O aspecto mais importante da travessia do rio Jordão, além do modo que como ocorreu — paralelo da travessia do mar Vermelho, na época da saída do Egito sob Moisés — é o destaque da arca da aliança na travessia. Isso é proeminente até mesmo na narrativa, uma vez que a arca é mencionada nove vezes no capítulo 3, sete vezes no capítulo 4, e mais quatro referências indiretas pelo uso de pronomes.
O que há de tão importante na arca? Ela simbolizava a presença de Deus no meio do povo.
As instruções para a construção da arca são encontradas em Êxodo 25, o primeiro capítulo da Bíblia em que ela é mencionada. A partir de lá, aprende-se que a arca não era muito grande. Tratava-se de uma caixa de cerca de 110 centímetros de comprimento, e 70 centímetros de altura e de largura. Ela era revestida de ouro por dentro e por fora, com uma tampa de ouro puro. Nela havia dois querubins, de frente um para o outro nas extremidades. As asas dos querubins estavam abertas e postadas para cima, próximas uma da outra logo acima da tampa. Entendia-se que Deus habitava de forma simbólica no espaço acima da tampa da arca, entre as asas dos querubins. A arca era carregada por varas passadas por argolas anexas a cada lado da arca. Quando a arca era movida, carregada pelos sacerdotes, “Moisés dizia: Levanta-te, Senhor, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam”. Quando parava, ele dizia: “Volta, ó Senhor, para os milhares de milhares de Israel” (Nm 10.35-36).
Livro: “Comentário expositivo” (James Montgomery Boice. Editora Monergismo, Brasília, DF, 2020, Págs. 39,40).

 

Estudada em 17 DE JANEIRO DE 2021

 

LIÇÃO 3 – JOSUÉ 3 e 4 A TRAVESSIA DO JORDÃO

 

Texto Áureo
“Porém os sacerdotes que levavam a arca da Aliança do Senhor pararam firmes no meio do Jordão, e todo o Israel passou a pé enxuto, atravessando o Jordão.” Js 3.17

 

Verdade Prática
Os milagres que vivemos exaltam a Deus e devem ser contados aos nossos filhos.

 

Leitura Bíblica Para Estudo Josué 3.1-17; 4.19-24

 

INTRODUÇÃO

I. ANTES DA TRAVESSIA Js 3.1-13
1. A arca da aliança Js3.3
2. A santificação Js3.5
3. As instruções Js 3.9

 

II. DURANTE A TRAVESSIA Js 3.14-17
1. O Jordão transbordava Js 3.15
2. As águas pararam Js 3.16
3. A travessia pelo poder de Deus Js 3.17

 

III. APÓS A TRAVESSIA Js 4.1-24
1. Memorial no meio do Jordão Js 4.9
2. Os efeitos da travessia Js 4.14
3. Memorial em Gilgal Js 4.20

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 340 – 509

 

Lição 3 – A Travessia do Jordão

 

INTRODUÇÃO
Nós, brasileiros, conhecemos bem sobre rios, especialmente na região Amazônica. O rio Jordão é um dos principais elementos geográficos da região de Canaã. Atualmente, separa a Jordânia de Israel (ao Leste).
Em linha reta, o rio Jordão se estende por quase 100 km, tem profundidade entre 5 m e 30 m, e sua largura máxima, 30 m. Nestes capítulos, veremos a travessia acontecer pelo poder de Deus. A travessia aconteceu pouco acima no mar Morto.

 

I. ANTES DA TRAVESSIA (Js 3.1-13)

1. A arca da aliança (Js 3.3)
“E ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca da Aliança do SENHOR, vosso Deus, e que os levitas sacerdotes a levam, partireis vós também do vosso lugar e a seguireis”.
A arca da aliança era o principal símbolo da presença de Deus entre o povo de Israel (Nm 10.33-36). Sendo assim, antes de o povo começar a realizar a travessia, a arca indo na frente indica que Deus a começou primeiro. Isto é, Ele conhecia o caminho que Seu povo haveria de passar. A presença de Deus era a garantia do sucesso da missão.
O meio que Deus escolheu para que os filhos de Israel chegassem a Canaã foi a travessia do Jordão a pé. O povo de Deus ficou acampado três dias diante do rio, depois de ter saído de Sitim; e só após esse tempo, os oficiais passaram pelo meio do arraial e deram voz de comando. Dessa forma, é possível inferir que Deus permitiu que os hebreus ficassem todo esse tempo parados a fim de que eles entendessem que a travessia era algo impossível.
Eles certamente perceberam que não havia embarcação para cerca de três milhões de pessoas e que não dava para atravessar pelas águas a nado, pois era tempo de cheia, chegando algumas vezes a subir 12 metros na sua ribanceira. Precisaram também considerar a presença de crianças e de outras pessoas sem condições físicas de realizar a travessia. Sendo assim, a única forma de chegar ao outro lado era mediante um milagre que só Deus poderia realizar. Eles tinham de crer para entrar na nova vida (Jo 3.15).

 

2. A santificação (Js 3.5)
“Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas”.
A ordem de Josué é inusitada: Santificai-vos! A lógica, antes de uma empreitada militar, seria instruir a tropa a afiar as espadas e lanças, checar todo o armamento; mas os caminhos de Deus não são os nossos. Fica claro que, para Deus, a preparação espiritual é um elemento vital e que, se cumprido, atrai o poder de Deus.
A travessia do Jordão fazia parte da promessa que Deus havia feito a Abraão, de conquistar uma terra boa (Gn 12.7). Os pactos de Deus não dependem daquilo que o homem é capaz de fazer (porque, se assim fosse, muitas das Suas promessas cairiam por terra), mas de uma ação soberana que também move o homem. O fato de dependermos de Deus não significa que devemos ficar parados.
Dessa forma, não entendamos o “santificai-vos” como um condicional que Deus está dando ao povo para que Suas promessas se cumpram, mas como um dever que Deus dá àqueles que escolhe para experimentarem os Seus milagres!

 

3. As instruções (Js 3.9)
“Disse mais Josué: Chegai-vos para cá e ouvi as palavras do Senhor vosso Deus”.
Josué era o porta-voz autorizado por Deus com o fito de chamar atenção para aquilo que era essencial a respeito do milagre. Desse modo, o capitão expôs que a maravilha que estava para acontecer faria o povo saber que o Deus vivo estava no meio dele. Os milagres que Deus opera no meio do Seu povo são pedagógicos, trazendo-nos variadas lições. Dentre elas, destacamos a aprendizagem de que o nosso Senhor não apenas nos criou e colocou-nos na jornada da vida, mas também que Ele está em nosso meio, fazendo-nos companhia.
Vale a pena destacar como Deus encaminha a promessa em tratando com todo o povo:
Josué (v.7): Todo líder precisa ter “credenciais” que testifiquem a mão de Deus sobre sua vida. Aqui, Deus estabelece estas credenciais e, mais uma vez; confirma Josué como Seu representante para guiar o povo.
Sacerdotes (v.8): A arca representava a presença de Deus e foi levada pelos sacerdotes até à borda do Jordão; e então eles pararam ali. Lembra-nos que Deus escolheu-nos usar para manifestar o Seu propósito e que nós somos parte de Seu plano.
Todo o povo (v. 9-13): eles precisavam ouvir as palavras do Senhor e ter a fé fortalecida (Rm 10.17)

 

 

II. DURANTE A TRAVESSIA (Js 3.14-17)

1. O Jordão transbordava (Js 3.15)
“E, quando os que levavam a arca chegaram até ao Jordão, e os seus pés se molharam na borda das águas (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da sega)”.
A informação de que o Jordão estava em estação de cheia destaca a amplitude do milagre. Fica muito claro que as águas pararam, viabilizando a travessia de milhões de pessoas. Durante a estação em que a travessia se deu, o rio estava em seu ponto mais alto e perigoso, com mais força na correnteza, chegando a inundar amplamente as margens.
Feitos como este não apenas fortaleciam a fé dos israelitas, mas também “derretiam” a confiança e o emocional dos cananeus. Deus trabalha em todos os sentidos, visíveis ou não.

 

2. As águas pararam (Js 3.16)
“Pararam-se as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adã, que fica ao lado de Sartã; e as que desciam ao mar da Arabá, que é o mar Salgado, foram de todo cortadas; então, passou o povo defronte de Jericó”.
As águas pararam e se amontoaram em uma parede. A Bíblia descreve que um trecho ficou seco para que o povo, bagagem e animais pudessem atravessar. Na história, outros eventos naturais aconteceram, mas nenhum com a confluência de detalhes e agravantes cuidadosamente descritos nesta passagem.
Vários atos sobrenaturais aconteceram conjuntamente: 1) Ocorreu tudo como foi predito pelo Senhor (3.13,15); 2) As águas pararam na hora certa (v.15); 3) Aconteceu durante a cheia (v.15); 4) As paredes de águas ficaram imóveis por várias horas, possivelmente um dia inteiro, tempo suficiente para que mais de dois milhões de pessoas pudessem atravessar (v.16); 5) o leito do rio ficou seco e Israel atravessou a pé enxuto (v.17); 6) As águas voltaram a fluir imediatamente após a conclusão da travessia (4.18).

 

3. A travessia pelo poder de Deus (Js 3.17)
“Porém os sacerdotes, que levavam a arca da aliança do Senhor, pararam firmes, em seco, no meio do Jordão, e todo o Israel passou a seco, até que todo o povo acabou de passar o Jordão”.
A arca e os sacerdotes ficaram firmes, parados no meio do Jordão, enquanto o povo fazia a travessia. Vemos um Deus protetor, pois a arca abriu caminho e parou no meio do rio durante o milagre, até que, da primeira mulher até o último homem de Israel passassem para o outro lado. Era como se Deus estivesse dizendo que Ele próprio era a garantia de que o rio não se fecharia, até que toda a nação atravessasse; pois se isso acontecesse, a arca seria a primeira a sucumbir.
As promessas de Deus estão ligadas, sobretudo, a Ele próprio, que não deixa nenhuma de Suas palavras caírem por terra; pois isso tocaria a sua honra e macularia o Seu nome santo.

 

III. APÓS A TRAVESSIA (Js 4.1-24)

1.Memorial no meio do Jordão (Js 4.9)
“Levantou Josué também doze pedras no meio do Jordão, no lugar em que, parados, pousaram os pés os sacerdotes que levavam a arca da Aliança; e ali estão até ao dia de hoje.”
O “também” do nono versículo desta seção sugere que dois memoriais foram levantados (cf. 8,9). À vista do fato de que, na narrativa, o papel da arca na travessia é destacado com tanta consistência, não surpreende que o lugar exato em que pousaram os pés dos sacerdotes durante a travessia devesse também receber um memorial, ainda que o relato não tenha preparado o leitor para esse desdobramento.
A expressão até ao dia de hoje, significa que, durante a vida do autor desta narrativa, a pilha de pedras podia ser vista no vau do Jordão, mormente quando o Jordão estivesse na vazante. A importância desse segundo memorial é que ele deu a todo o Israel uma representação do “antes” e do “depois”.

 

2. Os efeitos da travessia (Js 4.14)
“Naquele dia, o Senhor engrandeceu a Josué na presença de todo o Israel; e respeitaram-no todos os dias da sua vida, como haviam respeitado a Moisés.”
Temos uma descrição em detalhes do que aconteceu após a travessia e, principalmente, os efeitos que este milagre teve internamente para Israel, assim como externamente para os seus inimigos. O primeiro efeito interno foi a ratificação das “credenciais” de Josué como líder. A travessia levou o povo a confiar e respeitar Josué, assim como respeitavam Moisés.
Estabeleceram, portanto, um memorial em Gilgal para que todos soubessem que a mão do Senhor era com eles. “Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte, a fim de que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias” (Js 4.24)
Os milagres que vivemos, hoje, não devem ser ocultados dos nossos filhos. Pelo contrário, eles devem ser contados às mesas de nossas refeições, reuniões familiares e afins, para que nossos descendentes entendam que Deus foi fiel conosco e há de ser também com eles.

 

3. Memorial em Gilgal (Js 4.20)
“As doze pedras que tiraram do Jordão, levantou-as Josué em coluna em Gilgal”.
Após a travessia, o povo edificou um monumento de pedras para registrar às futuras gerações a benevolência de Deus para com Israel. Elas funcionariam como memorial para os filhos de que o Senhor é fiel às Suas promessas.
Separaram doze homens, um de cada tribo que, por sua vez, tomou também uma pedra do Jordão representando a sua tribo. Estas pedras foram organizadas em coluna para que ficassem visíveis para que, quem passasse e as visse, soubesse que por ali Israel atravessara o Jordão a seco. Existe um foco em mostrar que houve uma participação de toda a congregação de Israel, através dos cabeças de cada tribo, na edificação do memorial.
O memorial não deveria ser uma mera recordação, mas um sinal, no futuro, de que Deus havia aberto o Jordão, evidenciando uma reflexão a respeito da fidelidade e cuidado de Deus pelos pais daqueles que ouviriam os relatos do milagre. Por toda Bíblia, memoriais servem de: a) sinal de encorajamento para todos os tempos; b) instrução para as futuras gerações; c) testemunho para todas as nações da terra.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
Os milagres que vivemos devem ser anunciados aos nossos filhos, de modo que eles também desfrutem da fidelidade de Deus e do Seu cuidado e proteção para conosco.

 

RESPONDA
1) Qual o principal símbolo da presença de Deus no meio do Seu povo?

2) As promessas de Deus estão ligadas principalmente a quem?

3) Qual o propósito do memorial erguido através das 12 pedras?